segunda-feira, outubro 31, 2016

A Pila Sofia



Decidi baptizar a minha pila com o nome de Sofia. Assim o Jorra-labaredas não se fica a rir e pára de armar ao mijateses! Ele tem a filosofia, eu tenho a pila Sofia. As leitoras que decidam quem é o campeão. Pronto, já está. Queriéis uma notícia importante, aqui a tendes!....


Nota importante: por pila signisplico o membro ajudante em estado de repouso (ou seja, durante algumas partes da noite em que não sonho, a chicologia explica). Porque no estado normal, ou dilatado, o marzápio continua a chamar-se "ariete augusto". Só para que não armem confusões!...

Nota quase tão importante: Segundo ouvi dizer ao tenente, já Aritóstamos definia a "pila Sofia como filha do ócio". Lá está,  é só quando não tem nada que f...azer, que a pila pode ser chamada de Sofia. Mas explicar isto a totós e a totoinos pouco dados a certas subtilérias é fodido!... (e desconfio que inútil!)

domingo, outubro 30, 2016

Prostitutas e religiosas


Recentemente, parece ter vindo à tona aquilo que já toda a gente sabia e estava cansada de saber: que a blogosfera anda inundada de pânditas e pandilhas mais ou menos pagos. É igualmente consabido da azáfama sabujeira dos tempos do consulado pinoquial. Pertence já ao domínio da lenda a saga do "Câmara corporativa". Em bom tempo, e quando  Pinóquio I, o Animal Feroz,  estarrecia a concorrência, bengalei com gosto esterqueiras puxa-saco como a do Gourmet da Porcalhota e congéneres (o "Avô cantigas", a "Turbo-sopeira", etc). Sei que é uma instituição nacinhal, a sabujice, mai-la prima velhaqueira (com elas ambas se constroem curriculos e carreiras), mas, ou porque nunca fiz grande caso disso, ou por causa dum feitio independente incorrigível, ou por um cúmulo dos dois, sempre votei tais fenomenologias a um profundo desprezo. É só cheirar-me a sabujice ou velhacura e eis-me de lança-chamas em riste e asinhas prontas para me pôr a milhas. Se a coisa é detectada num suposto amigo, então, longe de constituir atenuante, bem pelo contrário: é agravante das tesas! Da imundície a única coisa que quero é distância.
Entretanto, o Pinóquio I sucumbiu às trafulhices imarcescíveis em que perpetuamente retouça e veio  Pinóquio II, o Castigador de Massamá, mais o seu grão-vizir drunfado (depois substituído pela bácora Lulu).
Acabou a sabujeira online com que se festejava o Pinócrates? Uma nova virtude prevaleceu e removeu o mau cheiro? Qual quê!, apenas trocaram de bancas na peixaria: os que vituperavam o Pinóquio I transformaram-se em estrénuos sabujos do Pinóquio II; os que lambuzavam aquele deram imediatamente em apupadores deste. Muda, portanto, a banca; mas o regime mantém-se. Varia o pretexto, mas o fenómeno não se altera: a devoção à sabujice toda poderosa. Tudo bem espremido resulta em qualquer coisa como isto: tal qual os mandarins eleitos da treta servem o partido e não servem nem Portugal nem o povo, também os sacristas adesivos do cuspo servem a sabujice bem mais que esta ou aquela figura, este ou aquele cromo. Os mandarinetes servem-se do povo para regalo privado da sua digestão, os lambe-mandarinetes servem-se destes para altar da sua abjecção devota.
É irrelevante o que o mandarinete faça. Pode fazer hoje uma coisa e amanhã o seu contrário; dizer agora x ou daqui a bocado a sua negação completa. Para o sabujo de plantão nada disso importa: o que interessa é a oportunidade que isso concede, excita e desencadeia para mais um mergulho, precedido de pirueta, mortal e parafuso, na piscina da capachice. E ei-lo a segregar e a bolçar ruído contra a vermerreia rival, com quem partilha o mesmo recinto de festividades e contra-festejos. Visto de fora e de cima, o repugnante espectáculo lembra um balde de minhocas ou lesmas em fervilhante contorcionismo.
É uma fatalidade da democracia? Deixemo-nos de abstracções! É um desporto nacinhal. Que merecia já, no mínimo, lugar e representação destacada nos para-olímpicos!

