Há "pérolas" que não podem passar sem o devido prémio.
A comentadora Albertina, aí no WC abaixo, no rescaldo do postal anterior (que, recordo, tive o cuidado de avisar as pessoas mais sensíveis para não lerem) saiu-se com a seguinte lamúria: “Eu acho que o Dragão é que é impotente", e "que utiliza o blogue para descarregar a frustração sexual", e outras remelas que tais.
Cara senhora,
Primeiro que tudo, agradeço-lhe a tentativa de injúria. No próprio postal eu recomendava que, caso me topassem na rua, me vaiassem e vituperassem sem dó nem piedade. Ora, zelosa e prestável, a Albertina - Vanessa, suponho - não se conteve e desembestou logo na caixa de comentários. Só foi pena que o serviço, além de exíguo, saísse disparatado, inverosímil, estapafúrdio. A ideia, penso eu, seria Vª Excª insultar-me e não cobrir-se de ridículo. Tanto e belo adjectivo, menoscabo, suculento impropério que a Língua Portuguesa tem –sem dúvida, a Língua mais rica do mundo nesse excelso departamento -, e a madame sai-se com uma alegação frouxa, choramingas e patetinha dessas!... Impotente, minha senhora? Tenha lá paciência! Faltam-me de todo os factores etiológicos, os traumas profundos e os estágios curriculares que geralmente antecedem e promovem tão deplorável patologia, ou doutoramento (como prefira). Veja bem: não sou neoliberal, não sou progressista, não sou modernaço, não sou pato bravo, não sou fariseu, não sou anglofilo (nem alguma vez refocilei em qualquer outro tipo de antropofagia ou pedofilia), não sou bestialmente sensível, não sou do Benfica e, acima de tudo, pormenor essencial, não sou seu marido.
Primeiro que tudo, agradeço-lhe a tentativa de injúria. No próprio postal eu recomendava que, caso me topassem na rua, me vaiassem e vituperassem sem dó nem piedade. Ora, zelosa e prestável, a Albertina - Vanessa, suponho - não se conteve e desembestou logo na caixa de comentários. Só foi pena que o serviço, além de exíguo, saísse disparatado, inverosímil, estapafúrdio. A ideia, penso eu, seria Vª Excª insultar-me e não cobrir-se de ridículo. Tanto e belo adjectivo, menoscabo, suculento impropério que a Língua Portuguesa tem –sem dúvida, a Língua mais rica do mundo nesse excelso departamento -, e a madame sai-se com uma alegação frouxa, choramingas e patetinha dessas!... Impotente, minha senhora? Tenha lá paciência! Faltam-me de todo os factores etiológicos, os traumas profundos e os estágios curriculares que geralmente antecedem e promovem tão deplorável patologia, ou doutoramento (como prefira). Veja bem: não sou neoliberal, não sou progressista, não sou modernaço, não sou pato bravo, não sou fariseu, não sou anglofilo (nem alguma vez refocilei em qualquer outro tipo de antropofagia ou pedofilia), não sou bestialmente sensível, não sou do Benfica e, acima de tudo, pormenor essencial, não sou seu marido.
Em contrapartida, não me enganarei muito, estou certo, se alvitrar que o único pau que lhe assenta bem entre pernas -e adora, com certeza, galopar fogozamente - é um de vassoura. Esse mesmo onde tem por hábito voar, não já às escondidas, mas devidamente emancipada - quer dizer, não mais para o sabat, mas para o Brasil ou Caraíbas. A crédito, bem entendido.
PS: Uma alternativa de resposta menos perifrástica ao seu lamento, seria qualquer coisa do estilo: "Albertina, meu amor... Não desesperes. Se enfiares uma rolha na boca e um saco na cabeça, eu juro que consigo!..."
Escolha a que mais lhe aprouver e unte-se com ela.
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