quinta-feira, janeiro 18, 2007

Os anões e os gigantes



Uma série de portugueses de pacotilha vai defender os "Grandes Portugueses" naquela palhaçada que decorre na Televisão Governamental.
Assim, Jaime Nogueira Pinto enrodilha Salazar.
Leonor Pinhão emporcalha D. Afonso Henriques.
Gonçalo Cadilhe compromete o Infante D. Henrique.
Clara Ferreira Alves miniaturiza Fernando Pessoa.
Paulo Portas põe D. João II aos vómitos na tumba.
Ana Gomes envergonha Vasco da Gama.
Helder Macedo conspurca Camões.
Rosado Fernandes diminui O Marquês de Pombal.
Em resumo, a notícia no Correio da Manhã afirma que eles vão defendê-los, mas o correcto seria dizer que vão ofendê-los. A eles e à memória dum Portugal vertebrado e independente. A nós não. Somos anõezinhos da mesma freguesia.

PS: Álvaro Cunhal e Aristides Sousa Mendes? Sem dúvida, não foram grandes, foram descomunais. Mas não exactamente da portugalidade.
PS 2: A Leonor Pinhão, no essencial, vai persuadir os jurados que D.Afonso Henriques foi o Fundador do S.L. Benfica.

23 comentários:

josé disse...

Estão muito bem uns ( os defensores oficiosos) para os promotores do espectáculo ( a RTP do Governo).

Comprei hoje um livro de 2006 chamado Portuguesismo(s), de João Medina.
Não vi na recensão anual dos apaniguados habituais a referência...

Anónimo disse...

"enrodilha Salazar"

Coitado, deixa lá o Sr. q enrodilhado q chegue já ele está!
Mas conheço muitos vivos da nossa praça q estão/são bem mais encorilhados!

Mário Casa Nova Martins disse...

Exemplar Dragão

O Ilustre Amigo equivocou-se...
D. Afonso Henriques fundou o Vitória de Guimarães.
O Glorioso já existe desde o BigBang!

Saudações Benfiquistas!

Afonso Henriques disse...

...a ver vamos, ó Dragão!
Vai na volta e ainda ganho esta merda!
Mesmo que, como pretendes, seja arremessado em coio de papoilas saltitantes, espojado em sumo de beterraba, afogado em tinto azedo e outras vermelhusquices que tais.

timshel disse...

o que é a portugalidade?

qual é o seu mérito?

Anónimo disse...

olá Timshel

em forma?

duas questões pertinentes as que colocaste.

quanto as respostas, vai a
http://bibliomanias.no.sapo.pt/potugalidade.htm

e é tão meritória a portugalidade, como a sua equivalente na tua Pátria

saudações!

Anónimo disse...

Desculpe fa, mas a maçonaria, assim como a igreja católica "moderna", os neo-cristianismos, as cabalas judias, o comunismo e o capitalismo (alguns dos quais muito interdependentes entre si): são todos eles os grandes causadores da nossa desgraça (nossa e não só nossa).

E não me fale do fascismo, pois este apareceu por reacção aos outros. Não é uma causa (como os outros) mas sim um efeito!

Quanto ao islamismo radical, ele vem de fora, enquanto que os outros são parasitas desenvolvidos cá dentro.

É a este rol de lixo (posso me ter esquecido de algum) que se deve o descalabro cada vez mais acelerado a que vamos assistindo. As guerras e cataclismos naturais que tivemos no passado são meras bricadeiras comparadas com o que pode vir a suceder.

Anónimo disse...

"O Glorioso já existe desde o BigBang!"
ahahahahah!
BIG-BINGO!

Sem perdão:
760 10 2003

Legionário

Anónimo disse...

Porque ainda ninguém escreveu sobre isto!

Do racismo jurídico dos pais biológicos e outras tuguices
Temos assistido às tristes notícias de um militar condenado a seis anos de prisão e uma indemnização de 30.000€ (?) pela razão de querer proteger a filha adoptiva que lhe teria sido entregue pela mãe biológica com 2 ou 3 meses de idade…!
Com as novas leis da nacionalidade o carácter “biológico-sanguíneo” de herança dos pais deixou de fazer sentido, bastando para ser português o ter nascido em solo nacional…(infelizmente). Qualquer, por remota que seja, hipótese de um país estrangeiro vir reivindicar como seu um filho de emigrante nascido em Portugal não resultaria ao abrigo da nova lei da nacionalidade.
Porque é que um pai biológico que deu ou pagou para dar uma queca tem o direito de reivindicar como sua, uma filha que nunca quis mais não seja pela simples razão que até desconfiaria se seria “realmente” sua…
Se cidadão nacional passou a ser qualquer um que cá nasça e que portanto foi por este país adoptado porque é que os pais biológicos, muitas das vezes (como parece ser caso em questão) simplesmente artífices de uma foda paga ou até violação, continuam a ter direito sobre os pais adoptivos, mesmos sendo estes os que realmente acolheram, deram carinho, casa, educação…?
Desculpem o desabafo mas – Tirem o tampo do esgoto e deixem este rectângulo de merda afundar-se de vez

timshel disse...

fa

a minha dúvida é que não percebo qual o mérito da "portugalidade" relativamente a outros países

todos os países têm coisas boas e coisas más

apenas por acaso nascemos num determinado país

ter orgulho em ser português é como ter orgulho em gostar de uma determinada côr ou em ser de determinado clube

devemos ter orgulho em coisas nobres: praticar o bem, por exemplo

agora orgulho num acaso que ainda por cima não tem fundamento pois todos os países têm uma cultura própria, isso não consigo entender

dragão disse...

