domingo, setembro 10, 2023

De empurrão


Não sei se pode chamar-se guerra, intervenção, conflito, especial qualquer coisa ou contra-piquenique selvagem... ao que se passa no Ucranistão. O certo é que os russos montaram uma operação estruturada e sistemática de

a) laboratório/recreio bélico;

b) extermínio metódico e paulatino dos ucranistões zombificados;

c) desmantelamento festivo de material Nato.

O território é apenas o pano de fundo, o palco, a tela. Nada tendo a perder, também não é ganhar uma qualquer guerra mirífica e de fantasia o que os ocupa. Até porque essa vitória, alucinada e delirante, está, de antemão, garantida e abarbatada pelo Oxidente. Desde que declarou a independência total da Realidade, este, mais que divino soberano, degenerou invencível, com retroactivos e alvará para a eternidade. Aos russos pouco lhes importa: são tipos essencialmente práticos - contentam-se em experimentar as armas, próprias e do inimigo; matar ucranistões; e escavacar tanto quanto possível a panóplia fofinha, mágica e indestrutível dos semideuses. 

Quanto aos ucranistões, como não me canso de repetir, não se trata sequer duma nação ou projecto de nação (até porque os dirigentes por controlo remoto, mais não pretendem do que converter um estado falhado numa neocolónia de conveniência): trata-se apenas dum Culto de Morte. Assim, os zombis armados continuarão a fazer-se matar onde quer que a frente permita e convoque: no Donbass, na Crimeia, na Rússia ou,  num futuro não muito longínquo, uma vez encerrados estes balcões de atendimento, numa qualquer Síria, Irão, ou Africalândia para onde Império Caduco os atice.  No que, convenha-se, apenas comprovam a plenitude da sua actualidade e promoção: se a Europa pega, eles combatem... De empurrão.


 

sábado, setembro 02, 2023

A Aparência e a essência

 Diz o ex-presidente checo, Vaclav Klaus, que a guerra no Ucranistão resulta de "um confronto entre o Ocidente e a Rússia".

Temo não concordar. Quer dizer, na aparência, trata-se de facto dum confronto entre o Oxidente e a Rússia. Porém, na essência, é um fenómeno mais antigo e recorrente: é um confronto (que atinge já contornos de fobia) entre o Oxidente e a Realidade.

quarta-feira, agosto 30, 2023

Uma entrevista muito pedagógica


 

quinta-feira, agosto 10, 2023

Os "Bons Americanos"

 As férias estão a acabar e convém ir retomando as hostilidades. Para aperitivo, um artigo no American Conservative, de James W. Carden.


 And as the war in Ukraine grinds on to its disastrous denouement, we can reasonably expect those who are responsible for helping set off this conflagration—along with those who cheered this ludicrous and unnecessary war from the beginning—to pay about as severe a price as that paid by the architects and cheerleaders of the Iraq fiasco: none at all. (...)

  The corporate media and their many progressive and liberal allies in Congress will, with great enthusiasm, link arms with their neocon friends in order to cast blame and further shrink the bounds of the sayable and the thinkable. They will continue to police the parameters of public discourse with the same sadistic efficiency with which they treated critics of the now discredited idea of “collusion” between the Trump campaign and the Russian government. (...)

Two centuries ago, the British statesman John Bright warned against “following visionary phantoms in all parts of the world while your own country is becoming rotten within.” Yet for these people, visionary phantoms are all they see. To these people (many only very recently arrived in the country for which they presume to speak) a “good” American is one who disclaims any responsibility or care for their fellow citizens in favor of a feverish identification with a foreign country.


 Existe um filme, de John Carpenter,  intitulado "Eles vivem". A fita é de 1988, mas, com o passar dos anos, não perde actualidade. Pelo contrário, ganha-a, cada vez mais. Trata duma distopia/alegoria acerca da tomada dos Estados Unidos por alienígenas. Infiltram-se e incrustam-se nos órgãos de poder, na economia e nos mass-midea. Cooptam e arregimentam "colaboradores humanos", de modo a instalar uma pseudo-realidade meramente fictícia e totalmente manipulada. Em bom rigor, os humanos não seleccionados e assimilados pela elite alienígena são degradados à categoria de gado. E tratados em conformidade.

Acho que, à data de hoje, todos já percebemos quem são os "alienígenas". No artigo de James W. Carden, em epígrafe, acontece apenas mais uma denúncia em tempo real.

PS: Já agora, também não perdem nada em assistir à entrevista de Carden no Youtube, a propósito deste mesmo artigo...



quinta-feira, julho 27, 2023

sábado, julho 22, 2023

Inoxidável e inconveniente

 Uma das características intrínsecas da verdade: é inoxidável. Não enferruja nem se dissolve com as sucessivas vagas de vento e chuva. Dmitry Orlov debita alguns exemplos bem óbvios e inconvenientes da espécie.  Aliás, eis outra das essências da verdade (sobremaneira nestes dias que escorrem): a Inconveniência.



Por isso passam a vida a tentar enterrá-la e cobri-la com lixo e detritos, à verdade. Mas como não oxida... 

segunda-feira, julho 17, 2023

Ocaso oxidental

 Digamos deste modo: Deus (ou o Divino, para sermos mais abrangentes através dos milénios) é o objecto natural da crença. Não vou batalhar que isso está muito bem, muito mal ou mais ou menos: é assim. O Homem desenvolve uma religião como desenvolve uma anatomia, uma família, tribo ou instrumentália. Mostrem-me uma cultura, ao longo dos séculos, em qualquer latitude do planeta, onde os indígenas não tenham desencantado uma religião - isto é, uma relação com o divino - e eu ofereço-vos uma viagem interestelar, com estadia e tudo pago, durante um mês, no melhor hotel da galáxia Andromeda.

Também sobre a qualidade, superioridade ou verdade das religiões não me compete, nem interessa, aqui, esquadrinhar. Esta não é uma investigação ou manifestação de índole "religiosa". É apenas  a crença, enquanto crença - isto é, enquanto natureza psicológica humana - que me convoca. Ora, quando Chesterton, na sua célebre (e justa) proposição proclama que "quando se deixa de acreditar em Deus, passa-se a acreditar em qualquer coisa", está, precisamente, a colocar a questão no plano desse "instinto ou vocação natural" para a crença. Se lhe retirarmos o seu curso e destino natural, ele desvia-se para fancarias e artifícios de conveniência, contrafacção ou recurso. É notório, naquilo a que se chama, hoje em dia, Oxidente, que a crença em Deus recua significativamente, enquanto, por lógica implícita e intrínseca, a crença em tretas, de conveniência e verosimilhança duvidosa, aumenta. Acredita-se no apocalipse global por uma série de factores bombeados ad nausea pelos megafone de serviço - aquecimento, pandemia, flato bovino, etc; acredita-se na "democracia" (arque e telos de todas as coisas, redentora do céu e da terra); acredita-se - piamente! - nas notícias mais contraditórias e inverosímeis, algumas mesmo descabeladas de todo, desde que passevitadas pelos mass-media sacrossantos; acredita-se na última moda em matéria de revisão do passado; acredita-se na "ciência" por via do milagre da multiplicação das próteses, pinchavelhos e tecnobugigangas; acredita-se na panaceia farmacológica; enfim, acredita-se em qualquer pastor evangélico de vão de escada e em qualquer bibliofania de carregar pela boca que, no fundo, é o que todos esses epifenómenos, na essência e recorrência, protagonizam.

Todavia, sobressai uma ironia trágica em todo este circo ambulatório: é que à medida em que o "instinto religioso" se degrada e achincalha a Oxidente, também de mãos dadas com ele, se atrofia e definha a olhos vistos o próprio Instinto de Sobrevivência. Como se a relação com o Divino constituísse, no Homem, uma manifestação e exercício de Vitalidade; e o seu abandono ou desprezo, fatalmente, um sinal de submissão ao estertor e à morte.

Assim, quando se enuncia ou evoca "civilização ocidental", em bom rigor, significa-se o "ocaso da civilização". Culturicídio em larga escala.

sábado, julho 15, 2023

Da geogonorreia global (e o seu principal agente patogénico)



 « Military, for the United States, is different from what the word ‘military’ meant in every other society from the beginning of time. When you say military, you think of an army fighting. You cannot conquer a country without invading it, and to invade it, you obviously need an army, you need troops. But the Americans can’t mount an army, of enough size, to occupy anybody except Grenada, or Panama, because the Vietnam War stopped the military draft. What America does have, what it calls military, is what you quite rightly linked it to: the military industrial complex. It makes arms. And weapons.

But again, these are a funny kind of weapons. Suppose you had a winery that made wine that was so good, that really wasn’t for drinking. It was for wealthy people to buy, and to trade. And as the years go by, the wine would turn to vinegar. It’s not wine for drinking. It’s wine for making a profit, a capital gain.

Well, you can say the same thing about America’s military arms, as we’re seeing in Ukraine right now — or as President Biden calls it, Iraq. The arms, basically, are there to create a huge profit for Raytheon, and the other companies in the military industrial complex. They’re for buying, and they’re for giving to the Ukrainians, to let Russia blow them up.

But they’re not for fighting. They’re not for winning a war. They’re for being used up, so you have to replace them now, with yet new buying. And so the United States State Department has asked Germany and other European countries, well, you’d promised to pay 2% of your GDP on military arms to enrich our military industrial complex.