PS: Todavia há nisto tudo um pequeníssimo bónus (lá está, não há males absolutos entre os insectos): o caricato e o anedótico com que se coroa a feira de abortos. Assim, é de ir às lágrimas assistir a uma Helena Matos, por exemplo, a invectivar com sobranceria um Miguel Abrantes!... Porque, ao que parece, o outro cobrava os serviços e ela é toda pro bono!... (gargalhadas!...)... ou seja, o outro foi puta cara e ela não passa duma galdéria que apenas  fornica ao desbarato e à descrição.... No que apenas se nos depara mais um episódio do "mundo às avessas": os ditos de esquerda a idolatrarem o vil metal e os supostos de direita a prostituirem-se por pulcro amor à causa (mas como é "gratuito", o serviço, não é prostituição: é, quiçá, religião (?)...). Se bem que no caso, justiça lhe seja feita, até constitui um gesto de louvável coerância - afinal, ao consagrar-se ao trabalho gratuito (vamos fazer de conta que somos muito ingénuos), a ex-comuna e neoliberal Leninha, apenas está a dar o exemplo às massas. Trabalhar por dinheiro é prós socialistas!.... Aquele novo presidente da Caixa, então, é o nec-plus ultra do socio-comunismo em acção.
Já para os novos revolucionários e arautos do novo e admirável amanhã que trina o trabalho vai ser ilegalizado: acabará  tudo a vergar a mola por paixão. Até o dinheiro se vai tornar desnecessário. Tanto mais porque não consta que as formigas precisem dele e olha só a perfeição em que vivem!...

Mas, lá está, acima da política está a ética, e acima da ideologia o carácter: da mesma forma que ataquei a criatura quando ela era poderosa e perigosa, prescindo de lhe bater quando a vejo prostrada na lama. Acima das leis humanas e efémeras vigoram as lei divinas e eternas. A impiedade é o pior dos pecados contra estas. Como diz o célebre coro duma das grandes obras da humanidade: «Quando ele respeita as leis da pátria e dos númenes, engrandece a cidade; mas torna-se a sua ruína quando a soberba o empurra para o mal. Não esteja a meu lado, não fale mais comigo quem actua de tal forma.». 
Para bom entendedor, meia palavra bastaria. Mas para o mau, todo o dicionário não será nunca bastante. Até porque para esse não existe a palavra: existe o cacete. Do Destino, seguramente.


quinta-feira, outubro 27, 2016

Completamente de acordo


PS: Espero que a alusão à Cristandade não transporte o azougado Horta Nobre aos costumeiros acessos fóbicos. E sobretudo rábicos. Até porque agora, com todo o aparato de censura montado, não respondo pela integridade física dos depoimentos. Além de besta altamente intolerante, sou, em estando para aí inclinado, muito dado à violência. Não necessariamente fascista. Muito menos cristã. Mas, seguramente, justa.

quarta-feira, outubro 26, 2016

Déjà vu...Doo (r)

Mas entretanto, quase cinquenta anos antes....

«Oh, Thérèse, é isso um crime? Pode dar-se este nome ao que serve a Natureza? Tem o homem poder para cometer crimes? E quando, preferindo a sua felicidade à dos outros, destrói tudo o que encontra à sua passagem, acaso fez outra coisa senão servir a Natureza, cujas primeiras e mais seguras inspirações o aconselham a ser feliz, não importa à custa de quem? O sistema do amor pelo próximo é uma quimera que devemos ao cristianismo e não à Natureza (...) Mas o filósofo não admite essas relações gigantescas: não considerando nada no Universo para além de si mesmo, não vendo mais nada, relaciona tudo com a sua pessoa. Se trata bem ou acaricia por instantes os demais, fá-lo sempre em função do proveito que julga poder extrair disso; quando já não necessita deles, domina pela sua força, renuncia então e para sempre a todos esses formosos sistemas de humanidade e de beneficiência aos quais só se submete por política. Não teme dominar tudo, fazer seu tudo o que o rodeia, e sem se preocupar com o que possam custar aos demais os seus prazeres satisfá-los sem reflexão e sem remorso.
- Mas esse homem de que fala é um monstro!
- O homem de que falo é o homem da Natureza!
(...)
Lobos que devoram cordeiros, cordeiros devorados por lobos, o forte que sacrifica o fraco, o fraco vítima do forte, eis aqui a Natureza e estes são os seus desígnios e os seus planos; uma acção e uma reacção perpétuas, uma infinidade de vícios e de virtudes, um perfeito equilíbrio, numa palavra, que resulta da igualdade do bem e do mal sobre a Terra, equilíbrio essencial para a manutenção dos astros e da vegetação e sem o qual tudo seria destruído num instante.»*




Se é certo que Darwin recolheu alguns subsídios de Lamarck, não é menos evidente que quase meio século antes dele, outro francês pensou um mundo exclusivamente material, império puro duma "lei da Natureza", habitat dum homem ferozmente egoísta, enxuto de quaisquer deuses, tabus, sagrados ou superstições metafísicas, mera máquina corporal e desejante. Pensou e expô-lo com minúcia, nos seus retorcidos meandros e consequências, ao longo de páginas onde a magistralidade do estilo só é equiparável, não raras vezes, ao sinistro e arrepiante do conteúdo. E tanto mais arrepiante quanto mais profético, sabemo-lo hoje, testemunhas inquietas ou ufanas que somos duma "moral" cada vez mais próxima dos seus romances. Estou a falar de Donatien Alphonse François, Marquês de Sade.
Por uma daquelas estranhas e misteriosas coincidências em que o mundo é pródigo, a vertiginosa descrição sadeana antecipa que nem uma luva o enredo Darwinista. Sobretudo nas suas derivações e sublimados lógicos. A única diferença é que, ao pé de Sade, Darwin faz figura daquilo que é: um labroste inglês. A quem, por uma clara ironia do destino, os mais insignes franceses do seu tempo desprezaram justamente. Lá bem no fundo, intuíam que tudo aquilo pouco mais era que pobre, involuntário e remendado plágio.

