sábado, outubro 03, 2015

Paga quem deve, manda quem pode



Eu já uma vez aqui o referi: o total do efectivo das Forças Armadas Alemãs é ligeiramente inferior ao grosso do efectivo americano estacionado na Alemanha.  É por isso que a Europa pia fininho e do as they told. O Pós-45, reforçado pelo pós-90, defeca de alto.

7 comentários:

Zephyrus disse...

Há uma jogada que ainda não percebi.

O Churchill defendia a Europa unida mas não queria o Reino Unido lá dentro.

O Cameron prometeu o referendo para travar o crescimento do UKIP mas lá no fundo quer que o RU fique, caso contrário os prejuízos para a City serão brutais, e além do mais o país está muito dependente das importações da Europa Continental.

Entretanto começam a minar o Cameron com aquelas notícias dos rituais.

Hoje o Telegraph vem com chantagens com Bruxelas e promessas de saída. Está visível que o grosso da comunicação social «controlada» está já a fazer a campanha para manipular o eleitorado para votar não à UE.

Ou seja. A UE é muito boa mas é para os outros.

Mas caso abandonem a UE quero ver como vão engolir o sapo de perder a Escócia e de ficarem com um problema ali ao lado na Irlanda do Norte.

Agora olhando para a História.

Portugal está a alinhar-se pela primeira vez com a Europa Continental e não com o Reino Unido!

Se nos próximos meses a CNN e companhia não se calarem com Calais e se pelo meio houver um ou mais atentados na Europa daqueles bem estranhos em que o suposto assassinado é baleado na hora antes de falar... então ficará tudo bem visível para quem souber ver.

Anónimo disse...

Expliquem-me como, após a Primeira Guerra Mundial e após a criação da Sociedade das Nações (a ONU da época) que fiscalizava a Alemanha para não ter forças armadas mas somente forças policiais, o Reich alemão construiu e guardou milhares de tanques e milhares de caças Messerschmidt. As motocicletas com sidecar (que todos vimos nos filmes) eram canja; eram veículos civis.
Que dos aparelhos comerciais da Lufthansa se fizessem os grandes aviões bombardeiros (tiravam-se os assentos para passageiros e colocavam-se a parafrenália militar)também eram canja.
Difícil foi construir e esconder os bombardeiros Stuka.
As balas, netralhadoras, pistolas, granadas, morteiros, etc. eram trabalho de merceeiro.
Tal como, recentemente, no Iraque, ninguém viu nada. Mesmo os inspectores da Sociedade das Nações.

Quem estava financiando o Reich eram os Alemães ricos e os Judeus ricos. Estes piraram-se para os EUA quando perceberam que o Mein Kampf era para ser levado a sério.

Only two things are infinite, the universe and human stupidity, and I'm not sure about the former. Albert Einstein

Zephyrus disse...

«Eu acho q os portugueses responderam a salazar como bem sabem fazer. Emigraram. 2 milhões de Portugueses basaram durante o Estado Novo. Deviam gostar muito de viver nele. Oh se gostavam.»

Caro Ricci.

Isto é demagogia.

Os portugueses emigraram por múltiplas razões. E o Salazar não teve culpa nenhuma.

Você não conhece o país.

Josephvs disse...

Q las hay las hay :)

http://liceu-aristotelico.blogspot.ca/2015/10/admiravel-mundo-
novo-i.html

Josephvs disse...

Read the comments as well :)

http://news.yahoo.com/troubles-us-trained-rebels-familiar-problem-190218772.html

muja disse...

Zephyrus,

não é a primeira vez que Portugal desalinha com a Inglaterra neste tipo de coisas. E sempre que o fez correu-lhe mal.

A razão é simples: como países essencialmente marítimos, é natural que coincidam os pontos de vista e as conveniências em certos planos. A nós dá-nos (dava-nos?) jeito uma marinha poderosa a manter-nos o mar aberto e a eles dá-lhes jeito a nossa costa para a lá fundearem.

Embora, a bem dizer, a razão pela qual nos lixamos normalmente é porque ou nos imiscuímos nas rivalidades das potências continentais, ou destas com a Inglaterra, e/ou porque não temos capacidade suficiente - moral, económica e militar - de impôr a nossa neutralidade - que por norma é sempre o que nos convém.

E depois o resultado é sempre, sempre, sempre o mesmo: as potências resolvem as suas querelas e reequilibram-se à nossa custa.

Escusado será dizer que, desta vez, estamos metidos nela até ao pescoço. Por força das circunstâncias não podemos obviamente ser neutrais nesta questão. Embora eu ache que, na dúvida, é fazer como quem sabia: assumir uma atitude de maior neutralidade possível, dentro das obrigações que nos cabem por pertencer à UE, e apoiar e encorajar discretamente os tipos a sair.

Se eles saírem, já temos por onde sair também, e restabelece-se o estado natural do continente porque eles não vão ficar quietos. Nunca toleraram nada que se parecesse com uma união europeia e se o fazem agora é porque também fazem parte - podendo evitar, agindo no interior, que a coisa tenha eficácia suficiente para os ameaçar e por causa da relação especial com os EUA.

Eu também não entendo muito bem a razão para eles saírem a não ser que se verificasse uma, ou todas, das seguintes condições:

- eles sabem alguma coisa que nós não sabemos e pressentem ou sabem que a UE tem os dias contados, para o bem ou para o mal: não me parece que lhes convenha qualquer evolução com eles dentro, seja em que sentido for: desagregação ou federalização.

- eles sabem ou pressentem que a influência e a capacidade dos EUA está a regredir, tanto na Europa como no Mundo, e pensam em por as barbas de molho à cautela.




muja disse...

Ó anónimo, as fiscalizações eram muito relativas porque os "demos" estavam numa de apaziguamento e deixaram correr o marfim.

Em qualquer caso, os alemães só se mobilizaram a sério para a guerra no começo de 39. E sabemo-lo porque quem no-lo diz é o Hjalmar Schacht que foi presidente do Reichsbank antes e durante os nazis até ao fim de 38. E ele diz que saiu porque se recusou a financiar o Estado, dizia ele que por causa da inflação, que precisava do dinheiro para se rearmar e mobilizar e o Adolfo, fiel a si mesmo, mandou-o passear e disse que o banco central ia financiar sim senhor. E financiou. E a inflação chegou... depois da guerra.

Esse sujeito Schacht penso que terá sido dos poucos - senão mesmo o único - a ser julgado em Nuremberga e a sair absolvido.