segunda-feira, julho 04, 2022

A Lei geral da Riqueza (rep)

O postal que  se segue é a reposição de um postal de 2015. Nada como o futuro (agora presente) para avaliar da razoabilidade do prognóstico.


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 Segundo o mais recente cômputo, 1% da população mundial detém 50% da riqueza global. Ou seja, tanto quanto os restantes 99%.

Este singular fenómeno pode ser encarado de duas perspectivas substancialmente diversas:
Para  a esmagadora maioria dos humanos, há excesso de riqueza nas mãos de muito poucos.
Para os muito poucos, ou minoria possidente, há excesso de população para os recursos disponíveis.
Ora, como na actualidade, o poder político, mais que nunca, tende a submeter-se ao poder económico, a perspectiva dos muito poucos tende a prevalecer, senão mesmo, de alguma forma, a ver-se  implementada com carácter de necessidade absoluta.
Depois, como a dinâmica intrínseca da economia global promove a a reprodução do dinheiro pelo dinheiro (leia-se onanismo financeiro), a inclinação, cada vez mais vertiginosa, é que os 50% disponíveis para os 99% diminuam progressivamente. De tal modo que daqui por, digamos, 20 anos, apenas estará disponível 40 ou 35% da riqueza.  Até porque o aumento natural da população aliar-se-á ao acumulamento progressivo da riqueza.
Resulta então, de tudo isto, uma dedução óbvia: o grande e maiúsculo problema para a ultra-minoria possidente é, por um lado, ampliar a sua sempre escassa riqueza; e, por outro, reduzir o excesso de população que compete pelo restante bolo, de modo a contrabalançar o tamanho cada vez mais diminuto deste e a contrariar a erupção das tensões inerentes daquela. Quer dizer, como irá haver cada vez menos riqueza para cada vez mais pessoas, torna-se imperioso, na parte que pode alterar-se, promover essa alteração, ou seja, fazer com que os cada vez mais devenham cada vez menos, para que assim, de alguma forma, possam ajustar-se  ao cada vez menos a que podem aceder.
A lei geral que de tudo isto decorre, pode traduzir-se nos seguintes termos:
Para que o dinheiro se possa reproduzir cada vez mais é necessário que as pessoas se reproduzam cada vez menos.

Ferramentas evidentes para a realização e concretização desta lei, são já manifestas algumas, entre as quais:

1.- Mito do aquecimento global (não é a questão de haver ou não aquecimento, mas as causas que se pretendem implantar);
2.- Depressão colectiva artificialmente induzida (através de austerizações absurdas e meramente punitivas, por exemplo);
3.- Terrorismo global confeccionado;
4.- Desestruturação das sociedades tradicionais e normalização do caos;
5.- Desligamento ao passado e infernização do futuro, de modo a justificar e perenizar uma reclusão num presente absoluto;
6.- Instauração dum totalitarismo económico, império duma tirania financeira global, sob pretexto de combate  a despotismos nacionais, ou autocracias regionais.


A troco de ornamentos, confisca-se a vida.

8 comentários:

Anónimo disse...

"Para que o dinheiro se possa reproduzir cada vez mais é necessário que as pessoas se reproduzam cada vez menos."

O problema que vejo é este: as partes do mundo em que há recursos e estruturas para manter populações estão a ficar sem crianças. Nas partes do mundo em que falta tudo, o crescimento demográfico é exponencial.
Em 1950, o Niger tinha 2M de habitantes; em 2100 terá 170M...Num país que é um deserto, parece-me uma receita para estabilidade e pugresso.

Miguel D

marina disse...

ai Dragão , e os escravos para manter essa riqueza ? é que eles ,os 1% , não trabalham , precisam de imensa gente para vigarizar.
sendo assim às tantas tinham de se vigarizar entre eles e isso não dá . o livro que seguem só os deixa vigarizar-nos aos outros -:)

dragão disse...

Teremos, provavelmente, que fazer essa adenda:
Onde mais se reproduz o dinheiro, reproduzem-se menos as pessoas. Onde se reproduz menos o dinheiro, reproduzem-se mais as pessoas.

«Nas partes do mundo em que falta tudo»

Como era a nossa demografia nos tempos sinistros e cinzentos da dentadura, em que faltavam infinitas mais coisas do que hoje - no éden dumucrático?

Mas de acordo, África, o mundo muçulmano, a américa latina, a ásia transbordam de reprodução... Deve ser para contrabalançar. E a Nemésis não dorme. :O)

marina disse...

se observarem a Natureza verão que para o novo nascer , o velho tem de morrer...
é muito simples.
enquanto a ciência lutar para que ultrapassemos matusalém e alcancemos a vida eterna na Terra , a taxa de natalidade continuará a descer. lembro-me de um livro de ficção científica que li há muitos anos em que só podia nascer uma criança de 500 em 500 anos.
e o divórcio , senhores ? estas variáveis também estão correlacionadas negativamente : taxa de divorcialidade , taxa de natalidade. cresce uma , desce a outra.

dragão disse...

Cara Marina,

Os escravos são abundantes e existem até listas de espera. Mas sobrevém uma questão muito sensível nos meios olímpicos dos tais 1% - também já os vi taxados, com imensa propriedade, como "filantropatas". POis, entre eles, impera o neo-malthusianismo assanhado, embora rançoso (ou por isso mesmo). Enfim, entendem, através de cálculos que só o chifrudo que os patrocina e industria pode explicar, que o planeta só tem "sustentabilidade" para 1,5 ou, na melhor das hipóteses, 2 biliões de habitantes. Ora, neste momento respiram cerca de 7 biliões, ou à volta disso. Está a ver o problema? Tenho sérias razões para suspeitar que eles querem resolver o "problema". Aliás, nem é bem quererem: estão mandatados e seleccionados (pela necessidade) para isso. O Darwinzinho vem sempre de mão-dada com o Malthus.

marina disse...

isso sem dúvida , até achei que o gambuzino covid teria essa função ; depois pensei que era a coisa da ucrânia com a rússia , já que é para aqueles lados que fica a china india e indonésia ( nada menos que metade da humanidade ) e podiam distrair-se a brincar com nucleares. .
na queda de natalidade referia-me unicamente ao oxidente -:) somos cada vez menos. o que nem sei se será mau.

dragão disse...

Sim, e a "lei geral da riqueza" também tem como domínio prático o Oxidente. Até porque Oxidente e Mundo são sinónimos. O resto é arredores, arrabaldes, território indígena (em pousio, ou exploração).
Só que o Miguel, e muito bem, trouxe esse paramundo à liça e, de algum modo, temos que equacioná-lo.

Não obstante, o gambuzino covid ainda está muito longe da claridade. Envolve-o toda uma nebulosa, sobretudo em redor das vacinas, que dá que pensar.

Concordo com a questão da diminuição. Também não sei se será mau, a avaliar pelas safras. E com uma agravante no problema: é que somos cada vez mais diminutos não apenas no número, mas também, e sobremaneira, na inteligência, na liberdade e na simples memória. Já não falando em lealdade, justiça, sensatez, ponderação, coragem, generosidade, compaixão, etc, etc, etc. :O)

Vivendi disse...

O mundo está prestes a atingir 8 bilhões de pessoas enquanto a Europa diminui.
Os globalistas preferem o multiculturalismo (todos contra todos) que uma nação unida e contra o verdadeiro inimigo.