domingo, julho 10, 2022

Frenesim burrocrático

 «Russia and Belarus are a key mining and production region for potash, and Russia is a relevant source of nitrogen (see Figure 1). In addition to its role as a major producer of these two fertilizers, Russia also is a key supplier of the main raw material for nitrogen fertilizer: natural gas. This is mainly relevant for the EU and India, as their domestic nitrogen production depends highly on imported natural gas.»

«Russia’s war in Ukraine and the subsequent sanctions have instantly cut off global markets from Russian and Ukrainian nitrogen and potash fertilizers. This is likely to result in an imbalance of supply and demand, with tightening global N and K supplies leading to upward pressure on prices and increased price volatility»

Atentem bem no filme da estupidez "oxidental": sancionam os russos como se não houvesse amanhã e como se os russos fossem um qualquer quintal do terceiro mundo. Tudo isto por amor a coisa nenhuma - esse vácuo completo que se traveste  de "lei internacional", de "soberania de faz de conta", ou o Moloch da ordem global da "democracia liberabunda". Na verdade, e apenas, pura birra de fedelhos mimados a bancar os timoneiros do grande de salto para a geostratégia parola. O resultado é o que se está ver. O problema maior, porém, é que nisto dos grandes saltos não é concebível qualquer recuo. Preside ao acontecimento toda uma vertigem lemmhing. O precipício abre-se diante, mas nada de hesitações: em frente, e a todo o vapor. Reforça-se o ímpeto, o alarido, a festa, mas, pelo sim pelo não, almofada-se a queda. Como assim? Então, com os governados, os otários. Forra-se o fundo do poço com eles, bem calcadinhos, para que o choque (dos governantes e seus patrocinadores) possa ser, se alguma forma, amortecido. Até porque eles, dado que não são já humanos, mas sobrehumanos, nunca erram. O sistema perfeito onde verminam não o permite. E como a História também acabou, só quem pode estar errada é a realidade, ou a economia, ou a generalidade da ciência, e, seguramente, a inteira civilização desde os primórdios. Portanto, se as coisas não resultam, conforme o plano instantaneamente engendrado, corrige-se a realidade, procusta-se o quer que seja que recalcitre no mundo, e corta-se, mutila-se e costura-se  a eito, sem dó nem piedade. Ponderação? - para que serve? Reflexão? Nem vê-la! É tudo por impulso automático, grunho, frenético. Não estão a exercer uma função: estão a ter um acesso. Uma crise. De nervos ou de ausência. Mescla de descarga epiléptica e orgástica em forma de gangue-bangue burrocrático a armar ao colectivismo compulsivo e obrigatório.

Traduzindo: como não vamos ter nitrogénio, nem gás, nem potássio, nem ureia, nem ferilizantes em quantidade suficiente, ou sequer a preços normais, por culpa do nosso mongoloidismo funcional, vamos ser ainda mais danados de espertos: liquidamos uma boa parte do tecido agrícola que é para ver se ninguém nota a envergadura da nossa alucinação saloia - que até seria razoável se fosse apenas incompetente, e não, como é, a todas as horas, fruto de criminoso desvario. Ou seja, corrige-se a agricultura ao nível do desastre instalado. Se os russos estão a destruir o Zombistão, enlevo da nossa paranoia, vamos, por simpatia e solidariedade mentecaptas, destruir a Europa. Melhor: vamos auto-destruir-nos, em imolação ao Moloch da tal "ordem globabélica" da "democracia liberal", por ódio aos russos. Mas, volto à essência da questão: a democracia, como qualquer forma das sociedades se organizarem ou desorganizarem politicamente, existe enquanto meio para realizar o bem comum, isto é, existe para servir as pessoas. Mas agora, por desobra e desgraça dum quaquer anti-espírito, querem traficar e impingir pela goela abaixo das massas a democracia como o fim em si, e as pessoas como meros servos desse pseudo-fim. Descambamos para o nível da mera superstição, da idolatria mais destrambelhada, do sacrifício humano à divindade tenebrosa dum qualquer assurbaníbal da assíria massacrante.

E não me venham falar em conspirações das super-elites globais para instalar uma fome global e por aí fora. Já uma vez aqui o deixei lavrado: isso ainda era conferir algum sentido, por péssimo que fosse, a esta macacada. Estamos ao nível do absurdo, porque sim. 

3 comentários:

marina disse...

a minha esperança é que franceses , alemães e espanhois se revoltem e façam como no sri lanka e obriguem esta gente a fazer marcha atrás. afinal , em democracia , o povo é que manda , não é ? -:)

dragão disse...

Aquilo na Alemanha vai de vento em popa: já estão a cancelar piscinas, iluminações, duches e até semáforos. Estão cada vez mais esverdeados, cor de monco.

Vivendi disse...

Eu se fosse alemão já estaria no Paraguai.

A agenda 2030 existe e querem a todo custo promover a transição energética e não se estão a importar nada com a política da terra queimada.
Como é lógico os EUA estão por trás da agenda mas querem que ela torne forma no quintal europeu.