sábado, abril 16, 2016

De Parvus a Soros





Youri Slezkine é um autor russo, de etnia judaica, que escreveu uma das obras, quanto a mim, mais brilhantes sobre o impacto dos judeus na cultura moderna. Sobremaneira, nas regiões onde esse impacto foi mais importante : a Rússia, primeiro; os Estados Unidos, depois. É dessa obra - The Jewish Century - que retiro o trecho que segue...

«But the Jews were not just the most revolutionary (along with the Latvians) national groups in the Russian Empire. They were also the best at being revolutionaries. As Leonard Shapiro put it, "It was the Jews, with their long experience of exploiting conditions on Russia's western frontier witch ajoined the pale for smuggling planned escapes and illegal crossings, and generally kept the wheels of the whole organization running.
As early as the mid 1870s, according to the people's Will operative Vladimir Yokhelson.
    "Vilna became the main conduit for Petersburg's anda Moscow's contacts with olther countries. To transport books shiped through Vilna, Zundelevich would go to Koenigsberg, where he would meet with the medical student Finkelstein, who was the representative of the revolucionary presses from Switzerland and London. Finkelstein used to study at our rabbinical seminary but had emigrated to germany en 1872, when an illegal library was found in the seminary's boarding school... Our border connections were used to transport not only books, bul also people."

The Jewish revolutionary and educational networks - of people, books, money, and information - were similar to the traditional commercial ones. Sometimes they overlapped - as when students who were also revolutionaries crossed borders and stayed at the houses of their businessmen uncles; when the American soap (Naphtha) millionaire, Joseph Fels, underwrote the Fifth Congress of the RSDLP; or when Alexander Helphand  (Parvus), himself both a revolutionary and a millionaire, arranjed Lenin's returns to Russia in 1917.»

O canibal Soros, chamo desde já a atenção, é um sucedâneo deste Parvus. E atesta dum modus-operand que já leva séculos.
Apenas mais uma pequena nota estatística, na mesma obra de Slezkine:

«At the First All-Russian Congress of Soviets in June 1917, at least 31% of Bolshevik delegates (and 37% of Unified Social Democrats) were Jews. At the Bolshevik Central Committee meeting of October 23, 1917, whitch voted to launch an armed insurrection, 5 out of the 12 members present were Jews. Three out of seven Politbureau members charged with leading the October uprising were Jews(Trotsky, Zinoviev, and Grigory Sokolnikov. The All-Russian central Executive Committee (VtsIK) elected at the Second Congress of Soviets /whitch ratified the Bolsheviks takeover, passed the decrees on land and peace,and formed the Council of people's Commissars with Lenin as chairman) included 62 Bolsheviks (out of 101 members). Among them were 23 jews, 20 Russians, 5 Ukrainians, 5 Poles, 4 balts, 3 Georgians and 2 Armenians.»

Esta preponderância incicial dos judeus aumentará gradualmente nos anos seguintes e alastrará, a níveis ainda mais opressivos,  em organizações como a Cheka e a GPU  «In 1918, 65.5% of all jewish Cheka employees were "responsible oficials".»

Durante a guerra civil que decorreu após a Revolução de Outubro, especialmente na Ucrânia, as forças contra-revolucionárias praticaram metodicamente pogroms. Hoje em dia assaca-se essas acções a puro anti-semitismo atávico, mas a verdade é que se tratou, sobretudo, de anti-bolchevismo prático: de retaliação e combate contra o principal grupo e agente revolucionário da golpada em curso. As atrocidades decorrentes dessas acções existiram, mas empalidecem imensamente se comparadas com as atrocidades cometidas pelos revolucionários, não só durante a guerra civil, mas, sobremaneira, durante a consolidação posterior do manicómio. O mito da eterna vítima é a maior vigarice do século XX. E constitui, em si, o cerne da maior e única teoria da conspiração digna desse uber labéu.

11 comentários:

Ricciardi disse...

Há sempre um judeu em qualquer estorieta. E se escavarmos melhor encontramos a Maria Ivanovna Shelomova, Mãe do presidente russo actual, Putin, que é... judia. O que fará de Putin um judeu.
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Os judeus foram 'espalhados' pelos quatro cantos do mundo. Com sistemática regularidade ao longo dos tempos. Dizem os crentes que foi Deus que assim quis.
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Se um gajo fizer as mesmas associações no brasil, mas com portugueses, vamos encontrar sempre um descendente de portugueses a fazer qualquer coisa. Para o bem e para o mal.
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Rb

Anónimo disse...

Revolução Russa: origem- gangs de Odessa->Mishka Yaponchik -> Exército vermelho-> estrela judaica

Unknown disse...

Sempre achei que os "julgamentos" de Moscovo, nos idos de 30, não tinham sido outra coisa senão "pogroms", com uma encenação ligeiramente diferente...
De certo modo o mesmo se pode aplicar a "Trotsky" - a fatal trolitada desferida por Mercader equivale ao "pogrom" sobre um só indivíduo.
Acrescido do pecado, imperdoável para a alma russa, de se ter erguido contra o Czar do momento.
Esse sentimento, e consequências respectivas, continua a manifestar-se nos dias de hoje...tanto doméstica como internacionalmente.
Ah! E sim,Franco teve razão...

Anónimo disse...

