domingo, janeiro 31, 2016

Meras coincidências



«Big Pharma and the Gates Foundation: “Guinea Pigs for the Drugmakers”»

Como pode ter-se um cheirinho a partir do artigo em epígrafe, a Fundação Bill e Melinda Gates tem investido fortemente na Big Pharma (o sinistro Cartel das Drogas Legais).

Outra descrição sugestiva das filantrópicas actividades da parelha:

«The Bill & Melinda Gates Foundation connected to the HPV vaccine and its trials in India? The connection is that is that in 2002, The Bill and Melinda Gates Foundation (BMGF) acquired shares in Merck and the charge is that the BMGF along with an organisation called GAVI (a vaccine alliance funded by BMGF) are pushing a vaccine agenda in India and other places in the world in collusion with health authorities who are recommending the use of vaccines without proper testing; actions amounting to vaccine fraud.It has long been an ugly truth that Indian lives are cheaper compared with their western counterparts. Poorer sections of Indian communities are routinely used as human guinea pigs, subject to testing by pharmaceutical companies7 – testing that could be illegal or expensive or impossible in western nations; testing that is most often done without informed consent and at times by employing coercion, concealment and other underhand tactics.»

Em resumo, os pobres são sempre mal agradecidos.

Mas, entretanto, uma singularidade deveras curiosa:

Quem patrocinou os ensaios de mosquitos GM da Oxitec, no Brasil?

Pois, a BMGF (Bill & Melinda Gates Foundation). Contou-me um passarinho.

Bet and Win

Pronto, lá estão os "mercados a funcionar":

Foreign hedge funds heavily bet on yuan devaluation



Entretanto, o preço do petróleo subiu não porque tenha havido um corte real na produção, mas, outrossim, porque houve especulação acerca da eventualidade desse corte. Aliás, os preços sobem e baixam, na realidade actual, não por causa de coisas reais mas como efeito de apostas, palpites e adivinhações acerca.

Perante o quadro recorrente deste tipo de fenomenologias, qualquer imbecil vir falar em "leis de oferta e procura" e mais não sei quantos anacronismos obsoletos do século XIX, só se entende como reclamação esparvoada de uma unilateral e exclusiva urgência: um pano encharcado nas trombas!

PS: Já agora, uma questão enigmática: qual terá mais impacto na economia mundial, o governo português (da democracia, claro, porque antes era apenas uma ilegitimidade ditatorial) ou o antropófago Soros?

PSS: Uma questão ainda mais fofinha: quem elegeu o antropófago Soros?


sábado, janeiro 30, 2016

O Zika Carioca

A questão é dupla: porquê no Brasil e porquê a epidemia a partir do Brasil (havia focos noutros locais do globo, mas nunca originaram qualquer surto epidémico, ainda para mais com rápido anúncio de potencialidades pandémicas)?...

Havia dados optimistas que anunciariam precisamente o contrário. Designadamente, a inrtrodução expermental no Brasil, pela Oxitec, de mosquitos geneticamente modificados:

Desculpem-me este àparte, mas os tipos da Alta Finança (que, como sabemos, é cada vez mais baixa, diria mesmo subterrânea) também trabalham com "modelos matemáticos". Só para que conste e vá ficando na memória...
 Prosseguindo com o Zika Carioca...

O Zika andava discretamente por África e pela Ásia. Até que este ano apareceu em peregrinação pelo Brasil. E eis que, num ápice,, eclodiu nas pantalhas de todo o mundo, simultanemente como morbid Star e, goste-se ou não, porta-voz do Neo-malthusianismo lighs.

Bem, mas onde fica "Juazeiro", local das experiências brasileiras da Oxitec? Segue o mapa:
E já agora, onde fica o foco de incidência maior dos nascitruros com deformações ocasionados, em tese, pelo Zika? Segue o mapa:
A sobreposição perfeita dos mapas não prova nem demonstra nada.  É natural que o nordeste brasileiro, como zona tropical por excelência, concentre todos os factores de risco para certas doenças tropicais. É também lógico que as experiências com doenças tropicais se processem em zonas tropicais. O que escapa a toda a lógica natural é a eclosão do surto numa dimensão a que poderíamos chamar, para já apenas metaforicamente, de "industrial".

Emerge, todavia, outra questão: se o mosquito GM devastou as populações de mosquitos que constituíam factores de transmissão natural da doença. porque é que esta, em vez de diminuir consideravelmente, deflagrou em proporções  de "global-infection"?  (Para já,  o "global-infection"" é obra maioritária das "armas de distração maciça", mas, mesmo assim, temos que considerá-lo enquanto mera possibilidade).

Enfim, repito:

Porquê no Brasil e porquê agora?

Bem, lembram-se dos BRICS? O acrónimo nasceu com o século XXI e teve o seu apogeu por volta de 2008/2009, estavam os Estados Unidos, num primeiro momento, a arrastar a Europa para o pântano finaceiro onde se atasca até hoje. 
Recomendo-vos o seguinte exercício, coisa nada complicada: vejam qual é a situação actual dos BRIC e tentem recapitular o que lhes tem vindo a acontecer. Os Jogos Olímpicos deste ano, por exemplo, já viram a chatice? E o mundial de futebol de 2018, coitado, sabe Deus o que aquilo ainda vai dar (com o surto de "corrupção" infecciosa que subitamente deflagrou na FIFA,  tudo é possível...). 

De caminho, para facilitar a digestão, não perdem nada em reler, até como base de partida para tudo isto que venho aqui expondo, um postal nada longínquo:


Pobre Humanidade.

sexta-feira, janeiro 29, 2016

Reductio ad Hitlerum




Parem as rotativas!... Quanto ao novo Messi ainda restam algumas dúvidas.  Mas o novo Hitler fumega acabadinho de sair do forno e, pasme-se!, afinal já não  é Putin: é Trump!...

Entretanto, após esta bombástica revelação da meia-irmã de Anne Frank, aguardam-se, com grande espectativa, e mortificada angústia, os vaticínios da meia-prima, os presságios da três quartos de tia e os aruspícios do cinco oitavos de semi neto do pseudo-padrasto

PS: Já é um must falacioso da rino-retórica aos molhos: a reductio ad hitlerum, ou argumentum ad abominatio... (não é tão ominoso e crocante como o ad drakulum, mas anda lá perto)...

Perpétua vitimização

Genocide scholar blasts Israel's 'racist' teaching of the Holocaust 

«Prof. Yair Auron's thesis is clear: Israel prefers to avoid, repress and minimize the suffering of other peoples in the Holocaust and other circumstances, to perpetuate victimization and isolationism. »

Há um nome erudito para isto: Tanato-proxenetismo.  Mas isso é apenas instrumental. A finalidade objectiva passa pela auto-segregação no retorno ao uberghetto.  Até porque este, ao contrário dos outros "campos de concentração" involuntários, possui a virtude suprema de ser absolutamente exclusivo.

quinta-feira, janeiro 28, 2016

O Novo Paraíso Fiscal




Em resumo:

Reno, Nevada, USA - a neo-Suiça.

