«As escolas que não manifestem suficiente entusiasmo em eliminar preconceitos contra homossexuais, devem ser denunciadas à polícia por alunos e pais, recomendou ontem um relatório do Ministério do Interior (Home Office).
O mesmo documento apela aos pais e crianças para que identifiquem escolas que ignorem linguagem "homofóbica" no recreio e professores que produzam lições "homofóbicas".
E apela aos directores das escolas para que promovam lições acerca da "homofobia" durante o horário escolar e empenhem os alunos em "semanas de consciencialização" gay.
A recomendação dos funcionários do Ministério de John Reid, chega numa altura de grande preocupação entre as igrejas por causa das novas leis sobre direitos gays, a serem introduzidas na próxima primavera, as quais poderão conduzir ao abandono da moral sexual tradicional nas escolas, forçando-as a incluir em seu lugar, nas aulas, o dogma dos direitos gays.»
Não percam a leitura completa do artigo. É simulteamente hilariante e inquietante. Mas, por outro lado, também nos tranquiliza. Finalmente, começamos a perceber a utilidade das escolas no futuro. Até aqui vinhamos constatando, com alguma perplexidade, que já não serviam para ensinar matérias obsoletas e contraproducentes, como, por exemplo, (no nosso caso) português, matemática, história, ciências, um mínimo de civismo, etc. Pois bem, uma vez extinta essa péssima tradição, devidamente filtrados e saneados os agentes problemáticos, é-nos cada vez mais permitido vislumbrar, com certo grau de clareza, toda a moderníssima engenharia que será implantada em seu lugar: dogmas. Dogmas históricos, políticos, sociais, sexuais, tribais, banais, enfim, toda uma engenharia dogmática. As escolas, louvado seja o Senhor, vão derivar em Neo-Madrassas - madrassas fast, cool, big, pink, western style, bem entendido.
Aleluia! As ciências sociais e humanas vão tornar-se finalmente exactas. Até que enfim. A história com o rigor da matemática! A sociologia com a certeza da aritmética! Os Tribunais entregues a computadores!...
46 comentários:
Aqui há uns anos atrás parece que havia um senhor, de seu nome Galileu, que se atreveu a ensinar umas coisas na universidade que iam contra alguns dogmas. Foi-lhe instaurado um processo e condenado. Ainda hoje se levantam vozes contra tão grande despautério das autoridade que mandavam na universidade. Pergunto: o que é que mudou? Porque razão o papa passado teve de pedir desculpa pelos actos de um papa anterior, se os papas seculares de agora fazem o mesmo?
Julgo que os "papas seculares" pretendem exercer com retroactivos.
...não será por serem... RECTO-activos ?...
espírito
Quanto ao que citaste, é afirmado que:
"It defined homophobia - a word invented by gay lobby groups to apply to their critics - as "resentment, or fear, of gay and lesbian people" which "can be just a passive dislike of gay people"."
Ficamos então a saber que homofobia foi uma palavra inventada pelos lobbies gay para aplicar aos seus críticos. Suponho que os homossexuais que são assassinados e torturados pela sua orientação sexual discordarão.
Não concordo com o conceito de engenharia social, mas acho que todos devem ser protegidos de, por exemplo, serem insultados ou agredidos. E isso acontece nas escolas britânicas (e não só).
A palavra de arremesso "homofobia" foi mesmo inventada por essa rapaziada e, semântica e etimologicamente, constitui um perfeito aleijão.
Quanto aos homossexuais, não me parece que constituam, de todo, uma "ordem zoológica", como os ungulados, os primatas ou os proboscídeos. Para o que aqui nos interessa, são pessoas. Por conseguinte, há-os de todas as espécies e feitios: há homossexuais vítimas e homossexuais torcionários, como há homossexuais assassinados e homossexuais assassinos; há-os pretos e brancos, de esquerda e de direita, inteligentes e mentecaptos; assim como há homossexuais pudibundos e homossexuais despudorados, sóbrios e gaiteiros; homossexuais protegidos (com dinheiro para isso) e homossexuais desprotegidos (sem cheta); e, nec plus ultra, há homossexuais independentes e homossexuais de manada.
