Os venenos mais eficazes são aqueles que são impingidos com a embalagem de remédios.
E é o triunfo da porcaria. Liliput prestes a coroar-se Babilónia.
Depois da redução a macaco com Darwin, o Homem converteu-se à secretaria do bandulho, com Marx, e à contemplação da pilinha e do buraco da fechadura do quarto dos pais, com Freud.
Resolvido o ódio a Deus, tratou-se do ódio ao Homem. A inimizade e o ressentimento foram injectado na sociedade, com a zaragata de classes, e na família, com a rixa de gerações e de sexos. A esquizofrenia social e a esquizofrenia mental em acção. Fender e fragmentar para reinar. Perverter para manipular. Cavilesa óbvia: a única forma que os anõezinhos dementes, os homúnculos rasteiros têm de sobressair é fazer com que todo o resto se prostre, se abata e vermine. Um medieval disse sobre a sabedoria do seu tempo: "somos anões aos ombros de gigantes"; e eu constato na sofística torcionária do meu: "são piolhos na cabeça de anões que defecam sobre a cabeça de gigantes assassinados!"
É nisso que ainda vamos: na Morte do Homem.E é o triunfo da porcaria. Liliput prestes a coroar-se Babilónia.
17 comentários:
os venenos mais eficazes são aqueles que nós acreditamos que não são venenos, mas sim poções mágicas... venham em que embalagem vierem.
belo texto.
(…O que ainda não está resolvido é o “ problema” dos venenos da Idade Contemporânea)
Mas é simples, digo-vos eu, este vosso Irmão mais velho. Tudo isto foi obra de manipuladores, que vieram estragar a Grande Harmonia que o homem desfrutava. Em vez de aceitar o seu destino, eis que Ecce Uomo desata em rixas e zaragatas (só quer habitar o seu corpo, só pensa em comer e em foder).
Caros irmãos, não vos deixeis cair em tentação! Em venenos que vos conduzam à droga, loucura e morte. Embelezai-vos, perseverai na procura da virtude.
E Sodoma, agora que o rebuçado, que nada custa, vai ser dado aos panascas e lésbicas esse poderoso lóbi que em primeiríssimo lugar foi denunciado pelo homem do charuto, de Aveiro...
«(só quer habitar o seu corpo, só pensa em comer e em foder).»
Para habitar o corpo pede crédito à banca; e "comer e foder" até nem seria mau de todo: o pior é que só caga. Vem-se pela cloaca, que lhe serve simultaneamente de sexo, de esgoto e de boca. É o chamado neo-cagão. Ou neo-apagão. Das ideias. E dos testículos. Como, de resto, esse comentário é manifestação emblemática.
Ó dragão
Que é que andas a snifar?
"Depois da redução a macaco com Darwin, o Homem (...)"
Sr. Dragão! Vexa. mortifica-me com dúvidas que lança sobre o meu espírito. Eu explico. Não ponho a menor dúvida no acerto do evolucionismo darwinista, pelo menos até ter provas de que haja explicação melhor. Como li recentemente, fósseis de coelho em estratos câmbricos servir-me-iam sobejamente como prova; já argumentos tirados do Aristóteles ou de qualquer outro filósofo ou teólogo, antigo, medievo ou moderno, adiantam coisíssima nenhuma à questão.
Dito isso, não reduzo o Homem a macaco nenhum (e nem falo do facto de a maior parte dos meus colegas de espécie dever considerar a equiparação como uma ampliação, nunca uma redução...).
Ora, temo detectar neste seu escrito, e agora que penso nisso juntando-o a outros recentes, alguma simpatia para com o criacionismo, puro e duro (como artigo de fé não oculta) ou disfarçado de "criacionismo científico" (hahahaha). Pelo menos os argumentos revelam coincidência parcial e então essa boca do homem e do macaco lembra logo o Sr. bispo de não sei onde a perguntar ao Huxley se era da parte da mãe ou do pai que descendia de macacos...
Esclareça-me, por misericórdia: é defensor do criacionismo?
Aproveito para transcrever aqui um comentário que deixei alguns comentários mais abaixo, mas que certamente lhe escaparia.
Com os melhores cumprimentos,
Kzar
Essa diatribe de a ciência não ter por finalidade saber "o que as coisas são" mas "apenas" "aquilo para que as coisas servem" é um mero jogo de palavras, velho e relho e usado recorrentemente à laia de argumento no conflito entre racional - irracional, de que em meu entender a guerra religião - ciência (conflito que persiste, e cada vez mais intenso, contrariamente ao que frequentemente se tenta fazer crer) é apenas uma de muitas dimensões, ainda que porventura a mais importante.
