Quem o diz, preto no branco, é Bertrand Russel (capítulo XV da sua História da Filosofia Ocidental):
«Os herdeiros de Locke são: primeiro, Berckeley e Hume; segundo, os philosophes franceses que não pertencem à escola de Rousseau; terceiro, Bentham e os radicais filosóficos; quarto, com acrescentos importantes da filosofia continental, Marx e os seus discípulos.»
Pois é, entra pelos olhos adentro. E também sai, embora ainda mais raramente. Só não vêem os papalvos on-line e toda a sua orbe de jóqueis gurus. Da esquerda Barnabé à esquerda Barnabu (aka "direita liquefeita", aliás "direita milk-shake", aliás "direita ultra-pasteurizada", vulgo "direita liberal"), passando pela esquerda botox, a paleoesquerda e a direita murcha, é tudo vergôntea (ou enxerto) da mesma cepa. Pertence tudo à confraria da capela de São João Locke. Empirotecnia militante!...
Se não valia bem mais que empirassem copos!...
4 comentários:
mas que grande verdade tão bem rcordada!
Aguardo,não sentado, mas de pé, encostado aqui ao balcão da taberna, a "declaração de apostasia" do nosso "ab".
Vá para lá do verniz, ó Lecrerc!...
Vá ao osso.
Não reparou numa palavrinha que eu coloquei logo no título? -Empirismo. É dele que brota o materialismo. Aquela noçãozinho que de que o homem é uma máquinazinha merdificante: que somos todos iguais à partida, a tal tábua rasa (decerto ouviu falar), onde a educação, a cultura, a classe social, enfim, vão posteriormente moldar e capacitar o mamífero. Ora , se somos todos iguais à partida, porque não havemos de ser todos iguais à saída e, já agora, pelo meio?
Locke - Voltaire - Luzes - revolução Francesa - Hegel -Marx...
A diferença entre os liberais e os marxistas é a que vai do capitalismo oligárquico ao capitalisno de Estado. Portanto, tudo bem somado, uma diferença muito ínfima: entre uma cripto-nomenclatura privada e uma nomenclatura burocrática. Na realidade é assim, está aí o mundo em exposição permanente. Em tese, podemos elaborar um monte de fantasias mais ou menos idílicas.
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