Pode ler-se no Diário Digital:
«A temporada de furacões do Atlântico norte começou a 1 de Junho e termina a 30 de Novembro e os meteorologistas consideram que é uma das mais activas dos últimos 10 anos.»
Nós, por cá, é mais incêndios.
O que, não obstante, parece em tudo geminado nos dois lados do Atlântico é o completo laxismo, incúria e imprevidência das autoridades. Nós continuamos a insistir em florestas anárquicas que ardem que é uma maravilha; eles, que há mais de cem anos experimentam ventania grossa, continuam a construir casas, diques e povoações que os furacões escaqueiram nas calmas.
Podíamos fazer um negócio: eles mandavam para cá os furacões; nós despachávamos para lá a praga de empreiteiros que tomou conta do país e fez missão sagrada de escalavrá-lo em todas as direcções e dias do ano. Ainda ficávamos a ganhar: os furacões, que acompanham invariavelmente com chuva a potes, sempre apagavam os incêndios e a devastação e corrupção deste país talvez amainassem. Bem, nas autarquias é mais que certo que amainavam.
De brinde ainda podíamos doar toda essa chusma de mentecaptos poliglotas que trazem Portugal no Bilhete de Identidade, com amargura, e a América na puta da alminha, com devoção.
Portanto, não há que duvidar: eles que levem o nosso lixo, que nós tomamos conta dos furacões deles.
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PS: E, junto com os empreiteiros, ainda damos os arquitectos. Já que não podemos esterilizá-los...
Pensa bem, George. É uma oportunidade única!...
4 comentários:
Posts curtos, sintéticos e bem escritos.
UM BOM BLOG.
Olha ele!
Sempre podia ter escolhido melhor pseudónimo que "Dragão"
Situa-se entre as barbichas mal plantadas de Fidel e o bigode geométrico de Hitler.
Iracundo até mais não.
Dada a definição topográfica prévia, eu não diria iracundo mas antes esquizofrénico.
Vocelência não concorda?...
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