quarta-feira, julho 25, 2007

Eu, taliban, me confesso

Toda a gente sabe que a Madeira, além duma ilha, é uma região antónia. Ora, as regiões antónias, ao contrário das regiões tónias, gozam de umas certas prorrogatices e outras tantas ausenções. Chamo a atenção -e também a atencinha, como diria o meu amigo Dragão (fora nos dias de bola) - para o facto de por exemplos Barrancos não ser uma região antónia e, todavia -bem como todavila -, não cumprir a receita legal vidente no restante batatal. E assim é que, uma vez por ano, desatam a matar toiros à força bruta e ninguém lhes diz nada. 'Tão com a excepção toda, os gajos. A malta, no restante rincagalhão, já nem uma galinha pode matar, ou um porquito, que a sanitária não deixa. Matar, que digo eu, nem bater-lhes, ao de leve que seja - na galinha ou na porca da consorte (raio de nome, mais legítimo era chamar-lhe com-azar, que maior azar que um tipo descobrir que comprou galinha ou porca por mulher, desconheço) por exemplos, cai o Carmo e a trindade e o Bairro Alto quase desaba, o que se compreende porque aquilo vai-lhe aos acolicerces. Mas eles é quantos cornúpetos queiram, fora os cabrões lá do sítio, senão despovoavam a terra. Então, pergunto eu, se Barrancos pode porque é que a Madeira não há-de poder? Os Barranqueiros cismam de matar bois, os Madeireses teimam de não matar embrigões. Isso é algum problema?
Problema é aquela puta de camisola abichanada com que aquele Orelhas metenojo quer apalhaçar o Glorioso, isso é que é um problema! Isso é que abala os alicerces da Nação e amputa-os cerces a qualquer português chefe de família que se preze! Nisso é que o presidente da República, o Governo, a Nato e o Tio Bush deviam meter os olhos e, a seguir, uns belos cacetetes pelos lombos abaixo de tamanho ciganão , o dos abanos!... Na volta, foi ideia daquela bruxa trombalazana da Leonor Pinhão, um grande das Caldas a fertilize!... Quando devia estar a coser meias e a marechalar panelas, põe-se a tricotar artigos e a inventar camisolas, e lá temos o resultado à vista. Dantes o Glorioso perdia, raramente, e nós, como nos competia, íamos para casa e batíamos na mulher. Ela acompanhava pelo relato e, patriota, ciente dos seus deveres, punha-se logo a jeito. "Ai, alivia-te marido, alivia-te, que aquilo foi uma tragédia!..." "Vai gritando, para adiantar serviço, que eu primeiro ainda vou beber mais um copito. - Diziamos nós, pontapeando umas cadeiras e esmurrando mesas e armários, depois de brutalizar uma ou duas portas. A sova, como a cópula, requer preliminares. Mas isso era dantes, bons tempos. Agora o que é que temos? Temos que, regularmente, o Glorioso perde e empata, quando não ganha miseravelmente e ao colo sabe-se lá de quê. E um gajo, um Benfiquista sério, da velha-guarda, mal-habituado a glórias passadas, volta para casa e já nem na mulher pode bater. Principalmente, porque não a encontra: a vaca da gaja foi para o estádio, lançar piropos aos jogadores, cravejar de impropérios a mãe do árbitro e cantar merdas do género: "SLB! SLB! Glorioso SLB!"
Entretanto, e para cúmulo, a merda dos jogadores, umas coqueluches da tanga, já andam de brincos e penteados às trancinhas; passam a vida aos beijinhos e às palmadinhas no tutu uns dos outros. Vestir de cor-de-rosa até deve excitá-los muito. Qualquer dia, além do relvado, temos as linhas de marcação a malmequeres e roseirais à volta das cabeceiras, fora as trepadeiras nas balizas e os bonsais aromáticos nos balneários.
Foderam-nos o país, e nós não dissémos nada. Agora fodem-nos o clube, e nós não dizemos nada. A seguir, fodem-nos o quê? Provavelmente, fodem-nos a nós.
É por isso que eu não me cálo. E a próxima vez que o Glorioso perder ou empatar, não volto para casa: alivio-me e digiro logo ali mesmo, no estádio. De preferência na tromba da Leonor Pinhão.
Hooligans? O futebol está a precisar é de talibans!...

9 comentários:

zazie disse...

ahahaha

Grande Caguinchas

Anónimo disse...

Lool!
Isso mesmo sr. Eng., porrada para cima deles.

Anónimo disse...

Caro Engenheiro Caguinchas
Talibã se confessa? E o caro Dragão, sabe?
Olhe que ainda surgem por aí aqueles que; bombardeio logo existo, e ficamos sem Dragoscópio... Ou então, ainda aparece alguém, e lhe dá a conhecer as suas origens. Segundo eles, existe uma ligação entre aquele sr lá mais abaixo, o tio António, e os Talibã, ou seja, entre o caro Engenheiro Caguinchas, talinã confesso, e o tio António.
Carlos

Engenheiro Ildefonso Caguinchas disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Engenheiro Ildefonso Caguinchas disse...

Deixá-los vir, os tais coisos; o Dragão que os ature.
A mim até me dava jeito: enquanto o bombardeavam a ele, eu bombardeava-lhe as ucranianas, que o gajo é um açambarcador ganancioso da quinta casa!...

|Å| disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
|Å| disse...

Este sim! Este é que é (o) engenheiro!

Mário Casa Nova Martins disse...

Amigo Engenheiro Ildefonso Caguinchas

"Isto" está bom, está!
Mas melhores dias virão...

Abraço.

Anónimo disse...

O Engenheiro Ildefonso Caguinchas à presidência!...

C.