sábado, março 20, 2010

Cultura protestante, ou o estahvé policial recauchutado


O Pedro Arroja refere, e bem, uma « cultura da bufaria (que) não acredita que possa haver justiça que não seja praticada pelo povo e pelo seu Estado democrático.»

Nesta singular notícia podemos ver um exemplo típico dessa cultura em plena acção:
"Namorados barulhentos proibidos de fazer sexo"


Transportar-nos-ia igualmente a algumas considerações eventualmente mordazes sobre a tão cantada "liberdade de expressão". Quando alguém já nem na própria cama pode gemer à vontade, impossível não rir a bandeiras despregadas daquela balela tão ao gosto dos nossos liberdadeiros de plantão - exactamente: aquela onde salmodiam, com ranço garantido, que "a nossa liberdade termina onde a dos outros começa" (eles geralmente usam a fórmula "os limites da minha liberdade são a liberdade dos outros", mas vai dar ao mesmo).
A prazo, já não muito longínquo, a concretização prática duma sociedade regida por uma tão bela fórmula será qualquer coisa do ordem da fotografia em epígrafe. Um descanso. É só o tempo dos zombis abdicarem do seu estado - por enquanto - ambulatório.

sexta-feira, março 19, 2010

Para grandes males...

Sobre esta candente questão nacinhal do raper Snake abatido pelo agente Magoo, tenho uma importante declaração a fazer...
Distingo, por princípio, razões criminais de razões estéticas. Naturalmente, só as segundas me interessam (e, por conseguinte, me parecem relevantes). Assim, talvez o agente Magoo não tivesse razões criminais suficientes para abater a tiro, ainda que por negligência ou imperícia, o raper Snake. Todavia, já quanto aos motivos estéticos, tinha-os de monta e de sobra. E não apenas a tiro, como também, caso necessário, à granada e, por fim, à baioneta silenciosa.
Que as pessoas trafiquem droga, assaltem bancos ou vandalizem muros, ainda é como o outro: sempre é menos prejudicial à sociedade que ser deputado ao parlamento, alcaiote de autarquia ou administrador por nomeação política. Quer dizer, sempre sai mais barato e até permite vender jornais e animar tertúlias instantâneas na internet. Agora que se exerçam, reiterada e cruelmente, abusos, sevícias e torturas sobre a nobre arte da música, isso, meus senhores, queiram desculpar, mas não se admite. E muito menos se tolera. Só por isso, e apenas por isso, estátua e comenda ao agente Magoo! Menos um melocida, e um melopata a menos à flor do planeta.


