terça-feira, março 21, 2006

Em tese nunca fede


Então, para comemorar os três anos de guerra no Iraque, com uma dedicatória especial a todos os think-tanks a soldo cá do burgo, mais respectivos patsies e wannabes, aqui fica esta breve e singela notícia, deveras sugestiva:

«A BRITISH SAS soldier has refused to fight in Iraq and has left the army over the "illegal" tactics of US troops and the policies of coalition forces.
After three months in Baghdad, Ben Griffin told his commander that he was no longer prepared to fight alongside American forces.
He said he had witnessed "dozens of illegal acts" by US troops, claiming they viewed all Iraqis as "untermenschen" - the Nazi term for races regarded as sub-human.»

É preciso estômago para o açougue. Há uma diferença abissal entre um soldado e um carniceiro. Tanto no campo de batalha dos exércitos, quanto no das ideias. Pormenor nada despiciendo, mas quase impossível de explicar num subúrbio como o nosso, onde pululam e vicejam, em regime de engorda e toinopólio, seitas de magarefes intelectuais. Podem parecer grandes pensadores, peregrinos inefáveis, às cabeleireiras, sopeiros e contabilistas que os idolatram, os JPPês, Helenas Matos, Ratos e seus supervisores atlânticos, mas, de facto, sob o verniz da fábula, não passam de ajudantes de talho. Daqueles sebosos e anafados que carregam carcaças às costas. Sempre prontos para acudir com gáudio alarve às piadas obscenas do patrão.
E a esquerda tartufa, ai jesus, não me toques que me desafinas, com a trunfa oxigenada, um perfume que tresanda e beiças besuntadas a vermelho?... Bem, essa, velha puta de boulevard, faz bicha à entrada do estabelecimento. E obsta, com voz coquete, ao boçal talhante: "Ai, senhor Leôncio, que só me está a dar gordura!...Olhe o meu colesterol...e a linha da minha filha que, se deus quiser, há-de ser modelo!..." De virtudes, digo eu.

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