* -Sade, "Justine, ou os Infortúnios da Virtude"


PS: Pareceu-me muito apropriado repor este postal de Abril de 2008, aqui no batel. Afinal, passados oito anos, tudo o que nele vem vertido está ainda mais actual e vicejante.  Serve também para cobrir a minha falta de tempo para novas labaredas. Acontece que não sou funchionário público pelo que não disponho das ociosidades a expensas do contribuinte que toda a espécie de despejos (sobretudo contra o Estado excessivo  - mas claro que excedentários são sempre os outros, especialmente os da seita rival, num Sartrismo de alguidar que só visto...)  subsidiam e permitem.Também, importa dizer, tive o cuidado de mandar apagar os comentários. É que havia neles pessoas entretanto convertidas à lógica S&M (vulgo "pseudo-religião capitalista" - que pouco ou nada tem a ver com o capitalismo enquanto fenómeno estritamente mercantil). Um dia, se estiver para aí virado, explico. Aliás, é garantido que explicarei. Com juros e tudo.

quinta-feira, outubro 20, 2016

Porno-Hallowe'en em pré-holocausto zombi


«Madonna oferece sexo oral em troca de votos em Hillary»


É a democracia do leite e do mel a funcionar... no seu melhor. Contra o populista Trump - eruditos, eliteiros de ponta e gente seríssima, marchar, marchar!...
Fica a memória para a posteridade: a irmandade das bruxas em campanha! Uma a prometer fellatios ao povo, outra a prometer fellatio e anillingus ininterruptus à Wall Street, e ambas, na qualidade de marionetes frenéticas, manipuladas pelo mesmo "fist fu...nding". Dum certo estado pequenino e rinoceronte.

Porno-hallowe'wn em pré-holocausto zombi, acreditem, soa assim a um prato gebo-gourmet numa espécie de geoculinária política.

quarta-feira, outubro 19, 2016

Levem o carro , que já podem!

Não sou fumador, mas todo este fundamentalismo anti-tabágico infestante até me dá uma grande vontade de começar a ser. E andar por aí a fumegar ostensivamente  em sítios proibidos. A merda dos carros, motas e outras porcarias que tais podem fumegar e poluir à vontade: na porta das escolas (meu Deus, como formiguejam e se acotovelam por lá), às portas das farmácias  e hospitais. idem, aspas,  e só não vão neles aos berçários remirar os recém-nascidos porque os corredores e portas estreitas não o permitem. Já o desgraçado do peão fumador é uma verdadeira cristandade martirizada dos primórdios: qualquer dia tem que organizar-se em seitas e voltar às catacumbas para o pequeno vício.
Aconselho o seguinte: fumadores, o Dragão está convosco! Metam-se nos carros, ide para a porta das farmácias, escolas e outros geo-tabus, e, com o escape a debitar (de preferência diesel) e vós a fumegar dentro dele, força nisso! 
Tanto quanto uma Ribeira dos Milagres (nota: famosa via fluvial permanentemente poluída pelas suiniculturas), isto, cada vez mais, tresanda a rilhafoles a céu aberto. Tudo se resume a propaganda e esta está absolutamente controlada pelos malucos.

PSA: Aposto que será até por via disto  que vão instituir a - para  alguns profissionais da confraria, tão ansiada -  bufaria premiada. Chibar um fumador ilícito vai dar direito a cupões para um sorteio de bonificações, isenções ou descontos no IRS. Aleluia, irmãos!...

terça-feira, outubro 18, 2016

Já que estamos de maré...

Zappa, ou o Anti-Dylanismo activo

Acorrendo a uma pertinente questão («o Zappa não tem nenhuma canção a gozar com o Dylan?», alhures)  da nossa musa residente, a estimada Marina...

(E a seguir, ou antes, já não me lembro bem, no mesmo album, vem um gozo ao Peter Frampton - "I have been in you")





