Por especial prece do Despastor, mas também porque, a esta hora, alguns abutres eruditos e outros sorbonícolas de arribacinha que sempre pairam em anunciação pingada já não devem aguentar mais as comichões, antecipo um capítulo assaz nevrálgico: recebeu Nietzsche influências de Darwin e da sua "lei da selva"? Adianto que não foi uma nem duas vezes que vi escrito em livros que sim. Os passarões de plantão até já devem estar a casquinar: "ah, sempre quero ver como este energúmeno vai descalçar a botifarra!..."Pois bem, sem mais delongas nem acepipes, respondo já frontalmente: entendo que não.
E convoco à barra o próprio:
«Se alguns filósofos viram - se não puderam impedir-se de ver -o elemento decisivo da natureza humana, naquilo a que se chama instinto de conservação -, devemos encontrar aí um sintoma; é que estavam precisamente em plena angústia. E se as ciências naturais se complicaram tanto nos nossos dias com o espinosismo (o darwinismo dá o mais recente e mais grosseiro exemplo no incrível sectarismo da sua doutrina da luta pela vida), isso deve-se muito provavelmente à origem da maior parte dos nossos sábios: pertencem ao "povo" neste domínio; os seus antepassados eram pobres e gente simples que tinham conhecido de muito perto a dificuldade de governar a vida. Todo o darwinismo britânico está mergulhado num bafio inglês de ar viciado, de superpopulação, de miséria, de tacanhez. Mas quando se é naturalista devia-se saber sair do seu recanto humano; o que reina na natureza não é a penúria, a tacanhez: é o excesso, o desperdício, uma loucura de desperdício. »
(-Nietzsche, "A gaia ciência", frag.349)
Em suma, Nietzsche refere algumas tipicidades já aqui apontadas em relação ao darwinismo, a saber, a) malthusianismo encapotado; b) demo-sofística sufragante (isto é, uma sapiência/ciência que inverte a via eruditiva/aristocrática: conquista primeiro a população e só depois, a partir dessa pressão popular, avassala a academia, ou seja, é propaganda científica antes de se tornar ciência consagrada - como foi precisamente o caso do darwinismo na Alemanha, por dinamização de Haeckel); c) sectarismo. Mas adiciona uma outra pista deveras interessante: espinosismo. E, de facto, o panteísmo imanentista de Espinosa havia preparado e fertilizado o terreno para a Natura Lex que Darwin, doravante, planta no trono absoluto da existência e que encontra no monismo de Haeckel uma expressão particularmente emblemática. A matéria torna-se a substância dum universo atomizado.
O leitor menos familiarizado com estas matérias interrogar-se-á que raio quer dizer isto de espinosismo. De modo a facilitar-lhe a digestão, direi que, muito sucintamente, o que Espinosa faz é minar (há quem diga demolir) o edifício filosófico-político erigido sobre o fundamento da transcendência - Deus, Razão, natureza (nas suas respectivas derivações: rex, livre arbítrio e ordem jurídica natural); e junto com isso o essencial da teleologia anexa. O Deus de Espinosa não está fora do mundo: é o próprio mundo na sua substância. Por via duma causalidade imanente, o todo da Natureza Naturante e da Natureza Naturada constitui a unidade eterna e infinita cujo nome é, segundo Espinosa, Deus. Daí a expressão que ficou famosa Deus sive Natura - Deus, ou seja, a Natureza. É por isso que no darwinismo e na generalidade do materialismo naturalista do século XIX há muito Espinosa regurgitado. Como Nietzsche, sagazmente, passe a redundância, aponta.
E mais adiante, para ficarmos com uma ideia ainda mais abalizada da estima que lhe merecia o "evolucionismo darwinóide", diz ele a propósito de Herbert Spencer, o filósofo evolucionista, progenitor do "darwinismo social":
«O que provoca, por exemplo, o entusiasmo particular do pedantesco e britânico Herbert Spencer, que delira à sua maneira, o que lhe faz traçar a linha de horizonte, a linha de esperança no limite do desejável -quero dizer, essa reconciliação do "egoísmo" e do "altruísmo" com que divaga -, não desperta em nós, ou quase, senão nojo: a humanidade que só tiver como horizonte definitivo as spencerianas perspectivas há-de parecer-nos digna de desprezo e aniquilamento!»
