quinta-feira, maio 12, 2016

Patocracia e glaucofobia




Aqui há anos, teci umas elucubrações acerca dum artigo que, penso, não cheguei a publicar aqui. Surgiu agora um outro textículo que, como percebereis de seguida, me fez lembrar o caso. É como se segue...



Num artigo intitulado "The twilight of the psychopaths", o Dr. Kevin Barrett, no decurso duma gimnologia curiosíssima, chega a um conceito que já me tinha ocorrido: a Patocracia. Um mundo, logo por azar o nosso, regido não exactamente por aves palmípedes mas por psicopatas inatos e profissionais. Seria até divertido, este vislumbre, se a própria realidade actual não andasse todos os dias a corroborá-lo. Começa a ser um facto evidente para qualquer indivíduo semi-lobotomizado: na nave espacial Terra, barricaram-se psicopatas no cockpit.

Mas uma coisa é um facto, outra, substancialmente diversa, aquilo que se tenta extrair ou destilar dele.

Ora, o que o bom doutor decanta deste deplorável mas inelidível facto são deduções e peregrinações ainda mais deploráveis. Porque o facto, sendo mau, ao menos é real. Enquanto as extrapolações, sendo delirantes, tornam-se péssimas, porque induzem em erro e extraviam o incauto.

Atente-se nos três principais pressupostos de Barrett:

1. A humanidade divide-se em psicopatas e normais;

2. A civilização tem sido, nos últimos 8.000 anos, obra de psicopatas (e baseia-se na guerra e na escravidão devidamente mistificadas);

3. A salvação está no "conhecimento/saber" (knowledge) - graças ao "conhecimento" os normais poderão desmascarar os psicopatas e, concomitantemente, vencer a sua opressão.

Isto revela, entre outros vícios mentais, a) um holoparonismo; b) uma crença no iluminismo tecnoeficiente; c) uma fé num progressismo redentor; d) uma desculpabilização antropo-histórica. Por holoparonismo entenda-se um totalitarismo do presente, ou seja, uma sujeição completa do tempo e da História às categorias do presente: o mal deste alastra e contamina todo o passado e condiciona e implica todo o futuro (o mal vem sempre do passado). Por crença no iluminismo tecnoeficiente, entenda-se o crédito desmedido e delirante nas ferramentas racionais da espécie humana. Por fé num progressismo redentor entenda-se a cega pretensão religiosa no positivismo cronológico (o bem aguarda-nos no Futuro). Por desculpabilização antropo-histórica entenda-se a pesquisa da culpa em factores externos ao ser humano, cuja inocência original e intrínseca se presume (económicos, políticos, psicopáticos). Em resumo: estamos diante dum pensamento típico de "esquerda".

Mas será a única coisa em que eu e o bom do dr. Kevin concordaremos: que há uma patocracia governante (cada vez mais centralizada à escala planetária, acrescentaria ainda eu). No resto, as premissas e conclusões do Barrett não se aguentam.

Eu explico porquê.
Esta tese é um pouco a fábula do "bom selvagem" recauchutada. Enriquecida com o "mau selvagem", o psicopata primordial. O bom selvagem queria viver em paz e harmonia, à maneira do proto-hippie, mas o mau selvagem estragou tudo, criando a civilização, através da guerra e da escravatura. Resolve o problema da queda do "bom selvagem". Afinal, não caíu: rasteiraram-no. Têm andado a empurrá-lo E assim têm passado oito milénios juntos: um dar cabo do outro. Por esta altura do campeonato, os psicopatas reinantes só temem uma coisa: o conhecimento. Que permitirá aos normais desmascará-los, acredita o bom doutor.

