Ocorreram-me umas ligeiras dúvidas relativas a uma certa tribo de canibais da Papua-Nova Guiné, mais conhecidos por Caçadores de Cabeças. Diziam respeito ao seu trabalho artístico com as ditas, depois de capturadas e separadas, habil mas rudemente, dos dadores respectivos. Confesso: sempre me intrigou como é que eles conseguiam reduzi-las a tão perfeitas miniaturas.
Decidi recorrer ao motor de busca Google e introduzi o termo "head hunters" (ou seja, "caçadores de cabeças" em "internetês). Os resultados não se fizeram esperar e confesso que me deixaram estupefacto. Parece que a tribo, que eu julgava remota e rara, afinal tem conhecido o maior sucesso e propagação por todo o mundo. Se não se tornou infestante, anda lá perto. São centenas e centenas de referências, em lugares tão insuspeitos como Londres ou Nova Iorque. Isto deixou-me perplexo e até um pouco temeroso.
Quererá isto dizer que as nossas principais cidades e países, supostamente civilizados, se estão na verdade a transformar em perigosíssimas selvas, infestadas de impiedosos canibais?...
Arrepio-me só de imaginar tal hipótese. Olho em redor, desconfiado. Sinto-me mesmo tentado a colocar armas de fogo no topo das prioridades da lista de compras. É que estes, os urbanos, pelo que pude ler, ainda são mais sádicos e carniceiros que os rurais. Já nem se dão ao trabalho de matar e decapitar previamente as suas vítimas. Ou ministrar-lhes a mínima anestesia ou aturdimento que seja. Não; é sem preliminares, a frio: executam o macabro ritual com os desgraçados bem vivos e conscientes. E a família a assistir.
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