sábado, setembro 16, 2006

Crise ecuménica

Sobre esta crise última, papalo-muçulmanesca, que tanto parece excitar certas alminhas, tenho a depor, sucintamente, o seguinte:
O Santo Padre, claramente, está com o rebanho trocado. Levam mais a sério e dão mais importância ao que ele diz os muçulmanos do que os católicos.

22 comentários:

MP disse...

Pois é, mas quem apanha do outro rebanho, daquele que lhe dá ouvidos, é o rebanho a quem, supostamente, devia pastorear! É caso para dizer: "boquinha santa"...

zazie disse...

ehehhehe

mas aquela de citar o Manuel Paleologo teve pinta. Deve ter-se lembrado do tempo dos Medicis ":O)))

Anónimo disse...

Lol!! Nem mais!

Mário Casa Nova Martins disse...

O assunto é sério, mas a maneira como o coloca é 'divina'!

Anónimo disse...

Bem visto !

Anónimo disse...

Não deve haver académico que, lá no fundo, não tenha um especial fraquinho pelo Papa Bento XVI. Afinal, ele faz parte da corporação e, mais, foi durante muito tempo um motivo de orgulho para a corporação. Fala o dialecto da seita, escreve no dialecto da seita e, se não pensa como a seita, pensa segundo as regras da seita. Só que é Papa e que, sendo Papa, de quando em quando, esquece o mundo cá de fora e reverte ao seu velho papel de universitário. O "escândalo" de Ratisbona não passa disto. Bento XVI, querendo explicar a irracionalidade da conversão pela violência, citou o imperador Manuel II Paleólogo. Num diálogo com um persa, Paleólogo dissera: "Mostra-me então o que Maomé trouxe de novo. Não encontrarás senão coisas demoníacas e desumanas, tal como o mandamento de defender pela espada a fé que ele pregava".
O mais preliminar assistente de Literatura, História, Filosofia ou Teologia percebe logo três coisas. Primeira, que o Papa não dá o imperador Paleólogo como um intérprete autorizado da religião muçulmana, mas como um como um opositor inteligente à perseguição religiosa. Segunda, que o Papa não esqueceu as perseguições da sua própria Igreja e que usou o imperador por conveniência ilustrativa da desordem moderna. E, terceiro, como o título e o resto da conferência comprovam, que Ratzinger não estava interessado em "atacar" ninguém, estava interessado na dualidade da fé e da razão. Infelizmente, a "rua" islâmica não é o público letrado da Universidade de Ratisbona e começou rapidamente a usual campanha de ódio contra o Bento XVI, que de toda a evidência o deixou estupefacto.
O papa já lamentou o equívoco, mas não pediu desculpa. Não podia pedir. Nem pelo incidente, fabricado pelo fanatismo e a ignorância, nem pelo teor geral da conferência de Ratisbona. Ratzinger insistiu que a fé não é separável da razão e que agir irracionalmente "contraria" a natureza de Deus. Não vale a pena entrar nas complexidades do assunto. Basta lembrar que desde o princípio (desde Orígenes, por exemplo) se construiu sobre a fé cristão um dos mais sublimes monumentos à razão humana e que o Ocidente, apesar da "Europa", não existiria sem ele. A fé muçulmana não produziu nada de remotamente comparável e, durante quinze séculos, sustentou uma civilização frustre e parada. A conferência de Ratisbona reafirmou a essência do cristianismo. Se o islão se ofendeu, pior para ele.
Vasco Pulido Valente

zazie disse...

este texto do VPV é fraco.

A questão não é o que o Papa disse numa universidade. Claro que pode dizer e nada disso está em causa.

O que está em causa e o Papa se apercebeu a tempo é que o mundo anda demasiado crispado por motivos políticos e não por motivos religiosos.

Por isso, ao contrário do que o VPV diz, acho que fez muito bem em "pedir desculpa".

Antes de ser um intelectual é uma figura que tem por missão promover a paz. Assim fossem sensatos os homens de Estado.

A conclusão do VPV e bacoca. Que é que ele queria? mais umas bombas em cima dos tipos?

Porque são fundamentalistas? e porque motivo é que só agora é que estas coisas acontecem?

Se calhar porque lhes andam a invadir as terras e chacinar os seus.
Se por acaso asism fizessem com os ocidentais queria ver quem era "racional".

Esta ideia do "pior para ele" para o islão é uma imbecilidade. Pior para todos nós. Porque para o islão já lhes basta o exemplo de superioridade civilizacional que lhes deram em Abu Grahibe e lhes estão a dar em Guantanamo.

Já para não falar nos milhares de mortos na boa missão humanitária de exportação de democracia.

dragão disse...

A "rua Islâmica" é tão manipulável quanto a "alameda Ocidental". A diferença é que, por via de níveis de testosterona ainda não tão "processados",somado a uma democrafia que galopa ao ritmo da frustração, é mais explosiva. Nada disto invalida que, em matéria de análise da política externa, o VPV ande ao nível do Luís Delgado. Até a verve se ressente do frete e, sobretudo, da típica saloiice de deslumbradinho de Oxford e do anglo-club.

zazie disse...

Podes crer, Dragão. E o mais idiota é que se julgam mais que os outros.