E daqui, Nietzsche avança com a artilharia contra a questão de fundo (do mecanicismo materialista), e aponta o camartelo ao barracão da confraria (o cientismo contabilista):
«O mesmo sucede com a fé com que se satisfazem hoje tantos sábios materialistas que acreditam que o mundo deve ter a sua medida às nossas pequenas escalas e o seu equivalente no nosso pequeno pensamento; acreditam num "mundo do verdadeiro" que a nossa pequena razão humana, a nossa pequena razão grosseira, poderia finalmente vencer... Pois quê! Queremos nós verdadeiramente deixar que assim se degrade a existência? Deixá-la rebaixar ao nível de exercício de cálculo, fazer dela uma pequena punição para matemáticos? Em primeiro lugar, é preciso recusar a todo o custo despojá-la do seu carácter prometaico; é o bom gosto que assim o exige, meus senhores, o respeito por tudo o que ultrapassa o vosso horizonte! Que só valha uma interpretação do mundo que vos dê razão a vós, uma interpretação que autorize a procurar e a prosseguir trabalhos no sentido que vós dizeis científicos (é mecânico que vós pensais, não é verdade?), que só valha uma interpretação do mundo que não permita senão contar, calcular, pesar, ver e tocar, é despropósito e ingenuidade quando não é demência ou idiotia. Não é provável, pelo contrário, que a primeira coisa, e talvez a única, que se possa atingir da existência, seja a que ela tem de mais superficial, de mais exterior, de mais aparente? A sua epiderme apenas? As suas manifestações concretas? Uma interpretação «científica» do mundo, tal como o entendeis, meus senhores, poderá ser, portanto, uma das mais estúpidas entre todas as que são possíveis: seja dito isto ao vosso ouvido, à vossa consciência, mecânicos da nossa época que vos misturais de tão bom grado com os filósofos e que imaginais que a vossa mecânica é a ciência das leis primeiras e últimas e que toda a existência deve assentar nelas, como numa base necessária. Um mundo essencialmente mecânico! Mas havia de ser um mundo essencialmente estúpido!»
(-Nietzsche, "A Gaia Ciência", frag.373)
O que não deixa de ser espantoso é ser esta, ainda hoje, o essencial da crítica que pode fazer-se -e que, de resto, eu venho fazendo -, aos epígonos da má raça. Basicamente, porque, dir-se-ia, entraram estes em regressão esquizóide. O que se por um lado em nada abona das putativas evolucionices, por outro só revela do carácter requentado, serôdio e patarata da modinha. São as nostalgias douradas do ferro-velho, os tremeliques palingenéticos das sucatarias ideológicas.
E o maior atestado de imbecilidade, canineira e tronchice desta acéfala choldra é que ainda não percebeu donde lhe chove. Condicionados às suas zaragatas de liliput, confundem a micção de Guliver com gafanhoteio criacionista do bando de micróbios rival.
25 comentários:
Caro Dragão, com toda a franqueza e frontalidade, vou deixar-lhe algumas perguntas/«inquietações»:
1 - Porque é que não consegue conseber o mundo (assim parece, pelo menos) sem o Deus do Médio-Oriente?
2 - Porquê tanta acrimónia com a teoria da Evolução? Só por causa do tal Deus?!
(repare que se Deus tem os atributos que as religiões do livro lhe atribuem, pode ter criado tudo e mais alguma coisa da foram que muito bem lhe apeteceu mas isso levar-nos-ia para uma derradeira pergunta: de onde veio...Deus??, e nunca mais parávamos)
3 - Se rejeitarmos a Teoria da Evolução resta-nos o quê? O Creaccionismo?!
(acho mal que se queira proibir os creacionistas de botar faladura, tal seria um perda, por certo irreparável, para o humor mundial)
4 - Concorda então com os (mais de) 50% de americanos que acreditam que a Terra foi criada em 6 dias, é plana e é o centro do universo e que somos todos irmãos, descendentes do Adão e da Eva?!
(é nestas alturas que acho a Igreja de Roma excepcionalmente «científica», pois parece rejeitar estes dislates, embora sem se «atirar tout court para os braços da Evuloção»)
5 - Tem consciência (estou certo) de que Nietzsche, ainda em vida, se deu conta de que andavam (já na altura) a interpretar abusivamente o que ele tinha escrito e que tal poderia dar «estranhos» resultados, pois estavam já a tirar conclusões verdadeiramente extraordinárias das suas obras?
