quarta-feira, maio 12, 2004

DIPLOMACIA INFERNAL


Segundo o "Diccionnaire Infernal", de Clancy, Belzebuh, Imperador dos Infernos, tem embaixadores permanentes nos seguintes países:
- França: Belphegor; Inglaterra: Mammon; Itália: Belial; Rússia: Rimmon; Espanha: Thamuz; Turquia: Hutgin; e Suiça: Martinet.
Não vos vou maçar com detalhes curriculares destes ilustres diplomatas, excepto um que num próximo postal esmiuçarei. Convém, entretanto, recordar que esta obra erudita de grande utilidade é de 1800, pelo que é natural que esteja um pouco desactualizada.
Interrogais-vos decerto: E Portugal? Não é digno de tão distintas embaixadas?
Na opinião sapiente de Clancy, «os outros países do mundo -que não os supracitados-, não dependem assim tão intimamente de Belzebuh, para que ele se digne honrá-los com uma embaixada permanente.» Talvez um consulado, digo eu. Só que eu, nestes protocolos, sou um ígnaro. Em todo o caso, não tendo havido evolução, quem quiser tratar de vistos para efeitos turísticos, ou outros, sempre tem a embaixada no país vizinho. Não tarda nada até está aí o TGV, para facilitar as coisas. Fora a viagem, as formalidades devem ser mínimas. Não consta que o regime Infernal perca muito tempo com burocracias. Ainda por cima quando se vê cada vez mais seguido, como modelo, à superfície.

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