quinta-feira, maio 24, 2012

O nosso kantinho

Caso para dizer: o anilingus à chanceler Merkl podia ser entendido de múltiplas formas -  como passatempo, penitência, bizarria ou dictatum das circunstâncias. Mas, caramba, este tipo faz dele imperativo categórico.

17 comentários:

email disse...

É ABSOLUTAMENTE impressionante.
.
Não se compreende. Mas afinal o rapaz é governante na nacinha ou nem por isso? ah
.
Isto é como me dizer que ganharia a lotaria, mas eu não queria recebe-la.

S. disse...

E não são.
Qual a obrigação doa alemães para com países que fizeram uma gestão.....enfim.

Esta mania de dívida, dívida e mais dívida tem que acabar. "Colectivizar" a dívida é, no máximo, uma panaceia de curto-médio prazo. E injusta (pois não têm obrigação de "nos" sustentar) para com países que não se dedicaram ao desvario.

E se fosso o oposto? Se fossem os portugueses a estar na situação dos que, agora, têm que "levar" com as irresponsabilidades financeiras dos vizinhos??

Os tais de mercados + agiotas diversos agradecem estas tretas. Afinal o que eles querem é ter um bom número de "agarrados" às dívidas e mais aos respectivos juros.

Liberdade é não dever.
Todo aquele que deve não é verdadeiramente livre.
Dívida é servidão.


A Alemanha tem toda a razão e, realmente, é verdadeiramente espantoso como as evidências que os alemães vão explanando são motivo de tão grande algazarra e escândalo.
Os especuladores e agiotagem internacionais agradecem.
Afinal é disso que vivem.

S. disse...

Os tais "Eurobonds" são, tão só, o primeiro passo para a transformação efectiva da UE numa federação.
A (absolutamente injusta) "colectivização" das dívidas dos diversos Estados da Zona Euro levará (e não pode ser feita) sem a necessária implementação de uma efectiva união fiscal, económica, orçamental e, em útima análise....política.

É curioso (e de uma enorme ironia) ver os países do Sul quase a "suplicarem" por tal evolução e ainda mais irónica ver que é no Norte da Europa que se estão a gerar as maiores resistências ao "federalismo".

Realmente, o mundo dá muitas voltas.....

zazie disse...

É isso mesmo- mete-se a 4 frente à Bismerka.

muja disse...

Vocês estavam à espera de heróis era?

zazie disse...

O caricato é assistir à poltranice com ar inchado de quem "cumpre o dever".

S. disse...

Isso, isso.
Mais dívida é que é bom, claro....
A razão que assistia a Oliveira Salazar está bem à vista perante um país viciado em.....dívida.
Os tais de Mercados escusam de estar nervosos. Há clientes!

dragão disse...

Caro S,

agora imagine quem é que deu dinheiro aos portugueses para deixarem de produzir coisas e passarem a produzir dívida...~

Eles andem aí - BMWs, Mercedes, Audis, Volkswagens, Miele, Bosh (made in Germany é bom) - são às bateladas. Até parece uma super-pot~encia. E estradas para os queridinhos foi a dar com um pau - uma cornucópia de betão! E casinhas para equipar com os melhores electrodomésticos (calcule-se fabricados onde?... Sim, porque para as nossas elites abrileiras e pato bravedo em geral se não for alemão é pelintra.
Estou a ver que tenho que fazer um desenho.
Estamos agarrados, pois estamos. E quem é que nos vendeu a droga? E quem é que nos cobra a dívida?
Essas fantasias com a Alemanha são como aquelas fantasias com a América, ou, outrora, com a Uniãio Soviética. É conversa de putos da xasa Pia a quem os pedófilos compram uns ténis.

Anónimo disse...

