sábado, janeiro 17, 2004

O DURÃO DOS BOSQUES

Vale mais tarde que nunca. Os ingleses já andavam há mais de quatro séculos a vangloriar-se que tinham um Robin dos Bosques e nós não. Irra, que já metia nojo!...Ainda esboçavamos timidamente com o Zé do Telhado, mas só pra sermos alvo de chacota e ridicularia.
Mas agora acabou-se! Ah-Ah, agora é a nossa vez de os rebaixarmos a eles.
Finalmente, a História teve piedade de nós. E tudo graças ao Durão dos Bosques, o paladino do défice de Lusowood, mais a sua Lady Manuela e o Frei Paulo (não esquecendo o Marques Pequeno, aliás, Anão). Nos seus fatos cor-de-laranja, crepusculares, não dão tréguas aos maltrapilhos, assalariados e pobretanas quejandos que infestam este país.
E as vantagens, as superlativas mais-valias que o nosso - actual, liberal, em exercício -, não ostenta sobre o deles - caquético, duvidoso, comunista!... Roubar aos ricos para dar aos pobres, é fácil, é como ir buscar água ao mar. Agora, esmifrar os pobres para dar aos ricos, isso é arte, meus senhores, prodígio equiparável ao milagre das rosas. Isso é conseguir espremer o deserto, extrair sumo das pedras mais estéreis e cristalizadas!...E nisso, meus amigos, o nosso Durão dos Bosques, mais a sua Lady Manuela, ficarão para a posteridade como paradigmas lendários. Os ingleses que se roam todos e que engulam, agora, a sua arrogância e jactância de séculos. Deus não dorme. Bem hajas tu, ó História Universal, que, finalmente, tiveste dó deste povo antigo. Ao menos tu, cara amiga, porque eles, o Durão e a Manuela, paladinos compenetrados, dó é sentimento que não conhecem, benza-os Deus!...

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