But now that we’ve given all these tanks and missiles away – Russia just blew up 12% of all the tanks in just one week – so we only have a few weeks left to go before they’re all wiped out. Because they really don’t work on the battlefield. They’re not for fighting, they’re for being blown up. Now we want you to actually increase your spending to 4%, to replenish all of the stocks, you’ve just depleted, 10 years, maybe 20 years, of your arms stocks. And you have to now replenish them very rapidly, in order to meet the NATO targets, that we and the State Department, have set. So military today isn’t really how you control other countries. America’s found it much easier to do this by financial mechanisms.

You conquer a country financially, you conquer a country by getting it to submit to austerity programs by the International Monetary Fund, again, to impose austerity, to keep its local wages down. So you use finance as a means of imposing post-industrialization and depression, in order to prevent democracy from developing.

So any country that is seeking to promote a democracy by public spending on basic infrastructure, or banking, like China is doing, is called an autocracy. And every autocracy that has imposed a client oligarchy, to fight against labor, and to prevent these policies that would help enrich and industrialize the economy, is called a democracy, not an autocracy.

So we’re back in the Orwellian logic to describe a situation, that probably even the cynical George Orwell, would not have thought could go quite this far.»

 - Michael Hudson (numa entrevista algures)



Dum modo geral, são verdades evidentes e empiricamente demonstradas no pós-capitalismo (ou financeirismo de ponta, como preferirem). Apenas me ocorre um brevíssimo reparo à seguinte frase: "So you use finance as a means of imposing post-industrialization and depression, in order to prevent democracy from developing."

Ora, eu entendo, baseado numa sólida  observação empírica de meio século, com acento especial nos últimos vinte, que a "imposição de desindustrialização e depressão" não impede o desenvolvimento da democracia. Bem pelo contrário, a "imposição a martelo e por inoculação forçada" da "democracia" é que impede o desenvolvimento saudável - entenda-se natural - dos diferentes povos, culturas e nações. Por conseguinte, e sobretudo na actualidade, a imposição da desindustrialização e depressão não constitui obstáculo, mas funcionamento premeditado... Da tal Democracia de faz de conta (e por conta).

Sou então anti-democrata dos quatro costados?

Não sou nem nunca fui lá muito anti o que quer que seja. Pauto-me e recomendo, para quem aceite um conselho, pelo equilíbrio, pela justa medida. Importa pois inquirir o que significa "democracia". Como com todos os conceitos, sobretudo aqueles de conveniência e arremesso, existe a democracia enquanto abstracção; e a democracia enquanto modo concreto de administração política.

A democracia, enquanto abstracção, poreja virtudes e vantagens deslumbrantes, bem como confortos e maravilhas do outro-mundo (e apenas não diria do "melhor dos mundos" porque se trata antes, e apregoadamente, do "menos mau de todos eles", ou seja, o inferno terreal em modo e poção digesta. Fora da democracia, explicam-nos ininterruptamente, é só fel e azedume a todas as horas, sem qualquer paliativo ou edulcorante artificial). De resto, mesmo enquanto abstracção, a democracia, entre liberal e popular, aufere dessa diferença reveladora: nos populares vende-se o "paraíso terreal" em versão revista e aumentada; nos liberdadeiros bufarinha-se o "inferno terreal", em modelo garantido mas climatizado. Ambas dispensam Deus e babelizam ao desbarato. 
Depois, e como contrapartida, existe a democracia em concreto, nos seus diversos casos, latitudes e ocorrências. E o que se verifica, invariavelmente, é que a bota não bate com a perdigota: a democracia na realidade contende e marimba-se para a democracia em abstracção, tripudiando, degradando e refocilando a seu bel-prazer. Na variante popular, o paraíso é só a montra do inferno; na variante liberal, o inferno é traficado como a cura e superação do paraíso.  Entre os amanhãs que cantam e os amanhãs que choram, o otário vive a empenhar o presente para pagar, com juros infinitos e imarcescíveis, os eternos e fictícios erros  em falsos contratos promessa do passado (vulgo letras ao portador em branco). 
Poderemos - e devemos - obstar a ambas que não passam de expedientes que, sob os ouropéis da utopia peregrina, apenas procuram instalar uma forma concreta e rasteira de opressão e exploração do pagode otário. Só que preparemo-nos: a justa e legítima objecção ao concreto particularmente psicopata e obsceno terá como resposta a acusação de lesa-abstracção e o auto-de-fé, sumário e inapelável, em subsequência. Cancela-se hoje como antigamente se queimava. Duvidar do concreto é incorrer na monstruosidade dolosa perante a abstracção; criticá-lo, ou pior que isso, denunciá-lo na sua imunda parada pelo mundo equivale à nova heresia e blasfémia por atacado. É que há todo um lixo concreto e fazer-se pagar, sobretudo em termos de indemnização penal, como abstracção de ouro.
Voltando à questão, sou então antidemocrata? Bem, ninguém me convence do contrário:  (a tal "democracia") deve ser evitada como qualquer doença infectocontagiosa sobremaneira virulenta, mescla de mental e venérea. Atentem, a título de exemplo comprovativo, no nosso velho e amado  Portugal... No seu deplorável estado hodierno, cambaleia e balbucia entre a demência senil incontinente e o escantamento político a pedir zaragatoa. De urgência.

sexta-feira, julho 14, 2023

Mais que legítima defesa...

 

«Rússia: os deputados adoptam lei contra pessoas transgénero»



É caso para dizer que até estou de acordo. É, realmente, mais um surto de medidas conservadoras: conservadoras da espécie, da sociedade e da humanidade em geral, russa em particular.  Aproveito para referir, com sublinhado e negritado,  que todas as medidas contra a "comunidade LGBT+" (ou contra quaisquer sociopatias em geral) me parecem do estrito domínio da necessidade, ou seja, dum âmbito muito mais vasto e fundo do que a própria razão. Até porque obedecem a um instinto, muito mais do que a uma mera lógica -  o instinto poderoso e determinante que prevalece a tudo desde o início dos tempos e da própria vida humana: o Instinto de Sobrevivência. 

A pergunta do milhão de dólares é porque á que o "oxidente" perdeu esse instinto essencial? Ou seja, a que propósito é que deveio, em concreto e absoluto, na linguagem canina da anti-civilização,  um death-cult?... 

Estou certo que os meus leitores, pessoas argutas e inteligentes, saberão elucidar-me.


segunda-feira, julho 10, 2023

A Bênção da Neutralidade

Juntamente com Jacques Baud, Bernard Wicht é uma das vozes a escutar com atenção... Da Suiça - apesar de tudo - neutral. Abençoadinhos sejam!





sábado, julho 08, 2023

Rádio Televisão & Petas

 



Segundo a nossa televisão estatal (e as privadas em coro) tratou-se apenas dum ataque falhado (mais um) dos mísseis russos, que apenas lograram exterminar um orfanato desprevenido. 

sexta-feira, julho 07, 2023

Viagem ao mundo dos NeoCon(tos)


 


Podres mas bons

 O Enchido Costa deve escolhê-los a dedo, dirão os mais sarcásticos. Todavia, suspeito bem, não é bem a dedo: é mais pelo odor. Sem o adocicado aroma a putrefacção, não presta.

Adenda: certamente inspirados no "Fantasma de Kiev", o Titterington e a sucessora na suculenta pasta da  "(In)Defesa" parece que apostaram fortemente em "assessores fantasmas" e outras eminências pardas espectrais. Tire o cavalinho da chuva quem alguma vez pense que o Titterington possa ser beliscado. O fulano é inexpugnável. Tem um bafo prottector muito poderoso. Do estilo Orelhudo dos Santos na RTP.

terça-feira, julho 04, 2023

Militares a dias

 Sobre essa questão da tropa a martelo, ou marcelo, ou o raio que o parta...

Vou ter que me acalmar e tentar digerir isso sem responder, como merece, com uma catadupa de obscenidades e impropérios. Acho até que vou pedir ao Ildefonso para que comente ele, em vernáculo lusitano.

Entretanto, deixo apenas uma achega sumária: convém que Sua Excelentíssima Nulidade comece por dar o salutar exemplo. Ele e os generais de pacotilha que segregaram a ideia. Aliás, se calhar até ficávamos todos a ganhar, sendo certo que pior servidos não amanhecíamos. Ou seja, com carácter de urgência e supra-desígnio nacinhal, que a presidência da república e, sobretudo, o generalato pimba, sejam de imediato oferecidos a imigrantes. De preferência daqueles sem qualquer tipo de experiência militar, habilitações literárias de nenhuma espécie, e domínio da língua portuguesa abaixo de zero.  Se tiverem cadastro criminal (podem até ir garimpá-los nas penitenciárias ou gangues de subúrbio) tanto melhor. Em suma, e num requinte de zelo e discriminação altamente positiva, que os eticamente analfabetos cedam lugar aos foneticamente disfuncionais. Ao menos não temos que aturá-los a debitarem inanidades e coprolérias a todas as horas. Concedem-lhes a nacinhalidade  a troco do serviço doméstico mili qualquer coisa? insisto: A nacinhalidade é pouco!, dêem-lhes logo a presidência da república e os Taxos-penicos Maiores das  três armas. Se é para desbaratar o nada que resta, nada de forretices!...

domingo, julho 02, 2023

As armas da Ucrânia e as Black-operations

 


A novilíngua  prossegue a bom ritmo. Agora motins e tumultos armados na via pública, mais pilhagens e vandalismos a esmo, quando praticado por "europeus de importação", são "protestos". Qualquer dia vou ali ao banco, de arma na mão, protestar. Também tenho alguma dificuldade em compreender (wink, wink...) porque é que os protestantes não protestam directamente nas figurinhas dos títeres de serviço (vulgo políticos, jornalistas e magistrados, passe a redundância).

