terça-feira, maio 31, 2022

A solução do enigma

 Sobre a pandemia ió-ió, que ora vai, ora volta, não pretendo elaborar muito. Esta emoção do Zombistão foi tão grande que,  simultaneamente, operou  a cura e o milagre. Nem mais;  graças a Santo Putin,  desapareceu a pandemia, sumiu-se o apocalipse climático, evaporou-se até a fossilofobia que tanto nos urticava e escalvava a passos largos. Num ápice, até o fracking-gas americórnio (altamente dispendioso e hostil ao ambiente ) já era a solução para todos os nossos problemas, a panaceia que nos salvaria (à alemanha, sobretudo) da horrível toxicodependência energética. Ficava muito mais caro, era muito mais sujo, mudávamos apenas de dealer, ficávamos não já  parcial mas completamente dependentes, quer dizer, ainda mais vassalos dos Estados Unidos, mas isso agora que importava, eram minudências e pentelhices: Santo Putin até da superstição do Mercado e suas leis nos curara. Para quê pensar no lucro, quando nos podemos arruinar por uma má causa, aliás, nem precisamos de causa nenhuma. Fora o interesse! Só não se avançou a todo o vapor por esse precipício abaixo porque, descobriu-se com pena, faltavam terminais e torneiras onde nos prostrarmos imediatamente em submissão. Mas lá chegaremos. Para compensar desta frustração momentânea, apontámos um revólver de sanções à cabeça (paradoxo e prodígio assombroso, dada a acefalia evidente e monumental) e partimos para a roleta europeia - que, aproveito para esclarecer, se distingue e, claro, opõe à russa, na exacta medida em que se carrega não apenas com uma, mas com seis, ou seja, todas as balas. É infalível, acreditem.

Porém, divago. A pandemia, dizia eu. O copy-paste parece que passou dos humanos para o vírus. Infectado, aturdido, este, terá ricocheteado depois à procedência. E ei-lo a cavalo nas massas. Copy-paste ao quadrado. Televisões em choque, enfermarias inundadas, especialistas em catadupa. Ao menos a gripe ficou suspensa por um ano, vá lá. Mas novo passe de mágica: em tempo record, a vacina. Boa e barata. E desembaraçada duns certos empecilhos arcaicos. O melhor dos mundos já ali adiante. Mas eis que se instala um certo mal estar, uma inquietação surda, rastejante... Quinam que nem tordos alguns infelizes - criancinhas, jovens, atletas, actores (desmancha-paraísos, todos eles, é o que é)  - ouvi dizer. A mata-cavalos, a vacina, será que andava também a matar gente?... Angústia... Medo...Mais medo ainda... Perplexidade (nem me atrevo a mencionar, ao de leve que seja, as implicações disto para certas mentes inclinadas à suspeita metódica e à conspiraci.... (engasgo-me só de pensar).

Mas era uma questão legítima. Melhor, é. A ciência, afinal, avança por tentativa e erro; experimentação e melhoramento. O que está mal, corrige-se. Para o problema, procura-se a solução. Em teoria, claro, em teoria.

Pronto, não chorem, tranquilizemo-nos: eles encontraram a solução. Os nossos sacerdotes. Abençoadinhos! E estava todo o tempo bem diante do nosso nariz:  «The specific trioxides they have detected – called hydrotrioxides (ROOOH) – are a completely new class of chemical compounds.»

São os/as hydrotrioxides, meus amigos. Desencadeiam anomalias cardíacas... e respiratórias! Mas pior ainda: contribuem para o aquecimento global. Coitado do clima.

A besta Soros, com aquelas fuças que o diabo lhe deu, na sua arenga ao congresso de malfeitores planetários, já deixou o road map: depois de eliminado Santo Putin, volta-se ao combate contra o apocalipse climatérico. A toda a velocidade. E com  a maior urgência. Tremam, gambosinos!


PS: Na verdade, ninguém morreu. Apenas deixaram subitamente de respirar. E de aparecer. Exagera-se muito hoje em dia.

segunda-feira, maio 30, 2022

Quiz

 Entretanto, e de acordo com rumores e murmurejos, aceitam-se apostas sobre quem tratará primeiro da defenestração do anão Zelote:

a) os heróis do oxidente e neo-nazis fofinhos do Azov;

b) o estado-maior das AFU (as forças armadas ucranicoisas);

c) o patrocinador/director amerdicano;



Nas casas de apostas, de momento, são os da alínea a) que vão à frente.