Ora, o facto é que aqueles a quem ele chama psicopatas, e que são psicopatas de facto, na verdade não são outra coisa que pessoas normais com Poder. Se, por uma qualquer faculdade taumatúrgica, substituísse os actuais psicopatas por pessoas normalíssimas e benigníssimas como ele, não demoraria nada a termos ou uma patocracia ainda mais cínica e sonsa, ou um caos que geraria a galope outra patocracia ainda mais furiosa e desabrida. Basta lembrar aquela soberba nomenclatura que, após 1917, se incrustou na Rússia; ou, para sermos ainda mais prosaicos, a actual hagiarquia burrocrata que fustiga cinicamente, em ritmo galopante, a velha Europa. Cito por exemplo, e bem a propósito, um indígena nacinhal emblemático: um tal de Durão Barroso. Trata-se apenas dum imbecil ou dum psicopata? Um perfeito imbecil. Mas que uma vez entronizado ou investido de alto cargo eis que se converte num estremoso psicopata. É forçoso que o Poder metamorfoseie qualquer indivíduo em psicopata? Não; mas é certo e comprovado que, quanto mais imbecil, maior a potencialidade e a receptividade ao kit. Aliás, neste aspecto, a imbecilidade e, acrescente-se, a bestialidade. Como, de resto, o Marquês de Sade, tão bem e tão meticulosamente explica.
A verdade é que aquilo que ergue as civilizações não é aquilo que as mina, corrompe e, por fim, arruina. A decadência surge, instala-se e avassala precisamente quando os psicopatas alcançam o império, ou seja, quando a imbecilidade e a bestialidade ascendem ao trono (foi assim com os gregos, foi assim com os romanos, foi assim com os russos, foi assim com os ingleses e é cada vez mais assim com os americanos, só para elencar os casos mais faustosos da história Ocidental).
Demais, toda esta peregrinação (não sei se ingénua, se apenas imbecil) do gentil Barrett, tem um corolário actual muito mais explícito e "directo ao assunto". Um corolário que se traduz numa redacção:
«“If you are a white male, you don’t deserve to live. You are a cancer, you’re a disease, white males have never contributed anything positive to the world! They only murder, exploit and oppress non-whites! At least a white woman can have sex with a black man and make a brown baby but what can a white male do? He’s good for nothing. Slavery, genocides against aboriginal peoples and massive land confiscation, the inquisition, the holocaust, white males are all to blame! You maintain your white male privilege only by oppressing, discriminating against and enslaving others!” - Professor Noel Ignatiev, a tenured professor at Massachusetts College loudly proclaimed to his class last Monday, his final teaching day before retirement.»

Quem é Noel Ignatiev? Ora, ora... Não conhecem?... O mais engraçado é como ele ascendeu a professor em Harvard.

PS: E afinal há um ódio que é todo ele puro, filantrópico  e angélico: o ódio ao branco.



7 comentários:

Anónimo disse...

Um pode ir preso porque se entende que o cão faz a saudação nazi, mas este Ignatiev diz estas alarvidades e todos aplaudem. Realmente não há pachorra.

marina disse...

vê-se logo que o homem não estudou as invasões árabes , vê-se que também nunca ouviu falar da Euroásia , de Átila ou de Genghis khan . nem sequer ouviu falar do Mao , que é tão recente . e devia ir de férias a Africa apreciar os pretos a matarem-se uns aos outros por causa duma galinha ou qualquer coisa parecida.

Anónimo disse...

Este energúmeno, é ele também branco. Ou será que não?

Adivinha: A que classe especial de energúmenos a que pertence este?
Dica: Tem d'usar lenço a toda a hora, senão fica com aspecto daquilo que realmente é - um escarro com cabelo e pernas.

É "branco" por fora e negro (não confundir com os africanos) de ódio, rancor e arrogância por dentro.

Este branco maléfico que ele descreve é exactamente o que ele representa.

E ele tem razão , é com o conhecimento que as pessoas venham a ter sobre gente como ele que fará toda a diferença.

Anónimo disse...

Adivinha: A que classe especial de energúmenos é que pertence este?

Anónimo disse...

Perdão , ao pequeno equívoco:

O Barret é claramente um imbecil ou então um sado-masoquista que se odeia a si próprio.

A adivinha é para o Ignatiev.

Todo o resto aplica-se aos dois.

V disse...

O Dragão acertou em cheio, psicopatas passivos andam por aí aos montes.
Ocupam quase todos lugares de poder e destaque. As tais "pessoas normais".
Mas como são cobardolas e não se dão ao 'acto em si', passam a vida a infernizar a vida dos outros.
Até há por aí, salvo erro na uni. de coímbra quem estuda esse fenómeno.

Estes espécimes do texto são paradigmas da aberração desta civiliza-cão ocidental. Pena que os psico-activos sejam tão poucos e não lhes terminem com a tormenta de existirem como brancos.
Cá tenho nomes para eles:
1º - Completo imbecil (no mínimo); 2º - Completo filho da puta (e dê-lhe um lenço para se assoar, Lool).

lusitânea disse...

Eu ainda tenho fé que da "raça eleita" vai sair um teorizador que agora defenda o branco e a descolonização da Europa segundo as vias africanas...