Mas o mais interessante - e evidente - da coisa é que tudo isto está a ser devidamente manipulado e "organizado" pelas anglo-agências do costume. E pôr a larga comunidade judaica a cavar, assustada, para Israel também não é providência de somenos. Para o efeito, as células adormecidas e implantadas do ISIS, mais o armamento para a Ucrânia - em saldo, revenda e belorregia lateral, no dark-market e na intelligence shop - desencadearam e cavalgam o circo. Mais uma revolução colorida? Se pensarmos que o negro é a ausência de cor, será uma "revolução descolorida", se tanto.  

A solução? Que se fodam. Têm o que merecem. 

PS: Num país a sério, os páras da Legião já estariam na rua com ordem para abrir fogo a eito. Um banho de sangue? Para grandes males, grandes remédios. Mas, também, num país a sério jamais aconteceria uma bandalheira destas.

sábado, julho 01, 2023

O Oxidente no Ginásio da Democracia

 


Ao contrário da fragilidade e melancolia putiniana, no oxidente impera a força e a determinação robusta dos musculosos e formidáveis líderes. Autênticos Hulks da santa democracia!

quinta-feira, junho 29, 2023

Debaixo da Cobertura

Stockwell era o chefe de operações da CIA para Angola, durante e o pós descolhonização portuguesa. Fala-nos de métodos e artifícios da Agência. A Guerra Civil Angolana foi, revela ele, uma "Covert operation" americana. E o 25 de Abril, já agora, também andou lá perto? Ou foi só a terraplenagem subsequente?

Por outro lado, também é bom (embora péssimo) saber que esta mentirorreia concertada já vem lá muito de trás. E os "livros de História", designadamente pós Segunda Grande Guerra, com que "espírito" - isto é, sob influência de que medidas espirituosas - foram escritos (e continuam a ser: é uma enxurrada deles todos os anos, especialmente sobre aquele assunto fetiche, para excitação ideológica e masturbação necrófila dos mentecastos).




terça-feira, junho 27, 2023

Oximorologia para Totós 1. Democracia liberal

 Democracia liberal não é apenas um oximoro: é uma imundície semântica. Do estilo "excremento higiénico", ou "bosta sabonete". Não estamos unicamente ao nível da contrafacção do conceito, mas da sua completa perversão. Não se trata, como a fantasia lexical poderia sugerir, do poder pelo povo, mas do mistificar, explorar e ordenhar o povo em nome do povo. Não é autocracia, na exacta medida em que é xeno, cripto e alocracia. É como infiltrar um vírus num computador ou num organismo e depois clamar que a disfunção ou a doença constituem a forma mais "natural", "justa" e "civilizada" de operação ou existência.

De resto, o liberalismo, nem nos princípios nem nas vocações, partilha de quaisquer intuitos democráticos, entenda-se, igualitários. Bem pelo contrário: prequela e caldo de cultivo bacteriológico do darwinismo, é a lógica do "mais apto" - traduzido no truísmo retronutriente do "sucesso económico" - a sua força motriz. Juntamente com o seu gémeo do outro lado do espelho - o marxismo, reduz o homem ao mero come&caga, miniaturizando-o a um estrito sujeito de economias e mercados. Na vida normal, o mercado é um local onde o ser humano gasta uma parte da manhã em aquisições necessárias ou meramente convenientes à sua subsistência e conforto. Na fantasia liberal ascende a ídolo canibal, presidente de orgias místicas e sacrifícios humanos, tema principal e exclusivo de amuletos, totens e esconjura-espíritos.

A democracia serve de cavalo ao enxerto do liberalismo. Quer dizer, fornece apenas a raiz a uma copa produtora de frutos completamente exóticos e esquisitos. Donde resulta, no topo da trampolinice política, a célebre máxima: " a democracia (liberal, entenda-se) é o pior de todos os sistemas políticos, excepto todos os outros". Manifesta, assim, a sua essência intrinsecamente maligna: o Bem está de todo fora da equação. Nem sequer é possibilidade. Não há opção. Apenas pode, o otário, escolher, eleiçoando ficticiamente, entre o mal e o mal menor. Ora, este não haver alternativa digna desse nome, mas apenas uma fatalidade vitalícia, hermética e concentracionária, que convida à resignação, à indiferença e à monotonia, é exactamente o avesso - mais até que o oposto - daquilo que, em tese, se impinge e trafica como "democracia". Para os liberais, de todas as espécies e virulências, o Bem é uma utopia. E o bem comum mais que todas as outras. Nem o estado é pessoa de bem, nem a pessoa de bem é entidade que sequer exista ou possa ser pensada. Todos são filhos da puta que se regem,  exclusiva e compulsivamente, por apetites, caprichos e interesses pessoais, tanto mais dignos de louvor e delegação expedita de poder quanto a sua fortuna pessoal o - em absoluto - justifique. E só não são todos filhos da puta por igual, porque, precisamente, a filha da putice é, na sua degradação infra  de todos os valores e axiomas civilizacionais, uma descese (ascese invertida) - extrema e radicalmente - elitista. Quando se trata de escavar túneis e galerias na bosta, não existe mega-burgesso que não se fantasie em trâmites e frenesins de Papa. É que, além de ultra-elitistas, são igualmente ultra-instantâneos: saltam da superstição para a Religião Única enquanto o diabo esfrega um olho. O cego, seguramente... avaliando pelo teor e fedor da transmutação. Um exemplo vivo? George Soros; mais democrata e liberal é difícil.

Por outro lado, a "democracia liberal" permite-se ser imune a todas as ideologias. Não as combate: absorve-as. Não as condena: apenas se projecta venenosamente nelas consoante as conveniências do momento. Aquilo que em si é virtude, uma vez transposto e afixado nos outros devém mácula hedionda, horror inexpiável: populismo, racismo, belicismo, imperialismo, etc, etc. Prestem apenas atenção aos alvos das sucessivas assuadas propagandeiras.

domingo, junho 25, 2023

Turismo marcial

 Enquanto tentamos decifrar o "desfile Wagner" entre Rostov e Moscovo, aqui fica um desfile de "comandos" no Senegal. Chamo a atenção para o alto nível de disciplina, ordem unida e espírito de corpo destas formidáveis tropas de elite. Não admira que os "nossos" ex-guerrilheiros guineenses (alguns deles, entretanto, reciclados nas nossas unidades especiais),  aquando dos confrontos do primeiro golpe anti-Nino Vieira em 1998/99, tenham feito deles mingau de senegalês. Conheço um em especial, que andava com cabeças  pendurados no jipe. Só não sei se mantinham ainda, as ditas, os óculos escuros emblemáticos... Mas quase aposto que não.

 


Já agora, por falar em "comandos ridículos"... e um pouco a propósito do mais recente caso hospitalar da confraria.

Dei-me ao trabalho de ir ver reportagens de desfiles (10 de Junho, etc) dos actuais "comandos" "portugueses". Em má hora o fiz. Duas palavrinhas apenas: deu-me vómitos. No meu tempo, havia tropas da pacaça que marchavam com mais cagança que aquilo. Pura e simplesmente, nem sabem marchar. Parece um bando de marrequinhos. De elite, só se for o apagamento. A matéria prima, ao que tudo indica, também não ajuda: colapsam em marcors, com golpes de calor. Também se caía, com a canícula, de cara no chão, antigamente, nas imensas secas de parada durante o Curso. Mas ninguém lá ia levantá-los. Hoje em dia, é toda uma mariquice instaurada à força de jornalixo. Aquilo que urge banir da nossa sociedade, e que num postal adiante escalpelizarei em detalhe, é o que os gregos homéricos traduziam como "andros" - a bravura, a virilidade, o valor (o autêntico, enquanto valentia). A morte não desonra ninguém: a vida indigna, sim.


PS: Sobre aquele teatro da Rússia, a minha grande questão é a seguinte: o que é que os Russos andaram a fazer enquanto o Olho de Sauron se concentrava naquele chamariz wagneriano?... Suspeito que não demoraremos muito a saber. Chama-se manobra de decepção na gíria militar. E neste caso funciona até duplamente: porque, para já, deixou decepcionados todos os entusiastas adeptos de guerra civil russa caída do céu aos trambolhões. Até um cigano sabe isso: quando quiseres enganar um tolo, toino ou Rogeiro desta vida, debita-lhe a treta que ele espera ansiosamente ouvir. 

sexta-feira, junho 23, 2023

A Ordem do (des)Governo

 A propósito das "Ordens", ficou um detalhe cuja clareza, ao menos, não oferece dúvidas: a Ordem dos Membros do Governo da República. Devidamente atestada nas políticas, no plano interno perante os media, e no domínio externo perante a ditadura externa oxidental... É a Ordem dos Invertebrados.

quinta-feira, junho 22, 2023

Democracia verdadeiramente popular e kaosnáutica de ocasião

 




A democracia amerdicana rebenta já com a escala: dos níveis de excelência única a que nas habituou, alcandora-se agora ao zénite do sublime. Segundo uma metangariador da Blackrock, transaccionam-se senadores por $10K! 

