O Vasco Pulido Valente, Moisés de serviço à Pátria, largou mais um dos seus chorrilhos característicos. Desta vez baptizou-o com o sugestivo nome de "Imbecilização". Quando ao teor, não comento. Ele fala por si. Teve, não obstante, o grande condão de suscitar algumas respostas bastante menos imbecis que o artigo, e decerto bastante educativas para o vociferante profeta. Isto, claro está, se ele se dignasse descer, por um instante que fosse, do Sinai mitómano onde se empoleirou, a imitar trovões e coriscos de Jeová bilioso, e se dignasse baixar a mira para outra coisa que não o digníssimo - mas ultra protruso e assoberbante- umbigo.
Passo a expôr uma dessas respostas que, imagine-se, encontrei nas caixas de comentários do "Barnabé".
É da autoria do senhor dsousa, pessoa que não conheço, mas a quem quero aqui prestar pública homenagem.
Caro Vasco:
A sua crónica teve sobre mim o efeito de uma sopa de pedra logo ao pequeno almoço ao perceber, não sem alguma dificuldade confesso, que você pretendia teorizar sobre a própria imbecilização. Não precisava. Já o vem fazendo há muito tempo com um contributo pertinaz e, por que não reconhecê-lo, meritório. As pessoas , quando o vislumbram , preferem logo a necrologia, ou , quando muito, refocilam avidamente na página desportiva, qual vara inculta de suínos.Você é realmente assim uma espécie de ribeira dos milagres - as suas crónicas cheiram mal, as pessoas reclamam, mas as descargas continuam.
dsousa, in "comentário a um post do "Barnabé".
Esta minha iniciativa vale o que vale. Se servisse para alguma coisa a meu gosto, serviria sobretudo como exemplo. Para que nós, portugueses, quando nos deparamos com talento nos nossos semelhantes, o passássemos a encarar com alegria e reconhecimento, e não como uma espécie retorcida de ofensa pessoal. Aí sim, teríamos um acto genuíno de cultura, efectivamente acima da suinicultura imperante. E nem era preciso nenhum milagre...nem uma ribeira deles.
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