(basta ver a correspondência que manteve com a sua irmã)
6 - Quando se observa a natureza não é observável esse Deus de que nos falam os Livros vindos do Médio-oriente, ou acha que é?
Cumprimentos e parabens (sinceros) por (concordando consigo ou não) nos «obrigar» a estar aqui a reflectir sobre estas questões.
Acho mirabolante que, precisamente no comentário a este postal, o caro Dr. Agnóstico ainda me venha com essa cassete. Presumo então que não leu, não entendeu ou está-se nas tintas para qualquer uma dessas trabalheiras.
O que é que eu tenho a ver com o Mono lá dos desertos, com a mitologia hebraica ou com a poli-seita do judaísmo recauchutado mais conhecida por evangélica?...
O principal argumento actual deste evolucionismo serôdio, com o qual somos alvejados a cada dois minutos, é que o criacionismo evangélico é mais ridículo. Olha, que grande e deslumbrante mais valia!
Porque os outros são mais estúpidos já faz dos evolucionistas uns génios. E não podemos apontar a sua vasta genealogia de grosseira parvoíce porque estes seus rivais de polichinelo ainda são mais lorpas. Essa cassete é simultaneamente uma anedota.
Religiões de vão de escada a armar à vaca sagrada, eu gosto!...
Quanto à correspondência do Nietzsche com a irmã (e com vários outros), quando os eventuais abusos abusos ocorreram, o pobre Nietzsche já não estava em condições de se queixar ou defender (talvez por isso mesmo tenham ocorrido). O que ele se queixava, com alguma amargura, era de falta de adequada esposa, que faria também de secretária, e de ser reconhecido em muitas latitudes excepto na Alemanha, esse prado de - na terminologia dele - animais cornúpetos.
«A tua velha criança é agora um animal enormemente célebre, ainda que, claro está, não na Alemanha, cujos habitantes são demasiados estúpidos e vulgares para as alturas do meu espírito.»
- Carta a sua mãe, de 21DEZ1888, Turim.
Véspera das megalomanias e delírios que irão seguir-se e que já se manifestam.
Deus é O que é: E nós não sabemos o que é.
E não saberemos enquanto vivos, acho eu.
E isto é válido para os evolucionistas como para os criacionistas ( de criação).
O que a filosofia tenta saber, acho eu, é um caminho para entender algo do que É.
Há vários caminhos, pelos vistos. Alguns são muito maus para os outros seres humanos e a religião cristã, nesse caso, inventou uma nome para essa rosa murcha: Satanás.
Mas há outros nomes para a coisa pútrida.
Por mim, prefiro o cheiro agradável da rosa mística da crença em Alguém que É. Porque para mim, não pode ser de outro modo. Não faria sentido que assim não fosse.
O evolucionismo, cheira-me mal. Só isso.
Mas acredito que os narizes não são todos iguais e muito menos o olfacto.
«O evolucionismo, cheira-me mal. Só isso.»
Não cheira mal: Fede.
Perdão, mas quero relembrar que o creacionismo não é um exclusivo dos Evangélicos, pois os católicos, durante séculos, também o defenderam.
(depois ganharam juízo)
Se o creacionismo e o evolucionismo são errados então qual a «teoria» (ou Lei, para os mais contundentes) válida para a explicação de tudo isto?!
Ou será que os meus interlocutores são, neste particular, tão agnósticos como eu?! :-)
«quando os eventuais abusos abusos ocorreram»
os abusos despontaram na época e, com o tempo, agravaram-se e, ainda hoje, andam por aí os «abusadores» (que os há de vários tipos).