segunda-feira, outubro 17, 2016

Dilã ou não dilã, eis a questã




A senhora dona Amália tinha uma grande voz e sabia usá-la. Digo isto com o a vontade completo de quem não aprecia fado. Muito menos na forma actual de enxurrada (excepção à Ana Moura , que me faz babar não sei porquê, mas desconfio que não é pela música). O equivalente masculino no rock (alguém com uma grande voz e a saber utilizá-la com mestria ímpar) será qualquer coisa como Jim Morrison. Nos quase antípodas estará Bob Dylan . E digo quase, porque embora Dylan não tivesse voz que se apresentasse a uma plateia, soube usá-la em alguns momentos (ainda uns quantos) de forma empolgante. Ora, isso requer talento. Portanto, se quisermos ser justos (estou-me nas tintas para o pedigree, embora os escandinados não estejam), o tipo, já no fim da vida, não merecia de todo uma desfeita destas: atirarem-lhe  com o Nobel ou com um monte de bosta  vai dar exactamente ao mesmo. Aliás, o esterco seria até menos conspurcante. E ele é fino o bastante para saber disso. De tal modo, que nem se digna responder aos lança-nóbeis de cordel e alguidar. No que só ascende na minha consideração. Espero que faça como o Sartre (no único gesto digno que teve em toda a sua deplorável existência) e os mande enfiar o prémio pelo esfíncter acima.
Todavia, Dylan também produziu merdas intragáveis como "The times are não sei quê" e "Bufando no Vento" - duas porcarias que, só por si, mereciam, além do Nobel da literatura, também o da medicina, no mínimo, porventura em complemento àquele Nobel que concederam ao inventor da lobotomia (porque, no fundo, é "musica" para pré e pós-lobotomizados - suspeito que se trata mesmo duma forma camuflada de lobotomia acústica, dispensando cirurgia  ablativa.). E, para cúmulo, a criatura, em interlúdio obsessivo às arranhadelas nem sempre inspiradas da sua folk guitar (cuspo, escarro, nojo!), ainda ousava o requinte  sórdido (e próximo da guincharia inaturável) de soprar descabelantemente na porcaria duma harmónica, de cuja execução técnica não fazia a mais pequena ideia. O próprio técnico de gravação, mais o produtor, colaboravam no estrídulo festim, registando  o estafermado instrumento num tom e timbre que só quem alguma vez acompanhou ao vivo a matança tradicional de porco pôde experimentar tortura equivalente pelas trompas do eustáquio. Se juntarmos a isto o estatuto de pilar activista da contra-cultura americórnia dos anos 60, (afinal, estamos a falar do maior "baladeiro de protesto" dos States), então, teremos que reconhecer que se, por um lado (o estético), não merecia, por outro (o político), estava até habilitado. Bastante quiçá. Mas sem chegar sequer aos calcanhares - nem por sombras! -do José Rodrigues dos Santos, um pencudo beiçolas o aperfilhe!.
À margem de tudo isto, ou nem tanto, Dylan não tem culpa (apenas responsabilidade) de, pelos vistos, ter servido de inspiração a alguns geo-estrategas de chinela & sofá. Veio agora a público o que já se suspeitava há muito: foi nas Dylanosas cançonetas de encarquilhar túbaros e fazer mirrar genitálias - as tais "The times are não sei quê" e "Bufando no vento" - que se terão amestrado em história, política e geo-política luso-africana. Inquiridos sobre a matéria, invariavelmente, nem respondem: trauteiam. Ainda mais escarrachados que o guru. É que a "trova do vento que passa" em sendo do outro lado do Atlântico já é catita e amiga do mercado. E afinal, os trotskistas de lá não deram todos em capitalistas neocoisos? E os hippies não eram apenas a fase de casulo da crisálida yuppi? Em Woodstock não estavam apenas  a experimentar o trampolim para a Wall Street e o Stock Exchange? E a contra-cultura não se tornou, afinal, cultura? Só a coca e os speeds por detrás da última crise financeira davam para fazer esqui, slalom gigante e saltos.

PS: De Ornette Coleman, um dos ícones do free jazz (mesmo free à brava), conta-se que um dia, estando ele a tocar num antro de puristas, estes, ofendidos (o pessoal do jazz é fundamentalista avant-talibã e como só os snobs conseguem), interromperam-no abruptamente, bateram-lhe e partiram-lhe o saxofone. O mesmo tratamento devia ter sido ministrado, agora por uma boa causa, ao Dylan sempre que pegava na harmónica. Parti-la, neste caso, era difícil, de tão pequena, mas,ao menos, que a arremessassem para longe, de preferência ao mar ou a um rio próximo.

sábado, outubro 15, 2016

Só para relembrar....


Aqui, no Dragoscópio, em 1 de Fevereiro do presente ano:

«Não aposto nada , nem, tão pouco, faço alarde de aruspiciência infalível. Apenas me sinto inclinado a considerar a Bruxa Clinton como a próxima Presidente dos Estados Unidos e (Deus nos acuda!) Comandanta-em-Chefe.
Porquê, indagarão, algo perplexos, os caros leitores...
Por um conjunto de razões
1. De ordem ontológica: é a pior de todos, portanto é aquela que congrega mais forças malignas consigo (o que, no momento actual do mundo, é sucesso quase garantido).
2. De ordem cronológica: Depois dum deficiente e dum preto, segundo os critérios do Freak-show em curso, é suposto seguir-se uma gaja (só depois poderá ser um judeu, e apenas porque a gaja também queima já, em boa medida, a etapa gay)..
3. De ordem lógica: a eleição da Clinton pelos democratas está garantida. Depois é ela contra o Trump, ou seja, é toda a máquina democrata mais os neoconas, a CIA, a Mafia, o Congresso, Hollywood, o AIPAC, o Adelson, o Natanhião (descontem as redundâncias), etc, contra o Trump (na eventualidade de ser  o Trump o nomeado pelos republicanos). O Trump não tem hipótese.»
 
