quinta-feira, janeiro 19, 2017

Da exogenia antiga à endogenia moderna (rep)

Revisitando, muito a propósito da interessante conversa na caixa de comentários anterior, um postal de Maio de 2012...

«Mas escutai as misérias dos homens; escutai como, no começo, eram eles ignorantes e os tornei cientes e senhores da sua inteligência. Digo isto sem qualquer censura aos humanos, mas só para vos mostrar como nasceram do coração as minhas dádivas. No começo, eles olhavam e não viam, escutavam e não ouviam, passavam a vida alongada e néscia como sombra de fantasias. (...) Viviam em cavernas, nas eternas trevas dos profundos antros, como formigueiros fervilhando. Faziam tudo sem entendimento, até eu lhes ensinar o nascimento e o acaso das estrelas mais difíceis de avistar. Para eles inventei o número, suprema sabedoria, e a arte de juntar as letras, memória de todas as coisas e infatigável mãe das Musas.»
- Ésquilo, "Prometeu Agrilhoado"


Este, quanto a mim,é um dos textos mais espantosos e fascinantes da nossa cultura. Em primeiro lugar, dá-nos conta duma evolução inaugural que coincide com uma progressão efectiva: a mera matéria animal adquire uma característica humana - o cavernícula torna-se homem. Mas repare-se que não é apenas uma questão de um intelecto ou espírito que lhe é concedido - é uma sensibilidade, um entendimento e uma inteligência.  Quer dizer, é  o aparato completo do pensamento que a filosofia, durante quase três milénios, não mais cessará de avaliar e prospectar nos seus limites e realizações, aparato esse, pormenor ainda mais importante, que lhe permite uma autonomia existencial e uma elevação acima da natureza. Isto é, concede-lhe uma emancipação da matéria bruta e uma capacidade de atenuação das leis e voragens da necessidade. Afinal, a dádiva é uma dádiva divina, oriunda directamente do coração de uma forma de ser superior. E não é por acaso que Prometeu, para pagar a elevação do homem se veja ele próprio, por castigo, rebaixado à condição anterior daquele. E cá voltamos nós ao paradoxo: o preço da ascensão do Homem é a queda de um Deus. Episódio que, de certa forma, se repetirá mais tarde: quando também para resgate do Homem decaído, um Deus aceitará o Calvário e o suplício da Cruz.
Entretanto, esta ideia de dávida divina como ignição antropológica também está presente noutra das principais fontes do pensamento medieval. o Génesis. Aí pode ler-se: «então o Senhor Deus formou  o homem do pó da terra e insuflou-lhe pelas narinas o sopro da vida, e o homem transformou-se num ser vivo.»
De novo, a entidade divina intervém sobre a matéria bruta: conforma-a, ordena-a, anima-a. Este animá-la é, em simultâneo, dotá-lo de vida e de espírito (e note-se que no latim spiro significa respirar, como anima significa alma). Para Aristóteles, por exemplo, os animais são dotados de alma - e "animal" denota isso mesmo, algo que respira, que está animado -, mas apenas de uma "alma vegetativa", quer dizer, não possuem intelecto activo, sòmente dispõem de intelecto passivo. E não apenas os animais, alguma gente também (e não, não estou a ser sarcático: em rigor, no De Anima, Aristóteles demonstra isso mesmo: que os homens são [animais] racionais - melhor dizendo, lógicos-, mas nem todos são inteligentes. E é esta diferença fundamental  - e abissal, entre razão e inteligência, bem como respectivos objectos, que até aos dias de hoje todas as alforrecas intelectuas continuam, por paixão e impotência, a não discernir. Até porque a maior ambição da imbecilidade, tanto quanto a proliferação e o império,  consiste na hegemonia).
Bom, mas o que importa registar para o tema desta nossa demanda, é, em ambos os momentos fundantes, o carácter exógeno da especificação humana. Essencialmente, o Homem é obra de algo exterior à estrita matéria e à ordinária operação da natureza. O Homem é, bem distintamente, algo de extraordinário, de prodigioso, tal qual aparece descrito por Sófocles, na Antígona. "Muitos são os prodígios do cosmos, mas o antropos é o mais extraordinário de todos". Máxima que a tradição fundada no Génesis conduzirá a um extremo limite: "Deus disse: Façamos o ser humano à nossa imagem, à nossa semelhança..."
Ora, esta antropovisão reinará na tradição antiga e medieval, com cambiantes variadas, como veremos adiante. Todavia, chegados ao século XIX, o conceito de evolução terá sofrido uma revolução completa, e em vez duma antropovisão exógena celebrar-se-á uma antropovisão endógena: dum ser humano como mero resultado das operações naturais, súbdito não já de regras da ordem inteligível, mas de singulares leis da estrita função mecânica e, inerentemente, material. Ou seja, na origem, do homem, assume-se que nada houve que o elevasse ou enobrecesse acima dos outros seres vivos. Por conseguinte, à falta dum princípio superior, adoptam-se, por meios capciosos, princípios reles em cujo nome se autoriza a engendração de fins soberbos e sumptuosos: através da ciência (ela agora o novo - e usurpador imaginem de quem - prodígio dos prodígios) pode fabricar-se geneticamente uma raça pura de semi-deuses (arianos, judeus, anglosandeus, enfim, o que se queira e a hegemonia da macacada dominante do momento permita e patrocine). O extraordinário, doravante, não está mais no princípio: está no exclusivo meio e promete os mais prodigiosos fins. Só que a palavra que no grego traduz prodigioso - deynos - também significa "terrível", "funesto", "perigoso", "mau". E, como o século XX demonstrou à exaustão e o século XXI parece ainda ir provar com mais exuberância, nada de extraordinário ou digno de admiração prevaleceu.

