domingo, outubro 08, 2023

Ao Panteão Nacinhal, já!





Desculpem lá a demora, mas tenho andado extremamente ocupado com outros assuntos de ordem urgente. 

Reparação e indemnizações a caminho!...

Entretanto, com imensa pena minha, até perdi a oportunidade de opinar sobre aquele arrastão tanatocoiso do Eça ao "Panteão" nacinhal. Ora, como é sabido, o actual regime transformou o panteão numa espécie de aterro sanitário onde despeja de acordo aos caprichos ideológicos e necessidades mentirológicas. Trasladar para lá o Eça equivale a despejá-lo, dum cemitério digno, numa lixeira. Para turista ver. A família do escritor está dividida. O escritor, no Além, seguramente vomita só de pensar na rebaixada honra. Emporcinam-lhe a memória. Não é seguramente um sítio recomendável, nem digno dele.

Em contrapartida, abundam por aí os talentos, esses sim, merecedores da homenagem. Nesse sentido, de modo a colmatar essa injustiça, e sempre animado dum espírito benemérito e generoso, o Dragoscópio inicia aqui, e desde já, uma petição nacinhal com carácter de urgência:

JOSÉ RODRIGUES DOS SANTOS AO PANTEÃO! JÁ!!!!....

Mas, rosnarão os incréus, ainda não está completamente morto...

Embalsamem-no, ora essa. Melhor: preservem-no para o posteridade (e o turismo), como lhe compete e é devido: num enorme frasco de álcool. 

3 comentários:

Anónimo disse...

Vamos ser poupados. Basta mandar para a lixeira todos os restos dos gajos que dão nome a ruas, praças e urinóis nos últimos 50 (ou mais) anos.
ao

Anónimo disse...

"Anónimo disse...

Vamos ser poupados. Basta mandar para a lixeira todos os restos dos gajos que dão nome a ruas, praças e urinóis nos últimos 50 (ou mais) anos."
lol lol à muito que não ria tanto lol lol
Só mesmo aqui para lermos estas pérolas lol ...
Carlos

Vivendi disse...

"Fui a Santa Cruz do Douro visitar o Eça antes que o levem para o Panteão. Um sol denso, amarelo, caía a pino sobre a aldeia. Encontrei-o alegre e bem-disposto, a gozar de boas cores e mais nutrido de cara que o dr. Cavaco. Ainda nos rimos por adiantado à custa dos homenageadores de turno e das frases ocas e acacianas que irão ler na cerimónia de trasladação. Avisei-o de que Lisboa permanece igual. Aliás, Portugal nunca muda, como ele nos ensinou no derradeiro capítulo de “Os Maias”. Bem pode agora descer o Chiado com o Carlos e o Ega: avistará as mesmas caras, as mesmas personagens, os mesmos pacóvios, os mesmos exibicionistas, os mesmos corruptos, os mesmos edifícios. O lodaçal é idêntico. Prossegue o jornalismo de escândalos, à Palma Cavalão. Para forcejar a semelhança, disse-lhe que a seu lado no novo túmulo haverá até um Eusebiozinho, mas que este era futebolista, não ia passear espanholas para Sintra. Por falar em Sintra, a sua adorada Sintra, quem agora lá manda é o primo Basílio, um sujeito de carreira ziguezagueante, enxertado de Gouvarinho e Sousa Neto. Depois retirei-me. Deixei o mestre sossegado a curtir os seus últimos dias no Douro."

Bruno Santos