Chama-se "Fórmula Q"; vou propô-la no próxima reunião na tasca. Consiste numa mistura de Fórmula 1 com atletismo velocista. Só que em vez dos bólides ruidosos, gastadores e causadores de perigosos acidentes, os condutores, simultaneamente atletas velocistas, conduzirão carrinhos de mão, especialmente preparados e artilhados para o efeito. É muito mais económico, saudável, pedagógico e amigo do ambiente.
O carrinho de mão tem sido incompreensívelmente esquecido. As suas potencialidades, a todos os níveis, não são de menosprezar. Não se entende mesmo como é que os países não produtores de petróleo ainda não optaram por tão prodigioso veículo.
Graças à "Fórmula Q", isso vai acabar. Estou certo que as grandes marcas -"Mercedes", "Porche", "Maclaren", "Ferrari", "BMW", "Jaguar" e outras - não deixarão os seus créditos por mãos alheias e apresentarão protótipos deslumbrantes. Daí aos modelos para o consumidor - desde o cidadão a caminho do emprego ao chefe de família em passeio domingueiro-, será um ápice. Nunca mais vão haver engarrafamentos e, mesmo as portagens, terão que descer forçosamente para tarifas decentes.
E quando o comum dos mortais, por essas auto-estradas de Portugal, se puser, como é lógico e legítimo, a imitar os novos Fangios, Shumacheres e Fitipaldis, reparem nas imensas vantagens - de superior segurança e muito menor risco de acidentes traumáticos-, do evento!...
Isto para não falar dum preço reduzido e irresistível, que decerto colocará as grandes bombas ao alcance de qualquer cidadão.
O futuro, pelo menos em Portugal, só pode ser este. O automóvel vai morrer: viva o "Quiromóvel" (isto é, o carrinho de mão)!
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