...
PS: Dinossauro é uma palavra e um conceito cada vez mais sugestivo. Também ele era um "deynos" -um deynos-saurio (um sáurio terrível, assombroso)... À semelhança de Hamlet, deviamos meditar-lhe sobre as ossadas.

22 comentários:

marina disse...

Muito bom :)

E..

"Mas tenho contra ti que toleras Jezabel, mulher que se diz profetisa, ensinar e enganar os meus servos, para que se prostituam e comam dos sacrifícios da idolatria"

Está no livro do Apocalipse....cada vez acho mais que a Jezabel do Apocalipse é a ciência que se atreve a insinuar que a Natureza é defeituosa , pretendendo fazer Natureza artificial a martelo.

Anónimo disse...

Espaço e Tempo em maiúsculas, entenda-se.

Anónimo disse...

Fora de tópico.

Dragão, já conhece este documento, recentemente divulgado, da enxurrada de documentos confidencias da CIA?

https://www.cia.gov/library/readingroom/docs/CIA-RDP85T00875R001900030097-9.pdf

Phi

Anónimo disse...

http://leitor.expresso.pt/#library/expressodiario/19-01-2017/caderno-1/temas-principais/kissinger-sobre-os-capitaes-de-abril-soberbamente-organizados-e-bem-dirigidos

Anónimo disse...

Caríssima Marina,

como bem sabe sou um seu idólatra, belicosamente intolerante a qualquer outro tipo de idolatria.
Assim, o que quer que diga, escrevendo, para mim ganha automaticamente força de lei (ficando desde logo ferozmente avesso e hostil a qualquer outra legislação, toda ela de pacotilha e pechisbeque, em meu superlativo entender).

Dito isto, importa referir que há coisas da ordem da filosofia, coisas da ordem da religião e coisas da ordem da ciência. Só a primeira tem o direito cósmico e o dever sagrado de meter o bedelho em todas. A ciência pode e dever ser séria, tal qual a religião. Quando assim não acontece, quando a ciência arma à religião, ou a religião se degrada a ciência, ambas incorrem na mesma figura: superstição.