«How The Rothschilds Made America Into Their Private Tax Fraud Backyard»


Alguns trechos impagáveis:

«Ah, the rich irony: years after Obama single-handedly destroyed the secrecy-based Swiss banking model, the U.S. itself has taken over the role of the world's biggest, if no longer very secret, tax haven, and the epicenter is this modest Nevada city located next to lake Tahoe, which has become the favorite city, if only for tax purposes, for such names as Apple and the Rothschilds.»
«After years of lambasting other countries for helping rich Americans hide their money offshore, the U.S. is emerging as a leading tax and secrecy haven for rich foreigners. By resisting new global disclosure standards, the U.S. is creating a hot new market, becoming the go-to place to stash foreign wealth. Everyone from London lawyers to Swiss trust companies is getting in on the act, helping the world’s rich move accounts from places like the Bahamas and the British Virgin Islands to Nevada, Wyoming, and South Dakota.
 “How ironic—no, how perverse—that the USA, which has been so sanctimonious in its condemnation of Swiss banks, has become the banking secrecy jurisdiction du jour,” wrote Peter A. Cotorceanu, a lawyer at Anaford AG, a Zurich law firm, in a recent legal journal. “That ‘giant sucking sound’ you hear? It is the sound of money rushing to the USA.”»

Money-Laundering & Tax Cleaning à força toda  - ou a força centrípeta do Buraco Negro Finaceiro, são dois títulos alternativos para o mesmo filme. Mas também o que é que estavam à espera da Moblândia cuja capital dá pelo sugestivo nome de Washing-Ton

Parece que começaram por chamar-se Colúmbia, os famosos USA. Por este andar, ainda acabam  a ser conhecidos mundialmente por Nova-Cocagne. 

Papões-proveta





«The US-British Are “Fighting” the Terrorists They Put in Power 

As has been explained by geopolitical analysts since 2011, terrorist organizations like Al Qaeda and their various rebrandings are far from being the West’s true adversaries. Besides being funded, armed, and backed by the West’s closest and oldest Middle Eastern allies – particularly the Saudis and Qataris – these terrorist organizations serve a two-fold purpose. First, they serve as a mercenary army with which the West fights targeted nations by proxy. Second, they serve as a pretext for direct Western military intervention when proxy war fails or is not an option.This was first illustrated with the very inception of Al Qaeda in the 1980’s where it was used as a proxy force by the US and Saudis to fight the Soviets in Afghanistan. In 2001, the presence of Al Qaeda in Afghanistan was used as a pretext for a US invasion and occupation that endures to this very day.As of 2011, literally these very same terrorists were organized, armed, funded, and provided with NATO aircover to overthrow the government of Libya. From there, they were rearmed and shipped to NATO-member Turkey where they then invaded northern Syria, and more specifically Idlib and the pivotal city of Aleppo.»

A velha história do bombeiro pirómano. Ou a nova modalidade dos Papões-proveta...

quarta-feira, janeiro 27, 2016

O Banal quotidiano

1.  Na Alemanha, o que está a dar é converter os hotéis em asilos para refugiados. É tudo lucro: despedem-se os colaboradores assalariados e passa a usufruir-se, gratuitamente, de funcionários públicos. A clientela deixa de estar sujeita às flutuações do mercado, sendo a lotação esgotada garantida pelo Estado e a pensão completa suportada pelo contribuinte. Adeus época baixa! A Neo-hotelaria a juntar-se ao clube da alta-finança? Pelos vistos.

2. Entretanto, o rodas malvado já insinua uma taxa pró-refugiado de modo a continentalizar o chupanço e, de caminho, a revitaminar a economia alemã. Uma módica quantia sobre cada litro de combustível, revela o Quadrupciclo, com imensa "chutzpah". Os nossos tratadores de serviço (sejam eles o PS com D ou sem ele), estou certo, correrão a alistar-nos na ordenhadeira, com a maior das generosidades.

3. Segundo o seu próprio Balanço e Contas, a Open Society da ratazana Soros investiu biliões , entre outras, nas seguintes actividades: de 1993 a 2014, « $2.9 billion to defend human rights, “especially the rights of women, ethnic, racial, and religious minorities, drug users, sex workers, and LGBTQ communities;” $1.6 billion on “developing democracy in Eastern Europe and the former Soviet Union;” $1.5 billion in the United States “to promote reform in immigration, equal rights, and democratic governance;” and $214 million to “advance the rights of Roma communities in Europe;” $33 million to “civil rights and social justice organizations in the United States,” including groups such as the Organization for Black Struggle, and Missourians Organizing for Reform and Empowerment, that supported protests in the wake of the shooting of Trayvon Martin, the death of Eric Garner, the shooting of Tamir Rice, and the shooting of Michael Brown.»

4. Mais de 200 refugiados processaram já o governo alemão por excesso de burocracia e demora inaceitável no seu processo de legalização e adesão à Segurança Social lá do sítio.  Realmente, é inadmissível como ainda não estão a receber a reforma bonificada por inteiro!... 

terça-feira, janeiro 26, 2016

Herbicidas e genocídios






Do que me é permitido observar, destacam-se duas categorias predominantes de autiistas: os naturais (que nascem com autismo) e os aquisitivos (que adquirem autismo  por simpatia, osmose ou mania).
Que o herbicida da Monsanto esteja a contribuir para a proliferação desarvorada dos casos da primeira classe não me surpreende. Que as televisões e as várias máquinas de esterilização mental por ecrã causem pandemias avassaladoras da da segunda estirpe também está à vista de quem ainda resista, estoicamente, à inoculação industrial. Que a cientista do MIT em causa venha a auferir duma carreira   - ou sequer dum futuro - significativos, hão-de desculpar-me, mas duvido muito.

First appeared:http://journal-neo.org/2015/01/26/mit-states-that-half-of-all-children-may-be-autistic-by-2025/


PS: Sabem que nome se dá, na terminologia actual, a um parque vigiado para autistas?
- Rede social.

segunda-feira, janeiro 25, 2016

Agências de Rating e Rattus Norvegicus à boleia

Um artigo muito elucidativo sobre o "rating-warfare"... Como aperitivo, aqui adianto um naco assaz apetitoso:


«Now the US is trying to use the rating agencies to drive Putin’s Russia to the precipice of sovereign default.On the eve of Christmas, December 23, 2014 when most of the world was decorating their Christmas tree or buying gifts, Standard & Poor’s, the same rater that triggered the April 2010 Greek crisis, announced there was “at least a 50 percent chance” that Russia will be lowered to junk within 90 days. S&P will issue its rating at end of January they say. On January 12, Fitch, the smallest of the Big Three US raters joined S&P with the same downgrade one notch above junk.Moody’s Investors Service ranked Russia one step higher than S&P and Fitch. In April, as Washington’s US Treasury financial warfare against Russia began, S&P lowered the Russian sovereign debt rating one level in April to BBB-.

In short, the New York rating cartel holds a Sword of Damocles over Russia.Junk rating would force most international pension funds and investment institutes to dump Russian state bonds just as in the Ruble default crisis of 1998, a crisis where US hedge fund billionaire, George Soros played a key nasty role and reportedly made a killing.