quinta-feira, março 18, 2010

Fedor mortis

Se é certo que temos um Primeiro-Ministro verdadeiramente inenarrável, não é menos certo que isso já não nos deveria causar qualquer espécie de urticária ou espanto. Afinal, longe de constituir caso excepcional, súbita anomalia, antes estadeia uma regra recorrente, uma excrescência típica (que nem chega a epifenómeno) dessa fermentação catita a que os cómicos e afectados de serviço estimam de chamar regime democrático. Visto friamente, Sócrates, à sua maneira desajeitada de tosco mal envernizado, apenas comete aquilo que a impunidade e a rotina dos seus predecessores, tanto quanto a quadrupedia mental dum povo adestrado e embrutecido no alombar tanso de elites rasteiras e parasitárias, facilitam, lubrificam e promovem.
Quanto ao regime, sendo de alterne, não possibilita, todavia, qualquer espécie de alternativa, ou variação mínima. Os partidos sucedem-se, se tanto, nos úberes do erário público, mas não se distinguem. Os dois principais geminam-se e competem nas desqualificações. A haver um resquício de justiça ou mera lógica mais depressa alcatrariam as penitenciárias do que os parlamentos ou ministérios. Os restantes, à medida da vigarice e do capricho eleiçoeiro, lá pastam pelas manjedouras adjacentes, entre sindicatos, autarquias, academias, pasquins, redacções e lobis (dou de barato os blogues). Todos juntos, corporizam o cancro que vai minando e carcomendo o país, injustamente cognominad0 de partidocracia, porquanto é na verdade duma autêntica e retinta partidofagia que se trata.
Não estamos diante dum problema que aguarde solução, ou sequer perante uma nódoa à espera de remoção, como dizia o outro. Isto já não vai lá com matemáticas, nem existe benzina capaz de absterger tamanha quantidade de estrume encardido. A própria cor do tecido social há muito que desapareceu sob uma capa gordurenta de surro lustroso. Uma mancha negra e pestilenta que, aos poucos, tem coberto a educação, a cultura e a justiça. Não que elas já valessem grande coisa na véspera, mas decerto dispensariam todo este despenhamento num minhocário abaixo de cloaca.
Também gradualmente, este "pseudo-regime" da maioria soberana vai-se marimbando cada vez mais despudoradamente para essa maioria lorpa e meramente folclórica. O rincão vai ficando cada vez mais inóspito para os maioritários (ou normais portugueses) e cada vez mais aprazível para os minoritários (ou portugueses especiais). O importante agora é mimar as minorias. Apaparicá-las até à medula, ao esfíncter. Lamber e relamber até à exaustão. À náusea!... Mas sempre com volúpia espalhafatosa, exibicionista. E não são já apenas os ricalhaços, os plutocoisos e respectivos avatares. Dir-se-ia até que vagamos, espectralmente, num nazismo de patas para o ar. Os mesmos que outrora eram conduzidos ao campo de concentração, agora são levados em colo ao Olimpo. Não é só o crime que compensa: é sobretudo a aberração. E a cobardia, a histeria e a hipocrisia também.
O desígnio nacional? É bem evidente e há muito que se tornou realidade concreta. Deveio mesmo compulsão colectiva... Annilingus em toda a sua desapoteose! Annilingus ao poder e à força, seja em acto (ou governo), seja em potência (ou oposição), seja em superpotência ou infra a cavalo na super. Dispenso-me de enunciar os nomes destes mega-ídolos de toda uma caterva de línguas devotas e veneradoras. Assim como me poupo a desejar-lhes bom proveito, porque presumo que, no seu protozoário entender, o retiram às carradas e assim, na mais pimpona e gratificada das imundícies, se auto-gloriolam e justificam!

Enfim, não sei para que serve.
Mas tudo isto existe
tudo isto é triste
e nem chega a fado: apenas fede.


sexta-feira, março 12, 2010

A Estrada para Nenhures (rep)


