Confesso que o Carnaval do Rio seria o último local onde me ocorreriam polémicas sobre o Holocausto. No entanto, este ano, vá-se lá saber porquê, a escola de samba Viradouro lembrou-se de juntar ao cortejo alegórico um carro alusivo ao dito cujo.
Convenhamos que é de mau gosto. Ou então é globalização do xarope. Consequências da obsessão folclórica. Por este andar, qualquer dia ainda temos lojas de souvenirs do holocausto como temos McDonald's.
Bem, o certo é que a Federação Judaica lá do sítio, como lhe competia, protestou. Quanto a mim, desta vez, caso não tenham começado por financiar a escola, dou-lhes razão. Aquilo nem a mim lembrava, quanto mais ao diabo.
Em consequência do protesto indignado - e justo, repito -, uma juíza brasileira ordenou a retirada da macabra carreta. A federação, aliviada, regozijou-se com a celeridade da justiça.
Tudo isto me parece perfeitamente curial. A única parte engraçada é o nome da prestimosa juíza:
Juliana Kalichszteim.
Ter-se-à ouvido a ela própria?
2 comentários:
Gostava quando o carnaval aqui do Brasil só tinha mulher pelada...
Kalichszteim? É sueco, não é?
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