O VPV ultimamente tem dito disparates. Sempre que me lembro daquela das katiuskas dos tipos do hezbollah qualquer dia estarem a chegar a Londres...
eheheh

Mas depois deve cair na real e lá faz uma crónica a reparar os disparates que disse na anterior. Foi o que aconteceu na sexta. No sábado voltou a meter água.

Uma das coisas que mais me encanita naquilo a que chamo "os homens de letras" (não é por serem letrados mas por pensarem de forma poética e irracional) é a mania de mandarem aquelas boutades óbvias com ar de grandes descobertas.

Neste caso é a da "sociedade perdida" do "funfamentalismo" so what? o que propões ele face a uma socieade perdida? e de onde aparece este fundamentalismo agora? Até parece que é fenómeno de ETs. Caíram do céu, uns tipos que não estavam neste planeta e nós somos as vítimas que nem os conhecemos de lado nenhum nem nunca os provocámos...

Anónimo disse...

Nos tempos conturbados de hoje, o mínimo que o Santo Padre poderia ter feito era o bom senso de ter ficado calado sobre o assunto Maomé.

Ou Bento XVI está querendo o retorno dos bons tempos das Cruzadas para reerguer a decadente Igreja Católica?

kommando

zazie disse...
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zazie disse...

isso é mais um exemplo do exagero dos nossos "becos árabes". Ele não fez um comício na praça do Vaticano. Falou numa universidade e o que disse, em termos teóricos, é uma grande verdade.

Nada de exageros. Uma coisa foi uma comunicação perfeitamente válida e livre. E outra o eco dos media e manipulação dos talibãs da zona.
Nada teve grande importância e é de louvar o bom senso do Papa. A diplomacia é uma arma muito importante. Só é pena que os políticos não ponham mais os olhos neste exemplo.

zazie disse...

não sei quem é este ab mas pelo tom e pelo que traz para aqui à baila até me parece que é alguém conhecido com o barrete enfiado até às orelhas.

Passo. Não ando com pachorra para desconversas, muito menos num dos blogues que mais admiro e que nos concedeu agora estas jenelinhas de cometários.

Se tem alguma coisa para me dizer, faça o favor de ir ao Cocanha que eu lá trato-lhe da saúde.
Pela segunda vez. Parece que não chegou a dose...

zazie disse...

ok, já vi que me enganei. Está na cara que é o Nelson Buiça

":O)))))

dragão disse...

Não basta mudar o "nic"; convém também mudar a cassete. :O)

dragão disse...

Mas isso,segundo o credo liberal,é óptimo: quanto mais oferta de mão de obra, mais o salário baixa e mais competitiva se torna a economia.
Como é que alguém pode falar em invasões na aldeia global? Somos todos aldeões, ora essa. Quanto mais intercâmbio, quanto mais interacção, transacção,comércio livre, alfândega aberta, já agora o bar também, pois quanto mais isso tudo, melhor!
Este é o Melhor dos Mundos. Depois que o descobri, não quero outra coisa. :O))

dragão disse...
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zazie disse...

ehehehe

faz lembrar aquelas histórias do bolinha quando se armava em detective e metia um prato na cabeça para se disfarçar e toda a gente dizia: vem ali o bolinha com um prato na cabeça.

":O))))

Anónimo disse...

Queiram desculpar mas o a.b. tem razão!
Os árabes têm o direito a viver como entenderem,... lá na terra deles! E lá devem ser deixados em paz! Se se tornam numa ameaça então sim temos de nos defender!

Os ataques de que têm sido alvo por parte de (i)mundialistas a soldo da gente "eleita" e do negócio por parte do "ocidente", associados à tolerância perante a maior invasão da história, só provam que a dita pseudo-cultura (pois os gregos eram bem diferentes destes vermes igualitários) e "democracia" ocidentais não passam de puro lixo!
E como lixo será varrido da face da terra!: Ou por consumação da invasão total ou por uma reacção tardia que incluirá sem margem para dúvidas a brutalidade ao mais alto "nível" (íncluindo o nuclear)!

Ora o a.b. dificilmente poderia ser esse tal de buiça (que realmente não bate mesmo bem da bola!), pois o buiça é neo-cu e portanto não gosta do Pat Buchanan!
Mas acha-se muito radical, o que é estranho! (nesse aspecto poderia ser o buiça a armar-se em parvo!)

Enquanto andarem por ai todo o tipo de idiotas a "dar a outra façe" só nos vamos é afundar!
Mas um dia ...!

Anónimo disse...

Eu não entendo... Quem começou por atacar a Palestina cristã? Não foram os islâmicos? Quem é que, na sua expansão começou a guerra contra o Cristianismo e o Judaísmo? As cruzadas, zazie, foram operações militares de RECONQUISTA (aprenda lá de quem eram os territórios em questão antes da primeira conquista muçulmana). E depois... quem é que invadiu a Europa sem que a cristandade tivesse alguma vez invadido a Arábia? Pois é... peçamos-lhe desculpa, coitados. Aproveite e vá vestindo a burca.

zazie disse...

é o que eu digo... esta malta em termos históricos oscila entre os jornais diários e a Idade Média. Pelo meio não existiu mais nada. E recuar 5 ou 6 anos é demasiado longo para se fazer comparações...

É só hiatos, meus. Hiatos bué de convenientes, diga-se

";O))))

zazie disse...

olá bolinha

":O))))

o bué foi para chatear