sábado, setembro 11, 2004

Do país esotérico

Meu caro José,

Li, com particular gozo, o texto apetitoso que lavraste na Grande Loja do Queijo. Muito te poderia dizer sobre tão tortuoso assunto. Um dia destes, aproveitando o teu providencial exemplo , talvez o faça. Mas, Por agora não; por agora, deixo-te apenas alguns comentários sibilinos e outras tantas perguntas interessantes.
1. Como já Platão explicou, existe o mundo das aparências e o mundo das essências. Na verdade, o das aparências não existe, parece que existe. Hoje em dia, parece também que existe o mundo das eficácias e das conveniências, ali, bem por detrás da Travessa do Faz-de-Conta. Em suma: O que parece que é, regra geral, não é.
2. O regime que foi instituído em 25 de Abril de 1974 parece que é democrático. O que escapa ao vulgo é que esse regime tem uma face exotérica e uma face esotérica. Qual delas a preponderante, falaremos um dia destes.
3. Tenta o seguinte exercício mental: Que misteriosas cumplicidades existirão entre estas duas palavras: “Maçonaria” e “Bloco central”? E, já agora, qual será o par correspondente para a Opus Dei?
4. Sabes qual é a “sorte” ideal para um político português? É ser Opus Dei por parte da mãe e Maçon por parte do pai.

E mais não digo.

5 comentários:

josé disse...

Que não te falte o enxofre. Será texto antológico e de postura na Loja.

A alquimia da palavra é a única a que acedo. Por isso tento e tento e tento mais vezes, para aperfeiçoar o texto. Há quem não entenda este caminho que para mim se tornou essencial.
Nessa graduação, já estás acima, na mestria. E olha que não há muitos!

zazie disse...

ahahhaha, "da Opus Dei por parte da mãe e Maçon por parte do Pai" ":O))) esta foi uma labareda fatal.
Só assim não é porque isto é como os vizinhos, quanto mais próximos mais se odeiam ":O)))

zazie disse...

O Dragão já se afastou dos factos há muito... é um filósofo ";O)

Anónimo disse...

Exactamente, ó Zazie. Mais que os factos, investigo as causas e os princípios dos mesmos. É o que se chama tentar compreender as coisas.
Chamares-me filósofo é a máxima honra que me poderias conferir. Num tempo de "misósofos" -isto é, de fanáticos e sectários-, deixas-me pr'aqui todo ufano e vaidoso. Vou já contar à senhora Dragão que me chamaram filósofo. Está sempre a depreciar o tempo que perco na blogonáutica!...

zazie disse...

ahahhahah, tens alma de filósofo pois, que isso cheirou-me logo á primeira e não foi só efeito do enxofre ":O))

então conta lá à tua senhora dracolina mas vai por mim, diz-lhe que o elogio veio de uma gaja muita feia que até entala o buço no teclado ";O)))
e vê lá se arranjas tempo num intervalo peripatético para te livrares da bicharada.