Isto, sim, é colocar o poder ao alcance do povo. Qualquer vendedor de cachorros (quentes) ou atendedeira ao domicílio pode já adquirir um senador da república e proceder àquilo que é o cerne e a alma da democracia: montar lobby.

Entretanto, ficamos também a saber aquilo que já suspeitávamos:

«Ukraine is good for business, you know that right? Russia blows up Ukraine’s grain silos and the price of wheat is going to go mad up. The Ukrainian economy is the wheat market. The price of bread goes up, this is fantastic if you’re trading.  Volatility creates opportunity for profit…»

Depois dos tempos de glória dos cosmonautas, seguidos dos cibernautas, eis-nos na idade de ouro dos Kaosnautas. Felizardos que somos! E as pessoas nem agradecem ao Mercado... nem dão valor. Tirando, bem entendido, esses dois taumaturgos oxidentais: o grunho Rogeiro e o seu símio adestrado (e recauchutado) Milhazes.


Disclaimer: a imagem em epígrafe não tem nada a ver com o texto abaixo. E, por outro lado, ao mesmo tempo, tem tudo.

quarta-feira, junho 21, 2023

Relativismo absoluto

 


O relativismo dos nossos dias é absoluto. O relativismo, aliás, compete em estupidez com o dogmatismo dos ateístas actuais. Acreditam, pia e religiosamente, na inexistência de Deus. Como quem faz do Nada tudo. 


terça-feira, junho 20, 2023

Ponto de Ordem

 Discutiam as "ordens" profissionais numa rádio qualquer. Suponho que era aquela particularmente asquerosa, com laivos e petulâncias de informativa. Como não percebo nada do assunto, agradecia que me iluminassem. Deixo, para o efeito, apenas algumas questões que me intrigam:

a) Aquilo das "ordens" tem alguma coisa a ver com herança, reminiscência ou remodelação de fachada das corporações do antigamente?   

b) Em caso afirmativo, e não quero com isto tecer qualquer juízo de valor, podemos então considerar que as ditas "profissões liberais" são reguladas por um preceito e enquadramento "fascistas"? (

c) Existe alguma semelhança entre o Bastonário duma ordem e o Padrinho duma mafia?

d) Apercebi-me que existe um ror de ordens, flanando sobre as profissões mais assombrosas. Porque é que as calistas e esteticistas não têm ordem? Ou as cabeleireiras? Ou os lavadores de automóveis? Os os operadores especializados da recolha do lixo (vulgo almeidas)? Ou os açougueiros e magarefes gourmet? Ou os astrólogos, cartomantes e videntes autorizados (enfim, os Rogeiros, Milhazes e  mentirosos compulsivos desta vida)? E os LGTBQI+Não sei Q profissionais? -Quando é que têm ordem? E os cangalheiros, funerários e tanato-tratadores, não merecem uma ordem? Quer dizer, há profissões mais dignas e mimosas que outras? Isso é respeitar a Constituição e o princípio da igualdade entre todos os cidadãos? E os futebolistas, contentam-se com a porcaria dum sindicato? E os toureiros? E as peixeiras, varinas e operadoras de mercado? E as hospedeiras de bordo - não são gente com direito a ordem? E os campinos? E os proxenetas e outros agentes artísticos devidamente legalizados e inscritos nas Finanças? E os limpa-chaminés, não existem?... Francamente!...

domingo, junho 18, 2023

Coisas de Zeus


 

O derradeiro reduto da Esperança: a Natureza. E os seus flagelos.

sexta-feira, junho 16, 2023

Iberismo (na brasa) à Dragão

 Claro, claro...Também sou iberista. A minha ideia de iberismo, aliás, ficou bem exposta, já lá vão uns bons anitos, no postal que se segue:



OLIVENÇA É NOSSA!

Pronto, temos o caldo entornado! Li por aí, algures, qualquer coisa sobre a Olivença mártir, ocupada pelo castelhano ímpio. Está tudo estragado. Eis que um manto vermelho me tolda as vistas e ímpetos tigrinos me revolvem a figadeira. Esta, má de sua usual natureza, está agora péssima, segregando uma bílis capaz sabe-se lá de que homéricas façanhas e belicosas audácias. Um vulcão de rompantes homicidas envinagra-me os azeites e trepa-me à mioleira. Não, não me deviam ter falado numa coisa dessas. Agora aturem-me!...
Fez ontem quantos anos? Duzentos e quatro?!! E ainda tendes o descaro de me dizer uma coisa dessas?!! São duzentas e quatro punhaladas no meu coração!, são duzentas e quatro marretadas na minha cabeça!, são duzentos e quatro coices nos meus digníssimos testículos!
Mas somos homens ou larvas rastejantes?! Somos varões ou galinholas?! Estamos à espera de quê? Hem?!
Para Olivença e em força! Já! Imediatamente! A todo o vapor! E, de caminho, a título de juros de mora, tomamos também Badajoz. Aproveitamos e enfardamos caramelos –ou seja, em linguagem técnica, reabastecemos -, e aí vamos nós, direitos a Sevilha, a Algeciras, a Ayamonte se os cabrões dos espanhóis não ajoelharem prontamente, em rogo de misericórdia e juras cegas de vassalagem perpétua. Em se prostrando, os biltres, os cães, agarrados às mulheres e aos filhos, lavados em lágrimas, ainda vá que não vá: cobramos tributo, pagam uma choruda indemnização, (a fórmula será défice x 2 + total de anos de usurpação x Pi) e vamos comprar casacos de cabedal a Ceuta. Caso contrário, se armarem em esquisitos, se se puserem com procrastinanços, não me telefonem nos próximos doze meses: vou andar extremamente ocupado em razias pela Estremadura, a pôr a ferro e fogo a Andaluzia, a desertificar a Serra Nevada (sobretudo de turistas, para lhes arruinar o turismo parolo) e, nec plus ultra, a violar chicas ali prós lados da Meseta. Hei-de flagelá-los com tal rigor, que, diabos me levem, se, em menos de dois meses, não hão-de andar de joelhos, aos gritos, a implorar a Deus por tsunamis e dilúvios alternativos. (Nota: não esquecer de passar por Andorra para ver a que preço estão os Hi-Fis).
Entretanto, caso os olivenses (ou olivenceses, ou olivedosos, ou lá o que são) actuais, segundo malsinam certas línguas escamosas, não nos receberem com a aclamação e fanfarra devidas, e, pelo contrário, escandalosamente, nos presentearem com umas lúgubres trombas cravejadas de olhos de carneiro mal morto absolutamente remelosos, fazemos como os primeiros cruzados na Santa Jerusalém libertada: passamo-los de mal-mortos a bem-mortos. Em três tempos. É esse, aliás, um costume típico destas romarias, um procedimento que fica sempre bem em qualquer festividade, e como "ética" quer dizer "segundo o costume" tratamos de fazer "segundo a ética". Sobretudo, para que depois não apareçam aqueles estrábicos torcicolados da ONU, que só vêem para um lado, filhos da puta, com conversas parvas de crimes contra a humanidade e queixinhas palermas de famílias pulverizadas sem mandato internacional ou valas comuns desrespeitadoras do PDM. Que pandilha! Julgam eles que quando um herói está com a mão na massa, assoberbado num alto empreendimento, tem tempo e disponibilidade para minudências?!...Irra, paladinos do ar condicionado, é o que eles são. Ordenhadores do palanfrório! Burocratas de merda, sempre com a mania dos alvarás, das resoluções, das assembleias gerais. Beija-cus dos americonas, um pénis os fecunde!
Creiam-me: nunca as circunstâncias, cá e lá, e em toda a parte, foram tão propícias. Basta reparar, com olhos de ver, nos astros e respectivas confluências. Perguntem ao Delgado, à Helena Matos, ao Almôndega Prado Coelho, ao João Miranda (a pedido da Zazie, não digam nada ao VPV). Ide mais longe, se a certeza científica vos apoquenta: matai um galo preto e espreitai-lhe as vísceras; depois um galo branco; depois, uma galinha careca e, finalmente, por via das dúvidas, uma carpa dourada. Mesmo as fezes dos recém-nascidos, emulando Picasso, ultrapassando Miró, não falam doutra coisa. Multiplicam-se os prodígios.
É a hora! Às armas!
Tanto desempregado que anda para aí ao alto, a coçar a micose; mais outros tantos funcionários públicos, do quadro, inamovíveis, sedimentários, obesos, a precisarem de exercício; e igual hoste de gays e ateus suicidas, habituados aos rigores da campanha e ao trabalho de sapa; para já não falar nos políticos ociosos, nos jornalistas sanguinários e nos - sobretodos ferozes, impiedosos, carniceiros - bloguistas liberais (incluindo-se neste termo geral todas as diversas e incontáveis seitas, estirpes e castas: neoliberais, anarcoliberais, conoliberais, pimboliberais, liberais gays, liberais ML, liberais TDI, liberias DDT, 605 Forte, SOS-prostituta, cartel de Medelin, "A Mão Invisível", "O Pé Invisível", esquisoliberais, Testemunhas de Bush, Igreja Universal do Reino do Tio Patinhas, Fãs do Capitão América, etc, etc, etc). Basta mobilizar toda esta gente, que diabo, municiá-los dum objectivo, documentá-los da peregrina táctica e inseri-los numa estratégia mirabolante, mas vencedora. Dai-me uma ideia fixa, que eu dou-vos uma alavanca capaz de jogar bilhar com planetas!...
Dir-me-ão, os cépticos bananas do costume, que eles, os Castelhudos, têm a Divisão Não Sei Quantos, mais o Batalhão Fulano de Tal e ainda um Porta-Aviões todo equipado, pintado de novo e com muitas bandeirinhas, enquanto nós nem submarinos decentes e modernos temos: os que submergem não emergem, e o que submerge e emerge não navega.
Realmente os submarinos davam jeito, um jeito do caraças...certamente para irmos Tejo acima e atacarmos Toledo. Depois, criada a testa de ponte, retrocedíamos até Alcantara (em Espanha, não confundir com aquela zona de discotecas em Lisboa) e fazíamos um desembarque anfíbio, precedido do desfile da Banda da GNR, para dar mais colorido à cena. Aposto que seria este o plano do Loureiro dos Santos, se alguém caridoso não o amordaçasse e acorrentasse a um poste de electricidade qualquer, de modo a poupar-lhe figuras tristes, mas compulsivas, diante das câmaras duma qualquer televisão. Francamente, e depois queixam-se estes gajos que são os rabejadores da Europa!... Mas alguém precisa de submarinos, tanques, bombardeiros, mísseis, porta-aviões ou sequer porta-chaves daqueles tipo 007, capazes de tudo e mais alguma coisa, quando dispõe de "políticos de destruição maciça", várias Brigadas deles; "gays e ateus suicidas", um leque completo de Batalhões de Choque, capaz de se fazerem enrabar ou cobrir de infâmia em qualquer ponto do globo; e, verdadeiro suprassumo bélico, arsenal único no mundo, "uma Mão e um Pé invisíveis" susceptíveis de todas as assimetrias e chacinas mais retumbantes?!... Tenham juízo.
Basta atentar na nossa Ordem de Batalha para perceber como estamos condenados a uma hegemonia, para já, ibérica, logo de seguida europeia e, finalmente, mundial. Considerem, fora as tropas convencionais que são despiciendas e podem ficar de piquete aos incêndios, considerem, dizia eu:

