Não sou pessoa de religião e muito menos de igrejas, mas penso, creio firmemente, que hoje se assinala a morte dum homem justo.
No relato dessa morte, assombram-nos ainda hoje as perguntas. Sobretudo as perguntas. Especialmente a da multidão e a de Pilatos - "Se salvaste os outros, porque te não salvas a ti próprio?"; "o que é a verdade?"
Em verdade vos digo, se eu valesse um grão de poeira das sandálias desse homem talvez me arriscasse a responder...
Não se salvou a ele porque não precisou: era, provavelmente, o único que não andava perdido. Quanto à verdade, crucificaram-na, naquele dia trágico, há mais de 2000 anos. Tal qual continuamos a crucificá-la ainda hoje. Com as mesmas mãos de carrasco, os mesmas línguas de cobra e os mesmos corações de pedra de então.
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