Sei como funcionam as traduções: já mas pagaram à página, à linha, à palavra e até aos caracteres.
Dos colunistas de jornais não posso falar -não sei se recebem à palavra, ao artigo ou ao mês -; excepto de um: o Vasco Pulido Valente. Esse, de certeza, recebe ao insulto. À aleivosia. À macaquice.
Dados tão profícuos incentivos, não espanta, pois, a estrénua correspondência. Porque ele corresponde: com a cadência da metrelhadora.
A propósito do seu último chorrilho no DN, intitulado "Imitar a revolução", até deixei, num desses blogues liberais que assombro, o seguinte comentário (a que aproveito para acrescentar um corolário adicional):
"O Vasco, pouco polido, decididamente, não gosta de Portugal. E vitupera o destino por tê-lo depositado em tão imunda cloaca. Por desfastio cospe e vocifera contra os indígenas. É irrelevante quem sejam ou o que tenham efectivamente feito: basta que lhe colidam com a veneta ou os azares do calendário. Vale-lhe uma benta conjuntura única: o facto do país pairar num limbo de medievalidade extravagante, onde se tomam os doidos por sagrados e qualquer tolinho que delire, esperneie ou espume pela boca como porta-voz inequívoco da transcendência. Valem-lhe as Zazies todas deste reino. E a impunidade imensa que reina na paróquia: se fosse no século passado, ninguém o livrava dumas boas bengaladas."
Eu, por mim, dava-lhas. E o Eça, lá do Além, estou seguro que m'as abençoaria!...
Sem comentários:
Enviar um comentário