Para quem estranhe a alínea c), convém não esquecer aquele aforismo do Kissinger: "ser inimigo dos Estados Unidos é perigoso, ser seu amigo é fatal".

domingo, maio 29, 2022

Edição genética

 



«A gene-editing experiment conducted on hamsters turned the adorable, furry pets into “aggressive” little monsters, researchers said. »

As potencialidades desta nova frankenstoria são imensas. Assim que eles afinem o alambique, bem entendido. O gado humano mal pode esperar... Mas, presumo, a manipulação (uma vez afinada, convém não esquecer) pode dar para os dois lados. Criando, por um lado, zombis de combate, e por outro, zombis de trabalho. Assim, de repente, isto até lembra uma qualquer utopia...  ah, pois, formigas-soldado e formigas-operário. Os Soros e os abertadores deste mundo até devem esfregar as patas da frente de volúpia e excitação.

Já agora, a parte da notícia que eu acho mais crocante e estaladiça:

«Researchers said they chose to work with Syrian hamsters there social structure is similar to that of humans.»

O melhor vem sempre no fim.

sábado, maio 28, 2022

Para quem não gosta de palha alucinogénia

 

«Former CIA & State Department Analyst, Larry C Johnson, on Ukraine, Donbass & Russia»


Com uma vénia muito especial a um fenómeno cada vez mais raro: Uma jornalista séria e corajosa. Eva Bartlett.

O Oxidente já quase não tem informação livre, mas apenas deformação obrigatória. E despejada alarvemente pelo funil - a fazer de cabeça - abaixo. Como eu já aqui referi, os antigos revolucinhários tinham a guilhotina, os actuais têm a televisão. O efeito é o mesmo.

sexta-feira, maio 27, 2022

Winston Chocho, ou Um Puppet nunca vem só

«Servant of the corrupt» 

ON THE RELATIONSHIP BETWEEN PRESIDENT ZELENSKY, OLIGARCH IHOR KOLOMOISKY AND 

WASHINGTON DC


Uma leitura deveras edificante. E é sempre muito educativo ter uma sucinta noção do CV do anão Zelote, presidente do Zombistão e enlevo tele-bombado das manadas globais. O Zombistão, como é público e notório, é um dos fake-países mais corruptos do mundo e o campeão da Europa nessa modalidade. Quanto às infestações que passam por estado, o fenómeno oscila e zune entre o ISIS 2.0 (agora com tatuagens neo-nazis e heráldicas  dermo-satânicas), uma junta de falsários informativos desenfreados e uma polícia política extremamente letal (SBU), mascarada algures entre a SWAT team, a Gestapo e os stormtroopers da Disney. Não há muito tempo, devíamos suicidar-nos todos, num armagedão atómico, por amor ensolapado a este circo. E em solidariedade penitente com ninguém sabe muito  bem o quê.

quinta-feira, maio 26, 2022

Banalidades do gatilho

 

«The carnage began with the 18-year-old suspect, identified as Salvador Ramos, shooting his own grandmother... 

President Joe Biden urged Americans to stand up to the politically powerful gun lobby, which he blamed for blocking enactment of tougher firearms safety laws»


Mais um massacre banal no Paraíso, vulgo Estados Unidos da Amnésia ( a expressão não é minha mas é a melhor que conheço). Pois, e a culpa é das armas, urra o Gerontossauro Bidens . Um dia destes,  atropelo em série vários peões, peoas ou peõezinhos incautos  e desculpo-me: a culpa não é minha - é do carro, da lóbi dos construtores automóveis! Aliás, se virmos a quantidade de gente que falece de morte violenta, todos os dias, por via dessas máquinas desarvoradas, e seguindo a lógica lá do Réptil Jurássico das amérdicas, era mais que caso para o nosso desgoverno, também ele a escorrer dumocracia aos molhos (embora pastoreado por um Hipopotamus Absolutos), ilegalizar o quanto antes a venda livre desses instrumentos massacrantes.

Agora a sério, dá-me a ideia, tenho mesmo a vaga suspeita, que as armas não disparam sozinhas, pois não? Ou estarei a delirar? O problema essencial, quer-me cá parecer, não é a arma, mas o atirador detrás dela. A gana de atirar... o gatilho como panaceia nacional... O culto da violência e do matadouro intrínseco a uma determinada sociedade. Sociedade, essa, que se rege por hábitos, predisposições, estímulos e "regras" cada vez mais associais, amorais, senão mesmo sociopáticos. Uma autêntica distopia à solta na realidade.