Não vejo em que é que os homossexuais constituam ou devam constituir, a toque de caixa regimental ou sectária, uma classe de pessoas à parte, merecedoras de discriminação, seja ela negativa ou positiva. Não vamos fazer da genitália -por mais fantasiosa e peregrina que ela seja - a base do pensamento, da cultura e do Direito, pois não?...
A palavra poderá ter sido inventada por esses, mas o significado que ela representa não: é bem real.
Compreendo o teu raciocínio, mas a verdade é que os crimes devido à orientação sexual são por demasiado comuns. O Estado não terá nada a dizer a esse respeito? Quando nas escolas é permitido, por professores e funcionários, que um aluno seja insultado por ser homossexual, o Estado não tem nada a ver com isso?
Não é exactamente por ser "homossexual", mas, se bem me lembro, por apresentar qualquer característica que o isole da horda, ou dos cabecilhas desta. Pode ser poe ser gordo, por ser "quatro olhos"; por ser "canina"; por ser "nervoso" e chorar nos testes; por ser simplesmente "caloiro"; por ter "dentolas salientes";por vestir-se fora da moda; etc, etc. O Estado vai intervir nisso tudo?
Vai criar redomas e polícias para todas as pintelhices que os putos inventam?
Por outro lado, o Estado é o principal cúmplice e co-promotor da violência na Sociedade em geral, está-se borrifando para a sanidade mental dos próprios cidadãos... vamos pedir ao incendiário que venha apagar um pequeno fogo nas escolas?
E diga-me cá: acha que uma criança de seis, sete, dez ou onze anos já pode ser definida com homossexual?
Acho que deve haver regras bem definidas. Ninguém deve ser discriminado na escola seja por que razão for. Se há uma razão que seja estatisticamente relevante (como seja a discriminação por orientação sexual), sim, acho que o Estado deve intervir. Ainda mais se há professores que contribuem para essa discriminação, ou para criar um clima propício à mesma. Por outro lado, é uma questão de educação. Não acho que se deva ensinar que a homossexualidade é uma coisa boa. Mas que se tem de ensinar que não é aceitável que se discrimine com base na mesma, parece-me claro.
Para responder à sua pergunta final, devo dizer que a acho muito complexa. Primeiro, todo o conceito de homossexualidade é complicado. Há quem defenda que esta não existe, num estado "puro". Todos seremos bissexuais, mas apontando mais num sentido ou noutro, em diferentes graus. Para além de que poderá ser algo que não permaneça fixo e imutável ao longo da vida. Como tal, eu nunca definiria alguém como homossexual. A pessoa é que se poderá definir assim.
Há quem diga, olhando para um miúdo ou uma miúda de 6 anos: "este vai ser gay", com muita certeza. Pelos gestos ou pela forma de andar. Confesso que já reparei nisso também, mas uma criança de seis anos é apenas uma criança de seis anos. Penso que poderá viver bem sem etiquetas.
Acho que a nossa discordância se encontra mais ao nível do que achamos que deve ser o papel do Estado.
Penso que ambos temos aversão a engenharias sociais.
Porém, falando por mim, penso que escolas que ignorem linguagem "homofóbica" no recreio ou que tenham professores que produzam lições "homofóbicas" não deveriam ser permitidas.
Semanas de consciencialização gay, tal como semanas de consciencialização para a discriminação social ou semanas de consciencialização ambiental parecem-me úteis.
Não há isso do "Estado".O que existem são "estados" reais, históricos enão apenas muleta retórica ou fetiche de ideologia. No nosso caso presente é o Estado português, tomado de assalto, ao nível superior (e a escorrer em regime de cascata mimética gordurosa por ele abaixo) por um súcia a quem falta, entre outras trivialidades, a noção mais elementar de "sentido de Estado".
E olhe que sei do que estou a falar.