Notably, the same Soros today is shouting from the roof tops and in OpEd articles in the major financial media that EU and US and other governments must urgently come to the rescue of Ukraine and not allow a default that would hurt private Ukraine bondholders. Soros is also beating the drums for war against Putin’s Russia.

Market rumors are that Soros opportunistically bought a huge amount of cheap Ukrainian bonds, confident that the EU would come to the rescue. They haven’t. Now the old fox shows signs of panic. On January 13 he went to Kiev to meet Ukrainian billionaire President Petro Poroshenko. In Kiev Soros stated, “Ukraine is struggling to protect not only itself, but also Europe (sic!). Thus, Europe should help Ukraine implement reforms necessary for the country.

”EU Commission President Juncker triggered Soros’ panic on December 17 when he announced no new EU money to bail out Ukraine was forthcoming for at least the next two years. The EU had other fish to fry, he said. So much for the February 2014 EU rosy promises of billions in financial support to the neo-nazi coup regime they and Washington illegally installed in Kiev with their hollow offer of an EU Associate Member status.»


Deve ser por isso que ele anda a proclamar aos quatro ventos o colapso da Europa .  Se não lhe entregam uns milhões urgentemente, ele ainda propõe um neo-plano Morgenthau à nova Presidente eleita - a Hilária Coisa, pois claro, se o Sheldon Adelson e o AIPAC ainda mandam alguma coisa. (Mas se não for ela, qualquer outro também serve, excepto ....). Entretanto, vão chover refugiados e vários atentados do ISIS, só por causa da tosse.

PS: Por este andar, mentalizemo-nos: o Dragoscópio não dura muito. Depois de várias "funcionalidades" já terem ido misteriosamente abaixo, não tarda é o próprio acesso que fica, digamos assim, "difícil".

Pinkwashing, ou Unkosher gays






«Protesters disrupt Jewish reception at Chicago gay conference»

Leitores, persignemo-nos! Eis o cúmulo do horror: o anti-semitismo corolado de homofobia e vice-versa!... O nec plus ultra dos hate-crimes contra a "hiperhumanidade"!...
E a parte mais engraçada é que, se bem entendi, os criminosos eram também gays na sua grande maioria. SHIT gays, portanto, os seja, Self-Haters and Israel Threatening gays. Em resumo: gays não kosher. 
Quanto ao cerimonial tão abruptamente interrompido, tenho a dizer que faz todo o sentido a promoção de Israel como uma paraíso turístico S &M. Iniciativas destas estão pois impregnadas da maior oportunidade, ainda mais agora com a concorrência séria, quase ao lado, do Estado Islamico. E com a facilidade acrescida, neste, de safaris integrais e não apenas fotográficos. Isto é, a possibilidade de participar ao vivo no abate da fauna autóctone..

PS: Bem, se quisermos entrar em rigores, em Israel, também disponibilizam esse tipo de safari cinegético integral, só que requerem não apenas conversão, mas também alistamento... Pronto, confesso: não há grande diferença...


domingo, janeiro 24, 2016

Armas de Concentração Maciça



Crise? Sim, sim... Com a crise podem eles bem. Podem e comem.

PS: A reler: "Metapredação."

sábado, janeiro 23, 2016

Um charro para Frankenstein?..


Parece que o caso do recente falecimento de cobaias humanas (devidamente remuneradas) em França. no decurso de experiências de campo da farmacêutica portuguesa se prendem com problemas inerentes à "ganza sintética".
Não seria mais fácil, mais rentável e mais saudável, ao Estado Português, legalizar a cultura para efeitos medicinais e colocar a Tabaqueira a vender cigarros nas farmácias?

Porcos contra a porcaria

«A Danish city has made serving pork mandatory in an apparent bid to tighten restrictions for Muslim refugees coming to the country.»


À atenção dos nossos suinicultores, vítimas de constante bullying das grandes superfícies comerciais: eis uma grande oportunidade de negócio!
E uma ironia solerte do destino: o porco natural para nos acudir contra o porco artificial, ou seja, os gruins contra os políticos e seus pastores. Ou dito ainda de forma mais franca, os suínos de abate contra os suínos que nos querem conduzir ao matadouro. No fundo, a batalha final neste mundo decorrerá em redor do porco - entre aqueles que lhe apreciam a carne e aqueles que lhe emulam o espírito.


quinta-feira, janeiro 21, 2016

Uma boa síntese

«Não se trata de sistemas políticos, nem de sistemas de qualquer espécie: trata-se da liberdade de a alma pertencer a quem a tem, de, dado a César o que é de César, poder dar a Deus o que é de Deus. César hoje, sob várias formas, reclama o que é de Deus. Negue-se-lhe.»
- Fernando Pessoa



terça-feira, janeiro 19, 2016

Confortadoras de Concentração

Trechos dum artigo que, dum modo sucinto, enuncia , pela enésima vez, o óbvio ululante. Por um lado, acerca do estado de prostração e desossatura a que se votaram os europeus. E por outro, acerca da função não menos compenetrada e compulsiva dos nossos "progressistas de plantão" (e da esquerda em geral) no que concerne ao colaboracionismo objectivo com aqueles que, em teoria, dizem combater, mas que, na prática, apenas reforçam, facilitam e continuam. Esta gente semelha a horda zombie. E a Europa, essa, está cada vez mais parecida com uma Giga-Weimar 2.0.
Mas leiam o artigo que vale a pena. O final, então, é de ir às lágrimas. (No duplo sentido da expressão)...




«The only way to solve a refugee problem is to stop generating refugees. Since arriving in Germany 3 ½ months ago, I’ve made this point over and over. Most Germans, though, are only focused on the issue of accepting or rejecting refugees, not on the root cause of it, which is America and Israel’s deliberate destabilization of much of the Middle East and parts of North Africa. Wrecking one Muslim country after another, this evil alliance is also sowing chaos in Europe. To save themselves, Europeans must decouple from these two rogue states.
Germany, though, merely does what it’s told by Uncle Sam, and the German left is too busy attacking “fascists”—that is, everyone they disagree with—to even notice that it is the United States that’s thrown their country into turmoil, but then again, being internationalist, most of these leftists don’t even recognize the concept of nationhood. They’re aiming for an uprising of a mythical international brotherhood.»
              (...) 
« “No man is illegal,” chant progressives, and of course this is true, as well as meaningless. A man’s crossing into another nation’s territory without permission is equivalent to breaking into someone’s home. Desperate enough, millions are doing just that, but even those who aren’t will barge in if the doors are flung wide open, with welcome signs and streamers. A radical progressive might say, “I don’t believe in private property either,” but try to reach for his wallet and see if he’s not a hypocrite.»
          (...)


           «Yes, it’s getting grimmer by the second, but those who think Germany is spinning out of control underestimate the shrewdness of Angela Merkel. After all, one isn’t named TIME person of the year for being a dummy. Yes, there was another riot last week in Leipzig, with the right doing most of the vandalism this time. Bars and a kebab shop were trashed. Germans seem ready to kill each other, and the street violence promises to spread to other cities.

