sábado, maio 20, 2023

Pausa musical (de elevada edificação ética)

 Odeio Pop com todas as minhas forças.  É algo que me dá vómitos. Excrementos como os U2, Blurr, Radiohead, Coldplay e porcarias dessas  - que me irritam ainda mais por se quererem fazer passar por algo mais que a rasquice estética e melopoia que são - despertam em mim instintos sombrios e uma urgência de acabar com aquilo por qualquer meio ou arma. Perdeu-se uma grande oportunidade de bombardear o concerto dos Coldplay em Coimbra - sim, sobretudo aquele onde o morsa desdentada bateu palminhas! Desiludem-me muito, os russos, mais os seus mísseis preguiçosos. Nunca aparecem onde são realmente precisos. Bem, na verdade, até vão aparecendo, mas é lá demasiado longe para as nossas necessidades mais prementes.

Sou um fundamentalista anti-Pop, um taliban popfóbico? Pois sou. Constitui mesmo uma das minhas regras de vida. Mas, claro, como todas as regras, vazadas a formas de metal fundido pelas colunas do Tempo (rapturei esta a mestre Pessoa, quando delirava acerca da maçonaria) tem uma excepção.

Que é a que se segue. Com uma dedicatória especial às leitoras. E coroada duma moral implícita muito óbvia: a perfeição, mesmo vestida de pop, é sempre deslumbrante. Porque rara. 


Faltou dizer uma verdade intemporal: sempre invejei este gajo, sobretudo as miúdas do coro deste gajo. E viva a Vida!


O Dylan, já agora, escreveu algumas grandes musicas (desde que, em muitos casos, não interpretadas por ele). Esta, só para acabar, foi mesmo escrita para o Ferry. Revelou-se agora. E fez-se-lhe justiça. Grande album, by the way... Dylanesque. 



A mulher... a eterna e misteriosa mulher. Que  nos traz ao mundo e nos faz peregrinar através dele. O Céu e o Inferno na mesma estação. 

3 comentários:

Zazie disse...

Ora bem... um inglês no melhor que brota por lá (em todos em sentidos)

dragão disse...

Na verdade, minha cara senhora, são vários ingleses da melhor qualidade musical. Eu diria mesmo que o canto de cisne do British Empire foi literalmente de índole melódica. Sob a batuta duns tais Beatles e tudo o que deles decorreu. Foi a última vez em que a Britain foi Great again. Agora anda micro de todo. RIP.

Prazer em revê-la!... :O)

Anónimo disse...

Vejo que foi tingido pelo imperialismo cultural anglófono. Mas, musicalmente, de facto temos de concordar que o "canto do cisne" produziu coisas muito interessantes ao nível da música ligeira jovem. Em 1979, com The Wall, acabou-se. Depois disso, só uma ou outra coisa no Metal. Ainda às vezes se apanham coisas notáveis, mas vindas de fora. Veja os noruegueses Wobbler.