Dito isto, reponho o cerne da nossa discórdia: o problema de violência nas escolas (física e oral) não é exclusivo dos miúdos efeminados. O problema gay no geral, admitindo que existe, é um problema do âmbito acidental das pessoas. Há outros problemas essenciais, muito mais graves, que serão sempre prioritários.
Por outro lado, não se pode queixar actualmente de "falta de consciencialização gay". Existe mesmo toda uma campanha televisiva e mediática de verdadeira "dinamização cultural", ao nível do melhor PREC. Agora é o Pink-Prec.
Dragão, entendo o que está a dizer. Mas se calhar sou utópico: acredito que deve existir um Estado, contínuo, e pessoa de bem. Mas concordo que o "sentido de Estado" é coisa que não se vê por aí.
Eu também acho o problema da fome e da pobreza muito mais prioritário, ou até o problema da criação de riqueza e da produtividade, mas não vejo que por serem prioridades excluem que se trabalhe no resto...
Quanto à campanha de sensibilização, existe, é um facto. Tal como existe uma contra-campanha. Enfim. :)
Bastava um detalhe mais simples que ninguém se lembra:
A boa educação. Se dermos o exemplo da boa educação; da civilidade não é preciso inventarem-se "discriminações" para nada.
E, depois, também é saudável entender-se que os gozos são isso mesmo, e fazem parte do natural instinto das pessoas. Em jovens estão menos domesticados- gozam mais.
Faz tanto sentido dizer-se que na escola deveria ser proibida a homofobia como a aversão os feios.
Até porque não é de aversões que eles estão a falar, é de outra ideia mais perversa: a negação de uma ordem natural. Na obrigação de fazer pedagogia a querer impor, como ideia pedagógica que a heterossexualidade é um capricho e dogma ideológico inventado para fazer mal aos "diferentes".
No caso, aos diferentes menores, aos que ainda nem têm de práticas sexuais.
Para lhe ir fazendo a cabeça e dar a parte de leão aos proselitistas gay.
Não há ditadura mais perigosa e mais manhosa que a das minorias.
Zazie, quanto à ordem natural, há que ver que o homem faz parte da natureza, e induz nela mudanças. Por alguma coisa somos diferentes dos animais. A natureza humana está em construção, e tem de ser vista como evolutiva e aberta (cito, adaptando, Boff).
Se nas escolas houvesse professores a dizer que os feios devem ser todos mortos, ou alunos a baterem noutros por estes serem feios, SIM, acho que algo deveria ser feito quanto a isso. A homofobia poderá quanto muito ser equiparada ao racismo, não a uma aversão a pessoas feias.
Ó /me, para o ano vamos ter tempo para esse debate. A agenda política também costuma usar o mesmo tipo de marketing que as agendas da moda.
Por agora ainda estamos no catálogo aborto-Outono/Inverno.
Com sorte, passar-se-á ao catálogo casório gay Primavera/Verão só daqui a um ano.
Entretanto: a anormalidade dos TELEBS é que está na ordem do dia, cá na santa terrinha. A par da anormalidade e caos no ensino que é obra que já dura há muito e muito mais caos tem para dar.
Por isso, meu caro: para ficções inglesas ou americanas, os gajos que se entretenham.
É que, para falar com toda sinceridade, já me basta que o mundo às avessas tenha cada vez mais "estilistas". E, por mim, estilo por estilo, bicha por bicha, que não me provoca pavor (a fobia significa pavor e o pavor costuma travar os movimentos - portanto é inofensiva) é o grande John Galliano.
Se quiser ir ao Galliano, na boa. Com anão ao lado das mastronças, com aquele circo de monstrinhos transformado em gozo estético, isso sim. Isso faz sentido e, bastaria colocar aqui os olhos, para sabermos que é total demagogia a necessidade de tomar terreno nos programas e "pedagogias doutrinárias escolares.
Mais gozo e menos e menos espírito persecutório, é o que lhes faz falta.
Já agora: um feio está na cara que o é. Pode ser gozado ou limitado nos empregos por isso.
Um homo não está na cara que o seja. Só bamboleando-se muito é que se nota. E, se for mulher, também vai precisar de acentuar uns tiques para se saber.