Faltou referir a Goldman (e o nosso ratus norvegicus Barroso junto com ela) no naipe de excrementos aí acima. Omissão imperdoável que agora se colmata com o devido pedido de desculpas. Quanto ao New York Times e demais fabriquetas de ruído e mentira industrial não passam de meros megafones de toda esta escória a armar à nata planetária. O Príncipe deste Mundo e meu primo afastado por via do tetaratio Apocalipse nunca esteve tão bem representado e servido nesta esterqueira.

quinta-feira, outubro 13, 2016

Acromiomancia Ultramarina - O Congo e os Sem-Tintins



Íamos então, se bem me lembro, no Congo...
O Congo é um lugar muito interessante. Relembremos uma prosa sugestiva acerca do local. Estávamos nos anos 60 (decorria a nossa guerra ultramarina) e um conceituado jornalista inglês, o sr. Ian Colvin, publicava uma interessante obra acerca de Moises Tchombé, o líder da secessão Catanguesa (e amigo dos portugueses). Transcrevo:
«O'Brien  [nota: O'Brien, essa besta, era o representante da ONU no Congo, à época] reflectiu na semelhança da política dos Estados Unidos e das Nações Unidas, nesta altura, e na subserviência do governo do Congo a ambas.
A aproximação da política americana e das Nações Unidas é mais fácil de compreender se acrescentarmos a descrição efectuada por O'Brien em Nova Iorque, no Congo Club, fotografias de diplomatas americanos cujo negócio era tentar compreender o Congo.
O presidente John Kennedy era um homem de impulsos generosos mas frequentemente errados. Ele sonhava com novos homens, homens de inspiração, que quebrassem o confronto Este-oeste em África ou em qualquer outra parte; para realizar essa obra pensava atrair para o seu lado os estados não-alinhados de estilo próprio. Escolheu Adlai Stevenson como chefe representativo nas Nações Unidas, como subsecretário de Estado George Ball e, como secretário assistente para os Assuntos Africanos na Secretaria de Estado, G. Mennen Williams. Durante doze anos a desempenhar as funções de governador do Michigan, Williams introduziu no campo da diplomacia uma visão insólita de determinados problemas. Acreditava que a amizade e o auxílio americanos desarmariam a hostilidade africana e a América ganharia amigos à custa, talvez, de potências mais antigas com passado colonial. "África para os Africanos!", exclamou após a sua chegada ao Quénia, em Fevereiro de 1961, um slogan que o próprio Lumumba não teria desdenhado. Não viu qualquer incongruência no auxílio americano à African Unity Charter [nota: actualmente mais conhecida por OUA]. Sobre a antiga África Oriental Britânica, declarou na altura: "Aqui poderemos fundar um poderoso baluarte da liberdade". Em 1962 afirmou que os Estados Unidos tinham "reprimido a infiltração comunista em África e mesmo fazê-la retroceder". Pouco antes de Zanzibar aderir à Cortina de Ferro pronunciou-se favoravelmente sobre o futuro da ilha. Apreciava o caso  do governo central do Congo em 1961, não obstante o seu passado instável, e o Katanga não lhe merecia qualquer atenção, apesar da ordem reinante e da sua amizade com o Oeste. Em Agosto de 1961, durante um encontro com Sir Roy em Salisbúria, admitiu que "Cyrile Adoula era o eleito dos americanos", desde o início, para o cargo de primeiro-ministro e disse que seria conveniente que as Nações Unidas ajudassem o governo central contra o Katanga.
O novo embaixador do presidente Kennedy em Léopoldeville era Edmund Guillion, diplomata de carreira desde 1937, que contraíra matrimónio em 1960 com uma amiga de Jacqueline Kennedy - tinha portanto acesso directo à Casa Branca. (...)
Guillion era forte partidário da política centralista de Léopoldville e preparava-se para segui-la mais abertamente do que os outros. Cometeu também o erro de tratar o Katanga, e algumas vezes o Congo, como uma república de bananas. Até 1964, a política democrática estrangeira limitou-se a aplaudir e a prestar auxílio às iniciaticas afro-asiáticas contra o poder colonial em África.
Tchombé constituía o alvo ideal que os Americanos aproveitaram para se unir ao Dr. Nkrumah e ao pândita Nehru. O presidente do Ghana era um aliado útil para os novos expedicionários americanos em África, O primeiro-ministro indiano era também útil a Kennedy, em virtude de a brigada indiana ser a única tropa na qual as Nações Unidas poderiam confiar. O conselheiro da embaixada da Índia em Washington, D.N. Chatterjee, que manteve violentas discussões em Janeiro e Fevereiro de 1967, resumiu-os da seguinte maneira: "Chegámos à conclusão de que Tchombé devia sair. Sabíamos tudo sobre os seus conselheiros brancos. Não era realmente um dirigente africano. Tchombé possuía a mentalidade de um europeu. Quando falava repetia frequentemente "les noirs!". Com juízos tão fáceis e preconceitos contra o "colonialismo", a América e a Índia fizeram uma aliança invulgar, tal como a política russa no Congo, que parecia resumir-se em reprovar tudo.»
- Ian Colvin, "Moisés Tchombé, De Elizabethville à Argélia"

