Meios audio-visuais para ajudar à compreensão dos jovens...
"Assalto à 13ª Esquadra"
"Laranja Mecânica"
"Mad Max 2 - O Guerreiro da Estrada"
"A Ninhada"
E não deixa de ter a sua ironia: uma sociedade que cria monstrinhos e depois tenta compreendê-los.
12 comentários:
ehhehe a ninhada! ainda tenho essa loucura do Cronenberg
Quanto a compreensões já percebi pelo menos uma coisa: todos os que querem compreender não sabem nada dos factos.
Basta ires a uns blogues franceses para veres uma quantidade de militantes de diversos partidos a serem convocados de urgência para os locais. E depois vês outras coisas pertinentes como cadernos reivindicativos que incluem a retirada de todo o policiamento nas zonas (mesmo antes de isto ter rebentado), e mais retirada de policiamento dos estádios de futebol, e existências de demissão do ministro do interior, e mais organizações de esquerda que trabalham com muçulmanos (é assim que são nomeadas) a exigirem outras reivindicações inclusive monetárias e no fim o que te dizem é que são presos miúdos entre os 12 e os 15 anos, em pleno Ramadão e por espontânea necessidade reivindicativa, falta de emprego (nessa idade???) e por escolas degradadas- e aí fazem-nas explodir...
rapaz, eu sou uma básica. Não sei quem criou monstros mas sei que há muita gente que se alimente deles
E se regressássemos ao senso comum?
E que é aquele que os vulgares cidadãos exprimem?
E que nos diz então esse senso comum?
Que os grupos das émeutes são compostos por indivíduos que não trabalham, não querem trabalhar ou não podem e têm raiva a quem o faz para ganhar para a baguette.
Quem não tem qualificações para trabalhar tem que se sujeitar aos trabalhos desqualificados.
Mas uma boa parte dos émeteurs, não integra essa noção facilmente.
Preferem uma apresentação mais vistosa: vítimas do sistema social.
Logo, reagem defendendo o estatuto que assumiram: tout, tout de suite!
A cultura actual, televisionadamente seleccionada ajuda à festa e temos por isso os foguetes, já perigosamente em girândola, a estralejar nas ruas das banlieus.
COmo é que se acaba esta festa?!
Se não podes vencê-los...junta-te a eles, é ditado velho e a merecer atenção.
Juntar, neste caso, é ouvir os émeuteurs ou ir de encontro a alguns desejos dos filhos da puta.
Não há outra saída, pois a mais visível est interdite: c´est le fascisme, quoi!
mas alguém sabe quais são os deejos e de quem? eu apenas li uns nos blogues políticos e não se percebe se são desejos de émeuteurs se são deles próprios ";O))
Vocês estão apenas a referir o dito "pano de fundo". Só que esse pano de fundo tem muitas variações de muito tipo de émeuteurs. Em Marselha por exemplo, os émeuteurs são high society de contrabando e crime. Não imagino que estejam interessados em ridículos subsídios de "integração". Nos arredores de Paris sei pouco. Mas quem por lá vive parece que ainda sabe menos... essa é que é essa...
Uma coisa sei porque tive experiência próxima. Qualquer pessoa que queira fazer trabalho social, seja por parte de faculdades seja por fora, é logo encaminhada para serviços camarários e as verbas estão todas concentradas em trabalho com estes bairros e particularmente com os emigrantes muçulmanos. Não há mesmo para mais nada.
agora 5 milhões, não é esse o número? é muita gente.
O desejo dos émeteurs é simples de perceber: querem facilidades, maiores facilidades do que as que têm!
Dinheiro, boas condições de vida e integração no sistema que lhes dê sentido de futuro a uma vida que desponta.
O que não querem?
O que ninguém quer: miséria e má vida.
pois isso será natural mas o que eu nunca vi foi movimentos de gangs a lutarem por questões tão dignas.
Se assim é estamos a assistir a um fenómeno social novo. Mas em termos pontuais parece-me demasiado simples pensar-se que é apenas isso que está a acontecer. É prova de força muito forte. E a ser mostrada nos ecrãs por todo o mundo.
Eu tenho andado na galhofa e não devia. Daqui a pouco, ali pr'ás bandas da Amadora, começam também a arder voitures, e depois é que eu quero ver... Se for como os incêndios de verão, corremos o risco de, depois das matas, arderem agora as urbes, eh-eh!...
Bem, mas, por uns momentos, ligeiramente a sério: A Zazie ainda é a única que eu vejo a tentar pensar o problema. (Não é para te envaideceres, ó Zazie!) Quem quer que acredite que isto é "espontâneo", está verdadeiramente à procura do feiticeiro do Oz.
