quarta-feira, abril 25, 2007

Dia da Carochinha

Da Nação fizeram Nacinha.
Por via de Revolução?
Não,
por via de revolucinha.

Do farão ficou farinha.
Cabe dentro dum caixão?
Não,
cabe dentro duma caixinha.

Da intenção restou sentencinha.
Trataram do povão?
Não,
trataram da vidinha.

E a Grande Marcha (do Pogresso) ficou murchinha.
Perderam a tesão?
Não,
perderam a espinha.

Salvou-se a corrupção agora rainha.
Venderam-se em leilão?
Sim,
e mais à puta da alminha.

12 comentários:

Anónimo disse...

Lol!

Pois é, hoje é famoso 25 de Abriu.
Um país que tanto abre e tanto abriu só pode ser mesmo para ser enrabado.

Anónimo disse...

Ah grande Dragão, quem fala assim não está a leilão.

π® E. Bloom disse...

post do ano. já.

Anónimo disse...

As gerações mais novas olham hoje para o 25 de Abril como eu olhava, 33 anos atráz, para o 28 de Maio.

Erecteu disse...

Eloquente!
Nem andaste
na Independente
mas lá te safaste.

Flávio Santos disse...

E ficou tudo dito.

zazie disse...

loooooooooooolll

Isto está uma maravilha. Saiu perfeitinho o danado do poema.

zazie disse...

É verdade. É mais do que o poema do dia. É o poste do Ano!

FMS disse...

Diria mesmo mais, é o post do ano.

Anónimo disse...

O nobre Dragão estás a referir-se ao Brasil?

Antónimo disse...

Do farão ficou farinha.
Cabe dentro dum caixão?
Não,
que já lá está o Ratão
(o professor sem ratinha)
que caiu da cadeirinha,
para espanto da nação
e júbilo da televisão
(de que ele nunca gostou, não),
que dele faria rainha,
contra judeus e comunas desta tão santa terrinha.

Rainha tão curiosa:
monarquia deleitosa,
sufragada pela nação.
Quem diria que o Ratão,
lá do fundo do caixão,
venceria uma eleição?
(De que ele nunca gostou, não)

Rui Rebelo disse...

lindo!