quarta-feira, setembro 27, 2006

Liberdade de Edição

Em Roma, não perturbes os romanos.




No "Melhor dos Mundos", a melhor das capas.

19 comentários:

josé disse...

E a verdade é que ´é muito mais interessante a capa com a Annie Leibowitz. E imagino as fotos que lá estarão!

dragão disse...

Fui ver ao Google quem era essa Annie Leibowitz...
Fui dar a um site de , imagine-se, "lésbicas famosas":
http://en.lesbianas.tv/annie-leibowitz.htm

Fiquei a saber que, além de lésbica, é judia e viveu em conúbio com a Susan Sontag. Nos intervalos da Sontag, papou uma série de prémios e chegou a viver num kibutz.
As coisas que eu aprendo nesta internet!...
Claro está, a Sontag também era judia. Lesbianismo kosher, está bem de ver. :O)

josé disse...

Tens razão quanto a esses estádios do desenvolvimento pessoal e de costumes.

Mas ainda assim, mesmo sabendo isso tudo, não me demovo de considerar a mulher/homem, um portento da arte de fotografar.

FOi ela quem orientou a parte gráfica da ROlling Stone dos melhores anos (parte dos setenta). Foi ela quem fotografou para outras revistas americanas célebres, como a Vanity Fair, pessoas e acontecimentos que ficaram gravados como obras de arte.
Annie Leibowitz pode ser tudo e mais alguma coisa. Para mim, é uma artista. E isso me basta.
Tal como Paul Simon. Ou Elton John, para o caso e só para pôr aqui dois exemplos: um de um judeu que admiro. Outro de um panasca que admiro também ( em termos estritamente musicais, entenda-se).

josé disse...

Aliás, a revista Rolling Stone era um lugar de frequência duvidosa quanto a esse aspecto das preferências sexuais.

O próprio director, Jann Wenner,casado com uma mulher gira e com duas filhas, salvo erro, também virou para o lado de si mesmo. Vim a saber mais tarde e fiquei com um pouco de pena, porque neste aspecto partilho a ideia do Álvaro Cunhal que considerava a homosexualidade uma tristeza.
Por outro lado, em 1976, foi a essa revista que Elton John confessou pela primeira vez em público que era...como é.

E no entanto, essa revista com esses passamaneiros todos, continua a ser para mim, uma das melhores do séc. XX.
Melhor do que a do passamaneiro mor, Andy Warhol de sua gracinha que animava a Interview. Nunca suportei o aspecto da revista, a tresandar a gay por todas as folhas.Ou pelo menos assim me pareceu sempre...
Enfim. Vive l´art!

zazie disse...

á, mas é claro que a Annie Leibowitz era genial. E também é claro que a grande arte está cheia de invertidos. Essa é uma das enormes vantagens da tendência para o equilíbrio na natureza.

E o mesmo se podia dizer em relação aos judeus mas nem me atrevo.
Atravessar a história da humanidade sem nunca dissolverem as características ou transmutarem-nas para qualquer outra coisa, é prodígio. Reconheça-se.

Não é preciso é qualificar o dito prodígio em qualquer outra ordem que não esta- a imunidade ao tempo e à mudança.

dragão disse...

Caro José, não ponho em causa as competências artísticas (que não conheço) da criatura. Nunca a vi mais gorda, confesso-me pois ignaro na matéria. Quanto ao facto de ser lésbica e judia, segundo eles se apressaram a informar-me, não julgo que isso diminua ou acrescente nada ao talento. Quando muito, e aí já não ponho as mãos no lume, serviu para amaciar umas quantas portas, lubrificar vários corredores e sensibilizar certos jurados. Mas isso não tem nada a ver com arte:é pura e simplesmente o "ar do tempo".

dragão disse...

Por via das dúvidas, fui conferir na Shit-List (os judeus no índex sionista).
Curiosamente, a Susan Sontag está lá; mas a Leibowitz não. Presumo que isto resultaria em fricções -extra-amorosas- entre o casal. A propósito, de que é que terá morrido a Sontag?...

dragão disse...

Aposto que daqui a nada está aí o "ab" a contraditar estes comentários. O tipo anda um bocado na balda. Já cá devia estar...
Eu não lhe pago para o gajo andar a laurear pelos blogues da direita murcha, que diabo!...

zazie disse...

ahahhaha

mas tens razão que esta sequência é bem gira

josé disse...

Meu caro:

Deixa-me só escrever mais isto, antes de me pôr ao fresco daqui que já estou cansado, por hoje:

A Rolling Stone, em 1974 ou 75 ( não as tenho aqui à mão, mas logo se for preciso vejo e adianto mais alguma coisa) publicou uma excelente reportagem com fotos profusas, sobre uma "comunidade" de várias mulheres que viviam com um único homem. Este tema, hoje, seria tabu e nem a Rolling Stone publicaria algo sobre o assunto.
E no entanto, passaram trinta anos e a evolução foi outra...

Anónimo disse...

