terça-feira, março 05, 2024

Cromos e percentagens

 

O cromo a ser entrevistado abaixo é Erik Prince, o fundador e top manager da Blackwater (a principal empresa para-militar americana, vulgo PMC). É muito significativo que venha dizer abertamente aquilo que aqui diz. Sobretudo no que concerne à muito provável mudança de "war ambience" nos States. 

Registei, entretanto, uma citação que merece realce (até porque não anda muito longe da realidade):

« - 1% da população controla o mundo;

   - 4% da população serve caninamente os anteriores;

   - 90% da população está zombificada;

   - 5% da população tenta fazer com que os zombis despertem;

   - O 1% da população assegura-se de que os 4% tudo fazem para evitar que os 5% alcancem o seu objectivo. »




11 comentários:

passante disse...

> - 5% da população tenta fazer com que os zombis despertem;

Muito menos de 5%, e deviam pôr as barbas de molho, porque a Cassandra lixou-se (merecidamente, segundo alguns mais impiedosos).

E nem foi por má vontade particular de ninguém, o que faria se fosse. Há gente que leva a mal que lhe mexam no queijo.

"Il faut cultiver son jardin", como dizia o outro nos intervalos de "ecraser l'infâme".

dragão disse...

Estou consigo nesse cepticismo quanto aos números e ao resto.

Menos de 5%. E menos de 1% (no Oxidente e neo-colónias, protectorados e ergastulários, então abaixo de 0.5%).

Em contrapartida, por inerência óbvia, acima nos 90%.

Anónimo disse...

1%?
Isso grosso modo traduz-se em 80 milhões de senhores. É demasiada cabeça para produzir controlo!
5% de bem-intencionados?
Nem por sombras. A ambição de 99,9% desse grupo é ocupar o lugar dos outros 4% e eventualmente dos tais 1%.
Anónimo da poesia

dragão disse...

«É demasiada cabeça para produzir controlo!»

Tem andado desatento, o caro leitor. Recordo-lhe a definição: "um individualismo sem indivíduos".

Aquilo é "pensamento em espécie", como os insectos colectivos. Nisso reside a sua força e a sua venenosidade. No fundo, é preciso uma "mini-massa" para controlar e pastorear uma "mega-massa". Para o efeito, repare bem, o plano é simples e necessário: sendo a "mini-massa" o zero (o nada), só tem que manobrar e urdir de forma a manter a "mega-massa" abaixo de zero. Traduzindo: é essencial garantir que a "mega-massa", mentalmente, se confine a um estado permanente de negatividade e negação.

«A ambição de 99,9% desse grupo é ocupar o lugar dos outros 4% e eventualmente dos tais 1%.»

Está, em parte, a ser lúcido e realista, e noutra parte, a ser pessimista e negativista. Não podemos fazer essa avaliação peremptória. Só Deus pode e só Ele saberá das percentagens reais.

Alguma parte desse grupo, digamos assim, pretende descer à nulidade (moral, social, ontológica); mas se assim é, e eu não contesto em boa medida, então significa que, na realidade, eles não pertencem a essa percentagem, mas, isso sim, aos 90...% a que simulam acudir. São tão zombis como estes e encontram-se tão abaixo de zero quanto eles. Donde que não descem, mas apenas porfiam a tentar subir. De facto, o que os move não é ajudar os zombis, mas servir-se deles como trampolim ou escadote para ascender à nulidade gestora. Quantos dos 5% serão então pseudo-despertadores? Boa questão.

Aproveito para dar um exemplo que conheço bem e do qual posso falar com propriedade: Eu.

Não me sinto nem zombi, nem despertador. Nem, ainda menos, sabujo do Zero. Tenho sérias dúvidas, enquanto cínico profissional, que se consiga despertar um zombi. E, todavia, recebi um exemplo superior que me obriga a batalhar, logo à partida, contra as minhas próprias convicções. Resta-me pois pegar na cruz, a minha, e segui-Lo.

Anónimo disse...

Segundo dizem Salazar não queria governar. Ainda bem que decidiu, ou foi também, obrigado, a fazê-lo.
Carlos

marina disse...

os 5% são apenas 144 000 em cada geração -:)

Então ouvi o número dos que foram selados, que
era cento e quarenta e quatro mil,
de todas as tribos (...).

Anónimo disse...

Há nove anos , como hoje , vilanagem farta :

https://www.youtube.com/watch?v=dAxE9S6Nh2w

Anónimo disse...

https://x.com/dom_lucre/status/1765452935092113567?s=46&t=7MihXQ20SH3js_gIRmDlfQ

Laoconte disse...

"Rebellion meant a look in the eyes, an inflexion of the voice, at the most, an occasional whispered word. But the proles, if only they could somehow become conscious of their own strength. would have no need to conspire. They needed only to rise up and shake themselves like a horse shaking off flies. If they chose they could blow the Party to pieces tomorrow morning." Mas "Until they become conscious they will never rebel, and until after they have rebelled they cannot become conscious." in 1984, Orwell.

Anónimo disse...

Talvez por defeito de fabrico ou “dificuldade de encaixe” tendo a fugir de certos conceitos, definições ou catalogações.
Percebendo e até em certa medida concordando consigo, custa-me enquadrar cabeças com capacidade e estatuto dominador/liderante nessa de “pensamento em espécie”. Se assim for então só posso concluir que a condução dos destinos colectivos inevitavelmente estará condenada ao fortuito e o legado em risco permanente. O que pensando um pouco até parece colar bem com a triste realidade dos ocidentais.
Do resto, por uma questão de sanidade mental, há muito que enveredei numa de abelha selvagem com pendor solitária; cada um pela sua cabeça!
Anónimo da poesia

Anónimo disse...


Ricardo Reis heterónimo de Pessoa:
“Nunca a alheia vontade, inda que grata,
Cumpras por própria.
Manda no que fazes,
Nem de ti mesmo servo.
Ninguém te dá quem és.
Nada te mude.
Teu íntimo destino involuntário
Cumpre alto.
Sê teu filho.“
Anónimo da poesia