Rumores bombásticos, ventilados a partir dos meandros processuais do caso Casa Pia, parecem estar a criar grande celeuma e espectativa , não só entre a classe política e a opinião pública, mas, sobretudo, entre a comunidade científica. Tudo indica que uma das testemunhas, alegada vítima, terá descrito o pénis de Carlos Cruz como possuindo, na base, duas bolsas peludas e pendentes, em tudo semelhantes a sacos escrotais. O professor Pinto da Costa, sumidade nacional na matéria, foi convocado de emergência e procede a exames meticulosos dos genitais do apresentador.
Recorde-se que terá sido esta hipótese que gerou mal disfarçada indignação e superlativa inveja por parte de alguns altos dignatários da nação, que consideraram esse pormenor apendicular injustificado, senão mesmo uma afronta pessoal.
Com efeito, a confirmar-se a presença de testículos em Carlos Cruz, isso constituiria um fenómeno científico extraordinário, num país onde essa anomalia se julgava praticamente extinta e onde, ano após ano, se têm gasto rios de dinheiro e fundos comunitários em campanhas massivas de vacinação e erradicação.
Pelo sim pelo não, estão já a ser tomadas medidas de rigoroso isolamento. O perigo, comenta-se agora á sucapa, é o estranho caso, a ser verdade, poder tornar-se foco dum surto epidémico.
É toda uma nação que sustém a respiração e aguarda, transida, pelo veredicto do emérito anatomista.
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