Her highness, however, has a solution. By diktat, Merkel has just instituted a draft, not of military-age males, but German females from 18 to 22. Those chosen through a weekly, nationally televised lottery will serve just six months as comfort women for war refugees and economic migrants. This will prevent all incidents of public groping or rape. Social harmony will be restored.»

segunda-feira, janeiro 18, 2016

Repórter Flash - Entrevista com o Presidente da Liga dos Cateturéticos Anónimos (r)

Sobre esta questão do estado horizontal a que chegou a "virilidade" no Ocidente, vale a pena recordar um postal emblemático de há uns anos...(do já longínquo 2008).

....//....


Passo a transmitir o "apontamento de reportagem,do Repórter Flash. Vai para o ar com algum retardo, porque tenho que fazer a tradução simultânea do Caguinchês para o português, de modo a que os leitores entendam sem dificuldades de maior. peço-vos que desliguem os telemóveis, de modo a não interferir na transmissão.

- Alô, repórter Flash!...



Alô, Dragão! Ora, cá estou eu, Flash Berto, o repórter enterprisas –aquele que vai onde nenhum humano foi antes. Após alguns precalços e um grande susto, eis tudo pronto para a nossa primeira reportagem de exteriores. Comigo está o Presidente da Liga dos Cateturéticos Anónimos, o Dr. Quitério Espigão. (A negritado, as minhas perguntas e reparos sempre inteligentes e oportunos ; a não negritado as respostas dele).

- Bom dia , Dr. Quitério!
- Bom dia, caro Flash Berto!
-Dr Quitério Espigão, em primeiro lugar, o que raio vem a ser um cateturético?
- Bem, meu caro, antes de tudo, o cateturético é um desgraçado, um tremendo dum infeliz. Porque sofre desse vício nefasto e auto-destrutivo que é a cateturese, ou seja, a mania de mijar de pé.
- Diabo, mas há outra maneira?
- Claro que há: a maneira saudável, higiénica, correcta. E conveniente, segundo as novas tendências comunitárias.
- Não me diga que temos que empontar uma perna contra a parede, como os cães!...
- Oh, nada disso. Essa, aliás, não só não é uma postura anti-cateturética como, pior ainda, é a variante cínica da cateturese. Acontece sobretudo nas fases de ressaca. Em noites de lua cheia, essa mesma fase cínica pode até degenerar em licantrópica: aí, nem quero pensar, mijamos alucinadamente e uivamos. Não, a postura moderna e aconselhável segundo a nova etiqueta e protocolo é mijar sentado. Na sanita. Como as gajas. E por imposição delas.
- Percebo, em vez de mijarem feitos cães ou lobisomens, mijam feitos galinhas. Fantástico! Mas fale-nos então da cateturese, ó doutor. Isso é assim uma espécie de alcoolismo?...
- Ah, pior, muito pior! A começar que o alcoólico, geralmente, ministra desopilantes sovas na esposa. Connosco é ao contrário: se a megera descobre, quem as amarga somos nós. São tareias monumentais. Acompanhadas de tortura psicológica, no mínimo. E trabalhos forçados aos pratos.
- Mas como é que ela descobre? Vocês mijam sob vigilância? A gaja escolta-vos feita polícia? Faz rusgas inopinadas ao WC?
- São os salpicos, senhor, os malditos salpicos! Nós bem recorremos a técninas ultra-subreptícias - regamos com furtividade de pele-vermelhas; estudamos tácticas camuflantes; um visionário chegou a vender um adicionante de cerveja, baseado numa fórmula alquímica medieval que, segundo ele, tornava o mijo invisível, à maneira dos espiões -, mas debalde. Elas têm um faro para os salpicos que só visto. É verdadeiramente infernal. Mirabolante. Acredite: é pior que um radar, um sonar e um scanar tudo junto. Sim, isso e a fisiognomia: adivinham-nos na cara. Lêem-nos na fuça e já está. Desatam a apitar. Parecem aquelas barras à porta das lojas. Uma algazarra que Deus nos acuda.
- Incrível! E E porque é que não tentam mijar fora de casa? Ir a um café, por exemplo?
- Não resulta. Dá-nos o stress pré-traumático. Bloqueamos da bexiga. Depois, para acalmar os nervos desatamos a emborcar canecas e imperiais de empreitada, o que só agrava a crise. Aqueles que têm coragem para despejar no urinol do snack ou cervejaria ainda é pior. Mal entram em casa, com ar selecto e descongestionado, aliviadinhos da silva, logo a fulana explode: “Quê, não vais à casa de banho? Aí há gato: ah, filho da puta que andaste a mijar de pé!” E se o indivíduo protesta que não senhor, nao bebeu nem mijou, ainda é pior: “ah, porcalhão imundo!, que andaste a regar as paredes e os candeeiros do município!...”, logo troveja ela. E lá vem borrasca. Devo dizer que as penas para a cateturese são mais severas do que para a bebedeira. Outrora, segundo relatam os antigos, a megera mais assanhada, de rolo da massa em riste, ficava de atalaia, à espera e, farejando o odisseu regressado, alvitrava: “andaste a beber! Andaste às cadelas!...” Agora não. Agora, de bastão eléctrico à cintura, respinga: “andaste a mijar de pé!...” E o pior é que, na maior parte dos casos, é verdade. Fila-nos em flagrante vertical, se assim se pode dizer. E à distância!...
- Espantoso! Mas como é que a gaja tem artes para telescopiar e pidejar num tal caso longínquo?
- Ora, em casa são as putas das pingadelas, as denunciantes; na rua são as cabronas das sacudidelas, as delatoras!... Aquilo tem uma visão infraurética ou ultravioleta que não perdoa. Ultravioleta e ultraviolenta logo a seguir.
- Mas... e vocês aturam um massacre quotidiano desses?...
- Que remédio. Até porque aqui ainda vamos nos preliminares, o cataclismo ainda vai no adro! É a fase idílica, por assim dizer, do casamento fresco. Rapidamente, a coisa deteriora-se. Depois da desgraça, chega a ruína. Logo logo, entediam-se de nos darem porrada e desatam a recorrer aos tribunais. Mal damos por nós, temos os bolsos esvaziados e as testas ernamentadas por exércitos de advogados e amigalhaços da onça em tirocínio para conselheiros matrimoniais. Já não falando nos tele-sexólogos. Em menos de nada, estamos com divórcios às costas, custas em cima e pensões cavalares nos filhos dela. É a todo este precipício que o maldito vício nos arrasta!...
- Mas vocês não o combatem com todas as vossas forças?
- Não, isso são as gajas: combatem-nos a postura eréctica com todas as forças delas. Nós é mais com todos os nossos cagaços. E olhe que são muitos e grandiosos. Começamos por prometer que não tornamos a mijar de pé nunca mais. Juramos a pés juntos e a debulhar-nos em lágrimas. Sentados, claro está. Verter água pelos olhos na posição vertical também não seria civilizado.
- Ah, quer dizer que também não convém chorar de pé? Eu, por exemplo, nem de pé nem sentado nem deitado, por mais que tente e esprema não consigo!...
- De todo. Um homem deve chorar, pelo menos, uma vez por semana. Convém manifestar a sua delicadeza e sensibilidade. Mas sentado, naturalmente. Munido de lenço de papel apropriado, isto é, descartável. É assim que determina a Televisão.
- Mas continue. Dizia-nos que juravam a pés juntos nunca mais derramar na vertical...
- Pois, pois é. Juramos e tornamos a jurar. Mas aquilo fica a moer-nos, a aguilhoar-nos. Se nos fechássemos numa redoma talvez resultasse. Ou nos criogenizassem por uns tempos. Mas assim é difícil. Chega a parecer impossível, sobre-humano. Mal saímos porta fora, as tentações são muitas. Os desafios ainda mais. O dilema do urinol, sobretodos, afecta-nos.
- O dilema do urinol, Dr. Quitério?...
- Estão mal concebidos. São arcaicos. Não cumprem os novos requisitos anatómicos e ergonómicos. Mesmo que quiséssemos, não conseguíamos...
- Isso tudo para dizer o quê?
- Então, não é possível um tipo sentar-se num urinol. Quando muito, põe-se de cócoras. Mas mijar de cócoras, embora não tão grave quanto mijar de pé, também não é aceitável.
- E já experimentaram mijar de joelhos?
- Bem, experimentar, já experimentámos de tudo. Até houve excêntricos das acrobacias que mictaram a fazer o pino. Porém, mijar de joelhos, o chamado genufluxório, além de nos arranjar problemas com a gaja, também nos metia em sarilhos com a sociedade laica, a respectiva constituição e os seus ferozes ateístas de guarda. Regar de joelhos, nem pensar!... Aliás, nem regar, nem pensar e, ainda menos, rezar!...
- Portanto, por falta de sensibilidade social e apetrechamento adequado no mobiliário público, vêem-se quase constrangidos a mijar de pé?
- Claro. Já viu bem a atrocidade, a violência? Um tipo guarda castidade catetotúrica um mês inteiro. Entre a retrete e o penico, abivacamos as nalgas e gastamos horas. Para depois, na primeira cervejaria ou marisqueira sermos confrontados, diabolicamente, pelo urinol obscurantista e obsoleto. E lá vem a recaída! Duas ou três canecas depois, e já mijamos de pé, em grande camaradagem. Seis ou sete mais à frente e, às vezes, em plena via pública, além da mijadela erecta, até já damos autógrafos às paredes. Regredimos à mais atroz das infantilidades, veja bem!...
- Entretanto, ó Dr. Quitério, ocorreu-me o seguinte: se agora têm que mijar sentados como é que cagam? - De pé? Quer dizer, como é que diferenciam uma coisa da outra?
- Ah, cagar na retrete lá de casa, nem pensar. Só em segredo, às escondidas. Quer dizer, sem emitir qualquer tipo de ruído ou odor, nem deixar o mais ínfimo vestígio. A gaja nem pode sonhar que fizémos uma coisa dessas! Por regra, para cagar em casa, numa emergência, agora temos a fralda conjugal: fazemos nela, deitamos no contentor do lixo e vamos lavar o cu à cagadoria.
- Cagadoria?!
- Sim, é análogo àqueles centros de lavagem automóvel, com aqueles jactos e escovilhões, só que é especialmente adaptado a peões. Digamos que é um centro de autolavagem do peão. Mas é relativamente oneroso e raro. Os menos abonados, fazendo uso do lendário sentido de desenrascanço português, vão de carro aos centros de lavagem automóvel e, uma vez lá dentro, baixam o vidro e põem o rabo à janela. Lavam o carro e, de bónus, abluem também o cu. Quem experimentou, sai de lá fresquinho e enxuto. Mas é preciso cuidado e algum comedimento, porque parece que cria habituação.
- Outra questão, ó Dr. Quitério: existe alguma lei, decreto ou portaria que obrigue um gajo a mijar como uma galinha?
- Bem, sabe que antes da lei jurídica e como seu fundamento alicerçafórico existe a lei natural. Ora, neste caso, embora ainda não exista propriamente uma lei jurídica –se bem que para lá se caminhe a passos largos de gigante -, existe, todavia, uma lei natural deveras importante: a lei de conservação da espécie.
- A lei de conservação da espécie, como assim?
- Então, se não mijamos sentados, elas, por superior e último castigo, não abrem as pernas nem nos deixam copular. E sem isso, a juntar a toda aquela panóplia de pílulas, borrachas, espumas espermicidas, clínicas de aborto e sexólogos esterilizantes, como há-de a espécie medrar e proliferar?...
Bem visto.

