A Teoria Oficial da Conspiração - a dos Neoconas, propalada pela Administração republicana - é, resumidamente, a seguinte: o 11 de Setembro foi perpetrado por terroristas islâmicos (Bin Laden, Al Qaeda et al) integrados numa conspiração islamofascista mundial.
A teoria da conspiração de Alex Jones, entre muitas outras avulsas, é que o 11 de Setembro foi "um golpe auto-inflingido com o intuito premeditado e caviloso de criar um estado-policial nos Estados Unidos e sequestrar os cidadãos americanos na qualidade de motores para uma Supremacia e Governação globais."
Se a Administração Americana fosse consequente, no pós 11 de Setembro, teria actuado de acordo à tese (factos, respectivas causas e explicações) que apregoou. Ou seja, teria combatido consequentemente os terroristas islamofascistas; e procuraria tranquilizar a sua própria população. Todavia, na realidade, tem consumado o oposto: tem dinamizado e ajudado a promover o terrorismo "islamofascista"; e tem aterrorizado sistematicamente a sua própria população, por arte de toda a espécie de alarmismos imarcescíveis.
Emerge assim, incontornavelmente, um problema: a Administração Americana parece agir mais em coerência e conformidade com a "teoria" de Alex Jones do que com a sua. Não surpreende, portanto, que a "teoria da conspiração" de Alex Jones, por muito alucinada que seja, comece a ser mais credível que a "Teoria da Conspiração Oficial" e 60% dos polícias e bombeiros de Nova Iorque, bem como largas fatias da população em geral, desatem a preferi-la. Isto, quando há dois anos atrás a percentagem rondava pelos 20%.
E no entanto, não foram os factos do 11 de Setembro que se alteraram. Até porque, em substancial parte, permanecem ignotos ou interditos. Foram, outrossim, os factos deles decorrentes. É que as "teorias" têm consequências, desenvolvem-se. Desnovelam-se. Pode-se apagar o rasto que ficou para trás. O problema é que o trilho que se abre adiante é quase sempre tão ou mais revelador. Quando não consegue detectar a doença pelos sintomas, o médico, acabará por deslindá-la, fatalmente, pelos efeitos. Quanto mais não seja, para efeito de preenchimento da certidão de óbito.
Édipo voltará tragicamente para assombrar e punir os pais. Alguém acabará por lhe desatar os pés.
6 comentários:
é à custa da resposta com a invasão do Iraque já morreram praticamente o mesmo nº de soldados americanos que o de vítimas do atentado.
Claro que isto conta e se o Bush se tivesse ficado só pela sova no Afeganistão tinha sido mais inteligente.
e aqui não estou a dizer que foi uma boa invasão e que teve óptimos resultados. Apenas a que era impensável que não existisse também uma resposta militar por causa do ego. Partindo do princípio que o que aconteceu foi mesmo assim, como se sabe.
Muito sinceramente, acho que o 11 de Setembro e aquelas ameaças todas do antraz que se seguiram não encaixam. Não se percebe o motivo para não ter havido mais cartas com produtos químicos e a outra tralha toda que é tão fácil de fazer.
Essa é a parte de novela de que mais desconfio.
Sabias que essas ameaças, segundo consta, foram todas a Democratas?...
é? correspondem-se mais, os danados dos democratas
ehehe
o que me fartei de rir foi com o nosso antraz alentejano e mais os terroristas de férias no Algarve.
Essa treta da guerra bactereológica que para de um dia para outro só por congelarem contas a suspeitos da Al-Qaeda é que nunca me convenceu
":O))
Por falar em Democratas...eles vêm aí.
A srª Clinton na Sala Oval?!
:))
Se não foi um golpe auto-inflingido houve pelo menos inércia para que os atentados ocorressem. A exemplo do que sucedeu em Pearl Harbor.
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Imarcescível! Só me lembro de ter encontrado esta bela palavra em Almeida Garrett!
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