A nova ministra da saúde vem recheada das melhores recomendações. Arguida num processo do Tribunal de Contas por descaminho de milhões do erário público, é, de facto, um pergaminho enaltecedor. Fala por si. E vale, no mínimo, dois ou três MBAs, daqueles extraídos de brinde na Farinha Amparo.
Num país normal, haveria um resquício de pudor a recomendar alguma sobriedade e contenção nestas trampolinices. Mas num país maravilhoso, como o nosso, a arrogância descarada de quem desgoverna até permite cortejos grotescos destes. E o país inteiro estaca, embasbacado, diante do espectáculo gratuito do desmazelo aos pinotes, rua abaixo, com o indecoro às cavalitas.
De facto, num país sério, um ministro indiciado, automaticamente, e por uma questão básica de ética, demite-se. Aqui, um político indiciado, além de indemnizado, sobe a ministro. Eis um regime de patas para o ar - uma república, mais que de bananas, de pantanas!
É mesmo caso para dizer, paraglosando o Camões: mudam-se os tempos, mudam-se os "à vontades". Agora, à mulher de César não basta parecer uma rameira: faz questão de exibir-se no Coliseu toda ataviada!
3 comentários:
Imbatível, em concisão sarcástica.
Vou copiar outra vez. Poupa-me o trabalho de glosar e diz o que é preciso.
Desentupida a cagadeira, limpos os intestinos, toca o fluido diarreico que o tempo não perdoa ;))
Tenho a levíssima sensação que já li algumas das frases aqui pastadas algures...com a devida correcção- como convém - para não ser o flagrante da " inspiração" !
Coisinhas requentadas servidas em pratos de barro, e colheres de pau ( mesmo ao gosto da ASAE..:)
Quando tiver pachorra e tempo lá as deslindarei. Que isto de pássaros e ninhos, bem sabe o homónimo do César das Neves, versão anão ressabiado :)
Quer dizer então que o Brasil é um país sério?!?!?!?!
A ministra da Secretaria Especial de Promoção da Igualdade Racial, Matilde Ribeiro, se reuniu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na tarde dessa sexta-feira para pedir para sair do ministério depois que foi acusada de usar o cartão de crédito corporativo do governo indiscriminadamente e para compras não previstas em lei.
Seria, se não existisse a Secretaria Especial de Promoção da Igualdade Racial...
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