E agora, caro Dragão, vamos ter que fazer uma pausa na entrevista, porque o nosso convidado de hoje, o Dr. Quitério Espigão, deu-lhe a ansiedade e vai ter que ir ali fazer uma mijinha. Devidamente sentado, pelo que implica uma demora maior. Já voltamos. Mete a publicidade!

sábado, janeiro 16, 2016

Chocadeira cultural




Na Alemanha, uma cidade qualquer proibiu os refugiados masculinos de entrarem na piscina municipal. Não teria sido apenas mais sensato não autorizar e promover previamente a entrada?
E já agora, quem diz a piscina, diz o continente.

Na Noruega, 5500 ciclistas refugiados foram informados que a Volta à Europa já não passava por ali. Que pedalassem de volta à Rússia, e com muita energia, pois o frio nesta época do ano convida ao exercício.
Bem feita. Que é para não trocarem os camelos pelos velocípedes sem motor. 

Na Dinamarca, activistas da LECPCSNC (Lobotomia Europeia em Curso Porque Castração Só Não Chega), barafustam contra as novas leis que dificultam a permanência dos novos agentes patogénicos no organismo de modo a transformar, a breve trecho, todos os europeus ancestrais em refugiados nas suas próprias casas, vilas e demais lugares de sítio. (E nunca sítio foi tão bem aplicado). 

Mas para que não digam que só transmito más notícias para os amiguinhos da balbúrdia (excepto quendo esta lhe entra pela toca adentro), o governo Alemão (sempre metódicos, estes papa-salsichas, mesmo na auto-flagelação) acabam de lançar uma app (seja lá o que isso for) para smartphone (uma merda de que oiço falar e não uso nem sei como diabo funciona, mas os refugiados - que é suposto virem substituir gente anacrónica (não smart) como eu e os meus filhos - decerto sabem e dominam na ponta da unha).
Se não os podes vencer, junta-os a nós.

E com esta app para labour apes me despeço.Tenham um bom fim de semana!...


sexta-feira, janeiro 15, 2016

Inquérito (ou sondagem, se preferirem)

Um pequeno e simples inquérito aos leitores, bem a propósito:

- Qual acha que é o resultado que vai ter mais impacto no futuro de todos nós ("portugueses") ?

a) O das eleições para a presidência da república Portuguesa .

b) O das eleições para a presidência da república norte-americana


quinta-feira, janeiro 14, 2016

The Velvet Underground-Sunday Morning





Bastava ter escrito grande parte do album que abre com esta música, para o sr Lou Reed ficar na história da música da segunda metade do século XX como especial. Por bons motivos. E aqui, note-se, ele ainda se dignava cantar afinado e respeitando os tempos. 