Algumas notas. Em primeiro lugar, no texto em epígrafe estão balizadas as principais linhas de enquadramento externo (e visceral) da nossa Guerra Ultramarina (os obstáculos que o Katanga independente irá enfrentar são exatamente os mesmos que se colocam à Angola Portuguesa, o que não deixa de ser sintomático e esclarecedor acerca da retórica "descolhonizante".  Os Katangueses não querem alinhar na balbúrdia e na desordem instaurada através da "independência  a martelo do Congo". Todavia, não têm "direito à liberdade e autodeterminação", porque sim, porque não é afro-chimp, porque não convém à "ONU"/USA. Tchombé não se manifesta um racista visceral anti-europeu, logo tem que ser afastado).  Está igualmente balizado o significado concreto da "ONU"; estão delimitados os principais inimigos externos - os tais bufões detrás dos "ventos históricos".( E note-se neste departamento que como um mal nunca vem só, a juntar à inenarrável administração Kennedy, rabiavam os trabalhistas ingleses dum indescritível Wilson. O que, a dado trecho, resultou no complexo quadro  dos apoiantes e inimigos de Tchombé: dum lado, Portugal, Espanha, França, África do Sul e os conservadores britânicos; do outro, os Estados Unidos, a Bélgica, o governo britânico e o bloco afro-asiático - do Gana à Índia, sobretudo (os dois grandes tubarões, União Soviética e China mantinham-se em tenebroso despique nos subterrâneos de tudo o que se lhes proporcionasse; a estupidez a cavalo na cupidez americana não lhes faltaria com abastecimento)
Entretanto, quem tenha lido com atenção o "Diário" de Franco Nogueira (os raros que se interessam verdadeiramente por estas questões), poderá recordar alguns destes personagens acima enunciados. O figurão Mennem Williams, sobretudo, é mais conhecido  por "o Williams dos sabonetes" (o pai possuía uma fábrica desses artigos de higiene pessoal, donde decorria uma marca conhecida e fortuna correspondente). O slogan de "África para os africanos", que inaugurou toda uma época e instaurou todo um programa, está ao nível de "A terra a quem a trabalha" , do "povo é quem mais ordena" e de outras pérolas de idêntico jaez. É claro que os "africanos" é um conceito muito volátil e irrequieto que voga conforme as conveniências: os Boers, os Katangueses, os tipos do Biafra, os portugueses de terceira geração em Angola ou Moçambique, os rodesianos brancos ou quem quer que não se ajuste ao interesse geral dos saboneteiros não cabe no conceito. Acaba expulso da "história": África aos africanos e ambos aos sabonetes!, eis o desenlace feliz pré-fabricado no Congo Club.
Por outro lado, é visível a sintonia e o apoio sempre pronto de Salazar a Tchombé e à causa Katanguesa. Era do interesse de Portugal fomentar o desenvolvimento e estabelecimento de "bons relacionamentos" nas regiões contíguas ao fulcro do seu Ultramar estratégico. Interessava-nos Tchombé, tanto quanto não nos interessava Lumumba. A diferença que vai entre alguém que não  facilitaria a vida à UPA e alguém que a apoiava, sediava e promovia. Da mesma forma, Portugal apoiou recorrentemente o presidente do Congo-Brazzaville (Congo-Francês) Fulbert Youlou. Todavia, Youlou também era demasiado amigo dos europeus e da ordem. Ainda por cima arvorava-se como anticomunista feroz. Intragável, portanto, aos novos paladares saboneteiros e afro-coisos. Acabou deposto em 1963 por um golpe militar, sob beneplácito dos do costume. Em seu lugar foi entronizado um pró-comunista a quem a China acorreu a todo o vapor. O resultado prático para Portugal, foi a instauração das bases do MPLA no território (Congo-Francês), donde passou a emitir raides subversivos contra Cabinda. A política portuguesa, todavia, secretamente, não deixou de tentar repor Youlou no poder. Fenómeno, este, típico dos países soberanos dotados de política externa autónoma.
