sábado, outubro 14, 2023

O Apocalipse tenha piedade de nós!




 Como se já não bastasse o desgoverno do Costa, mais o sado-masoquismo da Ursula doida e o regime implantado de escatofagia compulsiva que lhe é imposto, o povo (perdoem o anedonoma*, como diria o Cioran) tem agora também que aturar e padecer os activistas da Climáximo. Não direi que são uma espécie  de talibãs. Porque, na verdade, são tão genuínos e ainda mais alarves e perniciosos. Apenas diferem no invólucro: em vez de sandálias e turbantes, actuam de chupeta e fraldas. Estão dispostos a varrer a civilização para que ela não pereça. Isto é, matam-na de modo a impedir que ela se suicide. Em síntese,  para nos salvarem (na figura abstracta do "planeta"), propõem-se dar cabo de nós. Pior que os que se masturbam com abstracções são aqueles que trancafiam coisas concretas em abstracções. Já nem sequer é uma nova ideologia: é um neo-totemmismo aberrante. E abjeccionista quanto ao método.

Sejamos honestos: se são eles o futuro, seus sacerdotes, invocadores ou guardiães, então qualquer catástrofe não só é preferível como desejável. E urgente. Até parece que já estou a vê-los de alcatra poisada nas administrações das indústrias e tecnopatias do amanhã. Os hippies viraram yupis e foi o que se viu e assiste. Estes,  seguramente, corporizarão uma qualquer nova espécie de canibalismo disneyléxico e milupampanante (acabo de criar uma nova palavra na língua portuguesa, não percamos, pois, a esperança).

Em suma: se a alternativa é entre eles e o apocalipse, serei franco: estou com o apocalipse. Já nem se trata duma forma de destruição, mas apenas de higiene... Em larga escala. No entretanto, e dado que a malta está a ficar cada vez mais lixada e relixada com a vida e todo o sado-aparelho reinante, estimo que, ao menos, desopile a condizer e os espanque a rigor. A bem do ambiente, o autêntico, da sanidade mental sobretudo, só se perdem as que caírem no chão. (Muito) mais importante que separar o lixo é tratá-lo como ele merece.

PS: Do mal o menos: aliviaram as necessidades num Picasso... Imaginem que o faziam no Bosch que está no Museu de Arte Antiga. Seria caso para encostá-los a uma parede.

* onoma, no grego, significa nome. Igualmente, no grego, anekdota significa literalmente "não editado", "inédito", e daí veio o nosso termo anedota. Anedonoma, portanto, pode traduzir-se por "nome anedótico". Daí chegarmos à democracia como o "poder de anedota" ou "pela anedota"? Tirem as palas, larguem as peias mentais por um instante e olhem à vossa volta.

6 comentários:

passante disse...

> aliviaram as necessidades num Picasso... Imaginem que o faziam no Bosh que está no Museu de Arte Antiga. Seria caso para encostá-los a um parede.

Se fosse no Bosch por mim nem chegavam a parede nenhuma. Agora o Picasso, só foi pena ter sido na placa de acrílico que dizem estar à frente do quadro.

Um "planeta" com menos um Picasso era uma melhoria, como dizia o Twain das bibliotecas sem livros da Jane Austen.

dragão disse...

Concordo exuberantemente consigo, meu caro.

Neste particular caso, o vandalismo foi até redundante: vandalizaram um vândalo da pintura e da arte. Mas isso não os amnistia em nada. :O))

Figueiredo disse...

Picasso foi uma fraude, estão bem uns para os outros, como se costuma dizer; a diferença entre o quadro e os parolos que o borraram, é nenhuma.

Figueiredo disse...

Alguém sabe o que é feito da pessoa ou pessoas que criaram o blogue «Fascismo em Rede» (fascismoemrede.blogspot.com)?

Tinha textos/publicações interessantes, é uma pena ter adormecido.

Anónimo disse...

Deixem-nos ficar coladinhos à parede. Pão e água para meditarem.
Carlos

Anónimo disse...

Figueiredo, já estás bêbado, cabrão!