«...Lamentavelmente, a política económica suicidária da UE, que resultou nas tragédias que ja todos conhecem, acresce a queda do Governo Holandês (ironicamente, acérrimo defensor da austeridade) e o agravamento da recessão em Espanha. Por conseguinte, a zona euro vê oseu espaço de manobra cada vez mais reduzido e os ataques dos especuladores são cada vez mais mortíferos. Vale a pena lembrar umavez mais que o Goldman and Sachs, o Citygroup, o Wells Fargo, etc. apostaram biliões de dólares na implosão da moeda única.
Na sequência dos avultadíssimos lucros obtidos durante a crise financeira de 2008 e das suspeitas de manipulação de mercado que recaíam sobre estas entidades, o Senado norte americano levantou um inquérito que resultou na condenação dos seus gestores. Ficou também demonstrado que o Goldman and Sachs aconselhou os seus clientes a efectuarem investimentos no mercado de derivados num determinado sentido.
Todavia, esta entidade realizou apostas em sentido contrário no mesmo mercado. Deste modo, obtiveram lucros de 17 biliões de dólares (comprejuízo para os seus clientes).
Estes predadores criminosos, disfarçados de banqueiros e investidores respeitáveis, são jogadores de póquer que jogam com as cartas marcadas e, por esta via, auferem lucros avultadíssimos, tornando-se, assim, nos homens mais ricos e influentes do planeta. Entretanto, todos os dias são lançadas milhões de pessoas no desemprego e na pobreza em todo o planeta em resultado desta actividade predatória. Tudo isto, revoltantemente, acontece com a cumplicidade de governantes e das autoridades reguladoras. Desde a crise financeira de 1929 que o
Goldman and Sachs tem estado ligado a todos os escândalos financeiros que envolvem especulação e manipulação de mercado, com os quais tem sempre obtido lucros monstruosos.
Acresce que este banco tem armazenado milhares de toneladas de zinco, alumínio, petróleo, cereais, etc., com o objectivo de provocar a subida dos preços e assim obter lucros astronómicos. Desta maneira, condiciona o crescimento da economia mundial, bem como condena milhões de pessoas a fome.
No que toca a canibalização económica de um país a fórmula é simples:
o Goldman, com a cumplicidade das agências de rating, declara que um governo está insolvente, como consequência as yields sobem e obriga-o, assim, a pedir mais empréstimos com juros agiotas. Em simultâneo impõe duras medidas de austeridade que empobrecem esse pais. De seguida, em nome do aumento da competitividade e da modernização, obriga-os a abrir os seus sectores económicos estratégicos (energia, águas, saúde, banca, seguros, etc.) às corporações internacionais.
Como as empresas nacionais estão bastante fragilizadas e depauperadas pelas medidas de austeridade e da consequente recessão não conseguem competir e acabam por ser presa fácil das grandes corporações internacionais.
A estratégia predadora do Goldman and Sachs tem sido muito eficiente.
Esta passa por infiltrar os seus quadros nas grandes instituições políticas e financeiras internacionais, de forma a condicionar e manipular a evolução política e económica em seu favor e em prejuízo das populações. Desta maneira, dos cargos de CEO do Banco Mundial, do FMI, da FED, etc. fazem parte quadros oriundos do Goldman and Sachs. E na UE estão: Mário Draghi (BCE), Mário Monti e Lucas Papademos (primeiros-ministros de Itália e da Grécia, respectivamente), entre outros. Alguns eurodeputados ficaram estupefactos quando descobriram que alguns consultores da Comissão Europeia, bem como da própria Angela Merkel, tem fortes ligações ao Goldman and Sachs. Este poderoso império do mal, que se exprime através de sociedades anónimas, está a destruir não só a economia e o modelo social, como também as impotentes democracias europeias”...»

S. disse...

"Estamos agarrados, pois estamos."

Pois estamos. Mas temos que deixar de estar. Não pelos outros mas.....por NÓS.

Qualquer político decente defenderia, neste momento, conduzir o país (sei que é difícil mas NÃO impossível) a um equilíbrio entre receitas e despesas.
Salazar conseguiu!