Com argumentos desses já se tem esgrimido, por exemplo, a favor do criacionismo e seu ensino nas escolas, ou, paralelamente, a proibição do ensino do evolucionismo darwinista.
Para uma crítica judiciosa e clara do valor de semelhante argumento, em termos de que eu não seria certamente capaz, aconselho a consulta de Richard Dawkins, em "A desilusão de Deus", recentremente editado entre nós pela benfazeja Gradiva (colecção "ciência aberta").
O Sr. Dawkins terá certamente defeitos, o menor dos quais não o de ser amigo de todas as horas da esquerda pós-moderna e relativista, e isto nem falando de certas más companhias a que se prestou em matéria de actividade político-ideológica actual (refiro-me à posição tomada acerca da invasão do Iraque e das pouco recomendáveis figuras com quem a esse propósito fez infausto coro); mas estúpido é que não é, e leva muitos anos a combater o disparate fundamentalista religioso.
Note que em tudo o mais, e como é hábito, concordo firmemente com a sua apreciação.
Ainda assim, uma interrogação mais:
Quem usou a expressão não foi Isaac Newton ("se vi mais longe, foi porque subi aos ombros de gigantes", teria dito, com falsa modéstia, o grande génio)?
Caro Kzar,
em síntese, por agora, pois estou com pouco tempo:
1. Pode Vexcª discordar à vontade pois concedo-lhe crédito mais que bastante para isso.
2. A criacção é um mito. Tal qual o Big Bang é um mito. Ou a macacada seminal. É de mitos que vivem as religiões. No que concerne à dicotomia ciência/religião, permita que me cite (de memória): «A Ciência e a Religião são formas de explicar o Mundo. A Ciência complica, a religião simplifica, ambas efabulam."
3. Quanto à expressão em causa, esse tal Newton é anterior ao século XII?...
:O)
PS: Os livros de filosofia, ao contrário do Dawkins, não são fáceis.
A Ciência e a Religião são formas de explicar o Mundo. A Ciência complica, a religião simplifica, ambas efabulam
claro, melhor que a ciência e a religião é a coca da boa
timshel
O Big Bang não é nenhum mito, sr. Dragão. As galáxias estão mesmo a afastar-se desde o início do Universo. Como dizia Einstein: o incompreensível do Universo é que nós podemos compreendê-lo!
O Big Bang aconteceu mesmo?
Como foi possível ter-me escapado uma notícia dessas?
Ando eu a mamar todas as noites os telejornais todos, a ler, religiosamente, o Metro, o Destak e o Global todos os dias, clico diariamente no diariodigital, no diario de notícias e noutros diários, vejo o Marcelo todos os Domingos, não falho nenhuma breaking news da CNN, venho aqui ao dragoscópio de hora a hora para não me escapar nada e, de repente, sou surpreendido por um gajo a dizer que houve mesmo um Big Bang...
Ó meu homónimo anónimo que me antecedes, se foste um dos felizardos que leu ou que viu a reportagem em directo, explica-me lá tim-tim-por-tim-tim como é que a coisa se deu para eu não levar rodas de burro de ninguém!
Foi a que horas? Quantas vítimas é que causou? Já alguém reivindicou o atentado? E o Bush, ainda não reagiu?
O big-bang foi o Supremo Arquitecto a esporrar-se que nem um cavalo!Galáxias de esporra,pecebeu?
E os buracos negros,ãnh?A porra são os buracos negros...
O big band, deu-se a uma quinta-feira à tarde, pelas 15h30. Depois de uma almoçarada valente de jaquinzinhos com feijão frade.
Até porque os incompreensíveis nós compreendemos. Os compreensíveis é que é mais difícil...
Quanto aos buracos, não é correcto chamar-lhes de negros! São buracos afro-americanos!
Admirem-se que "toda" a gente esteja convicta que a democracia é o melhor sistema!
Porra toda a cambada fala de tudo, até de Fisica daquântica!
E eu quem nem de batatas percebo.
os que renegam os antigos imitam-nos da pior forma. Começam pelo mesmo- pela semântica, acompanhada da propaganda.
DRAGÃO, PERDOE MEU CETICISMO, MAS NÃO É CERTO QUE NÃO HOUVE O BIG BANG?
CONTRA FATOS NÃO HÁ ARGUMENTOS.
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