Agora diga-me. Se à custa desses bamboleios o que eu vejo é subidas na horizontal que até já começam a ultrapassar as velhas tácticas hetero: para que diabo hei-de eu ter muita peninha por quem disso até faz forma de vida?
E mais: para que diabo havia eu de ainda considerar vitrimazinhas as OGMS altamente patrocinadas para alimentarem esse negócio?
Se é para se escaparem para o individual, então trate-se tudo caso a caso. Se é para proselitarem; já têm tempo de antena- se é para converterem, até na novela já foi introduzido o pacote: para quê também ir às criancinhas no único local onde deveriam estar um tanto a salvo desta selva e desta lavagem cerebral?
Pois, é verdade que o tema do dia, agora, é o do aborto. Mas tirando os políticos, acredito que as pessoas têm capacidade para discutir mais do que um tema de cada vez...
Quando aparecem negros numa telenovela, não é considerado lavagem cerebral. Sendo que os homossexuais fazem parte da sociedade, é normal que também apareçam nas telenovelas (porque haveria de ser isso lavagem cerebral?), que tenham direito de antena e até que exijam direitos equivalentes ao do grosso da população em matérias como casamento. Não creio que seja pedir pena, mas sim igualdade.
Subidas na horizontal, seja por que motivo forem, são reprováveis.
Quanto a um homo se notar ou não que o é, acho que alguns dão naturalmente indícios de o serem. E também, porque o haveriam de ter de esconder?
Afinal de contas, que alternativas sugere aos homossexuais (a pergunta não é retórica, nem apaixonada. é somente uma pergunta)? Que escondam tudo da sua "vida privada" (fingindo não a ter)? Que se tratem? Qual a alternativa?
Já agora, relativamente ao "tema do dia", o aborto, participo neste blog:
http://razoesdonao.blogspot.com/
(a minha intenção não é propriamente fazer publicidade; achei é que era pertinente)
É pá, mas nós estamos a debater os homossexuais ou o sermão proselitista nas escolas para lavar a cabeça aos putos logo de pequeninos?
É que aos profs já o fazem nas pedagógicas. Cá e lá. Cá é coisa de tal modo anormal que, por motivos que não vêm ao caso, eu conheço e lembro-me que era preciso ir em estado altamente etilizado para as aulas, para aguentar aquilo. Com todas as taras politicamente correctas à mistura.
Em Inglaterra tenho lá familiares e também sei como a coisa já vai.
Para que é que havia agora de perder tempo com mais um lobby que, felizmente, nem me afecta (por enquanto) a família?
Dar alternativas? mas não são os homo que se reivindicam de serem uma sexualidade alternativa?
Que raio tinha eu de dar?
Por exemplo: tu apareceste aqui nos comentários com um tipo de comportamento que não faz muito o meu gosto.
Sentiste-te tocado numa questão que não te era dirigida porque ninguém, virtualmente tem nada a ver com o que as pessoas fazem na cama.
Mas atiraste logo com o "teu caso" como quem atira com um pecado automático para quem se atreva a criticar os lobbys que não são "o teu caso".
Seria o mesmo que agora fazer chantagem emocional e tornar público que sou uma mulher barbada.
Olha, os erros ortográficos até se explicariam assim: de vez em quando entalo o bigode no teclado.
Que alternativa é que achas que eu devia pedir à humanidade?
[este comentário não deve ser lido como um patrocínio sub-reptício à gillette]
Quanto ao aborto estou farta. Ainda tentei no do não com uma sujeita que até parece que fez parte do governo. E a coisa não dá.
Com o Tim sou capaz de conversar e até de o chatear porque nos entendemos.
Fora isso até sou capaz de estar em condições para dar um conselho:
Se alguém quer mesmo levar o referendo como uma coisa séria e de consciência, deve abster-se de todas as formas a ler qualquer argumento vindo de ambas as partes.
Se não conseguir que peça que o lhe amarrem os braços ou ponham vendas nos olhos.
