Segundo um Instituto Psiquiátrico qualquer:
«Os principais efeitos da intoxicação aguda por cocaína são:
- Euforia;
- Desinibição;
- Prejuízos na capacidade de julgar decisões;
- Sentimentos de grandiosidade;
- Impulsividade;
- Hipersexualidade;
- Hipervigilância;
- Agitação motora;»
Pois bem, à luz disto, começo finalmente a perceber, não apenas o anão Zelento, mas também os seus émulos europeus - da Ursula Doida ao Micro Macron.
Aliás, este último prossegue a dar no vício com toda a força. Está claramente numa fase avançada da relação:
Ocorrem-me, assim de memória, dois alemães - um chanceler e um filósofo. O primeiro confessou que quando ordenou o início da "Operação Barbarossa", tinha experimentado a sensação de estar a entrar num grande quarto escuro. O segundo deixou-nos um aforismo famoso: "quando olhas no abismo, o abismo também olha para dentro de ti".
Ora, o Minicron instiga â repetição do chanceler e desdenha a prudência recomendada pelo filósofo. O quarto escuro não o preocupa, muito menos assusta; e quanto ao abismo, deixemo-nos de contemplações, nada de hesitações; e toca de saltar, a pés juntos, lá para dentro.
Agora, a parte menos dramática: como é que sabemos que o estado de desarranjo do petit napoleon à l'asile psychiatrique , sendo avançado, ainda não é terminal? Então, porque ainda vai na fase de "pedir". Ainda não atingiu aquele paroxismo em que "exige". Um delírio de grandeza culminante que, eventualmente, recheará com uma revelação apoteótica, essa sim, e ao contrário do salto, realmente "estratégica": uma tia-avó processada no holocausto.
11 comentários:
Há um outro aforismo do mesmo filósofo, mais poético e não menos prudente: "Quem não é ave não deve voar sobre abismos".
Cara Fernanda,
Sempre oportuna e sagaz. Um privilégio lê-la por aqui.
Caríssimo, permita-me uma questão.
Perante um ataque à soberania e tomada de território pela força, qual deve ser a decisão/postura de um verdadeiro líder? Meter o rabo entre as pernas e submeter-se, ou tocar a rebate encetando todo e qualquer acção e aliança por forma a manter a soberania e integridade territorial?
Anónimo da poesia
Quase todos os dias vejo aves a cair no abismo!
Anónimo da poesia
Concretize.
Uma coisa é uma questão abstracta. Outra coisa é uma questão real. Está-se a referir a quem?
A soberania não se perde apenas pela força; perde-se pela corrupção, pela traição, por quintas colunas, pela decadência, etc.
Um país sem soberania vai defender que soberania? Ou melhor, que soberano?
Um falso líder, que não defende os interesses do seu povo, mas os interesses de uma potência proxeneta, pode ser um verdadeiro líder?
Uma puta num bordel pode reclamar contra atentados à sua virgindade?
Falo em abstracto e nesse hipotético é irrelevante avaliação/condição moral, política ou social. Apenas importa que esse estado/nação não toma nenhuma acção hostil, pretende apenas manter-se “orgulhosamente senhor de si”.
A soberania é a essência de qualquer estado independente. Deve ser defendida interna e externamente.
Numa política de alianças, a soberania nunca deve ser sacrificada ao protectorado. Os mandatários nacionais dessa soberania devem nortear-se pela defesa intransigente dos interesses da sua população e da sua história, e não submetê-los a conveniências ou estratégias alógenas. O não cumprimento desse dever é o primeiro acto contra a própria soberania.
Acho graça ao conceito de as repúblicas (e talvez não só) serem "serenas" por soberanas, como tipificado pela (ex-) sereníssima república veneziana.
Teremos assim as muito serenas, as ligeiramente preocupadas, as algo inquietas, etc. por aí fora até às totalmente à nora e com a borda debaixo de água (antes de passarem ao estado de repouso histórico, ou "just pining for the fjords" como o papagaio dos Monty Python.)
Caro Anónimo da poesia, essas "aves" que quase todos os dias vê cair no abismo, não são aves voadores, são mais tipo garnisé, daqueles que se movem aos saltinhos.
Caro Passante,
fazendo minhas, com sua devida licença, as suas palavras, acrescentaria que, entre nós, agora, é mais as "democracias".... E há vários defluxos:
Das "democracias adultas", que depois de terem sido jovens, adquirem, apressadamente, tiques caquéticos...
Às "democracias estáveis", após fases tumultuosas, e em vias - não menos expressas e fatais - de jazentes. Ou meramente deitadas, profissionalmente.
:))
Anónimo da poesia
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