De qualquer maneira as tão "incensadas" não são uma solução viável. Apenas multiplicará a calamidade e fará as delicias de especuladores e "loan sharks".
Não duvide: ou bem que nos "desagarramos" (todos) ou isto acabará muito mal.
Uma economia mundial baseada em.....dívida é uma receita para o desastre.
(já a gora os EUA e o Japão não estão melhor que a UE, pelo contrário).

Nunca fui muito dado a "teorias da conspiração" mas, por vezes, pergunto-me se todo isto não servirá para, entre outras coisas, conduzir a UE à......"federação".

Afinal: ordo ab chaos.

Se não é, às vezes parece.

dragão disse...

Estes gajos são os antípodas do Salazar (que não sendo propriamente um gigante da nossa história, era seguramente um colosso ao pé destes vermes).

Mas se quer uma solução, é sair deste merda para onde nunca deveríamos ter entrado, levantar barreiras alfandegárias e imprimir moeda urgentemente.
Vai doer, pois vai. Só que essa valente dor, ao contrário desta auto-mutilação que apenas mata por hemorragia, pelo menos cura.

dragão disse...

Auto-mutilação, ainda por cima, induzida.

pvnam disse...

-> Para muita gente vale tudo em nome da crise... todavia, no entanto, pelo contrário, existe gente a considerar que muito muito mais importante do que a crise... é o DIREITO À SOBREVIVÊNCIA!!!
.
-> A sobrevivência é uma coisa difícil e complicada: 'n' civilizações já desapareceram.
.
-> As famílias não são independentes/autónomas... todavia, devem as famílias abdicar da sua Identidade?... Resposta: Não!
-> As Nações não são independentes/autónomas... todavia, devem as Nações abdicar da sua Identidade?... Resposta: Não!
--->>> Apesar de os portugueses não serem a nação mais antiga da História... será que os portugueses devem abdicar da existência duma Pátria sua?
RESPOSTA: NÃO!...

muja disse...

Mas se quer uma solução, é sair deste merda para onde nunca deveríamos ter entrado, levantar barreiras alfandegárias e imprimir moeda urgentemente.

Isso não é uma solução, é um desenrrascanço. A única solução é arranjar alguém que governe isto decentemente.

Mantendo-se as mesma pessoas que governaram o país, se não tivéssemos entrado para a UE, estaríamos melhor?
Penso que não.

Pior que o termos sido governados por incompetentes mal-intencionados nas últimas décadas, é não haver o prospecto que essa situação se altere.

dragão disse...

«A única solução é arranjar alguém que governe isto decentemente.»

E acha que a Alemanha deixa? Ou os Américas? Pois se até já os angolanos metem o bedelho. :O))

Acha que o 25 de Abril foi uma escolha nossa, interna? Ou que depois, e até hoje, escolhemos ou elegemos realmente alguma coisa?

S. disse...

O "mood" torna-se cada vez mais soturno a "algo" parece despontar.

Este artigo não deixa de ser, no mínimo, interessante:

http://www.telegraph.co.uk/finance/financialcrisis/9291187/Greece-faces-German-future-as-euro-exit-looms.html

Alguns dos comentários são também esclarecedores. Por essa Europa fora há quem veja um eminente "proto-anschluss" pois vemos o mundo de chapéu na mão, às portas da chancelaria germânica (americanos incluídos).

Isto não vai acabar bem, a continuar a este ritmo de desagregação já patenet diáriamente.


Outro artigo simbólico:

http://www.telegraph.co.uk/news/uknews/immigration/9291493/Theresa-May-well-stop-migrants-if-euro-collapses.html

Quando chegamos a este ponto algo de grave se passa.

Anónimo disse...

E a Grécia?!

Essencialmente a Grécia deve à Alemanha dinheiro que a Alemanha emprestou à Grécia para que a Grécia pudesse pagar aos bancos alemães que emprestaram dinheiro à Grécia.

:)