É imperioso. Mesmo eu, que odeio funcionar por reactivas, já me ia descontrolando. Há tanto tarado à solta e tanta paranóia e tanta engenharia social (os do Não até já têm o projecto da utopia da adopção de fetos pré-natais e gestação obrigatória por lei, para defesa dos direitos dos homens. Os do Sim, não têm a utopia por conta do poder, por isso não estão a precisar de ser tão imaginativos).
O único que é capaz de pronunciar é o meu colega musaranho- o gajo já disse: não vota nem sai de cima.
Errata entre muitas: os do Sim já têm a "utopia" por conta do governo, etc., etc.,
A partir do momento em que falas da negação de uma ordem natural, parece-me que estamos a discutir a homossexualidade, e logo os homossexuais. Pareceu-me que emitiste portanto um juizo moral, e isso obriga-te, a meu ver, a propôr alternativas (se alguém não tem alternativa senão fazer algo, esse algo não pode ser eticamente reprovado, parece-me).
Quanto ao meu estilo nestas caixas de comentários, vamos lá ver. Nesta em concreto parece-me que estava a discutir estritamente o tema em questão até falarem em ordem natural (tirando uma resposta minha a uma pergunta do dragão).
Noutra caixa de comentários mais em baixo, senti-me de facto tocado, porque me senti atirado para um saco. Isso ficou esclarecido.
Se fosses uma mulher barbada, terias a alternativa de tirar a barba...
Quanto ao "sermão proselitista nas escolas para lavar a cabeça aos putos logo de pequeninos", que dirias de uma campanha análoga contra o racismo?
Só com aquelas das "semanas de consciencialização" fico de tal modo eriçada que não dá. A "conciencialização" é uma coisa lixada- há-de fazer perder todo o t**~*
Mas tu tens dúvidas quanto à Ordem Natural ou achas que ela foi inventada pelos hetero para impedir que os homo nascessem?
A coisa resume-se a isto. Já te devia ter dito no caso das ovelhas:
Desviaram-lhes o desvio para que se reproduzissem: para as paparem. Só os homo é que já foram capazes de querer desviar o acaso para só terem filhos homo. E isto é que é exemplo. Como é exemplo as ilhas só para homo.
É claro que há uma ordem natural e não é da "ordem" do julgamento ou juízo moral.
Já expliquei que odeio campanhas, carago. Eu sou do tempo do é proibido proibir. Se venho aqui ao Dragoscópio é porque me entendo com toda a iconoclastia anti-politicamente correcta.
Estou banida de comentários em blogues por isso.
Que mais é que é preciso dizer? citar o Wilde: que nunca seria capaz de pertencer a um clube que me aceitasse?
Mas já deixei aí um bom ponto para perceberes que também penso que tudo pode ter um outro proveito. Não é por acaso que a moda e a arte sempre estiveram cheias deles.
Se eu gosto tanto do Galliano apesar de detestar modas...
Tenho dúvidas quanto à ordem natural, como disse no meu post das 4:57 PM.
Que te leva a crer que os homo querem ter filhos homo?
Quanto às "ilhas gay", lembro que não há poucos clubes (ou Igrejas, por exemplo) exclusivos para hetero. A estupidez não costuma escolher lados.
Mas, se queres ver como fui obrigada a lidar com o racismo, tens uns comentários no Trento.
Na semana passada, uns sacanas de uns brasileiros a quererem arrombar-me a porta e a apedrejarem a janela.
E a polícia a baldar-se a e perguntar-me se ainda lá estavam para saberem se valia a pena mandarem o carro.
Pois... e, no dia seguinte, depois de um debate com o Miguel Marujo que já estava com ideias de racismo por esta cena em que fui vítima, saí para comprar chocolates e trouxe um dos pedregulhos para casa.
Para a próxima já tenho "uns pequenos argumentos" para poder travar o diálogo ao racismo.
Se for preciso, até lhes atiro primeiro com o chocolate e só depois vai pedregulho.
Que te leva a crer que os homo querem ter filhos homo?
veio no jornal. Não é crença. Já são factos. As ilhas também. Já as há.