Caro Ricciardi

“Há sempre um judeu em qualquer estorieta.”

A questão não é essa e você sabe disso. O que é difícil explicar é porque razão os judeus na Russia que eram +/- 1-2% (se não me falha a memória) da população mas na liderança do movimento bolchevique representavam entre 80 a 85%. Há aqui uma grande desproporção.
Já para não falar nos financiadores.


“E se escavarmos melhor encontramos a Maria Ivanovna Shelomova, Mãe do presidente russo actual, Putin, que é... judia. O que fará de Putin um judeu.”

Por isso há quem diga que Putin perseguiu alguns oligarcas judeus na Russia para entregar os negócios a outros oligarcas judeus na russia e no exterior. Aparentemente os negócios mudaram para mãos mais convenientes. Será um pouco à semelhança da era comunista em que se eliminava uma facção para favorecer a outra?
Carlos

marina disse...

se a mãe do Putin é judia em vez de o baptizar devia tê-lo mandado circuncidar às escondidas , non ?

http://br.sputniknews.com/portuguese.ruvr.ru/news/2013_07_22/putin-minha-mae-batizou-me-as-escondidas-do-meu-pai-3829/

alguém sabe o telefone de alguma das mulheres do Putin ? :) se a teoria dos 7 degraus de separação estiver certa , haverá por aqui alguém que conhece aquele que conhece o outro até chegarmos a alguma delas , e às tantas sabemos de ciência certa se é o anticristo ou não :) :) :)

Anónimo disse...

"Há sempre um judeu em qualquer estorieta. E se escavarmos melhor encontramos a Maria Ivanovna Shelomova, Mãe do presidente russo actual, Putin, que é... judia. O que fará de Putin um judeu.
."

Qualquer um que se distinga de repente torna-se por cabalas e macumbas de yavé, num judeu. - E pronto Ya-se-veio!

Resumindo: ou parasitaram alguém e tornaram-se grandes figuras à conta do que roubam e se apropriaram dos outros, ou "descobre-se" no reino da farsa e da ilusão que afinal a figura já não é o demónio mas sim um judeu (e por osmose já faz parte do "bem"), por ascendência de um olho do cu, nem que seja inventado.

É como o jovem adolfo, também era um judeu.



Machambas:

No fundo somos todos judeus, nem que seja na de-mente de gente como tu.
Até pode ser que todos aqui tenham tido a miséria de ter um n-avô/ó da pandilha. Mas isso nada muda.

E mais, ninguém por seguir uma religião é à partida condenado pelas prácticas associadas a grupinhos mafiosos e a canalhas da "mesma" religião. Como o Dragão diz, cada indivíduo é um caso diferente.


Não há nada a esconder! Tudo se mostra! Só não vê quem não quer ou está distraído.

Ora assim não será difícil entender como se inventam e gera as lavagens cerebrais atribuidas ás religiões semitas e outros movimentos "cívicos".

Anónimo disse...

"Por isso há quem diga que Putin perseguiu alguns oligarcas judeus na Russia para entregar os negócios a outros oligarcas judeus na russia e no exterior. Aparentemente os negócios mudaram para mãos mais convenientes. Será um pouco à semelhança da era comunista em que se eliminava uma facção para favorecer a outra?"

Sr carlos,
há duas diferenças substanciais:

- A Rússia nas mãos dos outros era uma extensão das garras da canalha sionista dita ocidental e democrática. Não teria havido reacção russa na ucrânia/crimeia e a rússia seria considerada como país do terceiro mundo.

-Os judeus com poder na Rússia são minoritários na hierarquia presente e tal não aconteceria se o Putin não tivesse posto os outros "a andar".



O melhor é perguntar ao próprio qual é a sua religião. Gostava de ver a resposta!


Uma coisa é certa, Mr P. está-lhes "a dar trabalho" e a “gaijada” está "à rasca". A partir daí tudo é possível.

Anónimo disse...

Quanto a serem vítimas??!
Vítimas mas é o Cara...! São exactamente o oposto: A "alma" semita a 100% numa canalhice sem limites.

Anónimo disse...

Caro anónimo
Eu penso que o Putin é ortodoxo. Curiosidade, o único sítio que o vi fazer uma vénia “a sério ou + acentuada, não só com a cabeça” foi dentro duma igreja.
Também segundo me parece há uma confusão com o nome da mãe (Shelomova) que uns dizem que é de origem “semita” mas outros dizem que é de origem russa muito antiga.
Concordo, com tanta gente contra e levando em conta que tipo de gente é, também me parece que está a fazer algo certo.
Carlos

Josephvs disse...

Моя мама - Мария Ивановна Шеломова.
Maria Ivanovna Shelomova

Shelomova is an old Russian surname. It is definitely not from Hebrew "shalom", but from the old Russian "shelom" ( шелом = курган ).

Though religion was not permitted in the Soviet Union, his mother secretly had him baptized as an Orthodox Christian. He remains a practicing member of the Church and delivered a Christmas Eve speech in Moscow in 1999.
http://www.answers.com/topic/vladimir-putin

Shelomova is a White surname. One of the most ancient of White names in Russia.

Maybe you need to read Stormfront more.

Maria disse...

Josephvs, excelente e oportuna transcrição. E já agora também a aclaração do ponto em questão. Parabéns.