Por conseguinte, enquanto superstição, a ciência, de facto, oscila entre a Jezebel e a meretriz da Babilónia (caso não se tratem da mesma pessoa). O que, mais uma vez, só atesta da beleza do seu lindíssimo intelecto activo.

Um seu criado,


Dragão

Anónimo disse...

Quanto ao "E..."

O postal acima faz parte duma série intitulada "Introdução ao Paradoxo".
Basta escrever no motor de busca do blogue, que eles aparecem.

Dragão

Anónimo disse...

Phi,

não conhecia e agradeço-lhe o alerta, pois são de interesse.

Dragão

marina disse...

oh , e não é que encontrei a explicação pró défice de 2.3 do Costa ? :)


http://dragoscopio.blogspot.pt/2012/04/7-lei-da-ratafisica-desantropologica.html








Ricciardi disse...

A mitologia expressa nas fabulacoes de eminentes escritores, embora esteticamente apreciável, não adiciona à substância coisa alguma.
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Os cientistas produzem robôs à nossa semelhanca. Num grau de inteligência ainda abaixo da nossa, alguns robôs já decidem por eles próprios, inovam e, sobretudo, aprendem com os erros.

Não sei, contudo, se têm consciência de si mesmos.
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Na verdade é extremamente difícil um humano perceber se está a falar com outro humano ou com uma máquina. Nos testes efectuados às cegas 60% das pessoas achavam estar a dialogar com um ser humano.
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A primeira grande conquista nesta matéria foi dada pela IBM no seu famoso software de xadrez deepblue. Pela primeira vez um computador venceu o campeão de xadrez. Ao ponto do campeão achar que a máquina tinha que ter tido ajuda de humanos durante a partida. Não achou possível o computador inovar, fazer bluff, autosacrifucar peças. Mas foi.
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Especialistas na matéria afiançam que a alma descrita nas bíblias é fruto de traduções mal feitas. Onde se lê alma deve ler-se consciência.
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Seja como for, Aristóteles detectou bem a coisa quando afirma que os animais têm alma. Que não é um exclusivo do homem. Ele viu bem a incongruência em dizer que a alma é coisa exclusiva do homem. Se assim não fosse não se perceberia o momento em que o homem passou a ter alma.
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Quer dizer, se o homem é evolução duma espécie específica dum macaco e se este não tem alma, então deve haver um momento na evolução em que a alma entrou no homem.
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Esse momento fica então ligado à inteligência. Com um certo grau de inteligência há alma. Não atingido esse grau não há alma?
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A alma seria portanto um estado de consciência que só se adquire com alguma inteligência.
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E o que esta merda tem a ver com o post?
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Tem tudo a ver. Deus não insuflou a alma por ter resolvido criar a hunanidaee. Deus criou todas as coisas de supetao. O homem é apenas um dos efeitos das coisas criadas.
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Não faço ideia se ele tem Amor ou não pela humanidsde. Deve ter o mesmo que os cientistas têm quando criam robôs.
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Rb

marina disse...

a teoria da evolução cada vez mais me parece uma treta. que viemos do macaco não acredito de maneira nenhuma. que já houve mais civilizações humanas que se autoextinguiram cada dia me parece mais possível , à la mode dos aztecas , que dizem que vamos na 4º ou 5º humanidade , não me lembro . ( a raça do ferro ? Hesíodo, "Trabalhos e Dias" . li os postais , pois )


o que distingue o homem dos outros animais é o controle dos instintos. e é o grau em que controlam os instintos ( tipo inveja , ciúme , sede de vingança , gula , ganancia , emoções básicas , etc) que depois distingue os homens uns dos outros . de aí haver tanta besta humana :)

Ricciardi disse...