Claro que a estupidez não costuma escolher lados, mas costuma escolher os caminhos mais fáceis. E há quem empurre e patrocine.
O mais que conseguem é que apareçam logo outros tantos anormais de sentido contrário. É sempre assim: loucura gera loucura e os conservadores sensatos preferem isolar-se. Apenas desejam que a coisa não lhes entre pelas portas dentro, nem pelas cabecinhas dos filhinhos, como doutrina obrigatória.
È uma questão de saber quem vai para o fiel da balança. Para os pratos e para sacar para o prato, há sempre voluntário em excesso.
Eiiii!!! Respeito pelo chocolate. :P
O jornal trazia estatísticas ou isso era apenas uma afirmação gratuita?
As ilhas homo é outra cena. Foram compradas por gays para viverem apenas eles lá e criarem um socieade gay.
As tipas que queriam os filhos gay exisgiam que inseminação artificial viesse de gajo gay. Queriam ter certezas pré-natais da que a "sexualidade alternativa" da sua espécie apenas pudesse ter essa "alternativa".
Desculpa mas a Igreja nunca teve ilhas com esta finalidade. né?
Era facto. carago. Mas tu não lês?
Bem, agora tenho de ir.
Os homo querem ter filhos homo é diferente de umas tipas homo quererem ter filhos homo.
Para a Igreja não bastavam ilhas. Era mesmo o planeta. Mas as coisas vão mudando.
Pois vão. Cada vez mais se criam polícias para perseguirem a consciência dos outros.
A Inquisição passou da Igreja para os novos apóstolos do politicamente correcto.
Com a agravante não ser uma ficção de regresso ao passado. É mesmo uma promessa de conquista do futuro.
O mais curioso é que quem nelas se envolve, quem nelas milita, costuma ser sempre um feroz inimigo desses exemplos cruzadísticos religiosos.
Não se vêem ao espelho.
Também a mim me assusta o primado do politicamente correcto. Mas assusta-me igualmente quando as pessoas se sentem livres de desrespeitar terceiros. A consciência de cada um pertence-lhe. Mas há limites para a liberdade individual.
Claro que há limites. Eu até sou capaz de entender que a lei tenha lá aquele acréscimo de pena quando um crime tem motivações desse género.
Mas um crime, uma agressão, um impedimento ou perseguição em local de trabalho nada tem a ver com umas bocas ou com uns gozos de putos e, ainda menos com as críticas às militâncias por um mundo às avessas, como foi feito neste post.
Não saber diferenciar isto é que é estupidez. Porque, todos os outros aspectos não se arrumam em chavões como essa palavra estúpida da homofobia.
Fazem exclusivamente parte daquilo a que sempre se chamou boa educação.
Já andar a denunciar e policiar o pensamento alheio para acusar os outros sempre teve outro nome.
Só deveria haver uma regra simples para isto tudo: vive e deixa viver.
Mas é tão simples que não serve para engrominar ninguém; não serve para proselitar, não basta para criar barricadas nem para andar a votos.
Antes de mais, nas escolas britânicas (que é do que se trata) há agressões físicas a alunos por serem homossexuais. Há criação de verdadeiros climas de terror nalguns casos. Não é apenas mandar bocas. E há professores que apoiam este mesmo clima. Não é inocente um professor ridicularizar os "maricas", ou permitir que os alunos o façam. Não acho que tenham de dizer que ser homossexual é bom, mas têm de respeitar e exigir respeito. Isso acontece?
Mas a ideia de que sejam os pais e as crianças a policiar também me parece ridícula.
Quanto ao proselitismo, se preocupa o do dogma dos direitos gay, já não preocupa o da moral sexual tradicional que as igrejas preconizam?
Desculpa lá: tu conheces a realidade das escolas britânicas?
Sabes que agressões existem? sabes da linha aberta para os professores espancados?
Estás a par das candidaturas a professores na área de Londres? posso-te dizer que, no ano transacto, para a área de informática só apareceu um candidato branco.