Mas agora que a estrada, além de campa, palco, escritório, cabine e alcova, deveio também sala de parto dos cidadãos, começa finalmente a perceber-se a estratégia formidável que presidiu à adesão europeia e, sobretudo, à torrefacção abundante dos respectivos –e generosos – fundos estruturais. Afinal, toda esta boa gente que nos vem apascentando, quando desatou a asfaltar freneticamente, não estava apenas a governar-se, a orientar-se, a tratar do seu futuro e dos seus filhos: não, ó luz da conhecimento e da cência que nos iluminas!, estava também a governar-nos, a orientar-nos, a zelar pelo nosso. Benditos sejam, todos eles, os nossos guias preclaros! Com a genialidade própria - e só ao alcance duma raça de eleitos e predestinados! -, portanto, com dedo de mestre e mira de águia, delinearam a ampla avenida do nosso porvir radioso. Eles sabiam com exactidão, com rigor de regra e esquadro, qual a solução mágica para a chusma amotinada dos nossos problemas, qual a panaceia debelante da horda indisciplinada das nossas maleitas, qual o desígnio congregante da matula desordenada das nossas aspirações: era a estrada! Ah, a estrada... esse ovo, não já sòmente de Colombo, mas de Portugal inteiro. Essa cura assombrosa, não já e apenas do nosso calcanhar de Aquilino, mas do nosso pé de atleta amnésico. A estrada, ó deuses!, pista de corrida e de dança; lusodromo para a vida e para a matança! Nunca agradeceremos o bastante. Toda a paga será pouca. Daqui por duzentos anos, tal qual hoje se cita, com nostalgia, os pais fundadores da América, sereis relembrados, em êxtase, ó padrastos e enteados asfaltadores da nacinha.
O país zanzava pelos campos, aparvalhado, a tratar das verduras, ao ritmo do sino. Atrasado e obscuro, para ali estava, ancorado, sem ir a lado nenhum. Mas eles, possuídos de filantropia inaudita, colocaram-no na estrada. Já não havia mares para navegar, horizontes para rasgar? Havia a estrada. Os avoengos gloriosos foram de barco? Nós vamos de carro. De carro, de autocarro, de ambulância, à boleia, a reboque, a penates, seja lá como for, havemos de ir. Sempre pela estrada. Tudo pela estrada, nada contra a estrada. Onde a estrada leva é irrelevante. Chame-se-lhe “progresso”, “moda”, “globalização”, “maria joaquina”, idem aspas. O importante é estar nela. Engarrafá-la e bebê-la desde bebézinho. Inalá-la desde embrião. Absorvê-la até às fímbrias mais secretas da alminha desde os testículos paternos, ao ritmo trepidante de ralis, travagens e solavancos. É ela, santa, o nosso trunfo derradeiro, a nossa descoberta capital, o climáx da nossa esplendorosa aventura colectiva. A estrada, claro está, com toda a sua plêiade de avatares magníficos – a auto-estrada, a rotunda, o viaduto, a ponte, o túnel, o nó rodoviário e até o parque subterrâneo. Será com tudo isso, com todo esse fruto maduro de atelier e estaleiro, ninguém duvide, que superaremos e ridicularizaremos toda essa estranja sobranceira, a começar nos espanhóis hediondos e a acabar nos ingleses pedantes, espantalhos escarninhos, todos eles, do nosso destino avassalador. Porque a pedra - tremei ó escórias mundiais! -, a pedra filosofal temo-la nós. A pedra e não apenas a pedra: a gravilha, o saibro, a areia, o alcatrão também. Em suma, o asfalto filosofal é nosso. Simboliza o acesso culminante à profetizada idade de Ouro, que se aproxima a olhos vistos e a passos largos. A operação hermética entrou já em estágios para-sulfurosos implacáveis. Nada poderá detê-la. Bem pode a ONU espernear, a Nato estrebuchar ou o Lóbi sionista ameaçar excomunhão. Somos um rolo compressor e vamos a caminho.
Para toda essa gente bárbara, estulta, turbopacóvia, -deixem-nos rir! - a estrada é mero equipamento estrutural. Nós, porém, com mil anos de avanço, descobrimos que a estrada é a essência: a essência do país e do povo - a fusão sublime de ambos ao assalto do futuro. Para os ignaros das obras verdadeiramente públicas, cães infiéis todos eles, a estrada banaliza-se, servindo de mero tapete utilitário para o transporte entre a habitação e as funcionalidades económicas e sociais. Mas nós, que há muito voamos nela regularmente, sabemos que, bem mais que tapete utilitário, ela é tapete voador, trampolim para o Céu e arredores; portal de embarque astronáutico, não raramente. Lá está, senhores: enquanto eles se metem à estrada para ir a algum sítio banal das suas vidinhas programadas, nós, regalo vivo de Deus e dos anjos, metemo-nos nela para ir