quarta-feira, março 03, 2010

Liberdade de Expressão - V. Formatação do entulho (um breve e banal exemplo)


Acabo de tomar conhecimento com a Gailivro. Conforme a própria se autoproclama, no seu sítio internético:

«Nascida em 1987, a Gailivro especializou-se, inicialmente, na produção de manuais escolares. Com presença forte no 1º ciclo do ensino básico, expandiu gradualmente a sua actividade para material didáctico, paraescolar e edições gerais.
A editora assumiu um compromisso com a publicação de livros infantis e juvenis de alta qualidade e com a promoção de autores nacionais, especialmente os mais jovens. Em 2007 reforçou a sua posição como uma das principais editoras de livros no segmento do Fantástico e da Ficção científica.
Em 2009 assume a liderança do segmento do Fantástico onde continua a editar os grandes nomes e os novos valores nacionais e internacionais. No segmento infanto-juvenil posiciona-se como uma editora socialmente responsável publicando obras que pretendem não só entreter como também ajudar os mais novos a integrarem-se no mundo que os rodeia.»

Retenham sobremaneira a última frase, que aproveito para repetir: "No segmento infanto-juvenil posiciona-se como uma editora socialmente responsável publicando obras que pretendem não só entreter como também ajudar os mais novos a integrarem-se no mundo que os rodeia."

Registaram?

Agora, toda essa excelência cultural e pedagógica traduzida na prática:
«A Gailivro vai editar nos próximos meses os principais livros tendo como zombies os principais personagens. Tudo começa este mês, com «Guerra Mundial Z» (veja aqui o booktrailler), de Max Brooks, filho de Mel Brooks (já em fase de adaptação ao cinema por Marc Forster, realizador de «Quantum of Solace»).Os zombies substituíram na literatura fantástica mundial os vampiros. Depois de «Guerra Mundial Z», a Gailivro pretende publicar «Orgulho e Preconceito e Zombies» (Maio), de Seth Grahame-Smith, a versão zombie do clássico de Jane Austen, e «Floresta de Mãos e Dentes» (Junho), de Carrie Ryan.»

Estão a ver? Ainda há empresas sérias, socialmente empenhadas e culturalmente responsáveis. Como a Gailivro... Genuinamente devotada a - nunca olvidemos! - "ajudar os mais novos a integrarem-se no mundo que os rodeia".




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