sábado, setembro 10, 2005

Nunca esquecendo a América pela óptica de Francis Vincent Zappa


Bobby Brown goes down

Hey there, people, I’m bobby brown
They say I’m the cutest boy in town
My car is fast, my teeth is shiney
I tell all the girls they can kiss my heinie

Here I am at a famous school
I’m dressin’ sharp ’n’ i’m
Actin’ cool
I got a cheerleader here wants to help with my paper
Let her do all the work ’n’ maybe later I’ll rape her

Oh God I am the american dream
I do not think I’m too extreme
An’ I’m a handsome sonofabitch
I’m gonna get a good job ’n’ be real rich
(get a good
Get a good
Get a good
Get a good job)

Women’s liberation
Came creepin’ across the nation
I tell you people I was not ready
When I fucked this dyke by the name of freddie
She made a little speech then,
Aw, she tried to make me say when
She had my balls in a vice, but she left the dick
I guess it’s still hooked on, but now it shoots too quick

Oh God I am the american dream
But now I smell like vaseline
An’ I’m a miserable sonofabitch
Am I a boy or a lady...
i don’t know which
(I wonder wonder
Wonder wonder)

So I went out ’n’ bought me a leisure suit
I jingle my change, but I’m still kinda cute
Got a job doin’ radio promo
An’ none of the jocks can even tell I’m a homo

Eventually me ’n’ a friend
Sorta drifted along into s&m
I can take about an hour on the tower of power
’long as I gets a little golden shower

Oh God I am the american dream
With a spindle up my butt till it makes me scream
An’ I’ll do anything to get ahead
I lay awake nights sayin’, thank you, fred!

Oh god, oh god, I’m so fantastic!
Thanks to freddie, I’m a sexual spastic
And my name is bobby brown
Watch me now, I’m goin down,
And my name is bobby brown
Watch me now, I’m goin down
And my name is bobby brown

Hi-ho silver!
Way!
And my name is bobby brown
Hi-ho silver!

Oh, never mind...
The name of this song is: keep it greasey

......//......

Registe-se, a título de curisidade, que a letra em epígrafe pertence ao álbum Sheik Yerbouti, de 1979. Leram bem: 1979. O retrato não vos lembra nada? Não reconhecem o estilo colgate fresh duma certa horda de putativos luso-think tanques em rusga pelas praças e mercados do rectângulo, apregoando, a preços de ocasião, o "fast-economics up your ass"?... Pois, há mais de duas décadas atrás já o Francisco Zappa os topava bem.
O que prova como entre a toinice parola que, há séculos, banca a elite entre nós, as modas -outrora francesas, agora anglo-americanas (a tal xenolatria deslavada)-, grassam sempre, no mínimo, com vinte anos de atraso. Donde sucede que quando cá chegam já ultrapassaram o prazo de validade. Isso, adicionado ao requinte de gula e javardice tipicamente saloias com que os nossos "bobis browns" se empanturram pantagruelisticamente nelas, resulta nas monumentais diarreias a que, tão diária quão repugnadamente, vamos assistindo.

6 comentários:

josé disse...

Ah! The great late Frank! Se não tivesse embarcado no início dos 90, em busca do Central Scrutinizer, o que seria hoje, um Zappa, com tantos motivos neoconianos, para fustigar letras de canções?

PEnsar que se atirou à pobre da Tippie Gore, mulher do sabe-se quem de nome Al, por causa de uma organização chamada PMRC. A história desta luta política. é simples:
Em 1985, Prince editou um disco em que aparecia a cançoneta Darling Nikki. A dita Tippi comprou o disquito para a filhita de oito anos e descobriu com horror que a cançoneta se referia a um prática algo solitária que nem uma banana consegue parar...
Olha! Nem de propósito! A boneca que apararece no cartoon,é exactamente uma Tippi!
Então, a escaldalizada Tippi fez aquilo que a nossa Maria Barroso tentou fazer aqui há uns anos: parar o mar da invasão da violência televisiva e plástica! E para tal, a Associação de tal gente famosa,dirigiu-se ao presidente da RIIA, uma espécie de Alta Autoridade da Indústria discográfica e abriu uma guerra pública.

Nessa guerra, Zappa, fez-se soldado, por uma causa: a liberdade de expressão, mesmo dos Princes que escrevem sobre Darlings Nikkis.
É preciso dizer que atrás da censura hipócrita a esse tipo de temas, vinha outra intenção muito mais tenebrosa: a censura propriamente dita a temas incómodos de natureza política e não só.
Zappa defrontou importantes figuras do establishment americano que por coincidência concordavam plenamente com os objectivos da Tippi.
Curiosamente, a TIppi é a mulher de Al Gore que fez parelha com Clinton e su partenaire.

Que maravilha teria sido, ouvir Zappa a glosar essa associação de facto...

Enfim, tenho saudades de Zappa.Dava um sentido a este mundo, equilibrando estas hipocrisias tipicamente americanas,mas com excrescências por cá.

josé disse...

E já agora que estou com as mãos na massa:

Esta tentativa dos vitais e dos palermas dos jphs de cercear a liberdade de cidadãos anónimos se manifestarem livremente na net, em blogs, é uma repristinação serôdia dos pmrc.
O pretexto é sempre o perigo dos difamadores anónimos.
Como se um filho da puta qualquer que quisesse mesmo difamar, precisasse de um blog anónimo para o fazer.
Mas têm medo, esses hipócritas que a gente sabe muito bem de onde vêm!

O Zappa, num frente a frente televisivo, num programa chamado Crossfire, em 1985, disse a um palerma desse tipo, jornalista no Washington Post, que "you can kiss my ass." Não tem tradução exacta em português, mas poderia muito bem aplicar-se a esses dois.

dragão disse...

Não lhes dês trela, aos JPês, senão acabas por estar a credibilizá-los.
Como eu já disse algures, a ideia é sová-los, não é confraternizar com eles.
E para esse efeito, convém zurzi-los com uma certa distância, não vá a bosta salpicar-nos.

Afonso Henriques disse...

yeah yeah...they're all a pretty nice bunch of pajama people!

Anónimo disse...

O Zappa não é o da coprofagia?
um tanto 'scatologic'

josé disse...

Como?! Copo quê?! Nem dos copos o Zappa era lá muito adepto.

Tenho a sua autobiografia, de 1989 - The real Frank Zappa book- em italiano e nunca me apercebi de tão estranho e parafílico vício.
Tenho ainda o Electric Don Quixote ( que título!) the definitive story of Frank Zappa de Neil Slaven e nunca por nunca me passou pela tola que o Zappa fosse um tarade de...merda!

O Zappa era dos tipos mais straights que havia na América. Nem drogas tomava.E era casado com a mesma mulher ( a segunda) de quem teve os filhos.

O que não invalida que tenha escrito canções com títulos tão improváveis como Don´t you ever wash that thing...