Chamo a vossa atenção para o cromo, cuja fotografia acabam de contemplar... É o reverendo Pat Robertson, pois.
Convido-vos a uma rápida vista de olhos pelo curriculum da alimária, na Wikipedia, esse must fast da ciber-enciclopedite lampeira.
Todavia, para aqueles mais escrupulosos e apreciadores da boa higiene, poupo-os à degradante visita, adiantando uma série de ideias campeãs do famoso tele-novelista...digo, evangelista:
- "Descreveu o feminismo como um movimento socialista anti-família que encoraja as mulheres a abandonar os maridos, matar os filhos, praticar bruxaria, destruir o capitalismo e tornar-se lésbicas." A ordem dos procedimentos, penso eu, será aleatória.
- "Sustentou que o ataque terrorista do 11 de Setembro, em Nova Iorque, foi causado por pagãos, abortistas, feministas, gays, lésbicas, a ACLU e o People for the American Way."
- "Acerca dos extraterrestres, considerou que, caso existam, são simplesmente demónios conspiradores, tentando subtrair as pessoas a Cristo.»
- "Reclamou também, com seriedade inatacável, ter usado os seus super-poderes de prece para desviar vários furacões da rota das suas empresas na Virgínia. Terá sido mesmo com esse método infalível que domou, entre outros, o furacão Glória, em 1985, e o furacão Félix, em 1995. Foi igualmente por intercessão sua que Deus impediu o furação Isabel de molestar Virgínia Beach ."
- Ultimamente, as suas mais notórias intervenções redundaram numa incitação pública ao assassínio do presidente da Venezuela, Hugo Chavez e, a mais recente, numa atribuição do infortúnio de Ariel Sharon a castigo divino, por ter incorrido em concessões pecaminosas aos Palestinianos.
Passo por alto, as suas joint-ventures empresariais, no melhor espírito cristão, com grandes democratas africanos como o ex-presidente do Zaire, Mobutu, e o deposto presidente da Libéria, Charles Parker, e vou ao que interessa.
Indagando da catalogação política deste emérito porta-voz divino, informam-nos do seguinte: "um influente tele-evangelista cristão, empresário e activista pelos direitos cristãos dos Estados Unidos. E mais adiante: "um ultra-conservador republicano".
E o que vos digo é que na aparência será, será eventualmente um republicano conservador. Na América tudo é possível e nada nos deve espantar. Mas na essência - e, por arrasto, na realidade - cumpre exactamente o oposto daquilo por que aparentemente batalha. Supera, em toda a linha, os esquerdóides e libertários mais temerários e desarvorados. Abastece-os e calafeta-os de munições e argumentos quase inexpugnáveis, devastadores. Para falar verdade, até me lembra os activistas liberais e liberdadeiros cá da nossa paróquia, ornitorrincos, barnabus, mirandudos e quejandos. A campanha que fazem em prol das suas mixórdias é tão néscia, tão parlapatona e estapafúrdia, que dispensa contestação ou afronta. Qualquer horda inimiga que se aproxime, destilando as piores intenções, armada dos mais escaqueirantes desígnios (como, em tempos, já foi o meu caso), depara, incrédula primeiro e logo estupefacta, com uma estólida pandilha rilhafolesca que, alegre e convulsivamente, se entretém a desmantelar e solapar as muralhas e trincheiras do seu próprio reduto. Não é pequena a desilusão, o anticlímax que então nos avassala: onde se supunha estar uma respeitável fortaleza, afinal fervilha um barulhento manicómio. Tal qual, de resto, o reverendo Pat Robertson: A sua guerra alucinada aos gays, lésbicas, feministas, socialistas, comunistas e até aos desgraçados dos extraterrestres é tão imbecil, tão saloia, tão aleivosa, que, de facto, mais não faz que fortalecer as posições que alardeia atacar e dificultar a tarefa a quem quer que, seriamente, se proponha acometer esses vespeiros. Como já dizia não sei quem, "não há serviço mais prejudicial a uma causa, que uma defesa caótica e tresloucada da mesma". Com paladinos destes, a civilização dita Ocidental não precisa dos bárbaros (sejam eles terroristas loucos, comunistas fossilizados, feministas voadoras ou extraterrestres satânicos).