Acaso sabes como são geridas as escolas para não entenderes essa ideia da intervenção dos pais?
As direcções até são feitas por encarregados de educação.
O problema é bem mais complexo e passa, cada vez mais, pela emigração.
Em França já existe ha´vários anos uma linha telefónica para os professores espancados.
Em Inglaterra, os apoios andam às avessas. Há palacetes e gigantescos parques residenciais de luxo que passaram a servir para albergar emigrantes- à borla.
Há não-leis que permitem a um ocupante tomar conta de uma casa sem haver possibilidade de o desalojar. Há mil e um problemas em que esse detalhe das escolas nem é nada.
Por acaso, as melhores escolas são as geridas pela Igreja. Ainda são os poucos que vão deitando mão àquilo. Os salários são abaixo de cão. E, a população escolar onde se incluem os Yobs, é daquelas em que a violência não palavrão- é naifada à primeira.
Até existe uma linha para denunciar directamente à Scotland Yard.
Quanto à moral tradicional nem sei do que falas.
A igreja não tem lugar no proselitismo jacobino português.
Fora isso, é natural, desde que o mundo é mundo, que a tradição e os valores aceites pelas comunidades sejam enaltecidos. As igrejas foram as primeiras a fazer a lei. Toda a moral deriva daí.
A ideia peregrina de atribuir um sentido negativo ao que foi testado por milénios e positivo ao desconhecido, pode ser muito atractivo em mentes jovens e espiritos "revolucionários" mas não passa disso mesmo- a infantilidade de quem julga que, la´por ter vindo ao mundo, passou a ser dono de o mudar à sua imagem. Como se a sabedoria tivesse o limite de idade de uma pessoa. Como se não houvesse história nem aprendizagem com o legado do passado.
Nota:
Fui lá espreitar o vosso blogue pelo Não e foi a surpresa da ilha no meio do deserto.
Já conhecia o Vitor Mácula e a sua inteligência sensível sempre me agradou.
De qualquer forma, para que não pareça que estive a falar de cor, aqui fica um documento oficial com instruções para os profs se defenderem nas escolas. Devia ser acompanhado de outros com as campanhas do governo no recrutamento na Índia e até na Austrália e nas promessas enganadoras que fazem para os conseguirem angariar.
http://zazie.no.sapo.pt/violence_schools_london.pdf
A realidade das escolas britânicas apenas a conheço do que vejo na BBC e por ouvir falar quem foi recentemente aluno nas mesmas (aliás, mesmo a realidade das escolas portuguesas, admito que já pouco a conheço; já saí delas há 8 anos e muito mudou). Mas não falo de cor é quando digo que os crimes de ódio devidos à orientação sexual são estatisticamente muito relevantes e preocupantes. Sei também que a realidade é como descreves, verdadeiramente violenta. É então natural que se use o sistema educativo para procurar alterar isso.
Quem falou da moral tradicional foi o jornal que o Dragão citou: "A recomendação dos funcionários do Ministério de John Reid, chega numa altura de grande preocupação entre as igrejas por causa das novas leis sobre direitos gays, a serem introduzidas na próxima primavera, as quais poderão conduzir ao abandono da moral sexual tradicional nas escolas, forçando-as a incluir em seu lugar, nas aulas, o dogma dos direitos gays".
Nota bem, eu sou católico, e vejo a Igreja (tirando alguns pormenores) com muitos bons olhos. Não acho que algo seja bom por ser novo e desconhecido e algo seja mau por ser antigo. Mas também acho que é má fé chamar proselitismo a uns e ignorar os outros porque já lá estão.
Para além disso, não acho que se deva mandar fora os ensinamentos das igrejas em matéria de moral sexual, nem acho que estes tenham mostrado ser assim tão positivos. Muito menos vejo que combater a homofobia nas escolas tenha de prejudicar a acção das igrejas, ou roube o lugar destas nas escolas. Até porque as igrejas condenam oficialmente a homofobia.
Quanto ao Vítor, é de facto um rapaz muito sensível. E hetero e tudo e tudo. :P
PULHAS!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
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