Eu diria que as redes de crime organizado (isto é óptimo, por exemplo, para o tráfico de droga), têm alguma coordenação no desencadear do caos. É uma hipótese. O caos depois, como sabemos, ganha vida própria: é um bocado o efeito bola de neve, ou dominó. Uma questão interessante é saber quem "encomendou" às redes criminosas a tarefa. Porquê nesta altura?
Uma coisa parece-me certa: isto é um prelúdio. Resta saber de quê. Não vos digo que é ali para os lados do médio-oriente, porque depois chamam-me paranóico. :O)
Outra hipótese, que não deve tardar aí: Células da Al Caeda infiltradas nos bons jovens muçulmanos?...Admira-me que ainda não tenham falado disso.
Mas lembrem-se sempre duma coisa, caros amigos: a função da chamada Comunicação Social é "desinformar", não é informar. Notícias não são "informação".
E agora vou continuar com a minha campanha pela reconciliação nacional das Gálias!...
ehehe, rapaz eu não sei o que é o crime organizado mas cá tive a minha pequenina experiência de rua e sei que mesmo em coisas muito simplórias há sempre organização. Quanto mais desta ordem. É impensável imaginar-se que por desejos de escolas melhores que eles próprios gostam tanto e emprego andem dezenas de putos armados nas ruas.
è só isto. Quanto ao factor de mimetismo noutros países é também fácil de entender. Dá na tv. Mas em França isto começar assim do nada, nem pó. Nessa me levam ":O)))
Lembram-se do arrastão?!
Não foi assim há tanto tempo...
Onde é que já vimos coisas destas, recentemente?
Na América, em Los Angeles.
Na Inglaterra com os hooligans.
Em Lisboa, recentemente e episodicamente.
Então...querem um Central Scrutinizer, para isto?
Fazia jeito, não fazia?
Então, habituem-se a esta ideia peregrina que trago por aqui, no bolso:
Não há líderes! Não há objectivos!
Nada tem a ver com a AlQaida ou quejandas!
São fenómenos do nosso tempo.
AS causas já são conhecidas.
O remédio ainda não.
É a minha opinião, baseada num invencível wishfull thinking.
josé,
vamos por partes:
1- o arrastão- sabe o que foi? eu não sei. Fiquei na mesma. Foi verdade, foi ficção, quanto gente, nenhuma? não sei. Mas mesmo que tivesse sido como inicialmente se disse não tem a menor comparação. Não houve reivindicações,. nem antes nem depois.
O mesmo no resto. Pode dizer-me que tem havido e há desacatos por todo o lado. Como há hooligans mas isto não é coisa de hooligan.
Se me disserem que isto é só pancadaria de rua entre gangs rivais tudo bem. mas aí não cabe nada do que se esta´a passar.
Eu também acharia um disparate meter AlQuaeda ou lá o que isso seja numa treta destas. Mas continuo na minha. vocês estão a enrolar-se nas palavras e na "análise sociológica". È claro que eles são "rebeldes sem causa" Mas foram colocadas reivindicações políticas antes disto rebentar e durante.
Que são fenómenos do nosso tempo também os existem no Colombo ou na linha de Sintra e também existem um pouco por todo o lado. Mas repito- não com esta intensidade, durante dias seguidos e com exigências de demissão política não estou a ver.
Se o José se lembra de outro caso avive-me a memória, palavra.
tal como não me lembro que o nível etário tenha por hábito ser este. (este que aparece nos media nas detenções mas que não aparece nos media quando dizem que estão em negociações com líderes).
O arrastão? Disse-o na altura: não podia ser o que andavam a proclamar.Não fazia sentido nem tinha lógica.
Em LA, os riots foram a sério com pretos desperados, por motivos nenhuns.
Na Inglaterra o hooliganismo foi um fenómeno de violência gratuita, ligado às hordas do futebol.
O leit motiv disto tudo?
Não sou sociólogo nem as minhas teorias de bolso pretendem ser mais do que isso mesmo, mas parece-me que a violência suburbana parisiense tem muito a ver com a vontade de "casser tout". "TOut", aqui quer dizer o status quo em que vivem.
Não explico porquê. Não sei como resolver e nem sequer atribuo o fenómeno à "falta de integração", porque é tão óbvio que se torna apodíctico.
Mas não arrasto essa explicação para o campo da necessidade de assistência social melhorada e muito menos para o da vitimologia das minorias desfavorecidas.
Há uma grande diferença entre "kneeling down" e "bending over", como dizia o Zappa...
O que digo é apenas um "feeling".
Lembrei-me agora que temos para aí uns politólogos! Pode ser que saibam alguma coisa...
Pode ser também da confluência astral: ainda a semana passada Marte estava alinhado com a Lua. Vou debater isto com o professor Karamba e o Luís Delgado!...
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