Ultra-hedgefundismo, ou apostas em meta-futuros básicos

Os principais cromos investidores por detrás da candidatura da Hilária Clinton a Títere-Mor no Manicómio global:
«The Top Donors to Hillary Clinton's Super PACs»

Entre os cartéis da finança e do entretenimento as coisas estão bem distribuídas. Uma característica penculiar os irmana a todos. Para não variar, o antropófago Soros à frente  do surto viral.

Como diria o João da Ega, caíu o "Ocidente" na latrina.


terça-feira, janeiro 12, 2016

Waiting for the Man - Reed and Bowie





Pronto, já podem tocar juntos outra vez. No Além. O Anti-pop, anti-vedeta e um dos verdadeiros monstros do rock'n'roll, mr. Lou Reed e um dos seus muitos seguidores  deste lado do Atlântico. Para que o tríptico fique completo, no que toca às principais influências de Bowie, só aqui falta o Sid Barrett.
Eudaimonia, chamavam os antigos gregos (Aristóteles, mais concretamente) à felicidade possível aos homens. Traduzido à letra significa algo como "ser guiado por um bom génio". Uma coisa em que Bowie foi feliz, pelo menos até ao Scary Monsters, foi saber escolher bem os génios que o guiavam.



sexta-feira, janeiro 08, 2016

Radiografia dos Mercados - 4.O Cripto-Estado Global






«Os hedge Funds não conhecem limites. Assim, nos mercados de matérias-primas, o volume de apostas não tem nada a ver com os volumes físicos trocados. O caso do petróleo é exemplar. No decurso dos dois primeiros choques petrolíferos, a especulação sobre a cotação do crude foi quase inexistente. Hoje, a indústria das apostas representa cerca de 500 vezes o volume de petróleo transaccionado. A especulação bate todos os recordes. Contam-se mais de 650 fundos dedicados à energia, contra 180 em 2004. Os contratos de futuros relativamente ao petróleo passaram de 1.7 biliões de dólares em 2005 para 8 biliões em 2007. dados muito recentes fazem crer que nada menos que metade dos contratos teriam uma vocação meramente especulativa. Volumes desta ordwem não acabarão por falsear os preços reais do crude? Dois membros do Congresso Americano (Joseph Lieberman, democrata, e Bast Stupak, republicano) defendiam em Julho de 2008 que a especulação acrescia 70 dólares ao preço do petróleo (que estava então nos 135 dólares o barril). Um homem do meio como George Soros dá razão aos precedentes.»
- Patrick Bonazza, in "Les banquiers Ne Paient Pas L'Adittion"

A obra em epígrafe é de 2008. Poderíamos então perguntar que tal vai o negócio dos "hedge funds" nestes últimos anos... Se terão, entretanto, aprendido alguma coisa com a calamidade ocorrida e desenvolvido, em conformnidade, alguma sensatez, prudência ou sequer um módico de decência?.... Algumas breves breve pistas sobre o "estado-da-arte" :





Mais dicas ilustrativas:
  «George Soros tops Forbes’ list of the highest-earning hedge fund managers and traders, personally making an estimated $4 billion in 2013 as his Soros Fund Management generated returns of more than 22%.»
(...)




Todavia, rebobinemos o filme um pouco atrás, antes mesmo do rebentamento. Estava o pagode todo a cavalgar a onda eufórica típica do clima pré-vigarice (mais conhecido por engodo pela ganância). Em 2001, na The Economist, perguntava-se:
«Hedge Funds - The Latest Buble?» 
E referiam-se alguns dados óbvios que recomendavam certos cuidados:
 «Muitos hedge Fundds são de qualidade duvidosa, com gestores inexperientes ou mesmo charlatões ao leme. Os Fundos estão a ser impingidos a investidores que não entendem os riscos. Em todo o caso, são difíceis de monitorizar e vulneráveis à fraude.»



Sabemos hoje que isto não era apenas o diagnóstico mais acertado: era uma profecia concreta. De resto, como já meia dúzia de anos antes tinham antecipado a "bolha da internet ou dot com". Talvez o facto de metade da revista pertencer aos Rothschild facilite nas "previsões"...
Mas há mais. De jaez igualmente lúcido e acautelante, e oriundo não exactamente de lunáticos conspirativos:
«The party-poopers are led by Barton Biggs of Morgan Stanley, a veteran investment strategist and bubble-spotter. “The hedge-fund mania” in both America and Europe, he says, bears all the signs of a classic bubble: “I am sure that many new funds will explode, and their investors will lose a lot of money.” This analysis has not pleased some of his colleagues at Morgan Stanley, which is equalled only by Goldman Sachs in its enthusiasm for hedge funds, touting “opportunities” to wealthy customers and supplying “prime brokerage” services to funds. Paul Roye, director of the investment-management division at the Securities and Exchange Commission, advises investors to “be cautious about the hedge-fund craze”.»
Podemos sempre recordar o genial Madoff, também um "hedge fundista" (e note-se que o fulcro da sua fraude esquemática terá envolvido actividades mascaradas de putativo "hedge-fundismo"), inventou coisas maravilhosas em Wall Street  - O NASDAQ, por exemplo, onde chegou a ser o maior market maker ( e, à data de 2008, o sexto maior market maker de toda a Wall Street). Madoff, como hoje bem sabemos, veio a revelar-se um mero esquema Ponzi... ao puro estilo da nossa Dona Branca, de saudosa memória. Mas há uma questão interessante que autoriza e que é a seguinte: o que é que impede um suposto "hedge Fund" de camuflar esquemas de idêntica fraudolência? Qualquer tipo munido dum mínimo de boa fé e de meio cérebro funcional vos pode dar a resposta, e o próprio caso Madoff atesta:  Não muita inibição  ou obstáculo (legal, moral, racional sequer), convenhamos. Como, de resto, já o artigo da The Economist anunciava. E as peripécias posteriores atestaram e continuam, pelos vistos, a atestar.
E para o testemunharmos na sua deslumbrante magnitude histórica, vamos ao mais famoso, misterioso e obscuro de todos eles: o Magnetar Capital.

O Magnetar, em síntese (e conforme podem constatar em detalhe no artigo linkado), fez uma coisa muito simples: Deu corda generosa à bolha ao mesmo tempo que apostava fortíssimo no seu estoiro. Mero oportunismo rapace ou conluio para mega-crime? Ambos, tudo o indica. No entanto,
 «Strange as it may seem, nearly three years after the onset of the global financial crisis, its greatest, most destructive, and most profitable "it ought to have been a crime" has gone almost entirely unnoticed.»