  • 5 Brigadas de Políticos de Destruição Maciça
  • 4 Batalhões de Choque Suicidas (o 1º -Gay Homos; o 2º-Gay Lesbos; o 3º -Ateus Furiosos; o 4º - Logística, simpatizantes e acólitos)
  • 1 Corpo de exército de Jornalistas nosferatus e Necrófagos
  • 1 regimento de bombeiros pirómanos
  • 1 Escola Prática de Infantaria Metrossexual
  • 1 Escola Prática de Cavalaria e Pingarelho
  • 3 esquadrões aéreos, com destaque para os F.Abaixo-de-zero, o famoso "Esquadrão de acrobacia aérea "Os Patos Bravos""
  • 1 Task Force de bloguistas Liberabundos (constituída por Gabinete de Agiprop; D.I.T.A -Departamento de Intoxicação e Técnicas de Automutilação; Brigada de Lorpas Paraquedistas e Comandos Peregrinos; Grupo Especial de Fogueteiros Pirotécnicos, etc)
  • 1 Agrupamento Zootécnico, formado por um regimento de papagaios louros; quarenta pelotões de macacos de imitação; duas companhias de varejeiras jet-set e um batalhão de insectos tele-rastejantes )
  • Arsenal Top-Secret das armas estratégicas de persuasão: os já lendários "Mão e Pé invisíveis".( Depois da dissuasão, eis que Portugal retoma a liderança global através do conceito de persuasão, congratulemo-nos!...)


Estais estarrecidos, não é?... O caso não é para menos. Nunca tal arsenal bélico, tal potência destrutiva, se reuniu e congregou sob o auspícios e as fronteiras duma mesma nação. São o sonho de qualquer marechal de campo em tirocínio para Deus. Mas serenai: não estarrecereis sozinhos. Em breve, todo o mundo, a começar nos Castelhudos, se estarrecerá também. Depois do polícia global americano, esse bandalho inoxidável, chegou a hora do GNR global português, esse enigma biodegradável. E onde os badamecos anglonóicos falharam na instauração forçada de democracias (ou seja, convenientes badernas na casa alheia), nós triunfaremos na sementeira de Alentejos (inexcedíveis parques de gastrópodes assimilados) até à Taprobana.
Quanto ao plano de operações para esta epopeia inaugural –o resgate de Olivença mártir, não esqueçam -, é matéria de elementar estratégia.
Em primeiro lugar, enviamos as quintas colunas infiltradas, que vão minar a vontade e a organização inimiga, já de si, segundo rezam as notícias, deveras debilitadas e previsivelmente claudicantes. Os espanhóis masculinos estão ocupadíssimos defronte do lavaloiças, a pilotar fogões ou aspiradores; enquanto os femininos fumam cigarros, mimam a carreira e vão ao psicanalista. Todos eles dormem religiosamente a sesta. Depois de almoço é todo um país prostrado no leito, a ressonar. Óptima ocasião para as nossas manobras hostis.
Para não fatigar o leitor pouco familiarizado com o léxico militar, passo a resumir o programa de festividades.

  1. Infiltração do Grupo Especial de Fogueteiros Pirotécnicos, disfarçado de contrabandistas de tabaco ou cabedais. Associam-se às feiras religiosas locais, sempre abundantes em honra deste ou daquele santo, e, sincronizadamente, à hora H, de dentro dos arraiais, lançam os seus engenhos infernais e pegam fogo às matas.
  2. A pretexto de ajuda, o Regimento de Bombeiros Pirómanos entra no país vizinho e ajuda a alastrar os incêndios, de modo a que estes irrompam alegremente pelas aldeias e vilórias.
  3. Entretanto, o 1º e o 2º Sub-Batalhões de Choque Suicidas (Gay-Homos e gay-lésbicas), numa ofensiva motorizada, assediam e seduzem as forças de segurança espanholas, em especial a Guardia Civil. Os Homos fazem-se enrabar heroicamente por tudo quanto é berma, gerando o pandemónio nas estradas; e as lésbicas chafurdam e lambuzam-se com não menos valentia, até à morte, de roda das chicas fardadas e das oficialas, arruinando de vez com a disciplina nas fileiras. Ao mesmo tempo, o 3ºBatalhão Suicida, o dos Ateus furiosos, imobiliza e transtorna, infernizando com argumentos absolutamente imbecis, o poderoso clero espanhol. Desamparada dos seus presbíteros, barricados e cercados nas suas sacristias, a população espanhola cairá num completo desnorte, logo seguido dum pânico generalizado, que lançará o caos nas comunicações inimigas, mergulhadas, é mais que certo, numa overdose de notícias contraditórias.
  4. Largada das Brigadas de Políticos de Destruição Maciça nas principais cidades espanholas. Rapidamente reforçados pelos políticos e aspirantes a políticos locais, devorarão recursos e energias, desviarão fundos e receitas, inventarão desculpas e subterfúgios, desmoralizarão à esquerda e à direita. Os sindicatos organizarão marchas e greves, os partidos farão comícios, o parlamento apelará ao Rei que, em desespero, chamará Julio Iglésias em socorro da pátria. No entanto, Julio Iglesias, conforme previsto, estará retido por uma brigada de Jornalistas Nosferatus, reforçada a uma companhia aérea de Varejeiras Jet-set e dois batalhões motorizados de insectos tele-rastejantes. Finalmente, de modo a impedir definitivamente que o colosso cante, o que seria catastrófico, senão mesmo mortífero, para as NT (Nossas Tropas), em especial para os F.Abaixo-de-Zero "Patos Bravos" e o Agrupamento Zootécnico, forças mistas da Brigada de Lorpas Paraquedistas e Comandos Peregrinos silenciarão a mais perigosa arma inimiga, através do lançamento de Misses teleguiadas que o neutralizarão sem dó nem piedade, castrando-o. O timbre vocal ficará irremediavelmente arruinado, excepto para trinados maricas, mas inofensivos, estilo "Ala dos Namorados".
  5. Por esta altura, já só o poderoso Estado Maior General Espanhol ainda resistirá. O general chefe estará reunido com os seus oficiais, tentando accionar o plano de emergência que movimentará as tropas e o porta-aviões que, em seu néscio entender, irão devolver a ordem e a soberania ao país. O risco da emergência dum novo Franco é por demais evidente. Momento crucial da nossa estratégia, este: o derrube do baluarte derradeiro da resistência inimiga. Terrível hora, essa, em que, com a inexorabilidade dum super-poder, faremos avançar a "Mão Invisível". (Benzamo-nos e afastai de fronte do monitor as crianças e os idosos mais sensíveis a certas cenas!...) Mas eis que a tremenda arma avança. Lá vai ela, sem que ninguém a veja... O general castelhudo debruça-se sobre mapas, traça azimutes, apascenta blindados e fragatas, orienta raides e bombardeamentos devastadores. Os outros bebem-lhe, reverentes, a peroração tonitruante; estremecem aos murros na mesa, aplaudem as retaliações arrasadoras. Lisboa não perde pela demora. A Mão, porém, invisível, já entrou descontraidamente na sala. Horror!, aproxima-se do General-Chefe e, mais inteligente que qualquer bomba inteligente, que qualquer míssil catedrático, e até mesmo que José Pacheco Pereira, não hesita e apalpa o cu ao grande estratego. Sacrílega, profana-lhe, sem remissão, o templo da dignidade máscula. Talvez seja melhor não descrever o caos subsequente; o escândalo que, primeiro, a murro e, depois, a tiros de pistola, o emérito cabo de guerra, furibundíssimo, tentará aliviar. Certo é que cinco minutos mais e com cinco coronéis a menos, o mesmo cavalheiro, na mesma zona superiormente determinada, é, podemos estar certos, de novo alvejado. Em cheio. O sistema de pontaria da "Mão" é infalível. Aí, se já tinha passado das palavras aos actos, agora, com a lógica própria da corrida aos armamentos, passa da pistola à granada. À medida que o Estado-maior, por artes auto-redutoras, vai descambando em Estado-Menor e, por fim, Estado-Mini, a "Mão Invisível", pré-programada, prossegue a sua missão aniquiladora. Já só resta o General-em-Chefe, arquejante, espumado, de olhos esbugalhados e a retaguarda dorida. Entre a caliça e o fumo levantados pela última explosão, fita, alucinado, em redor... "Puercos! Maricóns! Sodomitas!", urra, descabelado. A "Mão", ainda e sempre, "invisível", inexorável, vai aplicar o cheque-mate. Insinua-se, por baixo, entre os joelhos, sibilina, e sobe...lentamente, letal, como uma tenaz impiedosa. A vítima continua aos urros, ignorando o fatal desenlace que a espera. A "Mão Invisível", esqueci-me de dizer, tem dedos de aço invisível, é inodora mas não é molengona nenhuma. Pelo contrário, possui uma força descomunal, é mão de Hércules, com força de prensa e ganas de alicate. O efeito dominó está prestes a consumar-se. A última peça tomba no preciso instante em que a "Mão" se fecha, invisível como sempre, mas tendo com reféns (bem espremidos) os mui dignos –e notáveis à vista desarmada - tomates do bravo General. Rendição incondicional, como é evidente.
  6. Decapitados os exércitos, restará o Rei. Como no xadrez, não é detalhe despiciendo. Uma palavra sua pode ainda ressuscitar um país; uma interjeição sentida pode ainda reacender a resistência (o que para nós, há que reconhecê-lo, como forças invasoras, não é nada conveniente). É a torre de menagem da alma dum povo, o monarca. Pois bem, o rei não é tão poltrão como o pintam. Mais que a pátria, sente o trono em perigo. Teme pelas mordomias, tanto quanto pelos vândalos abrutalhados que aí vêm. Ouviu falar das desumanidades mentais de que os Bloguistas Liberabundos são capazes. Teme o Gulag psicológico, a deportação para o Limbo. Suspeita que, em comparação, Hitler, se calhar, até merecia o Nobel da paz. A multidão imensa, consternada, suspensa, lacrimejante, aguarda defronte do palácio. Toda a praça geme, suspira, reza. Até que o rei, num brio que foi pescar às estranhas, assoma à varanda... Clamores, gritos, delíquios... O povo, em delírio, aclama, pressente o milagre. A Espanha, firme e orgulhosa, não ajoelhará diante do invasor. No limiar da História, fitando a eternidade, o rei emociona-se. Ao fervor tumultuoso do povo, responde com uma vénia emocionada, debruça-se do parapeito para recolher as flores rubras, os olés apoteóticos, para prestar homenagem à fé inabalável das simples almas...
    Sem saber que, secreto e letal, como a "Mão", bem atrás de si, se embosca, armado e catapultante, o "Pé Invisível"... (Tumph!...)