Mas para vermos a que ponto era importante o Congo para os nossos interesses ultramarinos, registe-se que se o MPLA se incrustou em Brazzaville, do outro lado do rio, em Leópoldeville (futura Kinshasa), abivacava, de armas e bagagens, o GRAE (Governo Angolano no exílio), que era como Holden Roberto, pomposamente, se auto-intitulava e ao  seu bando de terroristas liambados. Há uma descrição do fenómeno ao vivo e in situ (muito pitoreesca, aliás):
«Em Abril de 1963, de passagem por Leopoldville, o recepcionista negro do hotel onde me hospedava perguntou-me se eu desejava conhecer Holden Roberto, o "grande chefe". Aceitei com ambas as mãos esta proposta e, minutos mais tarde, dois Africanos batiam à porta do meu quarto para me conduzirem à sede do governo angolano no exílio (GRAE), situada em pleno centro da cidade. A rua estava repleta de Negros e uma fila de automóveis, cada qual mais caro que o outro, estacionava em frente de uma moradia cuja escadaria parecia desmoronar-se sob um cacho humano. No pátio, uma centena de homens e mulheres atarefava-se em redor de fogueiras onde preparam refeições enquanto um grupo de jovens fazia exercícios de ginástica. Informaram-me complacentemente que se tratava da guarda pessoal do "Primeiro Ministro".
Ao entrar no edifício, lembro-me que quase ia rebentando a rir quando li, numa correnteza de portas, os seguintes letreiros: "Gabinete do Primeiro Ministro", "Gabinete do Interior", "Gabinete de Toilette", "Gabinete dos Negócios Estrangeiros", "Gabinete da Guerra", "Gabinete dos Refugiados". Rodeado pelo seu "Gabinete", Holden Roberto recebeu-me, visivelmente satisfeito por discutir com um jornalista chegado da América, país reputado rico e generoso, visto que, desde o princípio, logo me falou de dinheiro. Enquanto fazia o elogio da América, que havia visitado em 1959, Holden Roberto disse-me sem delongas:
- Temos tudo o que precisamos menos dinheiro. Ajude-nos, escreva sobre a nossa causa e diga que homens não nos faltam; cérebros e armas também não. Só não temos dinheiro.
- Mas para quê dinheiro, se possuem homens e armas, que é o essencial? - retorqui-lhe ingenuamente.
- Ora, para ajudar o povo, os 300 000 refugiados angolanos que presentemente vivem no Congo Belga - replicou ele.
Estes 300 000 refugiados - gozando de auxílio internacional - tinham vindo aumentar as fileiras dos ladrões e dos preguiçosos, dando fortes dores de cabeça ao governo congolês. Holden Roberto parecia bastante seguro de si e propôs-me ir visitar um dos campos militares, situados perto da fronteira angolana, em Kinkuzu, conhecido por ser uma importante base terrorista.
- Quantos homens em armas tem você? - perguntei.
- Aqui, em treino, dez mil; vinte mil a combater em Angola, e outro tanto à espera de receber instrução militar.
Holden Roberto estava longe de dizer a verdade, pois apenas se avaliava em dez mil o número dos seus homens, quer a combater, quer em treinos. Quanto a cérebros, havia em seu redor alguns antigos enfermeiros, alguns escriturários, com a ajuda dos quais ele pretendia dirigir os destinos de uma Angola independente. Porém, onde Roberto não mentia era quando afirmava que armas não faltavam. Os seus homens, cuja maioria havia tomado parte na carnificina, tinham à disposição carabinas-metralhadoras, morteiros e até minas. O armazém de armas e munições da U.P.A. era o próprio arsenal congolês, pois os soldados de Mobutu trocavam sem dificuldade o seu material por dinheiro ou álcool. Mais ainda, até à partida da ONU, os Ganeses, Marroquinos e Tunisinos haviam igualmente contribuído para equipar a U.P.A.»
- Mugur Valahu, "Angola, Chave de África"

