Quando penso num ente como a Ana Drago (raio de apelido mais despropositado!...) ocorrem-me sentimentos contraditórios.
Por um lado, é-me difícil encontrar argumentos contra o aborto. Basta pensar na mãezinha da menina e bloqueia-se-me mesmo toda e qualquer objecção. Mas mais difícil ainda é reconhecer qualquer inconveniente na violência doméstica. Pelo contrário, é todo um mundo de vantagens que subitamente se me desoculta. Num ápice, salta-se da mera hipótese, fruto de telha ou acaso, ao imperativo categórico, subministrado por princípio e método. Até apetrechos tão medievais quanto uma burka ou -não direi cinto mas - uma mordaça-de-castidade me transparecem carregados da maior racionalidade, sentido e urgência.
Certeza, todavia, só me acode uma: por mais empenhada e rigorosa que fosse a segunda modalidade, no melhor dos casos, apenas suavizaria ou atenuaria subtilmente aquilo que a primeira, ela sim, poderia ter resolvido na perfeição.
Por falar nisto, agora, já no fechar da loja, ainda me ocorre uma terceira: a homossexualidade, pois claro. Sou conduzido irresistívelmente aos antípodas das minhas posições habituais, tão pública quão ufanamente homofóbicas. Então não teria sido óptimo, dum interesse elementar para a espécie humana, que quer a mãezinha quer o paizinho da Aninhas se tivessem devotado, desde a mais tenra idade e com militância imarcescível, à gaysisse compenetrada?!...
PS: E quanto ao nome é mais que evidente que o "a" está trocado com o "o". Invertam-nos e vereis se não faz todo o sentido.
4 comentários:
Mulheres madernas??!!
Chiça pá, ó Dragão...não mudes de trotil não!
Não é "madernas", Vossa Alteza: é "modernas". Parece que o vosso trotil, Majestade, ainda anda pior que o meu. Ou melhor; se avaliarmos segundo os efeitos.
"por mais empenhada e rigorosa que fosse"
Não seria antes "emprenhada e rigorosa"? Hmmm? Nestas coisas de assunto sério, há que ter pulsozito, precisão cirúrgica.
Bom post!
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