Angelo Mozillo, o mister Countrywest, já vimos no primeiro capítulo desta saga, teve que se retirar e adquiriu uma péssima reputação, bem como um banimento penitencial  de certas actividades. Madoff, o genial Madoff. chegou mesmo a dar com os costados na pildra, onde pernoita actualmente, condenado a 150 anos de encarceramento (apenas porque não poupou os da sua própria espécie, Deus o abençoe). Mas o Magnetar continua aí, cintilante e astronáutico, como se nada fosse. O próprio JP Morgan já teve que pagar uma multa jeitosa à SEC por actividades na órbita do Magnetar  - conforme se pode ler: «JP Morgan Chase has agreed to pay a $154 million penalty to settle SEC charges that the bank misled investors about a complex mortgage-securities deal during the waning days of the housing boom. The SEC charged that JP Morgan neglected to tell investors that the hedge fund Magnetar helped create the deal and was betting against it.»
Vale a pena acompanhar o enquadramento do esquema da Magnetar, pelos seus subterfúgios  peculiares e malefícios sistémicos:
«Some recognize that the appetite for subprime mortgages seemed to come from investors. In fact, it resulted in a large degree from the way traders at certain large banks used subprime mortgages in a strategy to make their profits seem much larger than they actually were. The effect of this "negative basis trade" strategy was to overpay employees of those banks and consequently eviscerate the banks' abilities to withstand future economic uncertainty.
The appetite for subprime mortgages was also inflated by people who were betting that the housing market would fail.
Moreover, the devastation wrought by this strategy remains virtually a secret. The fact that it has been almost invisible and appears to have been entirely legal, demonstrates a set of vexing problems. First, that investigations of the crisis have not delved deeply enough, and second, that the deregulation so keenly sought by the financial services industry has made activities legal that by any common-sense standard should be criminal.»
 This is how their strategy worked in detail.The ruse at the heart of their transactions was creating subprime (so called "mezz" or mezzanine) collateralized debt obligations by investing in the riskiest layer, the so-called equity tranche. This kind of CDO consisted almost entirely of not just any subprime risk, but that of the dodgiest layer that could be sold short, the BBB tranches, via a combination of actual bonds and credit default swaps.But Magnetar's true objective was not to invest in this toxic waste, which its role as funder of the CDO would lead most to believe. While Magnetar paid roughly 5% of the total deal value for its equity stake, it took a much bigger short position by acting as a protection buyer on some of the credit default swaps created by these same CDOs. This insurance in turn was artificially cheap because over 80% of the deal was rated AAA. Most investors did not understand what Magnetar recognized: this concentrated exposure to the very riskiest type of bond associated with risky mortgage borrowers, each of these CDOs was a binary bet. It would either work out (in which case Magnetar would still show a thin profit) or it would fail completely, giving Magnetar an enormous profit and wiping out even the AAA investors who mistakenly believed they were protected by having other investors sit below them and take losses first. Thus the AAA investors were only earning AAA returns for BBB risk.

Porque é que Madoff está preso, Mozillo proscrito, mas Litowitz (o ás crematonauta do Magnetar) continua a surfar nas praias do Paraíso Terreal da Finança? Bem, em primeiro lugar, porque não atentou contra a própria confraria; e em segundo, como não é difícil calcular, porque tratou de despejar contribuições generosas no bolso do formidável Rahm Emanuel, distinto cavaleiro da gaia penca (já aqui exposto há uns anos atrás), cujos principais atributos se podem resumir a três munificiências: 1. ser um democrata emérito; 2. ser um dos principais dínamos de Israel no aparelho de Estado americano; 3. ser o descobridor e empresário artístico dum tal Barack Obama, debutante ao trampolim senatorial na época.

Por conseguinte, qual a diferença entre republicanos e democratas (nesta matéria capital)? Bem, se medirmos a partir da qualidade dos advisors na Casa Branca, nenhuma. É que era a mesma gente com Clinton, com Bush e, confira-se, agora com Obama. 
Mas entretanto vamos assistindo, lá como cá, a perpétuas zaragatas entre a "direita" e a "esquerda", ou socialistas contra capitalistas, ou o último grito da cegada: keynesianos contra chicaguistas. Quando na verdade, cada qual à sua maneira rema e obra para o mesmo saco E não me venham com histórias de desregulações. A regulação existe e é apertada: só que está de patas para o ar (como a generalidade do planeta, diga-se). Quer dizer, não é o Congresso que controla, fiscaliza e, portanto, regula Wall Street: é Wall Street que regula o Congresso e tutora a presidência. E a Wall Street não é nenhuma entidade angélica ou metafísica: é gente, embora não pareça. E é gente com uma característica factual e reconhecida: desde os mentores ideológicos aos agentes no terreno, desde Friedman a todos os nomes que puderam ler neste postal, com excepção de um reles protestante WASP. São judeus. Ufanam-se disso e arrotam saques a céu aberto, filantropias e colecções de arte . Filantropias que consistem invariavelmente em comprar quotas nas grandes universidades (de modo a afunilar cada vez mais o acesso ao clube e a facilitar a "descriminação positiva"); e colecções de arte que traduzem, em grande escala, uma mera hiper-inflação do lixo, no que se está a engendrar uma bolha jeitosa a que um dia chamarão a "bolha da arte". Um dia destes, quase posso garantir, alguém venderá "arte valiossíssima" e alguém descobrirá na manhã seguinte que comprou lixo (entidades públicas, à cabeça). E alguém ainda, além dos vendedores, capitalizará com a desvalorização, entretanto devidamente titularizada e segurada para o efeito.
Da mesma forma, também não é nehuma lei inefável e patarata da "oferta e da procura" que regula os mercados: é a ganância. E a ganância, sublinhe-se, como imperativo categórico.  E único.. E isso está confessado, proclamado e celebrado pelos próprios profetas, sacerdotes, gurus, vedetas e super-heróis em patrulha da seita predominante. E é repetido ad nausea por uma caterva infinita de papagaios ruidosos, mentecapturados e absolutamente destituídos de senso por esses media e internet a fora.
Quando do choque petrolífero que precipitou, entre outros factores externos, o nosso 25 de Abril de 74, bastou desestabilizar o Médio Oriente e os preços do petróleo dispararam, arrastando a Europa (entre outros) a um vórtice inflacionante. Como é que agora, está o Médio-Oriente a ferro e fogo, balbúrdias instaladas em quase todos os produtores mundiais, e os preços descem absurdamente?
Comprovação empírica: os mesmos que os empolam artificialmente, podem desempolá-los quando lhes convém. Aqueles que tanto verberam as intervenções estatais na economia apenas camuflam com isso  a simples defesa duma prerrogativa e privilégio que pretendem exclusivo seu. A ideia é, ou que os estados intervenham tresloucadamente guiados pelos "toupeiras de esquerda" (conduzindo-se à ruína), ou se deixem intervir pelos "toupeiras de direita", deixando conduzir-se à escravidão. Em Portugal, vimos experimentando, generosamente, as duas vertentes da receita.
A ideolorreia (que desde o Iluminismo) vem presidindo às "desnacionalizações" dos povos, carbura também, subsequente e intensamente, pela sua "privatização". Ou seja, pelo ralo das nações seguem-se os estados. À escala planetária, a Super-Finança (e quem lá ordena) engendra o cripto-estado universal. O "Mercado Global" é já o primeiro sintoma desse parto monstruoso.