o anterior post era magnífico (quando descer do nirvana musical em que me encontro ainda gostava de lhe fazer um link no meu blogue), simplesmente magnífico e gostava de ver os ateus (e alguns tradicionalistas das leis da natureza) a pegá-lo pelos cornos (nem de cernelha, querem-se é ver a léguas dessa problemática para não ter que pensar)
mas este é uma merda
primeiro, o Nietzsche era maluco
segundo, ao contrário do que alguns pensam, ele sempre foi maluco
terceiro, a maluqueira (como todas as maluqueiras) dependia se havia vento e para onde ele estava virado
vêmo-lo assim a dizer umas vezes coisas muito lúcidas, outras a divagar banalidades, outras em pleno delírio maníaco-megalómano, outras em pleno delírio esquizofrénico e outras imerso na fossa
vai daí que, embora seja justo admirar algumas poucas coisas mais ou menos lúcidas que ele escreveu, tentar mais do que isto é estar a adorar o bode
Dragão,
não deixe no entanto de se constatar que, nessa mesma carta à sua mãe, Nietzche escreve que «até a minha fornecedora de frutas se preocupa em escolher para mim as mais doces das suas uvas», o que não deixa de ser uma manifestação de desinteresse pela moça da banca do pecado, perdão, pescado, e assim a inauguração duma selectividade ( não eugenica) de cash & carry que tb não deve ser descurada.
antº (ddr)
ouve lá ó dragão
censuras-te o meu comentário anterior?
Dr Agnóstico,
Andamos à procura. Agora este litígio bacoco entre evangelismos é que não interessa ao menino Jesus. A coisa está ao nível dum Benfica-Sporting. Leninismo de alguidar.
António,
penso que o filósofo falava em uvas, mas pensava em marmelos. Eu, pelo menos, no lugar dele, era o que faria. Ou então melões, quem sabe...
Aproveito para informar os leitores em geral que tive que censurar, merecidamente, um comentário do Timshel. Reincidia em clamar ao gregório e o gregório não mora aqui.
eh pá
faz-me só um favor
manda-mo para o meu mail (pois eu obviamente não fiz uma cópia) que é para eu o postar no meu blogue
«ouve lá ó dragão
censuras-te o meu comentário anterior?»
Efectivamente, Timshel. Estavas à espera de quê? Duma condecoração?...
:O)
Não devemos confundir liberdade de expressão com liberdade de excreção.
e como não chega nada ao meu mail suponho que nem sequer tenho a liberdade de excretar no meu blogue
só me faltava esta
a lei da rolha
Nem penses.
Não deve ser difícil produzires outra bosta igual. E aproveitas para me denunciar publicamente como perigoso inimigo da revolução.
Digamos, que tendo em conta a merda de dia em que estamos, até me vai dar um gozo acrescido.
ahahahaha
Como é que tu consegues atrair tanto maluco?
":O))))
«Condicionados às suas zaragatas de liliput, confundem a micção de Guliver com gafanhoteio criacionista do bando de micróbios rival.>»
e não se enxergam
ahahahahahah
tou com pouquissimo tempo, o' Dragao, mas nao resisti a ler e a exultar: abencoados sejam Spinoza e Nietzsche.
A partir das minhas leituras (muito menos exaustivas do que gostaria, mas um gajo tem de se desenrascar com o que pode): abencoados sejam Spinoza e Nietzsche, pois ambos foram essencialmente "imanentistas", construiram a sua filosofia sem recorrer 'a transcendencia.
A critica de Nietzsche 'a ciencia e' muito interessante por varios motivos: 1) e' cheia de humor; 2) e' criativa (por oposicao a reactiva) -- ele nao se opunha 'a ciencia, procurava isso sim um horizonte ainda mais largo ( o que e' natural pois o conhecimento cientifico e' extremamente limitado hoje, ainda mais n0 sec XIX); 3) o essencial da critica de Nietzsche 'a ciencia coincidia com a critica que tambem fez 'a religiao - na medida em que a ciencia se tornasse uma religiao de substituicao e uma actividade reactiva e dominada por forcas tristes (tal como a religiao,e aqui ate' acho qeu o Nietzsche e o Spinoza sao muito proximos e dai' ate' misturo as forcas tristes do S. com a analise da ma' consciencia que fez o N.)