    Que ninguém duvide: Olivença é nossa!

quarta-feira, junho 14, 2023

A mais senil aliança da Europa

E lá foi o amanuense tira-selfies de visita aos bárbaros

Pode uma "aliança" ser uma variante de sado-masoquismo geopolítico? 

Pode sim. E nós somos a prova histórica disso. E não fomos exactamente a parte S (do S&M). Claro, que, como sempre nestas perversões, a coisa principia  por um arroubo amoroso. Que degenera e descamba fatalmente. Uns séculos adiante, o arroubo já só era roubo.

Na actualidade, ambas as partes, espojando-se irreconhecíveis numa decadência atroz,  já competem apenas pelo pódio para-olímpico da decrepitude internacional. 

De qualquer modo, entre a "velha aliança" e o "iberismo", venha o diabo e eleja. Raio me parta, se não é mesmo um certame entre o dejecto e o excremento. Basta um tipo pensar no Boris mongo, por um lado; e no Borell Botas, por outro. Para nós, portugueses, caso - por algum milagre de Fátima - ressuscitássemos, o ideal mesmo era que os ingleses e os espanhóis, a pretexto por exemplo de Gibraltar, se exterminassem todos, muito bem exterminadinhos, uns aos outros. Espero que não confundam isto com discurso de ódio: é nojo apenas. Olímpico.

PS: Não sei se já contei aqui o episódio verídico, passado durante a segunda guerra mundial. Havia um amigo do meu pai,  da marinha mercante, que abastecia a nossa casa de animais exóticos. Contava ele que os navios para a Alemanha iam carregados de volfrâmio (e outras mercadorias, comida, por exemplo); para a Inglaterra zarpavam bem atestados de areia. Os submarinos germânicos eram previamente avisados e tratavam de mandar aquilo tudo a pique, para lá da barra. O nosso Oliveira Salazar, é claro, cobrava o frete e a carga fictícia aos churchileiros. Abençoadinho! Aquele Homem era verdadeiramente um mister. E a vingança é um prato que se come frio.



terça-feira, junho 13, 2023

A Putin da Realidade

 O Natoquistão prossegue na sua fogosa e feroz ofensiva contra a realidade. A coisa, dificilmente, poderia estar a correr melhor... para a realidade. E os russos por ela patrocinados.

Começo a desconfiar seriamente de várias coisas:

1. O anão Zellinsky deve fazer jogo duplo. Questão de seguro de vida.

2. Os americanos e os russos provavelmente têm um acordo secreto para desertificarem a Ucrânia. Se não é concertado, é tácito.

3. O hardware militar oxidental não vale um caracol. Aliás, o gastrópode parece-me mais bem protegido para combate. Quanto aos militares do oxidente, sobretudo o generalato, como podemos testemunhar diariamente nas nossas televisões, está tão pronto e habilitado para uma guerra a sério como eu para me ir ali atirar ao poço. Tudo junto, hardware e estrategas de sofá - literalmente, desde os basbaques domésticos, aos mirones fardados-, esgota-se num adjectivo: sofisticado. É tudo tralha sofisticada, do metal ao mental, dispendiosa para caralho, e disfuncional na essência e na prática. Quer dizer, na realidade. O oxidente é a utopia mãe, filha, afilhada e prima de todas as utopias. A matrona do serralho final. Eu, um raio me parta, tive o azar de nascer ainda a tempo de assistir, ao vivo e a cores, a uma imunda bandalheira destas. Não sei quantos séculos de história, cultura e civilização para acabar metido no rebanho pária, facínora, demente, rastejante, que já nem correcção tem ou merece: apenas rasura. 

4. Acho que percebi, finalmente, porque é que o Natoquistão descartou o Zalusny: O porquinho Práktico foi substituído pela IA (ou AI, segundo os bárbaros) no planeamento e direcção da Ofensiva.





sábado, junho 10, 2023

Do blitz-kiri ao cortejo carnavalesco

 Os Ucraniquistaneses fizeram agora voto de silêncio, ao mesmo tempo em que se esmeram e esfarrapam todos naquilo em que geralmente acusam os russos: vagas tresloucadas e monótonas de gado suicida, com os reféns conscritos à frente, a servir de airbag, e os wannabe ariano-vickings atrás, compulsores e fuzilantes (dos anteriores menos entusiastas). Os russos não fazem grande destrinça, nem delonga,  e ceifam a eito, como lhes compete e a higiene planetária agradece. Entretanto, os nossos jornalixeiros de plantão encontram-se num deplorável estado de orfandade: sem os ucraniquistaneses a vociferarem as aleivosias descabeladas do costume, ficam sem material para repetir e, inerentemente, "notícias" com que  inform insultar a inteligência do público não auto-lobotomizado, ou nutrir e reforçar o estado de vegetação mental dos restantes.

Enquanto isso, decorreu mais uma cerimónia bacoca do 10 de Junho. Perante a escumalh..., perdão, rebotalho que preside e superintende à degradação e venda a retalho da Pátria, lá desfilaram as nossas tropas especiais de aviário e serviço de limpezas domésticas ao Império dos outros. Pequeno detalhe, apesar de tudo, reconfortante: ainda não foi este ano que paradeou a "brigada Unicórnio" ou, em tons ainda mais gaios e garridos, a "força de marinheiros LGBTQ+" do Continente. 