E o que vos digo é que na aparência será, será eventualmente um republicano conservador. Na América tudo é possível e nada nos deve espantar. Mas na essência - e, por arrasto, na realidade - cumpre exactamente o oposto daquilo por que aparentemente batalha. Supera, em toda a linha, os esquerdóides e libertários mais temerários e desarvorados. Abastece-os e calafeta-os de munições e argumentos quase inexpugnáveis, devastadores. Para falar verdade, até me lembra os activistas liberais e liberdadeiros cá da nossa paróquia, ornitorrincos, barnabus, mirandudos e quejandos. A campanha que fazem em prol das suas mixórdias é tão néscia, tão parlapatona e estapafúrdia, que dispensa contestação ou afronta. Qualquer horda inimiga que se aproxime, destilando as piores intenções, armada dos mais escaqueirantes desígnios (como, em tempos, já foi o meu caso), depara, incrédula primeiro e logo estupefacta, com uma estólida pandilha rilhafolesca que, alegre e convulsivamente, se entretém a desmantelar e solapar as muralhas e trincheiras do seu próprio reduto. Não é pequena a desilusão, o anticlímax que então nos avassala: onde se supunha estar uma respeitável fortaleza, afinal fervilha um barulhento manicómio. Tal qual, de resto, o reverendo Pat Robertson: A sua guerra alucinada aos gays, lésbicas, feministas, socialistas, comunistas e até aos desgraçados dos extraterrestres é tão imbecil, tão saloia, tão aleivosa, que, de facto, mais não faz que fortalecer as posições que alardeia atacar e dificultar a tarefa a quem quer que, seriamente, se proponha acometer esses vespeiros. Como já dizia não sei quem, "não há serviço mais prejudicial a uma causa, que uma defesa caótica e tresloucada da mesma". Com paladinos destes, a civilização dita Ocidental não precisa dos bárbaros (sejam eles terroristas loucos, comunistas fossilizados, feministas voadoras ou extraterrestres satânicos).
Da mesma forma, um dia destes a Internacional Socialista há-de condecorar os nossos barnabus e ornitorrincos por serviços distintos -senão mesmo heróicos - à causa. Graças a eles, a ferros, mas paulatina e perseverantemente, o socialismo lá vai recuperando bom nome. Olhem que não era tarefa fácil...
Para terminar, que já vai longo, chamo a atenção para aquele detalhe incontornável em que se cita o reverendo não apenas como tele-evangelista e empresário, mas, sobretudo, e por muito que nos ourice os cabelos, como "influente".
Se alguém julgava que a criatura é uma espécie de anedota viva lá nos States, desengane-se. Ou melhor, console-se. É de facto uma anedota viva e, por isso, mesmo, um guru das massas e um perceptor dos seus dirigentes. Basta recordar que foi candidato à presidência da maior potência mundial nas primárias do Partido Republicano. Perdeu para George. W. Bush. Louvemos o Senhor!...
Se alguém julgava que a criatura é uma espécie de anedota viva lá nos States, desengane-se. Ou melhor, console-se. É de facto uma anedota viva e, por isso, mesmo, um guru das massas e um perceptor dos seus dirigentes. Basta recordar que foi candidato à presidência da maior potência mundial nas primárias do Partido Republicano. Perdeu para George. W. Bush. Louvemos o Senhor!...
E ainda há quem se queixe.
PS - Passo em claro o facto de ter sido «distinguido com o State of Israel Friendship Award, pela Zionist Organization of America , derivado ao seu consistente apoio a um Greater Israel; e de, nesse mesmo ano, a Coalition for Jewish Concerns lhe ter igualmente manifestado a sua enorme gratidão pelo "resoluto apoio a Israel" e pelo "combate ao mal"», porque tenho muito medo que me chamem anti-semita.
3 comentários:
Este gajo tem mesmo cara de sabonete...
Já reparaste no perfume que anda no ar? Isto está espalhado por todas as capelas da paróquia...
Anti- americanismo zapateril.....
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