PS: para que se registe: não acredito em "raça judaica"; não confundo determinadas elitoses judaicas com a generalidade daqueles que, de algum modo, podem ser intitulados de judeus. Judeus há muitos e diferenças também. Além isso, dou mais valor a um indivíduo do que a um bando de insectos colectivos.

segunda-feira, janeiro 04, 2016

Radiografia dos Mercados - 3. Cálculo das Coincidências



Foi o mais duradouro presidente da Reserva Federal Americana. Tripudiou de 1987 até 2006. Estou a falar, obviamente, de Alan Greenspan. Segundo a Enciclopédia Britânica, "conheceu a novelista Ayn Rand, em 1952, adoptando  as taras da criaturinha no que respeita ao "esforço individual", egoísmo e capitalismo do deixa-andar".
O resultado  duma tão sublime impregnância veio à luz precisamente no ano de 2008, quando a portentosa bolha, a cavalo em várias mega-fraudes, se revelou em toda a sua bojosa  plenitude. Que a súbita aparição tenha coincidido com o monumental estoiro apenas atesta daquela máxima que jamais desliga a bela do senão 
Entretanto, dois instrumentos terão sido determinantes no fabrico do balão inflacionado: taxas de juro, estúpida e sistematicamente, baixas (implementadas por Greenspan), desregulação da indústria financeira (só o título "indústria financeira" é todo um programa de "produção de unicórnios coloridos"), advogada e sancionada pelo mesmo Greenspan.

Todavia, nem tudo são tristezas. Se o Casino (ou a gravidez histérica do Alan com a Ayn) rebentou estrepitosamente e o mundo ainda hoje padece as consequências de tão inefável aleijão (e não se sabe exactamente nem quando ou como vai acabar), também houve quem ganhasse à brava com o prodígio. Por exemplo, o Fundo de Investimento Paulson & Co.  Gerido por um tal John Paulson. Que sacou 3.7 mil milhões de lucro líquido no ano de 2007. À pala do descalabro dos subprimes e derivados.  Ou melhor: de certa forma, apostou que a bolha rebentava.  O que não era difícil de todo (eu próprio, e não sou vidente no assunto, ou astrólogo cartomante de Harvard, já desde 2005 o vinha antecipando, de tal modo bradava ao céu).
E não esteve sózinho no jackpot, o tal  Paulson. Nestas ordenhadelas da fortuna, há sempre uma confraria socialista. ..ou matilha oportuna à bica da partilha dos despojos, se não quisermos estar com eufemismos. Cito apenas o restante pódio dos que mais se safaram. E a medalha de prata vai para, adivinhem...  George Soros, ao leme do seu Soros Fund management. Empochou qualquer coisa como 2.9 mil milhões de dólares. E, por fim, a medalha de bronze, ficou com outro Fundo, o Renaissance Technologies, de Jim Simon, que apenas alcançou os 2.8 mil milhões de dólares.

O facto de tanto Greenspan (Grünspa, de seu nome original), como Paulson, Soros ou Simon serem de origem judaica apenas atesta dessa mescla difusa de jeito peculiar (com assento no u) e coincidência com que, não raramente, deparamos nestes meandros.
Mas coincidência, mesmo, foi o facto de Greenspan, retirado  da Presidência da reserva federal, ter sido contratado como conselheiro pelo Fundo Paulson & Co. Ou uma forma expedita de receber os direitos de autor?

Moral da história: Livres, os mercados? Tal qual as pessoas.

sexta-feira, janeiro 01, 2016

O Todo que pulsa em cada qual (r)





Vale sempre a pena recordar (no caso um postal de 2008, neste antro), com uma dedicatória especial à Marina e ao Takitali (aquela simbolizando os novos leitores desta casa; este em representação dos antigos) e votos de um Feliz e Auspicioso ano de 2016 para todos vós.


É, de facto, um dos erros metódicos – e elitoscos – deste país: acreditar que um excelente académico faz um excelente político, ou que uma resma de diplomas e bibliofagias é garante de esplendor cratosófico. A verdade que a vida e a experiência ensinam é, contudo, bem diversa: não basta apenas a pródiga faculdade de produzir belas e prendadas ideias, bem calafetadas a virtude e estofadas a doutrina: é essencial a força de vontade, a resistência moral e a perseverança titânica de as impor, muitas vezes, senão quase sempre, contra as modas do tempo, os torvelinhos cegos e geralmente turvos da correnteza, o eucaliptal das pseudo-elites invariavelmente amesendadas e, em síntese geral, o vórtice sempiterno que induz os estreitos e captos de vista a deduzirem o umbigo do universo no simples ralo de esgoto da História.
Com a agravante de que o paralaxe é duplo: tanto a multidão acredita nestes poços de sabedoria enchida à bomba nos ginásios e aviários da universidade (que é, por seu turno, cada vez mais monomania e monoversão), como cada novo diplomado, mal recebe o canudo, logo se imagina e fantasia investido de todos os super-poderes e brevês legisladeiros deste mundo.
Todavia, os políticos não deviam ser homens como os outros; como os padres, os médicos, os militares, os juízes, os professores, os escritores, os artistas, os artesãos, os pedreiros, os carpinteiros, os lavradores, os pescadores e todos os homens não deviam ser “homens como os outros” – homens ordinários, homens indistintos, amálgama de homens. Nenhum homem devia contentar-se em “ser como os outros”. Todos os homens deviam procurar ser também “cada homem”, ou seja, a realização viva desse extraordinário que em cada qual palpita e aspira, tanto quanto respira e vegeta. Todo o homem, que é kata-holos –conforme o Todo (e daí, por exemplo, o kat-ólico, o universal), não pode abdicar do seu ser kata-ekaston – conforme a cada qual ( e daí o individual, o particular). Pois tanto quanto pertencente e orbital do Mundo imediato, ordinário e próximo, o homem pertence também a algo longínquo, a esse fora do mundo, a esse extraordinário que exorbita de todas as classes, categorias e mesuras. E a que tanto pode chamar-se Deus, como Ser, como “eu mesmo”. Um “eu mesmo”, um “eu próprio” que está nos antípodas da egomania plástica hodierna e cujo conhecimento constituía um dos mandamentos da idade de ouro da civilização. "Conhece-te a ti mesmo", que é como quem diz: Procura-te lá bem no fundo...e encontrarás Deus. Ou seja, encontrarás o Outro. O autêntico.

Pois o Homem é essa tensão entre o imediato e o longínquo – esse equilíbrio afinado em que o Todo e a parte coincidem porque se reflectem, donde resulta a harmonia –; ou essa alienação destrambelhada em que se digladiam e se abominam, donde frutifica o ruído. E a ruína.

Não se foge ao Destino. Como não se foge de si próprio. Tornamo-nos no assassino que segue, sombriamente, atrás de nós. Quem foge porque pensa que ninguém vê nem ninguém tece e vai encontrar abrigo ao virar da esquina da ciência ou do mercado, engana-se redondamente. Não vai encontrar a salvação: vai descobrir a desgraça. Melhor dizendo, vai encontrar o Destino, mas à força de catástrofe.

E tanto acontece às pessoas como aos povos. Aconteceu-me a mim e, por isso, sei bem do que falo. E aconteceu-me a mim, notem bem, duplamente: quer enquanto homem, quer enquanto português.