Pessoalmente, era para ter ido passear a minha boina vermelha ali para os lados de Belém/Pedrouços. Está para ali triste, a boina, porque não saiu do guarda-fatos. A culpa é minha, bem entendido. Continuo um gajo com muito pouca elasticidade mental (e moral)... Quando li que ia haver uma " cerimónia inter-religiosa (Católica e muçulmana)"subiu-me a mostarda às narinas e comecei a fumegar de mal contida indignação. Sobretudo com a injustiça: então e os protestantes, pá? E os judeus? E os animistas?... Olhem, fui semear batatas. Também, dos que me dizem respeito, nenhum foi para o céu, pelo que pouco me cativa, ou beneficia, a religião. É mais que justo o ditado: "os Comandos não morrem: reagrupam-se no inferno."

sexta-feira, junho 09, 2023

Entre a Pedofobia e a Pedofagia

 

«Birthgap - A childless world», um documentário sobre a pedofobia oxidental (e arredores)...









E (vem aí) um documentário de Mel Gibson sobre a Pedofilia Net (designadamente entre os trópicos de Holly(weird)wood e da Santa Ucrânia..). Imaginam-se já campanhas sobreassanhadas de repúdio e cancelamento.



Larguem o marisco!...

 Há notícias assim: de refinado recorte...

«Portugueses comem demasiado peixe? Quercus diz que sim e quer reduzir consumo»


Mais à frente somos devidamente esclarecidos. Em primeiro lugar, que comer peixe coloca em risco o planeta e pode convocar o apocalipse (afinal, tudo o que façamos, excepto suicídio sumário, pode despoletar uma catástrofe de proporções bíblicas). Mas o segundo lugar é que é mesmo apetitoso: somos informados, em detalhe, de quais as espécies de peixe que os portugueses mais debulham. A saber, e anotem bem: «o caranguejo, as lagostas, as amêijoas, os mexilhões, as ostras, os ouriços-do-mar, os corais e as lulas.»

Viram? Por um lado, denunciam o excesso voraginoso de peixe; depois revelam as vítimas principais e, pasme-se, nenhuma delas é peixe: apenas crustáceos, moluscos e bivalves. Ah, e os coitados dos corais. Andamos também a comê-los à bruta. Em resumo, e fazendo fé no rol descriminado, os portugueses ingurgitam demasiado marisco. E, fenómeno que de todo não imaginava, rilham corais só por gulodice, capricho ou  alarvidade atávica.

Ora, eu tenho quase a certeza que os portugueses já nem à sardinha regularmente alcançam; e ao bacalhau só mesmo por pirraça ou sacrifício na loja de penhores. Fará agora ao marisco!... Todavia, existem duas classes de  hospedados e catrafilados no território luso que enfardam marisco como se não houvesse amanhã: os estrangeiros e os estrangeirados (entre os quais, além dos poderes executivo, legislativo, judicial e merdiático, se alistam todas as variadas faunas e seitas de ambientalistas ronhosos).  E estes, sim, deviam ser devidamente fiscalizados, reprimidos e desmamados. Criando-se, quiçá, para o urgente efeito, campos de dieta e jejum rigorosos. Onde essas vorazes alimárias seriam mantidas e alimentadas, única e exclusivamente, com a palha que geralmente debitam, por palpite, opinião ou diarreia legisladeira e que, no caso dos talibãs ambientaleiros, se resume a uma misantropia sonsa, rançosa e altamente contaminada por doses massivas de pesticida. Pesticida, diga-se, daquele que eles usam para se auto-desinfectarem de qualquer tipo de inteligência, sensatez ou mera racionalidade. Aliás, todo este rousseauismo goro e requentado mais não traduz que essa redução inaugural - e festiva - do homem a uma besta infantil. À pedrada a anjos de fantasia com que masturba a (falta de) imaginação.


quinta-feira, junho 08, 2023

Da implantação

 

Emmanuel Todd vai directo ao cerne da questão: a Uniona Europosta degenerou em oligarquia que, entretanto, se atrelou, cega e estupidamente, à oligarquia americórnia. Como explicar esta "vontade de não-poder" - ou, em termos menos nietzschianos e mais sádicos, esta volúpia da impotência? A minha resposta é bastante simples e prosaica: na verdade, a oligarquia europeia foi cultivada e enxertada pela oligarquia americana. Não é um reboque: é um anexo, uma marquise. Ou, se preferirem, uma prótese exo-imposta após amputação sistemática.



quinta-feira, junho 01, 2023

O Grande Soba do Oxident...

Vai mandar cancelar a lei da Gravidade um dia destes. Para já fica o perspicaz (e arguto) apontamento...ao chão. Onde a mirmitinha-invisível, agente de Putin, acaba de sabotar a garbosa corridinha com que o poderoso régulo, no seu jeito protocolar, intentava retirar-se.




quarta-feira, maio 31, 2023

Toma lá, que é democrático!...


Um estimado amigo e contertúlio, além de confrade pirata,  enviou-me o seguinte alerta acerca da nossa sanitarização "democrática" em curso, neste caso pomposamente encapotada em "combate ao discurso de ódio":

 

Resolução da Assembleia da República n.º 51/2023

Recomenda ao Governo que crie um grupo de trabalhoe adote um plano nacional para combater discursos de ódio

A Assembleia da República resolve, nos termos do n.º 5 do artigo 166.º da Constituição, recomendar ao Governo que:

1 - Crie um grupo de trabalho multidisciplinar, interministerial e com representantes de entidades da sociedade civil e da academia com trabalho na área dos discursos de ódio para elaborar recomendações de ação para o Governo.

2 - Adote um plano nacional de ação específico, com base nas recomendações do grupo de trabalho referido no número anterior e tendo em conta as obrigações internacionais e nacionais nesta área.

3 - Garanta que a atuação do Observatório Independente do Discurso de Ódio, Racismo e Xenofobia abrange as diferentes categorias suspeitas de crimes previstos no artigo 240.º do Código Penal, incluindo o discurso de ódio sexista.

Aprovada em 5 de maio de 2023.

O Presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva.


  Bem como o enquadramento "inquisitório" no actual Artigo 240 do Código penal, cuja actual redacção, devidamente refinada, reza assim: 




Artigo 240.º
Discriminação e incitamento ao ódio e à violência

1 - Quem:
a) Fundar ou constituir organização ou desenvolver atividades de propaganda organizada que incitem à discriminação, ao ódio ou à violência contra pessoa ou grupo de pessoas por causa da sua raça, cor, origem étnica ou nacional, ascendência, religião, sexo, orientação sexual, identidade de género ou deficiência física ou psíquica, ou que a encorajem; ou
b) Participar na organização ou nas actividades referidas na alínea anterior ou lhes prestar assistência, incluindo o seu financiamento;
é punido com pena de prisão de um a oito anos.
2 - Quem, publicamente, por qualquer meio destinado a divulgação, nomeadamente através da apologia, negação ou banalização grosseira de crimes de genocídio, guerra ou contra a paz e a humanidade:
a) Provocar atos de violência contra pessoa ou grupo de pessoas por causa da sua raça, cor, origem étnica ou nacional, ascendência, religião, sexo, orientação sexual, identidade de género ou deficiência física ou psíquica;
b) Difamar ou injuriar pessoa ou grupo de pessoas por causa da sua raça, cor, origem étnica ou nacional, ascendência, religião, sexo, orientação sexual, identidade de género ou deficiência física ou psíquica;
c) Ameaçar pessoa ou grupo de pessoas por causa da sua raça, cor, origem étnica ou nacional, ascendência, religião, sexo, orientação sexual, identidade de género ou deficiência física ou psíquica; ou
d) Incitar à violência ou ao ódio contra pessoa ou grupo de pessoas por causa da sua raça, cor, origem étnica ou nacional, ascendência, religião, sexo, orientação sexual, identidade de género ou deficiência física ou psíquica;
é punido com pena de prisão de 6 meses a 5 anos.


Em resumo, o Dragoscópio está na ilegalidade e, se lhes der para aí, comete ilícitos criminais. Uma vez que uma das bandeiras - simbolizada na negra hasteada no lado superior esquerdo (imagine-se) - deste blogue consiste precisamente no combate à ultra-pasteurização cultural (eufemismo para terraplenagem), à hipocrisia política, à censura badalhoca mascarada de preceito legal e civilizacional (como este excremento legislativo atrás exposto eloquentemente documenta), não deve ser nada difícil à esbirraria de plantão escabichar não sei quantas infracções e heresias ultra-laicas.

E quando digo "Dragoscópio", que é um espaço público, entendo não apenas os autores, mas também os comentadores expressos que (tirando um caso conhecido e mais que justificado) não estão sujeitos a filtro. Afinal, todos aqui escrevemos e lavramos de nossa justiça. Acreditando, entre o cândido e o tanso, na tal "liberdade de expressão" constitucionalmente consagrada? A mim, que é a parte que me diz respeito, não me apanham nessa. Nem nessa nem nas outras. Aliás,  só me dignifica e fortalece que me censurem, que me apupem, que me proscrevam para o limbo dos danados e penas penadas. Maior honra nesta vida duvido que exista!...