ao Céu e voltar (salvo a meia dúzia diária de excêntricos que por lá se instala, trocando o turismo pela colonização). Aliás, nem é correcto dizer-se que nos metemos nela: estamos nela. Vivemos nela. Cavalgamo-la com todas as nossas forças e paixões. Metemo-nos é, isso sim, se bem que cada vez mais esporadicamente, em casas, repartições, fábricas, estádios, escritórios, oficinas, escolas, etc... Mas apenas como meros intersticios dela. Intervalamos apenas para remuniciar as ganas e cevar os apetites. Todos esses equipamentos e mobiliários tão essenciais para os outros, servem-nos a nós como vagos pretextos para lá viver. Na estrada. Entregues às nossas cosmonáuticas.
Mas ir ao Céu não basta. O nosso espírito irrequieto e faminto de glória quer sempre mais, e os nossos líderes são jóqueis esplêndidos, autênticas carraças do nosso espírito fogoso. Por isso, além de nos utilizarmos da estrada para ir ao Céu, vamos agora, através dela, e regidos por eles, trazer o Céu à terra. O paraíso, qual esfinge óbvia, sempre esteve diante do homem. Mas só um país cozido e assado com a estrada poderia decifrar o enigma. E o paraíso é a estrada. Não só conduz ao paraíso: é já o paraíso.
Os outros, povos incuravelmente estúpidos, não me canso de proclamar, entendem que o paraíso se constrói à volta da estrada: com escolas, hospitais, fábricas, complexos de diversão fabulosos, etc,etc, tudo isso funcionando na perfeição do melhor dos mundos. Ora, o melhor dos mundos, todos sabemos, não existe fora da estrada. Todos esses belos projectos, todas essas legolândias para adultos infantilizados dão, invariavelmente, com os burros, uns na água e outros, o que é pior ainda, na administração. Em nome do paraíso, acaba tudo, por sina, no inferno da corrupção, do espólio e do locupletanço. É tempo perdido.
Deixá-los, nessas maluqueiras e tricôs do absurdo alinhavado a embuste. Graças à locomotiva da nossa audácia, movida a carvão da nossa descoberta, vamos ultrapassá-los sem dó nem piedade e deixá-los para trás sem remissão.
Senão, atente-se: eles ainda precisam duma série de equipamentos e próteses supérfluas para viverem e existirem. Fatal contrapeso, âncora funesta, pobres analfabetos rodoviários! Para nascerem, precisam de maternidades; para se tratarem, precisam de hospitais; para se divertirem, precisam de teatros, cinemas, estádios e outros estábulos que tais; para rezarem, precisam de igrejas ou jornais; para aprenderem, precisam de escolas e universidades; para moverem guerras, precisam de inventar inimigos; para aterrorizarem a população, precisam de importar terroristas; para trabalharem, precisam de empregos; para comunicarem, precisam de telefones, computadores, correios. Toda esta traquitana dispendiosa e problemática lhes é indispensável. Observe-se, de resto, o duplo e descomunal embaraço: necessitam, por um lado, que toda aquela tralha exista; e depois, mais difícil ainda, necessitam que tudo aquilo funcione.
Pois bem, os portugueses, vanguarda destacadíssima da humanidade, emanciparam-se de todos estes sarilhos, empecilhos, cangas e preconceitos. Prescindiram de muletas e andarilhos. E, com a solenidade dos decretos transcendentes, preparam-se para enviar o restante mundo dito avançado para o aterro sanitário da sucata histórica e do ferro-velho socio-económico.
De que forma? As fórmulas simples são as mais letais. Assim, o português actual, o português anónimo, sempre que precisa de nascer, de tratar-se, divertir-se, aprender, rezar, comunicar, conviver, dar batalha, aterrorizar, telefonar, procriar, procurar emprego, trabalhar, ou que quer que seja, nem hesita: vai prá estrada. Já ganhou insígnias de instinto.
Aos antigos hebreus Deus enviou o Maná. A nós deu-nos a estrada. Ora, ao contrário dos campos, tantas vezes ásperos e ingratos, em boa hora largados às moscas, a estrada dá tudo. É duma fertilidade cornucópica. Deve ser da cor. Abençoados sejam os nossos pastores e profetas!
E reparem, mesmo para nos informarmos, trabalheira sinuosa em que os outros requerem, em permanência e à cabeceira, uma chusma de jornais, rádios, televisões, mais as respectivas catervas lalofrénicas de comentadores, explicadores, logotrituradeiras, enfardadores mecânicos e demais corujas empalhadas ou leitores da bola de cristal, pois, mesmo aí, nesse entulhado e rilhafolesco labirinto, o português resolve e descomplica, duma só penada genial: sim, vai para a estrada. Só que vai de táxi. Ou de blogue.

