terça-feira, fevereiro 23, 2016

A Eurocracia em acção


Cada vez mais EURRS. Cada vez mais "Comité Central". Cada vez mais colmeia de "comichários (ou comissáurios) e "comichões políticas". Cada vez mais Burrocratas e controleiros. Cada vez mais uma perversão da própria Europa - na sua diversidade identitária (tal qual oa sovietização era uma perversão da própria Rússia). Cada vez mais uma economia centralizada e subjugada à ideologia (a vanguarda esclarecida da classe operária é agora a classe gestora/financeira; o neo-marxismo é o velho marxismo às avessas: um marketinguismo-leninismo em caldeirão de bruxa - um caldo fétido e peçonhento de iluminismo, maçonaria e judiaria rastejante, perdoem a redundância).
É natural que até os velhos comunistas  sintam hostilidade e aversão pelo portento. No fundo, é o rancor típico do modelo obsoleto pelo seu substituto na "cadeia evolutiva" - o grau seguinte na metamorfose. Como pode o girino não destestar o batráquio feito ou semi-acabado que o vem render? Até porque uma vez para trás na cadeia evolutiva e logo entra na escala da cadeia alimentar.
É uma porcaria de plástico, esta EURRS. Quer dizer, é uma merda sintética. Contra a História, contra a Natureza e contra a Inteligência. Sintética, precisamente, como definia o outro: tese - antítese, logo síntese. É todo um processo dialéctico de vão de escada ao assalto do paraíso na sub-sub-cave. Uma descese colectiva. Mas, a limite, nada que povos embrutecidos pelo materialismo, aterrorizados pelo crédito e lobotomizados pela propaganda não mereçam. E cultivem fanaticamente.

12 comentários:

Um Jeito Manso disse...

Nas suas palavras há um permanente descontentamento com o mundo. Ora bem, qual a alternativa ao mundo?

Vivendi disse...

A UE mete NOJO.

dragão disse...

«Nas suas palavras há um permanente descontentamento com o mundo. Ora bem, qual a alternativa ao mundo?»

Se não for pedir muito, comece por definir " mundo".

Mas para irmos avançando, o Pessoa tem um verso deveras eloquente:
"ser descontente é ser homem".
Não significa que eu concorde absolutamente com ele.

Todavia, sempre adianto que "descontente com o mundo", no meu caso, afigura demasiada ternura. EU movo-lhe guerra. É substancialmente mais fundo e inconciliável. Guerra ao mundo e ao príncipe dele. No que mais não faço que cumprir justa reciprocidade.

Maria disse...

Dragão *****

Anónimo disse...

vou concordar com o anfitriao.

é o que dá esta loucura neoliberal e financeirista, que, resumidamente, transposta para a realidade e para as pessoas significa:

"os outros que se fodam". frase-resumo da direita neoliberal. sobretudo se forem pobres.

e os direitos humanos só se aplicam ao accionista. quem nao é accionista é mero combustivel.

Anónimo disse...

'Nas suas palavras há um permanente descontentamento com o mundo.'

Eu diria ao invés : 'um permanente descontentamento com o imundo.'
E aí estamos com o Dragão.

'e os direitos humanos só se aplicam ao accionista. quem nao é accionista é mero combustivel.'

Olhe que não, olhe que não,... Isso depende de quem é o accionista. Viu os casos BPP, BPN, BES e BANIF?
Só se aplica é à máfia. Isto e todos os direitos e regalias em geral. Já os deveres, são para os outros.

JJB

Um Jeito Manso disse...

Faço-lhe a vontade, embora tenha que me perdoar o simplismo: "mundo" = este lugar por vezes maravilhoso, por vezes perigoso habitado, entre outros, por humanos.

E a questão é que se tudo é tão devoradoradoramente mau (semitas e anti-semitas, brancos, pretos e amarelos, ortodoxos e heterodoxos, fadas e bruxas, pacifistas e belicistas, banqueiros e bancários, patrões e empregados, etc, etc) e onde adoptar uma criança pode ser sinónimo de ter um parto anal, onde uma mulher só porque olha para o decote de outra já é catalogada de lésbica e, daí, tratada como se fosse uma meliante ou delinquente (e tantos outros exageros despropositados) - então interrogo-me qual, para si, a escapatória?

Ou, para si, viver é sinónimo de sofrer desesperançadamente até morrer?

marina disse...

um mundo onde não tivessem mercantilizado tudo , substituindo até relações de afecto por relações pagas ( o que são as creches , por exemplo ?) e onde a lógica do PROFIT não comandasse tudo tudo e onde deus não fossem as titãs empresas , a mim , mesmo com conflitos guerras e desvios , parecia-me bem.
um mundo mais pequenino , à maneira , local : small is so beautiful :)

e onde os "especialistas" não abrissem a boca , já agora.

marina disse...

http://www.ladecroissance.net/?chemin=anciens_numeros

Anónimo disse...

Bem, o que isto prova é que os banqueiros são socialistas. Mais nada. Liberalismo é pouco, não abocanha os estados inteiros. Ficam a morder-se uns aos outros. O paraíso financeiro é quando os socialistas estão no poleiro.

Anónimo disse...

socialistas não, Chuchalistas.

dragão disse...

«Ou, para si, viver é sinónimo de sofrer desesperançadamente até morrer?»

Cara "Um Jeito Manso",

não estará a distorcer a coisa para lá do aceitável? Note que principiou por inquirir pelo meu descontentamento e agora salta a pés juntos para uma putativa desesperança vitalícia.
A ser verdade um tão deplorável estado da minha besta (pessoa não é invólucro para dragão, como compreenderá)é caso para desenvolver séria expectativa pela aprovação urgente do regime geral de eutanásia, com a benemérita criação dum veículo de recolha e tratamento ao domicílio de moribundos alados e mitológicos, de modo a virem acabar, caridosamente, com este meu incurável e desbordante sofrimento (que, tão gentil e livre de encargos, me diagnostica).

Enquanto isso não acontece, cavaqueemos.

E a questão é que não é tudo tão devoradoramente mau, como extrapola abusivamente. Mas há algo que é devoradora e perversamente péssimo: o mal mascarado de bem. E o menos mau imposto como o limite do bem possível.

O mundo é um lugar cada vez mais perigoso e cada vez menos maravilhoso. Mas o mundo não é o Cosmos, nem o homem é Deus. SE isto lhe causa angústia, de alguma forma a aborrece ou afronta, tem bom remédio: não perca tempo com janelas. Calafete-se e iluda-se com a artificialidade que melhor lhe quadre.

Em todo o caso, fazendo fé na sua perspectiva, serei o último ser a quem deve vir demandar por escapatória. Decerto no seu mundo maravilhoso habitarão pessoas maravilhosas. É a uma dessas, de preferência daquelas que tenham escapado à Srª Dª Morte, é às suas infatigáveis serviçais - Velhice e Doença -, que deverá solicitar o milagroso antídoto contra a tragédia da existência humana. Ah, não sabia que era uma tragédia? Não é? Pois pode não ser, de facto. Hoje em dia, então, numa verdadeira cadeia de produção em série, não ultrapassa em muito a anedota. Obscena.

Fora isto, não há em toda a blogosfera e arredores, ser mais animado, jovial e benemérito do que eu. Mau sítio para se garimpar o desespero: no topo da cadeia alimentar.

PS: Moribundo, confesso, só de amores. Pela Marina. Podemos apaixonar-nos pela inteligência? Desesperadamente. Até porque não há forma mais sublime e nobre de amor do que aquele que não espera nada em troca.