Para acabar, que uma porcaria destas não merece muito: que defesa temos contra isto? Bem, assim por alto, e logo de avanço, a própria figura que o "Estado", tripulado por estas lombrigas, faz, refaz e perfaz a toda a hora: ódio aos russos, ódio aos árabes de conveniência, ódio a povos que já nem existem, apologia da guerra da Ucrânia (ou do Iraque, ou da Líbia, ou do Kosovo, ou onde quer que a Nato entenda despejar bombas ou arsenais); negação do genocídio palestiniano, sírio, etc. Portanto, se estas bestas quadradas querem impor a lei, comecem por dar o exemplo, cumprindo-a. Assim, é mais treta para encher verbo e para simular que são altamente civilizados, na medida em que imitadores guinchantes da última anglo-macacada em digressão coprocircense mundial. 




terça-feira, maio 30, 2023

Lembram-se do Donald?


 

De pequenino se adestra o suíno. Parece que estava lá quando liquidaram o Kennedy...e voltou a estar quando mandaram as Torres abaixo, com toda a cegada subsequente. Mera coincidência ou  conveniência?

segunda-feira, maio 29, 2023

A Livre escravidão contra a autoridade

 Os "nossos" jornalistas, em reportagem directa da Turquia, a propósito das eleições locais, passaram o tempo de emissão e emitirem uma antipatia concertada pelo Erdogan. Não deixaram de manifestar profunda azia e desconsolo com a vitória do mesmo. Algumas razões para, por exemplo, a Cândida Pinto, menoscabar o senhor:  que é um promontório autoritário; que o custo de vida duplicou de custo; que controla os media turcos. Felizmente, em Portugal não temos esses problemas: o custo de vida não disparou; não existe autoritarismo, apenas democracia devidamente lubrificada; e os media, benza-os o mercado, são completamente livres, espontâneos, virtuosamente imparciais e devotados à busca da verdade (e realidade) dos factos. O facto de repetirem ad nausea e compulsivamente a mesma agenda dos media controlados e incubados pelo (des)Governo Americano, onde quer que vão e de câmara e microfone em riste se apresentem, só atesta dessa imaculada virtude e portentoso carácter. Do mesmo modo, certifica do autoritarismo do referido cripto-déspota, e de todos os inúmeros da mesma igualha que, metodicamente, cogumelam por esse mundo fora: sabemos que são autoritários (normalmente por despromoção) quando não executam, caninamente, os ditames preclaros, beneméritos e inexoráveis da santa democracia americana. Em síntese: qualquer governante com veleidades de soberania manifesta evidentes traços e torpes desígnios de autoritarismo. Não entende que Autoridade no Mundo só existe (e deve existir) uma. O livro do Apocalipse já anuncia o facto, o fato e o cargo, com certificado e alvará, mas quem é que ainda lê livros nestes dias?...

Assim, Salazar era autoritário; Franco era autoritário; a certa altura descobriu-se que o Xá da Pérsia era autoritário; Orban é autoritário; Assad é autoritário; Erdogan é autoritário; e  Putin é o mais repugnantemente autoritário de todos.  Em contrapartida, o anão Zelicoiso é o baluarte, a epítome,  a encarnação viva, enfim, o buda da democracia...americana. E ficamos conversados sobre este assunto.

Acreditem, não obstante, numa coisa: O pior não é o LGTBIQeETC. Esse é só um dos ingredientes do clister mental com que nos entretêm e mantêm confusos. A finalidade, o horizonte culminante é mesmo o BDSM universal. E isso é que nos devia, no mínimo, preocupar.

sábado, maio 27, 2023

Sósia de ocasião

 A pseudo-Ucrânia, vulgo Natoquistão, agora também engendrou um pseudo-Porquinho Práktico



 Nota: Chamar nazis àquela escumalha indicia apenas uma manifestação de optimismo exacerbado. Afinal, tudo bem espremido, estamos a falar, em bom rigor, de pendurezas invertebradas no olho do cu dos nazis. Ou seja, vermes a escorrerem do orifício terminal dum cadáver já bastante decomposto. Algo, portanto, da estrita ordem da badalhoquice radical.

quinta-feira, maio 25, 2023

Da recessão à despolonização

 A Alemanha entrou em recessão. À velocidade de degradação e invertebragem que a coisa vai, não tarda muito a Polónia entra na Alemanha. De resto, a Polónia, num grau quase tão básico como a pseudo-Ucrânia, patenteia ainda mais gritantemente, há séculos, uma sedimentação nacional baseada estritamente no ódio. Apenas o ódio a une e congrega (nada mais a distingue, cultiva ou anima). Só que os pseudo-ucranianos, por frete e prostituição mental, limitam-se a um único ódio ocasional e de conveniência: o ódio aos Russos. Já os Polacos, arreigada e obsessivamente, entregam-se a dois, qual deles mais atávico e assediante: o ódio aos Russos e o ódio aos Alemães. No fim, já todos sabemos como a coisa acaba. Mas, entretanto, e com as inerentes e geralmente sanguinolentas peripécias intermédias, é também o seu grande e único mérito histórico: criar o acordo e a cooperação entre aqueles que abomina. Aceitam-se apostas sobre quanto tempo vai demorar até à próxima "despolonização geral".  E, às tantas, chegámos a um tal ponto de surrealismo aplicado que os postais mais alucinantes arriscam-se  a ser os mais íntimos da realidade futura.

segunda-feira, maio 22, 2023

Evolução dos meios

 


Se a guerra, como dizia o Clausewitz, é a continuação da diplomacia por outros meios, já a "informação", nestes tempos actuais, é a falsificação e a usurpação delirante de ambas... por todos os meios.


domingo, maio 21, 2023

O Horror! A tragédia!...

 


«Commander-in-chief of Ukrainian Armed Forces said to be in critical condition after being wounded»

O mundo oxidental contém a respiração: terão os russos acertado no Porquinho Práktico? Terá o porquinho Práktico feito explodir um míssil (kinzhal, de preferência)?... campeia a angústia e a aflição. Ou como dizia o outro: "O horror! A tragédia!..."

Outra questão transcendente: se abateu o pérfido míssil, tê-lo-á feito sozinho ou na companhia do seu estado maior suíno? Foi só o Práktico ou a vara completa?...

Adenda - Retirado duma caixa de comentários:
«Where's Waldo ? Where's Valerii ? Where's Elensky ? Where did the billions go ? Where is the adult supervision? Where's the coke I need a line? Oh, that's Elensky's line !!!»

sábado, maio 20, 2023

Artemoskv

 



Antes que me esqueça: parece que Bakhmut mudou de nome. Duma forma completa e definitiva. O - como eles dizem, naquela língua miserável - "super-uper-duper" exército Natoquistanês foi derrotado e varrido por uma companhia privada militar. Deviam estar mais alegres os nossos liberalóides de aluguer: afinal, ficou demonstrada a virtude da iniciativa privada sobre os esbanjamentos estatais de índole neo-sovietizante, sob gestão penculiar. O Pale of Setlement global está de luto. Nada que um bom chorrilho de petas e tretas avulsas não resolva.

Nota: é urgente -que digo eu? - imperioso, que o morsa desdentada e o seu sinistro dos negócios estranhos, o Titterington feroz, enviem os nossos F-16 o quanto antes. Segurem-nos senão eles desgraçam-se!...

Pausa musical (de elevada edificação ética)

 Odeio Pop com todas as minhas forças.  É algo que me dá vómitos. Excrementos como os U2, Blurr, Radiohead, Coldplay e porcarias dessas  - que me irritam ainda mais por se quererem fazer passar por algo mais que a rasquice estética e melopoia que são - despertam em mim instintos sombrios e uma urgência de acabar com aquilo por qualquer meio ou arma. Perdeu-se uma grande oportunidade de bombardear o concerto dos Coldplay em Coimbra - sim, sobretudo aquele onde o morsa desdentada bateu palminhas! Desiludem-me muito, os russos, mais os seus mísseis preguiçosos. Nunca aparecem onde são realmente precisos. Bem, na verdade, até vão aparecendo, mas é lá demasiado longe para as nossas necessidades mais prementes.

Sou um fundamentalista anti-Pop, um taliban popfóbico? Pois sou. Constitui mesmo uma das minhas regras de vida. Mas, claro, como todas as regras, vazadas a formas de metal fundido pelas colunas do Tempo (rapturei esta a mestre Pessoa, quando delirava acerca da maçonaria) tem uma excepção.

Que é a que se segue. Com uma dedicatória especial às leitoras. E coroada duma moral implícita muito óbvia: a perfeição, mesmo vestida de pop, é sempre deslumbrante. Porque rara. 


Faltou dizer uma verdade intemporal: sempre invejei este gajo, sobretudo as miúdas do coro deste gajo. E viva a Vida!


O Dylan, já agora, escreveu algumas grandes musicas (desde que, em muitos casos, não interpretadas por ele). Esta, só para acabar, foi mesmo escrita para o Ferry. Revelou-se agora. E fez-se-lhe justiça. Grande album, by the way... Dylanesque. 



A mulher... a eterna e misteriosa mulher. Que  nos traz ao mundo e nos faz peregrinar através dele. O Céu e o Inferno na mesma estação. 

sexta-feira, maio 19, 2023

O evangelho segundo os mongos

 Quem o proclama, é Santo Boris da Esguedelha: lamber as botas a São Vladimiro é uma coisa degradante. Shame on the frogs! Em contrapartida, lamber o cu ao anão Zelento constitui um requinte de civilização. Já o anilingus porfiado e sôfrego sobre o Pastor Biden, esse, ó crentes, garante passaporte vip para o Paraíso dos Mongos e neoconinhas em geral. Escutai a voz da salvacinha!...