sábado, março 06, 2010

Liberdade de Expressão -VI.

Medina Carreira, há dias, em entrevista na RTP1:

«É por ser um homem livre que posso dizer o que digo. Por isso mesmo, não sou solucionável.»

Ora, solução, termo bem a propósito, tem muito que ver com dissolvência. O homem, em sendo livre (não em absoluto, porque tal não está ao seu alcance, mas em relação ao seu semelhante), não se dissolve. Não aceita diluir-se num qualquer caldo knorr da situação ou sopa de hortaliças em febres delirantes de tacho.
Outra coisa importante, talvez mesmo a mais essencial de todas, é que o homem livre (ou seja, o homem que não aceita ser degradado a mero utensílio ou ferramenta) não tolera, de ânimo leve ou sequer pacífico, ver-se dissolvido por um qualquer Palramento, Desgoverno, Estado, Empório, Mercado, Decreto, ou o que quer que qualquer multidão de bandoleiros mascarados entenda sofisticar-se.
Não misturar-se, não fundir-se nem confundir-se com tais soluções consiste, aliás, no mundo actual, numa das principais condições da liberdade.
Até porque, tanto quanto não solucionável, o homem livre não é representável - não autoriza ver-se imposto noutros ou por outros. A postura livre é o contrário da impostura. Não é a polícia nem, tão pouco, os tribunais que constituem garantes da minha liberdade. Pelo contrário, sitiam-na. O garante não é externo: é interno, é próprio, é pessoal, e chama-se consciência. Donde que , ao contrário do que hoje em dia se trafica pelos mentideros, a antinomia efectiva da liberdade não reside na autoridade mas na economia. Nunca a liberdade perigou pelo cacete ou pela censura aberta - seria confundir estímulos com reais ameaças. O método eficaz contra ela sempre foi outro, mais letal e insidioso: o veneno. A mentira. A falsificação.
São os principais e mais encarniçados inimigos da liberdade quem procurais? É simples. Entre tutores, zeladores e enfermeiros, não tereis por onde falhar. Cada tiro, cada melro. Os envenenadores sempre velaram à cabeceira.

quarta-feira, março 03, 2010

Liberdade de Expressão - V. Formatação do entulho (um breve e banal exemplo)


Acabo de tomar conhecimento com a Gailivro. Conforme a própria se autoproclama, no seu sítio internético:

«Nascida em 1987, a Gailivro especializou-se, inicialmente, na produção de manuais escolares. Com presença forte no 1º ciclo do ensino básico, expandiu gradualmente a sua actividade para material didáctico, paraescolar e edições gerais.
A editora assumiu um compromisso com a publicação de livros infantis e juvenis de alta qualidade e com a promoção de autores nacionais, especialmente os mais jovens. Em 2007 reforçou a sua posição como uma das principais editoras de livros no segmento do Fantástico e da Ficção científica.
Em 2009 assume a liderança do segmento do Fantástico onde continua a editar os grandes nomes e os novos valores nacionais e internacionais. No segmento infanto-juvenil posiciona-se como uma editora socialmente responsável publicando obras que pretendem não só entreter como também ajudar os mais novos a integrarem-se no mundo que os rodeia.»

Retenham sobremaneira a última frase, que aproveito para repetir: "No segmento infanto-juvenil posiciona-se como uma editora socialmente responsável publicando obras que pretendem não só entreter como também ajudar os mais novos a integrarem-se no mundo que os rodeia."

Registaram?

Agora, toda essa excelência cultural e pedagógica traduzida na prática:
«A Gailivro vai editar nos próximos meses os principais livros tendo como zombies os principais personagens. Tudo começa este mês, com «Guerra Mundial Z» (veja aqui o booktrailler), de Max Brooks, filho de Mel Brooks (já em fase de adaptação ao cinema por Marc Forster, realizador de «Quantum of Solace»).Os zombies substituíram na literatura fantástica mundial os vampiros. Depois de «Guerra Mundial Z», a Gailivro pretende publicar «Orgulho e Preconceito e Zombies» (Maio), de Seth Grahame-Smith, a versão zombie do clássico de Jane Austen, e «Floresta de Mãos e Dentes» (Junho), de Carrie Ryan.»

Estão a ver? Ainda há empresas sérias, socialmente empenhadas e culturalmente responsáveis. Como a Gailivro... Genuinamente devotada a - nunca olvidemos! - "ajudar os mais novos a integrarem-se no mundo que os rodeia".