Por fim, um ponto elementar: a questao de elucidar os mecanismos e a Hoistoria da evolucao natural das especies e' conceptualmente distinta de qualquer tipo de ideologias. E esta' claro: a quantidade de evidencia/dados que suportam a evolucao natural e' gigantesca. Existem milhentos livros sobre isso. A interpretacao das motivacoes dos cientistas e das suas teorias e' pertinente e p[ode ser fecunda. Mas e' muito dificil falsificar dados experimentais nas ciencias naturais pelo simples motivo que os dados estao disponiveis publicamente e existem sempre 'n' individuos muitissimo espertos 'a coca e sempre prontos a contestar imprecisoes, erros, ambiguidades,etc etc
MP-S
alias desde o Newton que a ciencia nao e' necessariamente e estritamente 'materialista' no sentido ingenuo de materia feito de 'tijolos' mais ou menos sofisticados: a lei da accao 'a distancia do Newton.
depois, o Einstein elucidou a gravitacao sem recorrer 'a accao 'a distancia.
mas fenomenos nao locais acontecem na mec. quantica, por exemplo. o fantasma ou a maquina? a ciencia, num certo sentido, demonstrou que nao existe maquina e so' la' deixou o fantasma. Dragao, meu, conforma-te, tal como os outros, es feito de atomos e de vazio!...
MP-S
O que vale é que a ciência não "para" nem vai "parar", independentemente dos argumentário. E as evidências acabaram por subterrar as parvoíces.
Dr. Agnóstico,
A ideia de que os católicos defenderam o criacionismo mas depois ganharam juízo é absurda. Nunca, mas é que nem mesmo nos primórdios do cristianismo, defenderam os cristãos que a terra tinha 6000 anos ou de que o mundo tinha sido de facto criado em 7 dias. Basta ler a abundante literatura dos padres da Igreja sobre o assunto, ou os escritos de Agostinho que versam precisamente sobre isso. A intepretação sempre foi alegórica. A zazie dá-lhe o tratamento completo a pedido decerteza.
O criacionismo é uma criação fundamentalista protestante do princípio do século XX. É isto é que ignoram quando se põe com esses alvoroços. Não tem qualquer consubstanciação na tradição cristã, e vem de fundamentalistas biblícos sem qualquer vínculo à história interprativa das Escrituras.
A resistência da Igreja Católica nem sequer alguma vez se situou no domínio das Escrituras ou da sua interpretação literal face ao Darwinismo. Isto é tentar ver na questão de Darwin uma reprise da questão de Galileu quando nada têm que ver uma com a outra. Para a Igreja Católica a questão era a dignidade do Homem e o esta poder ser abalada pelas ideias evolucionistas. Era uma questão doutrinária, de primazia do Homem, e não uma questão bíblica o que de facto nunca foi (para os católicos). A Igreja precisou de tempo para amadurecer uma concepção de Homem mais profunda que compatibilizasse a dignidade da pessoa humana com a teoria da evolução. Mas até aí caríssimo doutor, não foi só a Igreja, como toda a sociedade, como tão bem tem vindo a ilustrar o dragão nesta sequência de posts.
Não ficou publicado o que escrevi sobre o facto de a ciência, e força das evidencias ser mais forte que qualquer argumento por mais eloquente que seja, nem a censura poderá fazer o que quer que seja para alterar isso. Censure à vontade, é o máximo que conseguirá fazer, fique nessa ilusão, se lhe agrada, pelo menos, terá alguma utilidade.
Fica claro que o que eu tentei que ficasse aqui, não tinha linguagem ofensiva, agressiva, ou coisa do género. O que me admira é a censura em si. Só aplausos é que são bem vindos, nesse caso isto é um espaço que não é "honesto".
Ó anónimo,
mas julga que eu não tenho mais que fazer do que estar aqui de plantão aos vossos rutilantes depoimentos?!...
Mau mau, vamos com calma, sim?...
Quanto a não ser "honesto"...Com a bandeira dos piratas hasteada, estava à espera de quê, do "Barco do Amor"?...
«mas julga que eu não tenho mais que fazer do que estar aqui de plantão aos vossos rutilantes depoimentos?!.»
Isso contradiz a filtragem que faz,
indiciando de facto que não tem mais nada que fazer, contradição que é coerente com a sua afirmação de desonestidade.
Não era necessário esclarecer quanto a não ser "honesto".
Quem quer dar opiniões e as dá de forma desonesta, e confessa; mina logo a validade das mesmas. Portanto o que posta é mais para a ficção e romance.
BTA
BTA,
É a isso que eu chamo ter o sentido de humor duma anta e a inteligência dum menir.
Fosga-se dragão, até eu entendo o(a) BTA, iliteracia necessita-se.
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