Marina, a evolução dos corpos não é treta alguma. É algo perfeitamente assente e consensual. A arqueologia, as ossadas etc, comprova-o.
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O que se pode pôr em dúvida é apenas uma coisa. Porque razão uma, e só uma espécie de animal logrou evoluir em inteligência e as outras não.
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A teoria da evolução não explica porque a inteligência só evoluiu numa espécie de animal da qual deveio o homem. Explica a evolução dos corpos, mas na explica a inteligência que apenas uma espécie obteve.
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Porque, vejamos, todos os animais tiveram de lutar pela sobrevivência e adaptar-se. Mas só uma espécie específica evoluiu em inteligência.
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O leão continua leão. O elefante continua com a inteligência do mamute...
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Não ha espécie alguma que possamos dizer que é um ser inteligente. Provavelmente nenhum tem consciência de si próprio.
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O único foi uma espécie específica de macaco.
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Esta constatação pode explicar e corroborar ideias religiosas de intervenção alheia ou divina. Quer dizer, Algo ou alguém interveio na evolução e terá plantado a semente da inteligência numa espécie de macaco. Os religiosos acreditam que essa semente foi colocada por Deus. Deus terá insuflado nas narinas dum macaco a vida (alma/consciência). Outros crêm que se tratou de intervenções alienígenas em modo de experiência e que terão selecionado uma espécie alterando o seu adn para que essa espécie pudesse ganhar inteligência.
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Seja como for, parece-me evidente que há intervenção exterior na cadeia de evolução daquele macaco específico do qual proveio o homem. Se essa intervenção é produto duma intervenção de extraterrestres ou de Deus criador não sei. Não faço ideia. Por agora são duas teorias plausíveis até prova em contrário. Ou, se quiseres, uma questão de fé. Fé de que acha que é intervenção de Deus. Fé de quem acha que a intervenção é duma inteligência não divina.
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Rb

marina disse...

a ciência engana-se constantemente . a unificadora teoria das cordas , que dava um jeitão , está a ser posta de parte , por exemplo. não é uma teoria científica , não pode ser testada. a da evolução também não pode ser testada...é apenas uma hipótese , não uma teoria científica.
e hipóteses sem validação eu também posso formular as que quiser , posso dizer que essas ossadas são de humanos que de alguma forma se salvaram de algum cataclismo e regrediram , como aquele rapaz que foi criado no galinheiro e cacarejava e dava aos cotovelos :)

Ricciardi disse...

Bem, não é preciso grandes teses. Basta saber que partilhamos 98% do código genético com alguns macacos para se perceber que há uma comum. Também não é preciso provar aquilo que a arqueologia descobre. A prova está lá, enterrada por milénios. Se descobres ossadas e as podes datar pelo método do carbono 14, concluis que há animais cujos corpos evoluíram lentamente. Darwin não tinha estes testes e por isso errou nalgumas conclusões. Mas hoje temos. Não há dúvida alguma relativamente ao assunto. Não há porém certezas milimétricas acerca das datas. A ciência evolui e vai melhorando as datacoes.
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Por fim, a genética veio colocar um ponto final na polémica. Podes rastrear populações e perceber os movimentos migratórios do passado. Porque migram e cruzam-se com outros adquirem genes e fornecem genes e isso dá um mapa muito bom acerca do passado.
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Rb

Ricciardi disse...

Qto à teoria das cordas. Pois é uma teoria, não é uma certeza científica. Se fosse uma certeza não se chamava teoria, chamava-se Princípio das Cordas.
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Rb

marina disse...

o que eu concluo é que desde que há notícias nenhum animal evoluiu...( vão-se extinguindo , uns atrás dos outros , ultimamente a uma velocidade espantosa ) ora , aplicando umas probabilidades à coisa diria que é muito provável que não houvesse evolução nenhuma :)
por outro lado , numa geração , dado a melhor alimentação , os meninos portuugueses estão muito mais altos . e ceguetas. ora , deviam crescer só daqui por uns milénios e deviam começar a adaptar a vista aos pc e assim , non?

e o rhesus negativo ? veio donde ? não fazem ideia , os geneticistas xpto.

muja disse...

A teoria da evolução também é só uma teoria, ó filósofo da cubata...