O Timshel é filho do acaso.
Bem, antes do acaso que das ervas.

Anónimo disse...

Esta impressão atípica e ambígua com que se defrontam os portugueses sobre a sua nacionalidade, atormenta-me! Pergunto: será que vivem exilados, no seu próprio país, e se alimentam de esperança? Sim, porque a Espanha é já ali ao virar da esquina. Nada como diluir Portugal na origem da sua formação. Relembro que Portugal nasceu num contexto ibérico multipolar, em que prevaleciam as forças centrífugas.
Volta, Conde de Andeiro, estás perdoado!

Timshel, não ligues ao Dragão. Ele desconhece que não há acasos na escolha dos afectos. Esporádicos ou permanentes.

Pátria querida.

Anónimo disse...

Senhor Anonymous, tenho que concordar consigo. A sua análise é coincidente com o que penso sobre a temática.

Culto Timshel, o mérito da portugalidade para os portugueses é idêntica à espanholidade para os espanhóis, ou a israelidade para os israelitas.
Tens razão ao dizer que «apenas por acaso nascemos num determinado país», mas esse facto leva a que nos orgulhemos dele e defendamos a sua Cultura, cultivando a sua Identidade.
Sabes, o Senhor Dragão quando escreve que és «Filho do Vento», quererá dizer que não sentes a Pátria (Senhor Dragão se estiver errado, por favor, corrija-me), porque o vento não se “detém” em lado algum.
Olha, costuma-se dizer que os Ciganos são «filhos do vento», porque são erráticos, não têm uma Terra a que chamem Pátria.
Sem o sentimento de pertença a uma Terra não há o sentido de Pátria.

Esta é a minha leitura dos comentários a propósito do oportuno postal do Senhor Dragão.

Anónimo disse...

O que o dragão quer dizer é que os "defensores" dos grandes portugueses (porque todos os 8 da lista o foram sem dúvida) são os "grandes" portugueses de hoje e no entanto não passam de umas ridículas amostras de gente que não são minimamente comparáveis aos outros.

E porquê? porque hoje, ser-se português é como ser-se de um clube e nada mais!
Portugal é regido pelo culto do acaso e da negociata entre os compadres e não para bem do seu próprio povo.
Será que para se ser israelita basta nascer em israel (o reino do "bem")?


"
apenas por acaso nascemos num determinado país

ter orgulho em ser português é como ter orgulho em gostar de uma determinada côr ou em ser de determinado clube

devemos ter orgulho em coisas nobres: praticar o bem, por exemplo

agora orgulho num acaso que ainda por cima não tem fundamento pois todos os países têm uma cultura própria, isso não consigo entender
"

A partir do momento em que há esta nova lei da "nacionalidade", será de estranhar este tipo de raciocínios?
Entendem o que eu quero dizer?

Anónimo disse...

anonimo da 1.37


"será que vivem exilados, no seu próprio país, e se alimentam de esperança?"

acrescenta-lhe a saudade e temos a portugalidade completa

timshel disse...

dragão

todos somos filhos do acaso

mesmo os que consideram estar nos planos do Universo nascerem num jardim glorioso à beira-mar plantado

e que todos os outros que tiveram o azar de não ter sido objecto dessa maravilhosa predestinação estão condenados a vaguear pelas trevas do desconhecido

zazie disse...

"e que todos os outros que tiveram o azar de não ter sido objecto dessa maravilhosa predestinação estão condenados a vaguear pelas trevas do desconhecido "

eheh Saiu tão bonito. O Tim está muito poético hoje

";O)

timshel disse...

eheh

nada como a aproximação do fim de semana para me tornar poético

dragão disse...

Lá que tu sejas, problema teu, ó Timshel. Não me metas é na família.
Eu sei bem quem foi o meu pai e a minha mãe. Fora os avós, bisavós e outros avoengos por aí fora.

Dás-te conta da chimpanzezice do teu argumento, ou estás só a arranjar lenha para a pira onde te empoleiráste?...

timshel disse...

ó dragão

o problema não é esse

todos temos pais, avós, bisavós, avoengos, etc.

o problema é outro

o problema é saber se por termos tidos os antepassados que tivemos, isso nos faz super-homens acima dos outros povos

se por portugalidade significa saber de onde vim, com todas as suas forças e fraquezas, isso é importante

é importante saber a nossa história colectiva e individual (até para permitir, a partir dos erros e das virtudes dessa história, aperfeiçoarmo-nos)

mas daí a atribuir-lhe um qualquer significado transcendental...

o que é importante é ter uma relação de equilíbrio com a nossa história

tudo o resto, orgulho ou rejeição, é indício de pancada

dragão disse...

A "relação de equilíbrio com a nossa história", pelo teor adolescente dessa cassete, pressuponho que floresce da "castração ideológica".

timshel disse...

se a "relação de equilíbrio com a nossa história" corresponde ao "teor adolescente dessa cassete" a que teor corresponderá a cassette de uma relação de desequilíbrio com a nossa história?

Anónimo disse...

__ mas o que é que essa "pinhoca" feiosa e libidinosa da Leonor do 3º. andar tem que falar (conspurcar) o que quer que seja sobre o Primeiro Afonso.
O Primeiro Afonso, no fundo o primeiro português, foi acima de tudo sócio honorário do Celta de Vigo dessa Grande Galiza, nossa Irmã.