E o mesmo Gerontossauro que despeja biliões de armas (em larga medida fora de prazo)  na Ucrânia (leia-se, nos bolsos duns quantos patrocinadores e sobretudo no Complexo Armamentista), para libertar espaço em armazém para novos e reluzentes stocks no Paraíso, vem reclamar por meia dúzia de presuntos domésticos por via de talheres avulsos! Quer moralizar às carradas e duma vez por todas!... Caso para dizer: o Barão da Indústria nunca há-de tolerar o artesão ambulante.

Por outro lado, não reza a história que com a proibição de bebidas alcoólicas, durante a Lei Seca, tenha deixado de haver ébrios, pielas e regabofes adjacentes. Pior, rebentou mesmo o gangsterismo e a carnificina desatada em todo o seu esplendor.  Proíbem as armas, os sonsos e mestres da velhacaria. Deixam de poder comprá-las nas lojas, os alucinados e tarados endémicos, e passam a ir comprá-las aos gangues, aos traficantes de droga ou às redes clandestinas que, sei lá, as arrematam a preço de saldo, por exemplo... na Ucrânia. Ou na Síria. Ou na Somália... Ou na dark web... ou onde quer que o Diabo que montou bazar neste mundo abra o balcão.

quarta-feira, maio 25, 2022

Santo Putin

 A propósito desta cegada do Ucancro, digo Ucrânia, nem lembrava ao diabo - corrijo, só lembraria mesmo a ele e aos imundos  filhos dele ! - arremessar com o famigerado Reductio Ad Hitlerum ao coitado do senhor Putin. Reductio, esse, diga-se em abono da verdade, que já é rançoso e recorrente e vem quase do paleolítico inferior baixo.  Mas que raio, convenhamos, se a ideia era desqualificá-lo pelos ímpetos restauradores da defunta União, então o Ad Stalinum sempre seria, vaga e remotamente, verosímil, ou não?... Aliás, para não variar, estes chicaneiros globais, confundem-se todos e metem, sem freio nem pejo, as patas de trás pelas da frente. Quer dizer, é  o novo Hitler e quer restaurar a União Soviética.  Ah, bonito. Bem, não, se calhar é a Rússia Imperial.  Belo, ainda mais empolgante... o Pedro e a Catarina são mesmo ao estilo e escola do Adolfo maluco. Estão a ver a lógica mirabolante, o culturismo histórico, ou melhor, histérico, da coisa?... Mas estão a comentar ou a ter acessos convulsionários e epilépticos, estes moços de frete da pantalha emética? Entre a CNN, o MSN, a hirsuteria Milhazeira e o anão Zelote, o primor retórico é mais ou menos esse. A lixeira mental a céu aberto. O grunhido javardo a armar ao bastião indómito da civilizacinha apalpada. 

E aproveito para acrescentar que até nem ficaria mal ao coitado do senhor Putin - e digo coitado porque o infeliz, entre tentativas múltiplas de assassínio, atentado e desconsideração pública, vai estertorando nas vascas de vários cancros, síndromes e patologias avulsas-, pois, dizia eu, até nem lhe ficaria mal aquela virtude (rara, mas, ainda assim louvável e nada despicienda) do Joseph Stalin em despachar picadores de gelo aos cornos do Trotsky. Um moderado, é o que ele é. Um punhos de renda. Pior, a avaliar pela paciência com que atura Kasparoves, Zelotes  e Gerontossauros Caqueticus desta estrumeira a boiar no espaço, um santo.

PS:

«Perante uma super-acédia colectiva, a mentira ganhou honras de dogma. E o mal preside ao melhor dos mundos possíveis, cujo lema se esgota, doravante, no "quanto pior, melhor"»... Lembram-se? Estávamos em 2016.

Porra, mas mesmo a mim, o mais pessimista e empedernido dos oráculos, a bandalheira mediática, a desfaçatez imperiabunda a raiar a possessão infernal, enfim, a merdalheira moral e política bombada e matraqueada até à inanidade, me ultrapassaram por desmesurada escala. Confesso: estarreci.  Se o Oxidente  deu nisto, emigrar para a Rússia é pouco. É nada. Só mesmo para outra galáxia. Onde o fedor não alcance.

terça-feira, maio 24, 2022

Pay back time




 Todas as imitações - tanto mais grotescas e aleivosas, quanto mais afastadas e exorbitantes, no tempo e na história - do Império Romano, devem lembrar-se que a factura final inclui fatalmente o corolário pimpão da coisa: a Decadência. Está inscrito, em letras eternas e inexoráveis, no património vital dos homens tanto quanto dos Impérios.

Pois se os almoços não são grátis, haviam de o ser os banquetes e as orgias, ó pequeninos?!...