E não está nada comprovada. Antes pelo contrário. Naquilo que é possível verificar empiricamente, as sucessivas variações da teoria têm feito previsões que não se confirmaram. Nomeadamente no que respeita à chamada explosão câmbrica, em que surgiram inúmeros fósseis completamente novos e sem ligação com o passado.

A teoria da evolução previa um registo fóssil contínuo e gradual que reflectisse a especiação. O que há, na realidade, são saltos súbitos e radicais no registo fóssil como o desse período.

A ciência não tem certezas ó bacoco.

A teoria da gravidade também é só uma teoria. Não é a mesma coisa que a gravidade em si, que é aquilo que se pretende explicar. Tal como a teoria da evolução pretende explicar as espécies. Temos a certeza que a gravidade existe e que as espécies existem, mas a certeza acaba aí.

A teoria da evolução pode ser, e é, um modelo útil para explicar certas adaptações ao meio, mas está muito longe de explicar satisfatoriamente a diversidade de seres vivos, o que, suspeito, não pode ser dissociado da questão da origem da vida; e que, além disso, provavelmente não poderá ter uma explicação exclusivamente material e mecânica, visto haver aspectos essenciais à vida que são manifestamente imateriais, e não só nos homens.

E, de qualquer maneira, já sofreu tantas alterações que chamar-lhe teoria da evolução é quase fraudulento. Praticamente, a única coisa que sobra da teoria original é o mecanismo de selecção natural.


muja disse...

E outra coisa: é falso que os robots cometam erros.

Os únicos erros que cometem são aqueles para os quais os programadores humanos (inadvertidamente) os programaram. Fazem exactamente aquilo para o qual foram programados, ainda que isso não seja exactamente aquilo que se queria programar neles.

Não há robots que aprendam, tal como não há computadores que aprendam.

Não há robots inteligentes, excepto para uma acepção trivial da palavra inteligente.

Dizer que há robots inteligentes é o mesmo que dizer que os autoclismos são inteligentes porque sabem cortar a água quando estão cheios.

Um mecanismo de retro-alimentação sofisticado não deixa de ser um mecanismo de retro-alimentação.

Ricciardi disse...

A ciência não conclui da forma com tu concluis. A ciência conclui quando pode testar e experimentar. A lei da gravidade já foi uma teoria.
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Arquimedes concluiu uma lei porque testou uma tese na banheira dele, tese essa formulada numa pergunta dum rei. Afinal de contas como sei eu que o Kilo de ouro que dei ao ourives está integralmente usado na coroa de ouro que lhe mandei fazer.
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Isto não vai lá por palpites, do tipo Mariano. O rei quer saber se o ourives utilizou o ouro todo fornecido e nao aquilo que a marina acha que ele utilizou.
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Rb

muja disse...

E qual é essa "lei" da gravidade, ó bacoco?

É a que diz que a gravidade é uma força instantânea ou que é a curvatura do espaço-tempo?

Palpites dás tu. Sabes lá do que falas...

Já cá tínhamos o cavernícola doutor da mula ruça , agora regressou o machambeiro feito cientista. Não tarda dá para abrir universidade...

marina disse...

o Muja já respondeu...a ciência quis dar uma resposta simples a algo muito misterioso.
os esquimos não estão cobertos de pelo , tipo yeti , porque? nem há notícias que estejam a desenvolver pelagem :) . não se percebe , era uma grande vantagem evolutiva :) :) :)

Anónimo disse...

muja, parece que se precisa de actualizar. Os autoclismos de agora, educam-se na internet, formam conclusoes acerca do pessoal que veem cagar a sua frente e personalizam o seu servico de acordo com o utilizador.

E um bocadinho mais que retro-alimentacao. No entanto pergunto, e o ser humano, tambem funciona com um mecanismo de retro-alimentacao?

muja disse...

Depende do ser humano... Há uns que parece que sim.

Aliás, até havia um que era famoso por isso, cá no burgo...