 Estou seguro que o Gabinete de Toilette era o centro nevrálgico de toda a operação: era certamente nesse reduto de ininterrupta iluminação que se gizavam planos, estratégias e projectos governamentais passados, presentes e futuros.
Voltando ao Katanga, convém traduzir melhor o termo para o leitor leigo nestas matérias:
«A província do Katanga deve a sua riqueza à extracção do cobre e em mais de metade da produção mundial de cobalto, urânio, ouro, prata, cádmio, manganésio, titânio, diamantes, platina, grafite, ferro, estanho, níquel, "uma escandalosa riqueza mineral", como se dizia nos países mais pobres de África. Os seus trabalhadores ganham em média três vezes mais per capita do que os outros congoleses e os seus lucros provocavam a inveja das províncias menos ricas.»
- Ian Colvin, in "Tchombé, De Elizabethville à Argélia"

Estamos portanto a falar duma das regiões mais ricas de África e do mundo inteiro. Ora, os sabonetes deste mesmo mundo apostaram na independência do Congo tendo como alvo principal o "processamento" do Katanga e a última coisa que lhes interessava era um Katanga independente, ordeiro, onde prosseguisse sem grandes sobressaltos  a vitalidade e prosperidade económicas herdadas do tempo colonial. Aqui chegados, se prestarem fina atenção, detectam o cerne do processo descolhonizante em geral e o modus operandi do neo-colonialismo em concreto. O que estou a referir em relação ao Katanga é plenamente transponível para a independência de Angola e das nossas antigas colónias. Importa que "descolonização" se salde por destruição, desordem, desestruturação, em resumo, caos sob controlo remoto. África significa, neste contexto, mero depósito de matéria prima.  Não interessa que o Katanga prospere (ou Angola, ou o que seja), porque isso significaria redução de preços do cobre e outros minérios. Seria o mercado a funcionar e seria benéfico para o mundo em geral. Mas a última coisa que ocupa ou preocupa estas saboneteiras expedicionárias é o bem estar da humanidade ou o regular funcionamento do mercado. Ambos devem ser dirigidos por uma Central o mais financeira possível (conferir com a actualidade, sff) e regulados de acordo à conveniência cripto-gestora. O pós-Guerra e os anos sessenta em especial representam o despontar e implantar crescente desta lógica sinistra. Ao pé do "Planeamento Global", como vamos cada vez mais percepcionando, os planos quinquilheiros dos planeamentos estatais não passaram duma brincadeira de crianças. É certo que por detrás urde o mesmo "espírito" que outra coisa não é que o anti-espírito em figura de super-gente. Chamei-lhes em local próprio as "meta-criaturas". Mas há todo um permanente urdir e tramar cada ano mais desumano, impiedoso e prepotente.
O nosso principal (e mais bem sucedido) capítulo da Guerra do Ultramar decorre em paralelo com a independência do Congo, sobremaneira o Belga (futuro Zaire, depois R.D.Congo). Razões várias - partilha de tribos trans-fronteiriças, partilha de rotas económicas cruciais (toda a riqueza do Katanga só tem duas vias de escoamento, ambas controladas pelos portugueses - Caminho de Ferro de Benguela e porto da Beira), acções subversivas transmigratórias, etc -, ocasionam que o Congo funcione de certa forma como espelho avançado de Angola. E também como tabuleiro geo-estratégico onde se antecipará o futuro desta. Há claramente duas forças em confronto: as forças da ordem europeia resistente que procuram trazer o Congo para a órbita e inclusão na África Austral, e as forças da desordem neo-colonial, sob a máscara da ONU, que porfiam pela "africanização" caótica do território, recambiado, sem apelo nem agravo, a um super-sobado maquilhado de república de macacos, muito mais até que de bananas. Duas figuras, por fim, cristalizarão os dois polos em confronto: Mobutu e Tchombé. A derrota última deste representou um augúrio soturno da nossa.
Veremos isso em detalhe no próximo postal. Sendo certo que a recapitulação história daquilo que foi a "Independência do Congo Belga" constitui o maior arsenal de desinfestação da retórica descolhonizante com que récuas de grunhos auto-mutilados cismam de fustigar a aragem junto com a decência. Ou seja, o Congo, nos anos sessenta, mesmo ao lado de Angola, representava, todos os dias e em catadupa, o maior certificado da justificação, razão e justiça da posição portuguesa. Como os milhões de refugiados em debandada permanente da África neo-colonizada deste  últimos vinte anos atestam e proclamam ainda hoje. Aqueles que fomentaram  a retirada dos europeus de África juntaram a agressão ao insulto quando os endrominaram que bastava virem-se embora e tudo acabava ali. Não acabava. Na segunda parte do jogo, despejavam-se africanos na Europa. A "africanização", sob os auspícios da "ONU", era, e é, para ser continuada na própria Europa. A traição tem uma paga imediata; mas a cobardia, essa, é sempre recompensada a longo prazo. Com juros e alcavalas.

PS: Fizeram um monte de barulho por via do excremento  Barroso ir trabalhar para os americanos. Já trabalhava enquanto presidente da Comichão, o que era muito mais grave e danoso, e ninguém bufava. Agora vai aquela anedota do Guterres trabalhar também para os mesmos e tudo em grande festa, num foguetório tipicamente saloio, e ninguém reclama.

PSS: pareceu-me ouvir um ruído de coaxar algures. Deve ser impressão minha. E pontapé de sapo (mai-la rã anexa) deve ser um kung-fu daqueles. Coisa de estarrecer alguma mosca incauta, por certo.

segunda-feira, outubro 10, 2016

Sinal de vida

Decididamente, este é um blogue sui generis. Talvez o único em que as visitas aumentam quando o autor se remete ao silêncio. 
Não foi de propósito, mas  da próxima já sei: calo-me e eis que os visitantes duplicam. 
Calculo que a grande maioria venha na expectativa do "será desta que a besta perdeu o pio de vez?" 
Bem, lamento informá-los, aos bípedes implumes, mas ainda não foi desta.  Apenas tenho estado a braços, nestes últimos trinta e tal dias,  com um sinistro cluster de tragédia pessoal, calamidade divina   e óbito informático. A tragédia nacional ficou assim ligeiramente adiada, mas prossegue, dentro de momentos, na sua autópsia continuada. É um trabalho solitário, baldado e inglório, eu sei, mas alguém tem de fazê-lo.
Vou-me escorando, entretanto, na máxima do velho Fred: "O que não me mata, fortalece-me". E dado que ainda não estourei, vou-me tornando, paulatinamente, num Hércules. E num fantasma ambulante também. Faz parte do kit, ao que me é dado descortinar.

Até já. E a ver se não perdem pela demora...