Apesar da beleza de Leibowitz (quem raio será?) a beleza do guerrilheiro é digna de figurar em qualquer parte do mundo. Será que nos USA recearam mostrá-la, contrariando a ideia de que os "maus" são sempre feios? É patente que o povo afegão é dos mais belos do mundo senão o mais belo! Uma beleza que se paga caro...

ab disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
ab disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
ab disse...

"Eu não lhe pago para o gajo andar a laurear pelos blogues da direita murcha, que diabo!..."

Não andei pela 'direita mole'. Desta vez andei a cuscuvilhar as esquerdas.

Fiquei a saber coisas interessantes.
Por exemplo, fiquei a saber que o Mundo tem nova iluminação.
Assim:
- Os 'mínimos' são a Bolívia
- Os 'médios' o Irão
- Os 'máximos' a Venezuela
- Os 'faróis de nevoeiro' são essa grande democracia que é a Coreia do Norte

Também constatei que a 'fachada' do Socialismo Científico está em adiantada fase de 'lavagem' (revisionismo oblige).

Quanto ao post e respectivos comentários: nada a objectar.
Imprimatur, portanto.
:)

Para quando o prometido post sobre a(s) esquerda(s)?!
Entretanto, quem quiser ver um sítio verdadeiramente de Esquerda pode ir o Google, escrever "resistir" e entrar no primeiro da lista.
:)

Flávio Santos disse...

Ó Dragão, V. é mesmo mauzinho. De certeza que a edição americana cuja capa reproduz não tem a mesma data das outras (a Jewsweek era lá capaz de uma coisa dessas...).

Anónimo disse...

"E o mesmo se podia dizer em relação aos judeus mas nem me atrevo.
Atravessar a história da humanidade sem nunca dissolverem as características ou transmutarem-nas para qualquer outra coisa, é prodígio. Reconheça-se.
"

Cara zazie nada pode ser mais falso do que isso!
Povos que resistiram ás mudanças há imensos, desde os indus na índia a várias tribos africanas e a chinesas, incluindo muitas dessas tribos afegãs que andam a pôr a cretinice ocidental organizada (e viva a droga, producto essencial ao ocidente "civilizado"!) em sentido, mas até na prória europa, para seu espanto, há tribos celtas, germânicas, eslavas,... cujas características não se alteraram e que apesar da modernidade mantêm a sua identidade à milhares de anos e são tão "velhas" ou mais do que um povo que na realidade já não o é, os judeus. Deixe-me explicar melhor: os hebreus eram um povo antigo (tribos) que viviam na região onde hoje se encontra israel, os judeus não!

Apesar do elítismo e racismo do "povo" judeu, a verdade é que como etnia deixam muito a desejar.
A sua identidade quase se resume a um sistema educativo baseado numa intelectualidade sórdida, num terror dos, e ódio aos demais que o não o são!

Se a zazie analizazze a porcaria que esse "admiravel" "povo" tem feito ao longo da história, talvez mudasse de ideias. Os judeus agoram são neo-cons e liberais "democratas" (é a onda), mas já foram comunistas, enfim, seguem e ampliam as modas, desde que com isso possam ganhar alguma coisa...

...
Enfim é a admiração feminina pelo sórdido...!! (deslize)

Geniais geniais são: homero, leibnitz, newton, leonardo, fourier, mozart, nietzsche, júlio cesar ou alexandre,...

Genial, genial, é ainda existir o gaélico na irlanda, apesar de toda a sacanice (bem real e não imaginária, inventada ou exagerada)a que esse povo foi sujeito!

Agora, uma citação fora do contexto de uma figura muito querida ao (e para delícia do) sr. buiça:

"Os judeus são uma raça, e que raça!": Hilter.

Consegue compreender o significado ou também vai levar à letra?

Flávio Santos disse...

Pensar que a Zazie é defensora (e admiradora!) do povo judeu é falhar o alvo por muito... Sem querer fazer de advogado da emérita blogueira, sem dúvida que ela reconhece a resistência de muitos povos à mudança mas quando se fala na resistência dos judeus à dissolução subentende-se que essa resistência é mais notável por se tratar de um povo nómada, que não fixou raízes, ao contrário dos exemplos que o comentador anterior aponta.

dragão disse...

Meto a colherada... a Zazie é parecida comigo (e eu com ela) nessa questão: nem anti nem filo. Tentar ser, o mais possível, lúcido.

zazie disse...

ehehe ao menos o Dragão para me compreender

O que eu admito é que admiro a grandeza, uma determinada grandeza que marca o Tempo. E nisto não coloquei qualquer juízo moral. Posso ao mesmo tempo criticar até dizer chega numa série de particularidades.

Mas sou sensível a coisas assim como as montanhas e as esculturas nas montanhas. Não só não mudam como sentimos que nós é que desaparecemos primeiro.
";O))

E isto nada tem de ser filo-hebraica. Por acaso até anda para aí meio mundo a chamar-me anti-semita e na primeira página! e a interditar-me comentários por isso.

ahahahahah