Rezam as crónicas que nestes últimos dias, de intensa democratização, no Iraque, só em Fallujah, os missionários americanos terão convertido definitivamente para cima de 400 Iraquianos. Sendo um serviço urgente, expresso, como manda a "american way of life", o baptismo coincidiu com a ascenção imediata ao céu. Fast-evangelização, pois é. Very, very fast. Claro que os alarmistas e maledicentes se puseram logo, num grande despautério, a clamar que eles tinham morto 400 civis, despejando-lhes em cima com todo o calibre de bombas, granadas e munições.
É não compreender a missão salvífica daqueles galhardos rapazes. E é teimar numa perspectiva pessimista e catastrófica dos feitos.
Afinal, temos que passar a abordar a campanha dum modo mais construtivo. Especialmente, na forma como se elaboram as notícias...
Por exemplo, neste caso: em vez de dizer que foram massacrados 400 índios - perdão, Iraquianos-, devemos optar por relatar que após doze meses de operações, ainda existem cerca de 22 milhões de Iraquianos vivos.
E se, durante a próxima semana, falecerem mais mil, convém que se diga: "sobrevivem (ou faltam) ainda 22 milhões, novecentos e noventa e nove mil".
E assim sucessivamente.
Sem esquecer que os mutilados contam como vivos.
Para efeitos de contabilidade.
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