quarta-feira, janeiro 30, 2008

A Árvore das Patacas



Pode ler-se hoje, no Portugal Diário, uma curiosíssima notícia:
Ora bem, corrupção, branqueamento de capitais, abuso de poder e riqueza injustificada (sobretudo esta) são actividades perfeitamente lícitas no nosso país. Como eram em Macau, quando este território ultramarino se submetia à administração portuguesa.Visivelmente, (desconheço em que grau) são agora, sob autoridade chinesa, actividades criminosas e condenáveis. Mas o Ao Man Long, coitado, é que não devia ser assim penalizado. Man Long praticou a corrupção, o branqueamento de capitais, o abuso de poder e a ostentação de riqueza injustificada num tempo (ou num espírito) em que tudo isto, mais que justificado, era perfeitamente legal e promovido pelo Estado. Man Long estava a ser um funcionário exemplar, um responsável impoluto, um governante exímio. Mesmo que Man Long já tenha exercido exclusivamente no tempo da administração chinesa, o que é certo é que aprendeu e estudou no período português. Sabemos como a formação é determinante nestas coisas.
Não se admite, pois, uma inversão tão descabelada de valores. Man Long deitou-se com a civilização e acordou no no meio da barbárie.
Com arbitrariedades intempestivas destas, o que poderão pensar os nossos coelhistas e outros aparelhistas do PS, os comendadores da melancia, as afundações Oriente, os Stanley-Ho-ho-hos, em suma, o Dr. Mário Soares, decano da Mama e Pai adoptivo da Democracia?
Dirão que ainda não chegámos à Madeira, quanto mais à China. O Marinho que se cuide.

1 comentário:

Ludovico Cardo disse...

Era tão bom que em Portugal fosse assim.

Um homem tem direito a sonhar...