terça-feira, outubro 16, 2007

A Guerra do Ultramar

Assistindo, já hoje de madrugada, ao Prós e Contras, sobre a Guerra do Ultramar, constatei que grande parte da audiência convidada era composta por deficientes das forças armadas. Compreende-se, apesar de tudo, o critério de selecção para uma tal assembleia. Os 13 anos de guerra ocasionaram, de facto, muitos deficientes. Não só físicos, como aqueles infelizes cegos ou estropiados que se queixavam do desprezo a que foram sujeitos, mas sobretudo mentais, como aqueles que fizeram o 25 de Abril.

13 comentários:

josé disse...

O Sousa Castro...o Sousa Castro, não me sai da mente.

Aquilo é um indivíduo cretino a valer. Para ser mimoso.

Anónimo disse...

Caro Dragão
Uma coisa que reparei no debate foi a utilização da palavra, movimentos de libertação. E que estes, os movimentos de libertação, o que queriam, era livrarem-se do regime vigente. O que me deixa uma pergunta.
Quando será que os movimentos de libertação actuais, como por exemplo, o IRA, o Batasuna e a Al Quaeda, se tornarão governos, legítimos?
Carlos

Anónimo disse...

E quando será que começa o nosso movimento de libertação contra a merda que nos invade?

Anónimo disse...

Ó Dragão, essa dos deficientes mentais está muita boa. Por acaso, tambem eu a ver o programa me "interroguei" porque é que os do 25 do A estavam do lado dos deficientes! ahahahaha!
É um fartote. Nem sei como é que deixaram falar "o outro"!?
Bem, estavam em directo...

Legionário

Anónimo disse...

Aquilo estava cheio de deficientes, foi premeditado. Deficientes físicos, mentais... e também alguns morais.

Anónimo disse...

Caro Dragão
O turras afirmavam-se como guerrilheiros. Estarei errado em discordar com o título?
Carlos

Anónimo disse...

Caro Carlos,

Guerrilha e terrorismo são dois capítulos da mesmo romance: subversão.

Deriva duma anologia: subverter um país é como infectar um organismo.

Anónimo disse...

Caro Dragão
Concordo consigo.
Não houve nenhum país que tivesse declarado guerra a Portugal, mas sim uns grupos de cidadãos que pegaram em armas, então o que houve, movido contra Portugal, foi uma “guerra de guerrilha”, e não uma “guerra” no sentido tradicional do termo. Senão o que foi a 2ª G.G., ou Iraque Irão?
E o caro dá uma ajuda no esclarecimento “Guerrilha e terrorismo são dois capítulos da mesmo romance: subversão.”
Com a sua explicação compreende-se melhor o que se passou, sem nebular.
O prós e contras fala em, a guerra, o outro programa, a guerra, parece-me um inicio nebuloso, que está a passar despercebido. E o caro Dragão? :)

dragão disse...

Repare, a guerrilha pode realizar-se contra uma força ocupante (se, por exemplo, os espanhóis nos invadissem, nós não tínhamos capacidade simétrica de lhes fazer frente, pelo que passávamos à guerrilha), sendo assim endógena a uma determinada nação; ou pode realizar-se fomentada de fora para dentro, quando um país quer desestabilizar outro, através das chamadas "quintas colunas" (mais ou menos mascaradas), de modo a enfraquecê-lo, miná-lo ou conduzi-lo a cedências vantajosas para o promotor da subversão (sendo assim predominantemente exógena). Adivinhe qual foi o caso das nossas antigas colónias.
Em todo o caso, tecnicamente a guerra pode ser 1. Clássica; 2.Nuclear e 3. Interna. Por sua vez, a Guerra interna pode ser 1. revolta militar; 2.golpe de estado; e 3. guerra subversiva.
Acho que vou ter que postar sobre isso. :O)

Anónimo disse...

Caro Dragão
“A guerra do Ultramar”
Ok. Vou ficar à espera., faço uma pausa. Mas por enquanto concordo mais com a afirmação dos turras; Somos guerrilheiros. Portanto “A guerrilha do Ultramar”
Carlos
PS
Mas atenção, mantenho o canivete desembainhado... :)

dragão disse...

Eles fizeram subversão; e nós contra-subversão.
Em Angola, que era onde mais nos interessava, fizemo-lo brilhantemente. Na Metrópole, ao contrário, foi a desgraça que se viu.
O erro clamoroso do antigo regime foi nunca ter percebido -nem combatido devidamente- a "Quinta Frente" - a de Portugal Continental.
Porque a "guerra" (ou "Contra-guerrilha", se preferir) foi em quatro frentes - Guiné, Cabinda, Angola e Moçambique - mais a Metrópole.

Anónimo disse...

Caro Dragão
Concordo consigo. Fica-me é a dúvida sobre a actuação ou não de Salazar e do antigo regime. Não creio que não soubessem o que se estava a passar no resto do mundo. Não eram ingénuos a esse ponto. O que adensa ainda mais a questão. Chego a pensar que foi tudo planeado.
Sim. Prefiro o termo guerrilha e tratar os seus elementos por guerrilheiros/terroristas. Corresponde exactamente aos métodos por eles utilizados, às suas formas de actuação. Até para com os seus elementos.
Carlos

FMS disse...

Foda-se. Adoro esta troca.